l

IFE: nº 4.429 - 20 de outubro de 2017
http://gesel.ie.ufrj.br/
gesel@gesel.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Artigo GESEL: “Transmissão de Energia Elétrica”
2 Aneel quer mudar metodologia de cálculo das bandeiras tarifárias
3 Aneel: aprimoramento na Resolução Nº 482/2012 sobre geração distribuída
4 Aneel: novas regras de comercialização em discussão
5 ICMS sobre energia
6 Comissão aprova tarifa social de energia elétrica
7 Comissão promove seminário para debate sobre o modelo de reorganização do setor elétrico

Empresas
1 MME: Investidor individual poderá comprar até 10% da Eletrobras
2 Eletrobras: Acir Gurgacz cobra ligação dos linhões da estatal em Rondônia
3 Eletrobras: Descotizar energia da estatal pode ter impacto médio de 7,9%, aponta TR Soluções
4 Eletrobras: Acordos bilaterais centralizam contratos
5 CPFL Renováveis: Minoritário leva à CVM queixa contra State Grid
6 CPFL Renováveis: Minoritários buscam aumento no preço da OPA
7 CPFL Renováveis: State Grid se defende de queixa dos minoritários
8 Voltalia: Companhia tem 560 MW para leilões de dezembro

9 Três Irmãos: Aneel aprova R$ 3,1 mi adicionais por reparos em unidade geradora

10 Nova subestação da Copel entra em operação

11 CPFL Energia: Programa de aceleração de startups é lançado

12 Santo Antônio: Projeto de P&D estuda sistema de contenção de troncos

13 São Paulo, Goiás e Brasília: Conta de luz sobe para consumidores dessas localidades já neste domingo

14 Mais um projeto de transmissão da Energisa enquadrado junto ao REIDI

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Níveis dos reservatórios pelo Brasil
2 ONS: concluído plano anual de operação dos sistemas isolados
3 ONS: Linhão de 2,4 mil km deve operar com capacidade máxima de 4,7 mil MW

4 CCEE: Consumo de energia subiu 4,6% entre 1º e 16 de outubro

5 CCEE: Liquidações financeiras de setembro movimentaram R$ 861,8 mi

6 FDR Energia: Energia deve seguir mais cara em novembro por restrição em linhão do Norte ao Sudeste

7 Energisa: Consumo de energia elétrica em Sergipe recuou 9,4% no mês de setembro

Meio Ambiente
1 Comissão de Minas e Energia aprova proposta de redução de imposto para veículos híbridos
2 Climatempo: Período úmido está atrasado 20 dias e final de 2018 já preocupa

Energias Renováveis
1 Economia Verde: financiamento de R$ 70 mi em 2017
2 Serra das Vacas: Fitch retira rating de proposta da holding eólica
3 Operações comerciais de fotovoltaicas e eólicas liberadas

Gás e Termelétricas
1 Divergências no setor de gás natural devido a novo marco legal
2 Petrobrás tenta solução para conflito com a Potigás
3 Petrobras: proposta para adoção de medidas estruturais para térmicas existentes
4 Partilha de Produção do Pré-Sal: expectativa é que todas as áreas sejam leiloadas
5 Reabertura de prazo para oferta aos blocos do Pré-Sal
6 Aprovado CVU para UTE Norte Fluminense
7 MME: Biogás está aderente às propostas do novo marco do setor elétrico
8 ABiogás: biogás poderia suprir 19% da demanda elétrica em SP
9 Biogás apresenta expansão na região Sul do país
10 Liquidações de cotas e nucleares movimentam R$ 861,8 milhões em setembro

Grandes Consumidores
1 Votorantim Energia: Atuação no atendimento ao setor elétrico é reforçada
2 Votorantim Energia: Empresa comenta sobre atuação em renováveis

Economia Brasileira
1 Custo da energia terá impacto sobre retomada em 2018
2 Novo Refis será sancionado na próxima semana e o prazo para adesão fica menor

3 IPCA-15 sobe 0,34% em outubro e acumula alta de 2,71% em 12 meses
4 IGP-M suaviza alta para 0,30% na segunda medição de outubro
5 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Argentina: Neuquén adiciona Chevron para explorar gás seco em uma área de Vaca Morta
2 Argentina: O grupo Albanesi adiciona 746 MW para gerar eletricidade
3 Paraguai: Acordo entre o país e Argentina prevê aumento para a energia paraguaia de Yacyretá
4 Paraguai: Ventos deixam várias áreas do país sem energia
5 Uruguai: ventos fortes deixaram 9 mil clientes sem eletricidade

6 Espanha: CNMC publica relatório criticando o baixo desempenho da Mibgas e propõe medidas

7 Espanha: De acordo com a CNMC, a eletricidade repete como pior serviço avaliado

8 Portugal: Moçambique tem perspectiva de duplicação das reservas de gás natural

9 Portugal: EDP tem flexibilidade para absorver impacto tarifário, avalia Moody’s

10 Engie realiza aquisição de negócio de energia solar residencial na África


Regulação e Reestruturação do Setor

1 Artigo GESEL: “Transmissão de Energia Elétrica”

Em artigo publicado pelo Estadão Broadcast, o coordenador do GESEL, Nivalde de Castro, trata da especial atenção dada ao segmento de transmissão no Brasil a partir dos anos 90, “em função dos desafios que se colocavam para um país de dimensão continental onde o distanciamento entre a geração e o consumo exigia grandes investimentos, com longo prazo de maturação, dado o baixo nível de consumo per capita de energia elétrica”. Mesmo havendo percalços no caminho (com lotes não arrematados em leilões e toda a problemática advinda da MP 579), Castro afirma que “este é um segmento do setor elétrico que estruturou uma política pública eficiente. De 1999 a 2017, a rede básica passou de 64 mil para 135 mil km e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) estima contratar mais 62 mil km para 2026”. (GESEL-IE-UFRJ – 20.10.2017)

<topo>

2 Aneel quer mudar metodologia de cálculo das bandeiras tarifárias

A Aneel pretende estudar mudanças na metodologia de cálculo das bandeiras tarifárias. Um dos objetivos da autarquia é reduzir a volatilidade do mecanismo atual. A diretoria da agência vai discutir na próxima terça-feira (24) a possibilidade de abertura de audiência pública para colher subsídios e informações adicionais para a revisão da metodologia das bandeiras tarifárias. O relator do processo é o diretor Tiago Correia. A agência colocou em revisão urgentíssima a metodologia de cálculo das bandeiras tarifárias, afirmou nesta sexta-feira (20) Tiago Correia, que defende início imediato das novas regras. “Colocamos em revisão com urgência urgentíssima” a metodologia das bandeiras tarifárias, disse o diretor, que participa de evento promovido pela comissão especial de energia elétrica da OAB-RJ. “Em minha opinião pessoal, gostaria que a nova regra já valesse em novembro”. Correia aponta dois problemas na forma atual. O primeiro é que os patamares não estão aderentes ao custo de geração de termelétricas mais caras. “[A conta da bandeira tarifária] está deficitária em 2017. Isso gera um problema para o pagamento das próximas faturas”, afirmou ele. “Erramos a mão no começo do ano ao fixar os patamares”, disse. Segundo ele, haverá proposta de revisão dos patamares de valores das bandeiras. O outro problema está na forma de aplicação das bandeiras. Pela regra atual, a cor da bandeira, e o respectivo custo, é calculado com base na previsão de chuvas para o mês seguinte realizada na semana anterior à virada do mês. Ocorre que em alguns casos, já na semana seguinte, ou seja a primeira do mês de base da bandeira, a previsão de chuvas se inverte, porém a bandeira já está definida, sem condições de alterá-la. “Nós perdemos dois meses de arrecadação das bandeiras este ano”, devido a esse problema, explicou. “A forma se tornou muito volátil à hidrologia”. (Valor Econômico – 20.10.2017)

<topo>

3 Aneel: aprimoramento na Resolução Nº 482/2012 sobre geração distribuída

A Diretoria da ANEEL aprovou resultado da Audiência Pública Nº 037/2017 que discutiu a atualização da Resolução Normativa nº 482/2012 sobre o acesso de microgeração e minigeração distribuída aos sistemas de distribuição de energia elétrica - o sistema de compensação de energia elétrica. A medida foi aprovada durante Reunião Pública da última terça-feira (17/10). De acordo com a decisão, minigeração distribuída passa a ser “central geradora de energia elétrica, com potência instalada superior a 75 kW e menor ou igual a 5MW e que utilize cogeração qualificada, conforme regulamentação da ANEEL, ou fontes renováveis de energia elétrica, conectada na rede de distribuição por meio de instalações de unidades consumidoras”. Além disso, foi aprovada vedação ao enquadramento como microgeração ou minigeração distribuída das centrais geradoras que já tenham sido objeto de registro, concessão, permissão ou autorização; que tenham entrado em operação comercial ou que tenham tido sua energia elétrica contabilizada ou no âmbito da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) ou diretamente com concessionária ou permissionária. A exceção à vedação se aplica para os empreendimentos que tenham protocolado a solicitação de acesso antes da publicação do regulamento. O assunto ficou em audiência pública no período de 06/07 e 04/08/2017 e recebeu 91 contribuições de 51 agentes, entre distribuidoras, geradores, conselhos de consumidores, associações, consultores e demais interessados no tema. Ao todo, existem 16.109 unidades consumidoras com geração distribuída no país, sendo 15.970 usinas solares, 53 eólicas, 66 termelétricas e 20 Centrais Geradoras Hidrelétricas. (Aneel – 19.10.2017)

<topo>

4 Aneel: novas regras de comercialização em discussão

A versão 2018 das regras de comercialização está em audiência pública. Os interessados têm até 20/11/17 para enviar suas contribuições à proposta, que traz 13 alterações à versão em vigor. O conjunto de aperfeiçoamento das regras de comercialização inclui determinações regulatórias e aprimoramentos de alguns temas observados ao longo de 2017. Para ler um quadro com o resumo das alterações propostas, clique aqui. (Aneel – 19.10.2017)

<topo>

5 ICMS sobre energia

A Seção Cível Comum do TJ-RJ decidiu ontem admitir o Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas (IRDR) interposto pela PGE-RJ para unificar milhares de decisões judiciais divergentes sobre a cobrança de ICMS sobre o consumo de energia elétrica. Com essa decisão, as mais de três mil ações que tramitam atualmente no TJ-RJ sobre o assunto ficam suspensas até a decisão final do IRDR. Estima-se que esse volume represente, em caso de sucesso dos contribuintes, cerca de 30% de tudo que se arrecada com ICMS sobre o consumo de energia elétrica no Estado do Rio de Janeiro, que equivalem a R$ 1,4 bilhão por ano. No mérito da questão a ser decidida pelo TJ-RJ está a inclusão ou não do valor das tarifas de uso dos sistemas de transmissão e distribuição de energia elétrica na base de cálculo do ICMS. Os contribuintes ajuízam ações para excluir a TUST e a TUSD da base de cálculo do ICMS, de modo que o imposto seja calculado sobre o que denominam de energia elétrica efetivamente consumida. (Valor Econômico – 20.10.2017)

<topo>

6 Comissão aprova tarifa social de energia elétrica

A Comissão de Seguridade Social e Família aprovou projeto, do deputado Sergio Vidigal (PDT-ES), que cria tarifa social de energia elétrica para hospitais públicos e filantrópicos e entidades filantrópicas em todo o País (PL 38/15). A proposta, estabelece que a tarifa seja calculada pelo governo federal por meio de descontos incidentes sobre a tarifa aplicável pelas distribuidoras. O objetivo é minimizar os problemas financeiros enfrentados pelas instituições. O texto original previa o benefício apenas para hospitais públicos e filantrópicos e não para entidades. A relatora, deputada Carmen Zanotto (PPS-SC) acrescentou as instituições reconhecida como entidades beneficentes de assistência social com a finalidade de prestação de serviços nas áreas de assistência social e de assistência à saúde que preste serviços ao SUS com no mínimo 60% de atendimento. Pelo texto, os hospitais públicos e os hospitais filantrópicos terão direito a desconto de no mínimo 50% (cinquenta por cento) nas tarifas de energia elétrica; já as entidades filantrópicas terão direito a descontos entre 20% (vinte por cento) e 50% (cinquenta por cento) nas tarifas de energia elétrica. A proposta ainda determina que os recursos necessários para conceder os descontos nas tarifas de energia elétrica serão oriundos da Conta de Desenvolvimento Energético. No projeto original não havia essa previsão. (Agência Câmara – 19.10.2017)

<topo>

7 Comissão promove seminário para debate sobre o modelo de reorganização do setor elétrico

A Comissão de Desenvolvimento Urbano promove seminário hoje, na Assembleia Legislativa do Sergipe, para discutir o modelo de reorganização do setor elétrico e a defesa da Chesf como entidade pública. De acordo com o deputado João Daniel (PT-SE), que propôs o debate, a Chesf estaria incluída no rol de privatizações pretendidas pelo MME. (Agência Câmara – 19.10.2017)

<topo>

 

Empresas

1 MME: Investidor individual poderá comprar até 10% da Eletrobras

Os investidores interessados em participar do processo de privatização da Eletrobras poderão comprar individualmente até 10% do capital social da companhia, disse Paulo Pedrosa, ministro interino do MME, ao participar de um workshop sobre o processo de privatização da estatal promovido pela Fiesp. Anteriormente, o governo tinha indicado que o percentual máximo seria de 5%. A modelagem da privatização da estatal ainda está sendo concluída pelo governo. No evento, Pedrosa destacou a crise financeira enfrentada pela Eletrobras, que reduziu os investimentos a montantes mínimos. “A participação da Eletrobras na expansão do sistema caminha para se tornar irrelevante”, disse. “Entre 2012 e 2015, a Eletrobras perdeu R$ 40 bi”, afirmou. Segundo ele, o MME precisou insistir com a Fazenda para conseguir um aporte de R$ 3 bi da União na estatal no ano passado, montante que serviu para cumprimento de obrigações. Outra questão destacada por Pedrosa foi que as “amarras” da gestão estatal atrapalham o desempenho da companhia, que não pode se inserir em um ambiente competitivo. O foco da arrecadação de receita com a privatização “não é o Tesouro”, mas sim conseguir chegar a um mercado de energia eficiente, disse. A privatização das seis distribuidoras da Eletrobras também foi defendida pelo ministro interino. Segundo ele, com o aumento da eficiência e a melhora da qualidade do serviço prestado por essas empresas, será possível reduzir o custo de capital do setor. “Para 2% de redução de custo de capital é possível chegar a uma redução de 7% na tarifa”, exemplificou. O ministro Fernando Coelho Filho, titular da pasta, se afastou do cargo na quarta-feira e retornou à Câmara dos Deputados para participar da votação da denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB). (Valor Econômico – 20.10.2017)

<topo>

2 Eletrobras: Acir Gurgacz cobra ligação dos linhões da estatal em Rondônia

O senador Acir Gurgacz (PDT-RO) disse em Plenário nesta quinta-feira (19) que aguarda com ansiedade a licitação para as obras de transmissão de energia no interior de Rondônia. As obras farão a integração de regiões isoladas ao Sistema Interligado Nacional da Eletrobras. Segundo Acir Gurgacz, o Ministério de Minas e Energia anunciou diversas vezes que o edital seria aberto, inclusive em audiência pública na Comissão de Serviços Infraestrutura (CI) do Senado, mas nada ainda foi feito. O senador explicou que o projeto já apresentado à sociedade rondoniense pela diretoria da Eletrobras prevê a construção de quatro linhões: o primeiro vai interligar os municípios de Presidente Médici e Costa Marques; o segundo, Ariquemes a Buritis; o terceiro, Jaru a Machadinho do Oeste; e o quarto, Porto Velho ao Distrito de Extrema. O investimento, disse o parlamentar, será de aproximadamente R$ 500 milhões. — O povo de Rondônia não aceita que nós estejamos mandando energia em grande quantidade pra fora do Estado e ainda tenhamos que conviver com falta de energia elétrica, apagões, e irregularidades no fornecimento de energia. Essa é uma cobrança que fazemos há muito tempo para a Eletrobras e ao governo federal. (Agência Senado – 19.10.2017)

<topo>

3 Eletrobras: Descotizar energia da estatal pode ter impacto médio de 7,9%, aponta TR Soluções

A descotização da energia da Eletrobras, que está prevista na CP 33, pode trazer um impacto médio de 7,9% sobre o valor da tarifa de aplicação. Esse índice dependerá diretamente do cenário a ser adotado pelo governo. A elevação foi calculada ao considerar a retirada de toda a energia de cotas da Eletrobras desse sistema, que soma 7,8 GW médios (63% dos 12,3 GW cotizados), ao valor de R$ 200/MWh como preço de reposição. O cálculo foi apresentado pelo sócio administrador da TR Soluções, Paulo Steele durante o 5º Forum Nacional dos Consumidores Livres, evento realizado pelo Grupo CanalEnergia e que faz parte da 1ª edição do Energy Expo Forum, em São Paulo. O executivo destacou que o efeito é diverso de acordo com a alocação dessa energia por distribuidora. Nesse cenário, o maior impacto seria de 11,6% a ser percebido na área de concessão da Ceal. Entre 38 distribuidoras analisadas, em 24 o impacto seria menor que o índice médio ponderado calculado. O menor desses indicadores ficaria na Amazonas Energia, com 0,55%. Outro impacto que a CP 33 pode trazer ao setor elétrico vem com a proposta de centralização de contratos. De acordo com a TR a tendência é de que os valores médios do que foi classificado como ‘PMixão’, ou seja, que reúne os contratos das distribuidoras em um só ambiente, eleve mais os preços dos contratos de menor custo e reduza menos os de valor mais elevados. O cálculo feito aponta um valor médio de contratos nesse ambiente centralizador de R$ 174,44 e não considera os contratos bilaterais das distribuidoras. (Agência CanalEnergia – 19.10.17)

<topo>

4 Eletrobras: Acordos bilaterais centralizam contratos

Segundo o sócio administrador da TR Soluções, Paulo Steele, são esses acordos bilaterais que tem influência sobre o benefício de centralizar esses contratos de energia. Em um cenário atual o preço médio de contratos é de R$ 179,50/MWh com teto de R$ 216,81/MWh e piso de R$ 138,03/MWh. Já o mix bilateral é de R$ 226,53/MWh, ao separar esse grupo de contratos o valor obtido é justamente o Pmixão, onde o teto cai para R$ 215,41/MWh e o piso de R$ 145,26/MWh. “As empresas que têm menor tarifa tem um aumento maior enquanto aquelas com tarifa mais alta terão uma queda moderada. Ou seja, piora para quem tarifa mais baixa e não melhora tanto para o custo mais alto. E isso deve-se aos contratos bilaterais”, explicou Steele. “Como a centralizadora não considera esses acordos bilaterais a perspectiva é de que sejam percebidos os benefícios apenas ao final do prazo desses contratos, daqui a nove anos, a duração média”, apontou. Ao final desse período, a média de preços do Pmixão poderia ficar em R$ 177,77/MWh. Esse cálculo foi feito por Steele a pedido da Agência CanalEnergia. Nesse caso, foi aplicado a média paga no ACR de hoje para a energia a ser reposta pelas distribuidoras que e de R$ 208,72/MWh. (Agência CanalEnergia – 19.10.17)

<topo>

5 CPFL Renováveis: Minoritário leva à CVM queixa contra State Grid

Mais de um ano após o anúncio da compra da CPFL Energia, a State Grid vai precisar apresentar um laudo de avaliação da CPFL Renováveis à CVM, a fim de comprovar que o preço proposto na oferta pública de aquisição de ações (OPA) da empresa (R$ 12,20 por ação), questionado por acionistas minoritários, é adequado. A CPFL Energia, elétrica integrada que tem a maior parte do seu faturamento no setor de distribuição de energia, tem 51,6% das ações da CPFL Renováveis. Quando os chineses assumiram o controle da Energia, tiveram que lançar a OPA também na Renováveis. O debate com o regulador do mercado teve início em junho, quando o grupo de minoritários, que soma mais de 30% do capital social da CPFL Renováveis, entrou com uma reclamação na CVM questionando o valor proposto na OPA. Segundo eles, não foi dado "tratamento igualitário" aos acionistas minoritários da companhia. Ágio para compra da CPFL Energia foi de 29%, enquanto oferta pela Renováveis tem desconto de 6% A State Grid ofereceu R$ 25 por ação da CPFL Energia, com ágio de 29% em relação ao preço em bolsa. Já o da Renováveis tinha um desconto de 6% também em relação à bolsa. Se o mesmo ágio fosse aplicado aos papéis da Renováveis, como alegam os minoritários, a chinesa teria de pagar R$ 16,74 por ação, levando o total a ser desembolsado pela compra dos 48,4% da empresa no mercado de R$ 2,9 bi para cerca de R$ 4 bi. Os argumentos dos minoritários foram rebatidos pela State Grid, e a CVM decidiu pedir, em ofício enviado na semana passada, a elaboração dos laudos de avaliação das duas empresas. Assim, será possível realizar um "teste de consistência" das justificativas de preços, para verificar qual a real proporção da Renováveis dentro da CPFL Energia. (Valor Econômico – 20.10.2017)

<topo>

6 CPFL Renováveis: Minoritários buscam aumento no preço da OPA

Segundo a autarquia, a metodologia utilizada para chegar ao valor que A State Grid pagou pela CPFL Renováveis não incorpora essa diferença [relacionada ao crescimento do Ebitda com o passar dos anos]. Os minoritários querem que o novo preço resolva esse "descolamento". O preço, pelo entendimento da CVM, precisaria incorporar a diferença da expectativa de crescimento do Ebitda das duas elétricas, além de outras eventuais diferenças entre elas. Também deveriam ser utilizados dados anuais no cálculo, e não trimestrais, para excluir distorções de sazonalidade dos resultados trimestrais das empresas. Em resposta aos questionamentos da CVM, a State Grid disse que, com base em precedentes existentes, não é papel da CVM discutir a melhor metodologia para determinar o preço, mas sim avaliar a consistência interna na aplicação da metodologia para aplicação do preço. "Ao sugerir a incorporação da expectativa de crescimento das duas companhias ou do Ebitda anual nos cálculos, a CVM está efetivamente solicitando uma alteração na metodologia do cálculo do preço, e não um ajuste para fins de consistência", diz o documento. Chinesa alega que não é papel do regulador do mercado discutir a melhor metodologia para determinar preço "A realização de tais alterações justificaria quaisquer outras adições ou subtrações à metodologia, desmantelando o acordo entre as partes em relação ao preço contratualmente estabelecido e entrando no mérito da metodologia", continuou a chinesa. Segundo a State Grid, a solicitação de alterações feitas no ofício posicionaria a CVM como "árbitro de preço" na compra das ações da CPFL Renováveis. Também diz que a metodologia utilizada está "completamente alinhada" com práticas de mercado e é adequada para calcular o valor da companhia "de forma razoável, como a aceitação do preço de compra pelos vendedores indubitavelmente demonstra". (Valor Econômico – 20.10.2017)

<topo>

7 CPFL Renováveis: State Grid se defende de queixa dos minoritários

Segundo a State Grid, o uso de projeções de Ebitda para avaliação das companhias [reivindicado pelos minoritários da CPFL Renováveis através da CVM] é inadequado por sua natureza "incerta e especulativa das projeções", o que as torna uma ferramenta ineficaz para precificar ações. A chinesa defendeu o uso do Ebtida trimestral, alegando que os números representam informações mais recentes da empresa. A State Grid diz que o cenário incomum e a incerteza em relação às diversas variáveis que influenciaram os resultados da elétrica durante o período histórico observado são tratados de forma mais adequada quando consideradas referências trimestrais, não anuais. Na manifestação entregue à CVM, a State Grid apresentou uma série de argumentos. Em um deles, afirma ter constatado diferenças que chamou de significativas entre as projeções de analistas e resultados reais da empresa. De 18 resultados apresentados, em onze a companhia teve Ebitda abaixo do previsto por duas instituições financeiras, o que segundo argumentos do novo controlador confirma a incerteza inerente às projeções. Procurada, a State Grid disse estar aplicando as melhores práticas de governança e conformidade no processo. "A State Grid está cooperando com a CVM nos procedimentos da OPA, e está disposta a contribuir com o desenvolvimento das companhias e com a criação de um futuro promissor a todos seus acionistas. (Valor Econômico – 20.10.2017)

<topo>

8 Voltalia: Companhia tem 560 MW para leilões de dezembro

A Voltalia cadastrou 560 MW de capacidade para os leilões A-4 e A-6 que serão realizados em dezembro. A companhia espera grande competitividade nas concorrências, e uma demanda maior para o A-6, que contratará energia a partir de 2023. "Acreditamos que temos projetos competitivos para ganhar os PPAs", comenta o diretor geral da companhia no Brasil, Robert Klein. Ele cita desenvolvimento de potencial solar em parques já operacionais da companhia, por exemplo, que podem ter custos com a conexão reduzidos. A empresa tem cerca de 2 GW em desenvolvimento no país, em estados como Piauí, Bahia e Amapá, além do Rio Grande do Norte, onde concentra toda sua capacidade eólica em operação, que soma 430 MW. A companhia, inclusive, inaugurou o seu maior complexo eólico, São Miguel do Gostoso, em município de mesmo nome no Rio Grande do Norte, com 108 MW, nesta quinta-feira (19/10). Em 2017, a Voltalia concluiu a construção de todos os projetos que negociou em leilões nos últimos anos, em um ciclo de investimentos que soma R$ 2,5 bilhões para entregar 430 MW de capacidade eólica. Todos os projetos estão instalados em território potiguar – alguns em parceria com outras empresas, como a Copel, que tem uma participação de 49% no complexo inaugurado hoje. A companhia se prepara agora para um novo ciclo de investimentos a partir dos leilões de dezembro. A expansão poderá ser com a fonte solar, com a qual a empresa vem ganhando esperiência. No ano passado, a Voltalia adquiriu a Martifer Solar, empresa portuguesa que tem experiência no desenvolvimento e construção de usinas fotovoltaicas. Além disso, desenvolve no sistema isolado de Oiapoque uma usina de 4 MW, junto com uma PCH de 7,5 MW, que substituirão térmica a diesel para atender a região. (Brasil Energia – 19.10.2017)

<topo>

9 Três Irmãos: Aneel aprova R$ 3,1 mi adicionais por reparos em unidade geradora

A Tijoá Participações e Investimentos vai receber valor adicional de R$ 3,1 milhões como reembolso dos custos de recuperação da unidade geradora nº 5 da usina hidrelétrica Três Irmãos. O repasse será feito pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica na liquidação financeira da energia de cotas, na proporção dos valores definidos para cada distribuidora. Em maio do ano passado, a Agência Nacional de Energia Elétrica autorizou a empresa a fazer reparos na máquina, que deixou de funcionar após um acidente em junho de 2013. O valor era de R$ 29,3 milhões, mas havia a previsão de pagamento de custos adicionais com a contratação do serviço. A Aneel não reconheceu R$ 897 mil em custos indiretos referentes à engenharia do proprietário. Segundo a agência, esse tipo de despesa já está incluída no Custo da Gestão dos Ativos de Geração, usado no cálculo da receita da hidrelétrica. Relicitada em março de 2014 a antiga concessão da Cesp passou a ser operada por Furnas e Triunfo Participações, controladoras da Tijoá. A empresa tinha em caixa R$ 8,8 milhões, recebidos em setembro de 2015 da estatal paulista. O valor é referente ao seguro contratado pela Cesp para cobertura do reparo da unidade geradora, que voltou a operar em 31 de maio desse ano. A Cesp, que ainda operava Três Irmãos, foi autorizada a contratar os serviços e os equipamentos, com direito a ressarcimento dos custos validados pela Aneel. Ao assumir oficialmente a concessão em 2014, a Tijoá também passou a ser responsável pela obra. (Agência CanalEnergia – 19.10.17)

<topo>

10 Nova subestação da Copel entra em operação

Já está em operação a nova subestação construída pela Copel para atender a expansão de demanda por energia elétrica no município de Cambé, região norte do Paraná. A conclusão do empreendimento foi anunciada pela companhia na última terça-feira, 17 de outubro, e triplicou a capacidade de atendimento aos parques industriais da região, beneficiando diretamente 17 mil domicílios. Número que tende a aumentar nos próximos meses, quando a unidade passar a assumir parte da carga do município de Rolândia. Para os dois municípios e também para a vizinha Londrina, a nova subestação proporciona maior flexibilidade de operação do sistema de distribuição de energia, reduzindo o risco de desligamentos. Segundo o presidente da Copel, Antonio Sérgio Guetter, o trabalho integra um grande volume de investimentos na modernização e expansão do sistema elétrico do Paraná, na cidade e no campo: “Concluímos recentemente a linha de transmissão entre Assis e Londrina, que interliga o sistema de transmissão em alta tensão, e agora a subestação Cambé vem reforçar a malha de distribuição para a região Norte do Paraná”, comentou. As obras são resultado de um investimento de aproximadamente R$ 20 milhões, incluindo a construção da subestação próxima ao estádio municipal no Jardim Tailândia, das linhas de transmissão para sua conexão a outras unidades em Londrina e Rolândia, e nove circuitos de distribuição encarregados pelo transporte da energia elétrica até os consumidores finais. A nova SE opera na tensão de 138 mil volts, com dois transformadores de capacidade de 21 MVA cada. Já na fiação elétrica da cidade, foram substituídos 10 quilômetros de cabos convencionais por tecnologia de rede compacta, e construídos outros 10 quilômetros de novas redes, o que contribuirá para a redução da frequência e duração de eventuais interrupções no fornecimento de energia. (Agência CanalEnergia – 19.10.17)

<topo>

11 CPFL Energia: Programa de aceleração de startups é lançado

A CPFL Energia lançou nesta quinta-feira, 19 de outubro, o programa CPFL Inova, uma iniciativa da área de inovação que pretende alavancar o crescimento de até 12 startups e scale-ups, que tenham colocado no mercado soluções com potencial de impulsionarem o setor elétrico. O programa será desenvolvido em parceria com a Endeavor, ONG global de fomento ao empreendedorismo. Segundo a CPFL, serão selecionadas empresas que desenvolvam soluções voltadas ao mercado de energia e infraestrutura, focado nas áreas de eficiência operacional, eficiência energética, geração distribuída, armazenamento de energia, Internet das Coisas, Big Data e análise de dados, cidades inteligentes e relacionamento com clientes. Além de receberem mentoria de lideranças da CPFL e da rede de executivos da Endeavor, as startups selecionadas terão acesso a um fundo de R$ 10 mi para o desenvolvimento de projetos de pesquisa e desenvolvimento. Os recursos serão investidos em capacitação técnica, especialização e no desenvolvimento de novos produtos e serviços. O projeto terá duração de sete meses. O CPFL Inova buscará empresas que estão se destacando pelo crescimento, com modelo de negócios escalável, diferenciais competitivos claros e lideradas por empreendedores com capacidade de execução e sonho grande. Na indústria da inovação, esse perfil de companhia é conhecido como “Scale Up”, que se difere da Startup por já estar em fase de dar tração ao negócio e, portanto, com desafios mais relacionados ao crescimento sustentável. (Agência CanalEnergia – 19.10.17)

<topo>

12 Santo Antônio: Projeto de P&D estuda sistema de contenção de troncos

O sistema de contenção de troncos associado à hidrelétrica de Santo Antônio está sendo objeto de um projeto de pesquisa e desenvolvimento desenvolvido pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo (IPT) em conjunto com a Santo Antônio Energia – operadora da usina. Realizado desde novembro do ano passado, o trabalho visa entender as condições necessárias para a otimização dos recursos dispendidos no sistema, com o objetivo de reduzir custos e garantir maior eficiência na operação. Chamado de log boom, o sistema de contenção direciona os troncos de árvores para o curso natural do rio e é uma das estruturas fundamentais da usina, evitando que as turbinas sejam prejudicadas. Com mais de 5,8 km de extensão, o log boom da hidrelétrica Santo Antônio é composto por um conjunto de boias de polietileno de alta resistência, sustentadas por estruturas de aço especial que vão desde a superfície da água até a profundidade de 4 metros. Ao todo, mais de 20 pesquisadores trabalham no projeto. O projeto foi objeto de estudo de duas dissertações de mestrado em Engenharia na USP. Utilizando diversas tecnologias com o intuito de aperfeiçoar a estrutura do equipamento, o estudo é baseado projeções computacionais, entre as quais um simulador real instalado em um tanque de provas com estrutura 10 vezes menor do que a construída na hidrelétrica. Pesquisadores do IPT que participam do projeto de pesquisa apresentaram dois trabalhos associados ao log boom de Santo Antônio na 30ª Conferência Americana de Tanques de Reboque, realizado entre 3 e 5 de outubro em Montgomery County, nos Estados Unidos. Um dos trabalhos busca desenvolver e validar um método numérico baseado em um software que simula os impactos da água na estrutura. O outro faz uma análise dos ensaios no tanque de prova para entender melhor os efeitos da movimentação provocada pela água no log boom. (Agência CanalEnergia – 19.10.2017)

<topo>

13 São Paulo, Goiás e Brasília: Conta de luz sobe para consumidores dessas localidades já neste domingo

A Aneel autorizou reajustes nas contas de luz dos consumidores atendidos pela Companhia Energética de Brasília (CEB) e pela Celg Distribuição (CELG D), que fornece energia para o estado de Goiás. O reajuste médio foi de 7,35% nas tarifas da CEB. Para consumidores conectados à alta-tensão, o aumento será de 8,46%, e para a baixa tensão, a alta será de 6,84%. No caso da CELG D, o aumento médio foi de 14,65%, sendo 15,89% para os consumidores da baixa tensão e 12,03% na alta. Os novos valores passarão a ser cobrados no próximo domingo (22). A CEB atende a 1,05 milhão de unidades consumidoras no Distrito Federal. Já a CELG tem uma base de aproximadamente 2,8 milhões de unidades consumidoras. Durante a reunião desta segunda-feira a Aneel também autorizou o reajuste no tarifário anual nas contas de luz para consumidores do estado de São Paulo. Terão aumento de 24,37% na conta de luz os clientes da Bandeirante Energia S.A., que atende a 1,8 milhão de unidades consumidoras. Também terão aumento na energia as cerca de 1,6 milhão de unidades consumidoras da Companhia Piratininga de Força e Luz (CPFL) – Piratininga, cujo reajuste médio será de 17,28%. Os novos valores passarão a ser cobrados no dia 23 de outubro. Para calcular o reajuste do tarifário anual, a Aneel considera a variação de custos associados à prestação do serviço. O cálculo leva em conta a aquisição e a transmissão de energia elétrica, bem como os encargos setoriais e atualização dos custos típicos da atividade de distribuição. (Ambiente Energia – 19.10.2017)

<topo>

14 Mais um projeto de transmissão da Energisa enquadrado junto ao REIDI

O MME autorizou na última quinta-feira, 19 de outubro, o enquadramento ao REIDI do projeto de Transmissão de Energia Elétrica da Energisa Pará Transmissora, relativo ao Lote 26 do Leilão nº 005/2016 da Aneel, compreendendo a LT 230 kV Xinguara II – Santana do Araguaia, Circuito Duplo, C1 e C2, com 296 quilômetros e o novo pátio de 230 kV da Subestação Santana do Araguaia. As obras acontecerão nos municípios de Xinguara, Rio Maria, Pau D’Arco, Redenção, Santa Maria das Barreiras, Santana do Araguaia, todos no Pará e o período de cumprimento do projeto é de agosto deste ano até fevereiro de 2022, demandando investimentos na ordem de R$ 315,5 milhões, sem a incidência de impostos. (Agência CanalEnergia – 19.10.17)

<topo>

 

Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Níveis dos reservatórios pelo Brasil

Os reservatórios do Sul diminuíram em 0,3% os níveis em relação ao dia anterior e se encontram com 43,4% da capacidade, segundo dados do ONS relativos a última quarta-feira, 18 de outubro. A energia armazenada no dia ficou em 8.729 MW mês e a energia afluente está em 65% da MLT. A usina de Passo Fundo opera com 81,68% da capacidade. Na região Sudeste/Centro-Oeste houve diminuição de 0,3% e os reservatórios operam com 19,9% da capacidade. A energia armazenada está em 40.378 MW mês e a energia afluente em 66% da MLT. A usina de Furnas trabalha com 14,19% da capacidade e Nova Ponte, com 17,36%. No submercado Nordeste os níveis recuaram em 0,2%, deixando os reservatórios com 7,4% da capacidade. A energia armazenada ficou em 3.859 MW mês no dia e a energia afluente está em 18% da média de longo termo armazenável acumulada no mês. A hidrelétrica Sobradinho apresenta 3,71% da sua capacidade. No Norte do país os reservatórios abaixaram 0,4% para 24,8% da capacidade. A energia armazenada chegou a 3.737 MW mês e a ENA ficou em 51% da MLT. A hidrelétrica Tucuruí se encontra com 37,98% da capacidade. (Agência CanalEnergia – 19.10.17)

<topo>

2 ONS: concluído plano anual de operação dos sistemas isolados

O ONS divulgou a conclusão do Plano Anual da Operação Energética dos Sistemas Isolados para o ano de 2018. Segundo o operador, os principais objetivos são subsidiar a EPE sobre a eventual necessidade de estudos de planejamento da expansão para adequação da oferta de energia e determinar as estimativas de consumo de combustível e montantes de energia a serem supridos por contratos, permitindo que a CCEE possa elaborar o Plano Anual de Custos, que define os montantes financeiros que subsidiam os custos de suprimento aos Sistemas Isolados, através de recursos provenientes da Conta de Desenvolvimento Energético. Ao todo, o PEN SISOL 2018 abrange 233 sistemas isolados, localizados principalmente na região Norte, além da ilha de Fernando de Noronha, sendo nove o número de agentes responsáveis pelo suprimento de energia a esses sistemas: CEA, Celpa, Eletrobras Distribuição Rondônia, Eletrobras Distribuição Acre, Eletrobras Distribuição Amazonas, Eletrobras Distribuição Roraima, Energisa, Celpe e Petrobras/Alcoa. Ainda de acordo com o PEN SISOL 2018, a carga própria total prevista para o ano de 2018 totaliza 475 MWmed, o que corresponde a cerca de 0,7% da carga total do Brasil. A potência efetiva instalada em 2018 é de 1.370 MW. (Brasil Energia – 19.10.2017)

<topo>

3 ONS: Linhão de 2,4 mil km deve operar com capacidade máxima de 4,7 mil MW

A restrição, que pode durar até o final de 2019 se o problema não for resolvido, tem origem em limitações em um equipamento chamado “eletrodo de terra” em um dos dois bipolos do linhão de transmissão que liga Rondônia ao Sudeste, operado pela IE Madeira, parceria entre Cteep e Eletrobras. O eletrodo, que é utilizado apenas em casos de interrupção no funcionamento de um dos bipolos, precisará ser instalado em local diferente do inicialmente planejado para funcionar adequadamente. O ONS avaliou que, com as limitações no equipamento, falhas que obrigassem o desligamento forçado de qualquer um dos dois bipolos do linhão poderiam resultar em um blecaute de grande porte no Sul e Sudeste. Para evitar esse risco, o ONS estabeleceu que os dois bipolos do linhão de 2,4 mil quilômetros de extensão deverão operar em capacidade máxima de 4,7 mil MW, ante uma capacidade total de 6,3 mil MW das estruturas. Antes, previa-se que o linhão alcançaria uma capacidade de 5,6 mil MW ainda em 2016 e chegaria ao total de 6,3 mil megawatts em 2017. O diretor técnico da IE Madeira, Jairo Kalife, disse à Reuters que a empresa está em processo de conclusão de estudos e conversas com o órgão ambiental Ibama e com o Iphan afim de ter autorização para uma obra que solucionará o problema, com uma mudança no posicionamento do eletrodo de terra. A intervenção deverá custar cerca de 50 milhões de reais. O investimento total da IE Madeira na construção de seu bipolo e subestações no linhão foi de mais de 3 bilhões de reais. (Reuters – 19.10.2017)

<topo>

4 CCEE: Consumo de energia subiu 4,6% entre 1º e 16 de outubro

O consumo de energia elétrica no Brasil subiu 4,6% entre os dias 1º e 16 de outubro, ante igual período de 2016, segundo dados preliminares da CCEE divulgados nesta quinta-feira. No mercado cativo, em que o consumidor é atendido pelas distribuidoras de energia, houve alta de 2,8 por cento no consumo, com impacto da migração de clientes para o mercado livre, onde grandes consumidores podem negociar contratos diretamente com geradores. O ambiente livre, por sua vez, registrou aumento de 9,4 por cento no consumo, também em reflexo dessa movimentação de clientes. Caso fosse desconsiderada, haveria queda de 1,1 por cento, afirmou a CCEE. A CCEE também informou que houve alta de 4,4 por cento na geração ao longo do mesmo período. (Reuters – 19.10.2017)

<topo>

5 CCEE: Liquidações financeiras de setembro movimentaram R$ 861,8 mi

As liquidações financeiras de energia nuclear e cotas de garantia física e potência, referentes a setembro deste ano, movimentaram R$ 861,8 milhões com adimplência de 100% em ambas, conforme dados preliminares divulgados nesta quinta-feira (19/10) pelo boletim InfoMercado Semanal Dinâmico, da CCEE. Essa modalidade movimentou R$ 272,6 milhões. No caso da liquidação de cotas, que envolveu R$ 589,1 milhões, trata-se da operação na qual as distribuidoras pagam para as geradoras envolvidas nesse regime – hidrelétricas cuja concessão foi renovada ou expirada em 2012 e que passaram a produzir nesse regime. Os empreendimentos enquadrados nas cotas somam mais de 12 GW médios de garantia física. (Brasil Energia – 19.10.2017)

<topo>

6 FDR Energia: Energia deve seguir mais cara em novembro por restrição em linhão do Norte ao Sudeste

Uma limitação no montante de energia que pode ser transportado pela maior linha de transmissão de eletricidade do Brasil, que leva até o Sudeste a produção de duas enormes hidrelétricas em Rondônia, Jirau e Santo Antônio, deverá pressionar as contas de luz em novembro, disseram especialistas à Reuters. Embora a restrição esteja presente desde o início da operação do linhão, ela ainda não era considerada nos modelos computacionais que calculam o preço da energia e guiam o acionamento das termelétricas. Mas a partir do próximo mês a questão será considerada, após a Aneel avaliar que o problema é de “caráter estrutural”, limitando um alívio para os bolsos dos consumidores que poderia ocorrer com a chegada da temporada de chuvas nas hidrelétricas. Em novembro, quando geralmente começam chuvas na região das hidrelétricas, a expectativa era de que a cobrança extra caísse para 3 reais, primeiro patamar da bandeira vermelha, ou 2 reais, com bandeira amarela, mas a limitação de transmissão pode manter a tarifa sob pressão, disse à Reuters o presidente da comercializadora FDR Energia, Erik Azevedo. “O que vai acontecer é que, com a capacidade reduzida da transmissão, vai reduzir a energia disponível no Sudeste... se não fosse essa restrição do linhão, a gente com certeza poderia ter bandeira vermelha nível 1. Com isso, já passa para bandeira vermelha nível 2”, disse. Atualmente, as térmicas mais caras em funcionamento estão na casa dos 860 reais MWh. (Reuters – 19.10.2017)

<topo>

7 Energisa: Consumo de energia elétrica em Sergipe recuou 9,4% no mês de setembro

Uma análise realizada pelo Boletim Sergipe Econômico, divulgada nesta quinta-feira (19), com base nos dados da Energisa, (que gera e distribui energia para 63 municípios sergipanos, alcançando 96% do território do estado), constatou que o consumo total de energia elétrica no estado chegou a 174,5 GWh, em setembro. Em termos relativos, o consumo total de energia elétrica foi 9,4% menor do que o consumido em setembro do ano passado. Em relação ao mês imediatamente anterior, agosto último, também houve queda, porém de 5,6%. No acumulado do ano, janeiro a setembro, o consumo de energia elétrica no estado situou-se 2,2% abaixo do volume consumido no mesmo período de 2016. O consumo nas residências da área atendida pela Energisa chegou a 73,8 Gwh, assinalando queda de 9,4% em relação a setembro de 2016. No comparativo com o mês imediatamente anterior, agosto último, houve retração de 6%. De janeiro a setembro do ano andante, o consumo recuou 0,3%. Na indústria, o consumo (incluindo mercado cativo e livre) totalizou 68,6 Gwh, assinalando retração de 1%, quando comparado ao consumo registrado em setembro do ano passado. Entretanto, quando comparado com o mês anterior, verificou-se alta de 7,3% no consumo. Nos nove primeiros meses do ano, o consumo industrial de energia elétrica recuou 6,6%. Para o comércio, o consumo no mercado cativo ficou em 36,6 Gwh, recuando 8,7% em relação ao mesmo mês de 2016. Quando comparado com o mês imediatamente anterior, a queda foi de 3,2%. Considerando o consumo em 2017, de janeiro a setembro, foi observada queda de 4,8%, em comparação com o mesmo intervalo de 2016. (G1 – 19.10.2017)

<topo>


Meio Ambiente

1 Comissão de Minas e Energia aprova proposta de redução de imposto para veículos híbridos

A Comissão de Minas e Energia aprovou proposta que permite a empresas deduzir do Imposto de Renda 150% do valor investido em pesquisa e desenvolvimento tecnológico de veículos híbridos movidos a gás e energia elétrica. O incentivo valerá para empresas tributadas pelo lucro real até 2020. A dedução deverá observar o limite de 60% do total das despesas dedutíveis e não poderá exceder a 4% do Imposto de Renda devido. Relator, o deputado Augusto Carvalho (SD-DF) defendeu a medida, prevista no substitutivo aprovado na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços. O texto original – Projeto de Lei 4763/16, do deputado Aureo (SD-RJ) – prevê que a dedução beneficie investimentos em pesquisa com veículos, de passageiros ou carga, movidos a gás. O substitutivo apresentado na Comissão de Desenvolvimento Econômico pelo deputado Jorge Côrte Real (PTB-PE), no entanto, ampliou a proposta para beneficiar veículos híbridos. Carvalho considerou a mudança uma importante contribuição para evitar as causas do aquecimento global. “Estabelecer que os benefícios sejam concedidos também a veículos de características híbridas, ou seja, que utilizem tanto o GNV quanto a eletricidade, acompanha a trilha de vários países mais desenvolvidos, como Noruega, França e Reino Unido, onde, dentro de duas décadas, já não mais existirão veículos movidos a derivados de petróleo”, disse. (Ambiente Energia – 20.10.2017)

<topo>

2 Climatempo: Período úmido está atrasado 20 dias e final de 2018 já preocupa

O período úmido de 2017/2018 não começou do ponto de vista técnico para os modelos meteorológicos. Até o momento há um atraso de cerca de 20 dias no seu início que é representado pela umidade da Amazônia avançando pelo Centro-Oeste do país. Até o momento, segundo as imagens do satélite Goes esse fator indica que há atraso. E a tendência é de que as chuvas deste período possam ficar abaixo da média histórica o que levanta dúvidas sobre as perspectivas de abastecimento para o segundo semestre de 2018. De acordo com a meteorologista e diretora da Climatempo, Patrícia Madeira, essa métrica técnica deveria ter sido alcançada em 15 de outubro, o que não aconteceu. O pior indicativo é que medições e projeções do NOAAA, dos Estados Unidos, é de que as águas do pacífico indicam que a perspectiva é de que haja a ocorrência de La Niña em meados do ano que vem. “Com isso a tendência de chuvas para o período úmido do ano que vem é de um novo atraso, o que traz preocupação até mesmo para questões de abastecimento”, afirmou a executiva em sua apresentação no 5º Fórum Nacional dos Consumidores Livres, evento realizado pelo Grupo. A estimativa preocupante deve-se ao fato de que a tendência de chuvas desse período úmido ficar abaixo da média. As projeções da Climatempo apontam para que os reservatórios alcancem ao final de março níveis abaixo do necessário para sua manutenção ao longo do ano. A estimativa é de que no geral não seja um ano de grandes volumes ao ponto de reverter o quadro atual que demandaria um volume muito acima da média para que o país recuperasse o índice de armazenamento. (Agência CanalEnergia – 19.10.17)

<topo>

 

Energias Renováveis

1 Economia Verde: financiamento de R$ 70 mi em 2017

A Economia Verde, linha de financiamento do Desenvolve São Paulo, espera terminar 2017 financiando R$ 70 mi em projetos de eficiência energética. De acordo com Álvaro Sedlacek, diretor financeiro e de negócios da agência de desenvolvimento, a expectativa é que o valor possa crescer nos próximos anos. “Queremos financiar muito mais que isso”, avisa o diretor, que participou nesta quarta-feira, 18 de outubro, de debate no Fórum Nacional de Eficiência Energética, em São Paulo (SP). A linha financia projetos sustentáveis como a redução de consumo de energia e a troca de combustíveis fósseis por renováveis. Ela dá condições especiais de financiamento, como prazo de pagamento de até dez anos com dois anos de carência. Segundo Sedlacek a agência também quer no ano que vem fomentar projetos de geração distribuída movidos a energia solar e a biomassa. A projeção é de financiamentos de R$ 200 mi em 2018. “Queremos facilitar ao máximo a análise desses processos que vierem para nós”, explica. Ele lembra que muitas vezes, apesar de haver o dinheiro da agência disponível, o projeto não consegue ser aprovado, por chegarem em um estado em que ainda não podem ser financiados. A condição financeira das empresas também influencia, já que é necessária atender as regras do Banco Central. Ainda segundo ele, projetos são inviabilizados por falhas nas perspectivas de resultados e na projeção de ganhos e custos. “Ele se torna inviável quando por qualquer variação, o serviço da dívida se torna impagável”, aponta. Como antídoto para isso, ele acena com o prazo de até dez anos, que dá previsibilidade. Segundo ele, para um projeto de geração ou de eficiência, o prazo longo é tão importante quanto a taxa. O movimento de procura espontânea pelos financiamentos continua baixo, mas tem crescido ao longo do tempo. A agência tem buscado se apresentar mais aos consumidores em potencial, de modo a se tornar conhecida. (Agência CanalEnergia – 19.10.17)

<topo>

2 Serra das Vacas: Fitch retira rating de proposta da holding eólica

A agência de classificação de risco Fitch Ratings removeu o Rating Nacional de Longo Prazo ‘AA-(exp)(bra)’, com Perspectiva Estável, da primeira série da proposta da primeira emissão de debêntures da Eólica Serra das Vacas Holding S.A A Fitch informou que a retirada do rating da primeira série ocorreu visto a mesma ter sido cancelada, devido à alocação do valor total da emissão na terceira e na quarta séries de debêntures. Dado o cancelamento, estas passaram a ser denominadas primeira e segunda séries, respectivamente. A retirada não afeta os ratings atribuídos em 15 de dezembro de 2016 à primeira e à segunda série da primeira emissão, nos montantes de R$ 23 milhões e R$ 45 milhões, respectivamente. (Agência CanalEnergia – 19.10.2017)

<topo>

3 Operações comerciais de fotovoltaicas e eólicas liberadas

A Aneel liberou para operação comercial três usinas de geração fotovoltaica da Pirapora Energias Renováveis, segundo despacho publicado pela Aneel nesta quinta-feira, 19 de outubro. São elas a UFV Pirapora 5, que compreende as unidades UG14 a UG31, de 967,742 kW cada, totalizando 17.419,356 kW de capacidade instalada. UFV Pirapora 7, com as unidades geradoras UG14 a UG31, de 967,742 kW cada, somando 17.419,356 kW de capacidade, e a UFV Pirapora 9, com UG18 a UG31, de 967,742 kW cada, num total de 13.548,388 kW de capacidade instalada. As usinas estão localizadas em Pirapora (MG). Outra contemplada pela autorização junto ao órgão regulador foi a EOL Ventos de São Vicente 08, que poderá operar comercialmente as unidades UG8 a UG14, de 2.100 kW cada, somando 14.700 kW de capacidade instalada. O empreendimento fica em Curral Novo do Piauí (PI). Ainda no mesmo município a usina de geração eólica Ventos de São Vicente 10 também foi liberada pela Aneel, mas para operar em regime de testes suas unidades UG1 a UG14, de 2.100 kW cada, totalizando 29.400 kW de capacidade. (Agência CanalEnergia – 19.10.17)

<topo>

 

Gás e Termelétricas

1 Divergências no setor de gás natural devido a novo marco legal

O rascunho do projeto de lei pelo qual o governo pretende implementar a reforma do marco legal do setor de gás natural, o texto do substitutivo do PL 6.407, de 2013, de relatoria do deputado Marcus Vicente (PP-ES), gerou divergências entre os principais segmentos do mercado do energético no país. O principal ponto de discordância do documento, apresentado esta semana a integrantes do MME e representantes de entidades do setor, prevê que a definição dos critérios de migração para o mercado livre de gás seja de âmbito federal, a cargo da ANP, retirando poder dos governos estaduais, donos de parte das distribuidoras de gás do país. O projeto estabelece que a ANP deva definir os critérios para que um consumidor se torne livre, o que invade a competência estadual. Provavelmente isso seria considerado inconstitucional. Segundo o superintendente da Abividro, Lucien Belmonte, porém, há convergência muito grande no setor no sentido de que o modelo de comercialização de gás no mercado livre seja de âmbito federal. Para Lívia Amorim, especialista em gás e energia do escritório Souto Correa Advogados, a liberalização do mercado de gás é fundamental para o sucesso da reforma do marco legal. "O sucesso do modelo de entrada e saída está relacionado, em grande medida, à existência de um número relevante de agentes trocando. Por isso, a liberalização do mercado se torna ainda mais importante", afirmou. Segundo o diretor da ANP José Cesário Cecchi, o projeto tem um potencial de judicialização "um pouco elevado". Nessa linha, o presidente da Abegás, Augusto Salomon, acredita que o substitutivo vai gerar insegurança jurídica. "O mercado inteiro estava esperando um documento que ampliasse a oferta de gás, os investimentos da indústria e o aumento da capacidade de produção local. Mas foi apresentado um documento que vai gerar quebra de contratos, risco de investimentos e insegurança jurídica". Já o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), o economista Adriano Pires, disse que, com o projeto, o Brasil perde a terceira oportunidade de atrair investimentos e criar um mercado de gás robusto. (Valor Econômico – 20.10.2017)

<topo>

2 Petrobrás tenta solução para conflito com a Potigás

A Petrobras entrou na Justiça contra a ANP para tentar solucionar um conflito com o governo do Rio Grande do Norte e com a distribuidora local de gás Potigás, na qual a estatal tem participação acionária. A disputa exemplifica as dificuldades que o governo terá para alinhar os interesses em torno do novo marco regulatório do setor. A legislação garante o monopólio da distribuição de gás a empresas estaduais e lhes permite cobrar tarifas sobre movimentações do combustível em sua área de atuação, mesmo que os dutos tenham sido construídos por terceiros. A Petrobras questiona o valor da tarifa definido pela Arsep e, após o início das operações, foi multada pela ANP em R$ 1,26 milhão por falta de contrato. A empresa pede a suspensão das multas e dos pagamentos à distribuidora até que a atividade de autoprodutor de gás seja regulamentada no Estado. (Folha de São Paulo – 20.10.2017)

<topo>

3 Petrobras: proposta para adoção de medidas estruturais para térmicas existentes

A Petrobras propôs nesta quinta-feira (19/10) que o governo adote medidas estruturais para viabilizar a contratação adequada de térmicas existentes. Em nota, a petroleira informou que o aumento do número de usinas sem contrato de combustível poderá causar impacto na garantia do suprimento energético. A empresa também informou que analisará todas as demandas que cheguem à companhia sobre o fornecimento de gás natural para as usinas. Na véspera, o CMSE disse que enviará correspondência à Petrobras no sentido de viabilizar o combustível para as usinas que podem gerar energia mas que encontram-se paradas, de forma a ter mais unidades disponíveis para despacho e garantir o suprimento. (Brasil Energia – 19.10.2017)

<topo>

4 Partilha de Produção do Pré-Sal: expectativa é que todas as áreas sejam leiloadas

O diretor-geral da ANP, Décio Oddone, disse hoje (19) que a expectativa para a Segunda e a Terceira Rodadas de Partilha de Produção do Pré-Sal, na semana que vem, é que todas as áreas tenham disputa de ofertas e sejam leiloadas. Oddone participou da solenidade de posse de José Cesário Cecchi na Diretoria Colegiada da ANP, no Palácio Itamaraty, no Rio de Janeiro. "A nossa expectativa é que todas as áreas do pré-sal sejam contratadas com disputa", disse Oddone sobre os leilões, marcados para o dia 27 deste mês. "Acho que haverá oferta pelas oito [áreas do leilão] e haverá disputa acirrada por algumas delas". Na segunda rodada, serão oferecidas áreas com jazidas unitizáveis, que são as adjacentes a campos ou prospectos cujos reservatórios se estendem para além da área concedida. As áreas são relativas às descobertas denominadas Gato do Mato e Carcará e aos campos de Tartaruga Verde e Sapinhoá. Na terceira rodada, serão disputadas as áreas localizadas nas bacias de Campos e de Santos, na região do polígono do pré-sal, relativas aos prospectos de Pau Brasil, Peroba, Alto de Cabo Frio-Oeste e Alto de Cabo Frio-Central. (Agência Brasil – 19.10.2017)

<topo>

5 Reabertura de prazo para oferta aos blocos do Pré-Sal

O diretor-geral da ANP, Décio Oddone destacou a possibilidade de reabrir o prazo para apresentar ofertas aos blocos que não forem contratados ao longo das próximas rodadas. A mudança foi anunciada pela agência na manhã de hoje e permitirá que, ao fim de cada rodada, as empresas façam novos lances. Segundo Oddone, a mudança foi pensada para evitar que problemas burocráticos impeçam a contratação de áreas disponíveis no leilão. "Isso corrige a possibilidade de confusões de última hora, de envelope, burocracia, procuração. Foi com o objetivo de dar uma oportunidade caso alguém se equivoque". O diretor-geral da ANP afirmou que a mudança passará a valer para todos os próximos leilões, incluindo as rodadas de concessão. Para 2018, a ANP prevê a realização de três leilões, entre eles a 15ª Rodada, em março, que terá blocos em bacias da margem leste e equatorial e as bacias terrestres de fronteira. Com o calendário eleitoral, esses leilões não poderão ser realizados entre julho e outubro, explicou Oddone. (Agência Brasil – 19.10.2017)

<topo>

6 Aprovado CVU para UTE Norte Fluminense

A ANEEL aprovou o CVU, visando o ressarcimento da UTE Norte Fluminense. Os valores de CVU foram fixados em R$ 50,29/MWh para a unidade 1, R$ 59,30/MWh para a unidade 2 e R$ 112,54/MWh para a unidade 3. Os CVUs serão aplicados no processo de contabilização a partir do mês de setembro de 2017. A decisão foi publicada no despacho Nº 3.503, na edição da última quarta-feira, 18 de outubro, do DOU. (Agência CanalEnergia – 19.10.17)

<topo>

7 MME: Biogás está aderente às propostas do novo marco do setor elétrico

O biogás tem uma importância fundamental dentro da proposta de reforma do setor elétrico nacional, cujo formato final está em fase de conclusão para ser enviado à Casa Civil da Presidência da República, seguindo, na sequência, para o Congresso Nacional, afirmou o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do MME, Eduardo Azevedo. "O novo modelo não foi criado para o biogás, mas ele está tão aderente às necessidades e oportunidades do biogás, que ele poderia ser enxergado como um programa criado para o biogás. Porque se trata de uma mudança de modelo baseada numa lógica econômica racional, onde as fontes vão ser inseridas de acordo com as suas características e ganhos para o setor", explicou. Dois itens, segundo ele, são estratégicos para a área, a começar pela abertura do mercado livre, com a ampliação do número de consumidores que poderão se habilitar nesse ambiente, em particular os consumidores especiais que terão menos barreiras de entrada, abrindo assim espaço para a geração distribuída próxima ao centro de carga, com otimização do sistema e com redução de perdas. "Talvez somente a fonte solar tenha tanto benefício como biomassa e biogás nesse sentido", observou o secretário. Outro ponto, ressaltou, é que os autoprodutores passarão a contar com um modelo diferente de contratação do que existe hoje disponível. "É que se o autoprodutor, consumindo uma parte da energia, assim se autodeclarar ele tem ele tem um modelo jurídico e tributário diferente do produtor independente. A ideia é unificar isso e, de novo, quem terá maiores ganhos são os projetos com biomassa e biogás", afirmou. Artur Milanez, Gerente Setorial do BNDES, por sua vez, explicou que o banco federal vê o segmento como um vetor promissor e anunciou a realização de um seminário em novembro, com foco na produção do biogás a partir de resíduos industriais. (Brasil Energia – 19.10.2017)

<topo>

8 ABiogás: biogás poderia suprir 19% da demanda elétrica em SP

Se o biogás fosse destinado para a geração de energia elétrica ele seria capaz de dar conta de 19% do consumo total paulista. Esse foi o potencial apontado pelo subsecretário de Energias Renováveis da Secretaria de Energia e Mineração do Estado, Antonio Celso de Abreu Junior, que participou na última quarta-feira (18/10) do segundo dia do IV Fórum do Biogás, na capital paulista. No país como um todo, dados da ABiogás, mostram que o potencial de geração de biometano é de 34 milhões de m³/dia. Ele lembrou que o estado tem planos de ampliar o uso do biometano na rede de gás canalizado, que está em um processo de expansão, tendo como base a regulamentação aprovada recentemente que estabelece regras de uso e controle de qualidade do insumo. (Brasil Energia – 19.10.2017)

<topo>

9 Biogás apresenta expansão na região Sul do país

O Paraná é um dos estados que está desenvolvendo políticas públicas para impulsionar o biometano. O estado é um dos grandes produtores de proteína animal com o maior rebanho suíno do país com 7 milhões de cabeças e produz cerca de 20% da produção de grãos do Brasil, o que é considerada uma fonte para transformação em biogás. O presidente da Copel, Antonio Guetter, ressaltou que o estado já conta com diversos projetos, entre os quais o da CS Bioenergia em parceria com a Sanepar, que prevê a produção de biogás e geração de energia a partir do lodo do esgoto. A capacidade de geração da usina é de 2,8 MW, considerada suficiente para atender a demanda de 28 mil casas populares. Em Santa Catarina, a gestora e coordenadora de projetos de inovação nas áreas de bioenergia da Fapesc, Iara Dreger, abordou a meta de resíduo zero no estado. Assim como no Paraná, Santa Catarina é um dos grandes produtores de animais e o passivo dos resíduos sempre foi uma preocupação. A executiva esteve à frente de um comitê que foi responsável para a criação do marco catarinense do Biogás. Em quase mil páginas, o documento faz um raio-x técnico sobre o potencial do insumo estadual apontando os pontos de maior geração, os potenciais segmentos e grupos de consumidores deste tipo de energia, estudando as redes de distribuição, geração e aproveitamento do biometano e traz meios para promover seu uso como fontes de energia. (Brasil Energia – 19.10.2017)

<topo>

10 Liquidações de cotas e nucleares movimentam R$ 861,8 milhões em setembro

As liquidações financeiras de energia nuclear e cotas de garantia física e potência, referentes a setembro, movimentaram R$ 861,8 milhões com adimplência de 100% em ambas as operações, divulgou a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica nesta quinta-feira, 19 de outubro. A liquidação financeira de energia nuclear é a operação pela qual 47 distribuidoras de energia elétrica rateiam a produção das usinas de Angra I e II. A operação movimentou R$ 272.620.631,53 em setembro. No caso da liquidação de cotas, que envolveu R$ 589.190.954,19, trata-se da operação na qual 46 distribuidoras de energia pagam para as geradoras envolvidas nesse regime uma receita de venda definida pelo governo. Os empreendimentos enquadrados no regime de cotas somam mais de 12 GW médios de garantia física. (Agência CanalEnergia – 19.10.2017)

<topo>

 

Grandes Consumidores

1 Votorantim Energia: Atuação no atendimento ao setor elétrico é reforçada

A Votorantim Energia, braço de gestão para o setor elétrico do tradicional grupo industrial brasileiro, reforçou sua atuação no segmento. A perspectiva dos próximos anos de que o consumidor de energia terá um papel mais ativo é um dos motivos que levaram a empresa a incrementar seu portfólio de serviços. A empresa que é a maior autoprodutora de energia do país com mais de 3 GW em capacidade instalada lançou durante a 1ª edição do Energy Expo Forum novos serviços com foco no desenvolvimento de estratégias para a redução de custos e o aumento da eficiência e produtividade dos clientes. Esses serviços são divididos em três categorias diferentes. Nomeada como Supply, a promessa é de aprimorar as operações básicas de compra, venda e gestão de energia elétrica. Outra frente de atuação é no gerenciamento com a identificação das oportunidades de otimização do consumo e auxiliar no processo de compra de energia. Por fim, o terceiro eixo é a Intelligence, que oferece inteligência de mercado e ganho de oportunidade nas negociações oferecidas. De acordo com o presidente da companhia, Fábio Zanfelice, a experiência da empresa até para atender a demanda interna do grupo fez com que naturalmente houvesse uma atuação não somente para seu público interno, mas a expansão para outras empresas com as mesmas demandas e necessidades que a Votorantim. Um desses caminhos, continuou, passa no atual momento pela abertura da Votorantim Energia para comercialização de 10 MW médios no projetos Ventos do Piaui por meio do compartilhamento desse volume com autoprodutor. Nesse sentido, disse Zanfelice, a empresa vem conversando com diversas empresas para viabilizar essa venda. E, nessa mesma perspectiva, está o lançamento dos produtos da empresa. (Agência CanalEnergia – 19.10.2017)

<topo>

2 Votorantim Energia: Empresa comenta sobre atuação em renováveis

O presidente da Votorantim Energia, Fábio Zanfelice negou que a companhia esteja à procura de parceiros para a formação de uma joint venture para o investimento em energias renováveis. Na verdade, essa história, avaliou o executivo, veio justamente dessa procura por parceiros na parcela de 10 MW médios no Piauí. “Ainda não temos nada fechado com ninguém (…). Estamos abertos para fazer negócios, mas não é uma meta da empresa ter uma joint venture para investir”, afirmou ele. A revogação da concessão da UHE Tijuco Alto e da PCH Salto das Nuvens vem na esteira de buscar a diversificação de portfólio uma vez que essas duas centrais já apresentavam dificuldades de serem viáveis do ponto de vista ambiental. Ao mesmo passo a companhia está com um projeto de 400 MW na fonte eólica no Piauí, mas que ainda não foi negociado por falta de transmissão. “Naquela região havia projetos da Abengoa que não saíram do papel, e por isso estão para serem desenvolvidos quando esse problema estiver resolvido”, disse Zanfelice. Essa capacidade de geração, continuou ele, não será obrigatoriamente desenvolvida para o mercado livre ou o mercado regulado e sim na forma mais viável de contratação quando a capacidade de transmissão estiver disponível. Nesse sentido, em sua visão a separação de lastro e energia, proposta na CP 33 do MME é considerada a forma crucial para continuar a expansão da capacidade de geração do país. Ele admite que essa discussão, por ainda ser nova cria preocupação em agentes, pois ainda não se sabe como é que se dará esse movimento. “Contudo, acredito que o governo, EPE, Aneel, saberão como fazer essa transição e que os investimentos devem ser remunerados. Estou otimista com a valorização correta dos atributos das fontes que é importantes para o setor se desenvolver no futuro”, finalizou. (Agência CanalEnergia – 19.10.2017)

<topo>

 

Economia Brasileira

1 Custo da energia terá impacto sobre retomada em 2018

É cedo para fazer cálculos, mas a queda do nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas, o aumento do uso das térmicas e a consequente elevação do preço da energia para as empresas, em especial a indústria, pode ter efeito na atividade econômica em 2018. Esse ponto foi levantado por dois economistas durante seminário da Escola de Economia de São Paulo da FGV. "Se o perfil hídrico piorar, talvez tenhamos um PIB de eletricidade menor, por causa do aumento do uso das térmicas", afirmou Livio Ribeiro, do Ibre-FGV. Ele observou que, por questão metodológica, no PIB, para um mesmo nível de produção de energia, quanto mais térmicas usadas, mais cai o nível da atividade. "É um risco para o ano que vem." Cristiano Oliveira, economista-chefe do Banco Fibra, diz que é cedo para fazer avaliações sobre impacto no PIB, mas um aumento expressivo no custo da energia pode elevar o custo das empresas no momento em que se preparam para uma retomada do crescimento e do investimento. "Nosso problema agora é energia elétrica. Acho que isso pode ser um problema em 2018", afirmou. As reformas e medidas já aprovadas pelo governo Michel Temer terão um impacto positivo relevante sobre o PIB potencial e vão contribuir para reduzir a taxa de juros estrutural do país no prazo de cinco a dez anos, afirmou Alessandra Ribeiro, economista-chefe da Tendências Consultoria. (Valor Econômico – 20.10.2017)

<topo>

2 Novo Refis será sancionado na próxima semana e o prazo para adesão fica menor

O governo não deve sancionar a MP do Refis esta semana, o que encurtará o prazo para adesão das empresas e pessoas físicas parcelarem suas dívidas com a RF e Procuradoria-Geral da Fazenda da União (PGFN), que acaba dia 31 de outubro. O presidente Michel Temer tem até 1º de novembro para sancionar o projeto. O Ministério da Fazenda trabalha para que isso ocorra só após a votação da denúncia contra o pemedebista na Câmara, dia 25. O texto já está sobre a mesa de Temer para deliberação, com a lista de vetos solicitados pela Fazenda, como para impedir a inclusão de empresas que pagam tributos pelo Simples - o parcelamento por uma lei ordinária é considerado inconstitucional - e pelo Regime Especial de Tributação (RET). Há também pedido para derrubar a permanência no Refis de quem atrasar parcelas. O relator da MP, deputado Newton Cardoso Júnior (MG), se reuniu ontem com o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, mas não obteve um compromisso de quando ocorrerá a sanção. Havia expectativa, por parte dos parlamentares, de que isso ocorresse ainda esta semana, após apelos de empresários. Mas a equipe econômica defender sancionar o texto só depois da denúncia, quando haverá menos pressão dos deputados. A sanção a partir do dia 25 deixaria apenas quatro dias úteis para adesão ao programa ou transferência das dívidas já parceladas na versão original do Refis para as alteradas pelo Legislativo, que são mais benéficas aos devedores. Por isso, Cardoso pediu ao ministro uma nova prorrogação do prazo por MP. (Valor Econômico – 20.10.2017)

<topo>

3 IPCA-15 sobe 0,34% em outubro e acumula alta de 2,71% em 12 meses

A prévia da inflação oficial brasileira, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) acelerou de 0,11% em setembro para 0,34% em outubro, informou o IBGE. O resultado ficou acima do verificado em outubro de 2016 (+0,19%). Em 12 meses, houve alta de 2,71%, acima dos 2,56% verificados nos 12 meses imediatamente anteriores. Foi a primeira aceleração da inflação pelo indicador de 12 meses desde agosto de 2016. Mesmo assim, a taxa segue abaixo do piso da meta, de 3% neste ano — o centro da meta é de 4,5%. No acumulado do ano, o IPCA-15 registrou elevação de 2,25%. No mesmo período do calendário anterior, o índice subiu 6,11%. É o menor acumulado para outubro desde 2006 (2,22%). O IPCA-15 ficou praticamente em linha com a média de 0,35% apurada pelo Valor Data com 25 consultorias e instituições financeiras. O intervalo dessas estimativas ia de alta de 0,24% a 0,40%. Para o acumulado em 12 meses, a previsão era de elevação de 2,71%. Dos nove grupos avaliados, habitação acelerou a alta de 0,26% em setembro para 0,66% um mês depois. (Valor Econômico – 20.10.2017)

<topo>

4 IGP-M suaviza alta para 0,30% na segunda medição de outubro

A queda do preço do minério de ferro compensou parte da alta em importantes commodities agrícolas, como milho e soja, e fez a inflação medida pelo Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) desacelerar para 0,30% na segunda prévia de outubro. Na segunda parcial de setembro, o indicador teve alta de 0,41%. No ano e em 12 meses, o IGP-M acumula queda, de 1,81% e de 1,30%, respectivamente. O minério de ferro recuou 5,82%, depois da alta de 10,42% um mês antes, levando o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) a desacelerar de 0,63% na segunda medição de setembro para 0,36% de aumento na parcial de outubro. (Valor Econômico – 20.10.2017)

<topo>

5 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial fechou o pregão do dia 19 sendo negociado a R$3,1754, com variação de +0,36% em relação ao início do dia. Hoje (20), começou sendo negociado a R$3,1824 — variação de +0,22% em relação ao fechamento do dia útil anterior — e segue uma tendência de alta, sendo negociado às 11h50 no valor de R$3,1866, variando +0,13% em relação ao início do dia. (Valor Econômico – 19.10.2017 e 20.10.2017)

<topo>

 

Internacional

1 Argentina: Neuquén adiciona Chevron para explorar gás seco em uma área de Vaca Morta

A empresa regional da Gas and Petroleum (GyP) de Neuquén, na Argentina, adicionou como parceiro estratégico a multinacional Chevron para a exploração da chamada segunda fase Vaca Muerta, desde a chegada de novos investimentos este ano. A ligação entre o gigante americano e a empresa é para a área de Loma del Molle Norte. A estrangeira investirá 19 milhões de dólares e a GyP participará do sistema de transporte ou transporte. Além disso, ontem foram anunciadas as propostas de outros três depósitos secundários, por 303 milhões de dólares a mais. A área de Loma del Molle Norte está localizada a sul de Buta Ranquil e tem potencial para reservatório de gás seco. Faz parte do pacote de 53 depósitos GyP que foram deixados dentro do mecanismo de licitação chamado Neuquen Exploration Plan. Alberto Saggese, presidente da GyP, enfatizou que a oferta da Chevron implica o retorno da empresa norte-americana para investir na província e seu primeiro contrato com a assinatura da bandeira de Neuquen. (El Inversor Energético – Argentina - 19.10.2017)

<topo>

2 Argentina: O grupo Albanesi adiciona 746 MW para gerar eletricidade

O grupo Albanesi tornou-se o maior licitante da Argentina a gerar eletricidade adicionando 746 MW, no âmbito da expansão do parque gerador e da diversificação da matriz energética argentina, com base em duas resoluções oficiais. "Este grupo conseguiu ser premiado com a maior quantidade de megawatts para a geração de energia concedida no atual governo, que alcançou através das resoluções 21/2016 para projetos de geração térmica e os mais recentes 287/2017 para cogeração e fechamento de ciclos combinados, equivalente a cerca de US $ 700 milhões", disseram fontes do mercado. Desta forma, o Grupo Albanesi tornou-se hoje (19/10) o gerador elétrico com mais quantidade de MW premiada desde o início do governo de Maurício Macri: 746 MW que envolverão um investimento total estimado de US $ 700 milhões. O prêmio recente permitirá adicionar uma nova turbina de geração térmica, 50 Mw de potência, aos três já existentes na fábrica de Ezeiza, inaugurada há duas semanas, além do encerramento do ciclo dessas quatro turbinas por 100 Mw para completar uma oferta total nesse nó de 300 Mw. No Modesto Maranzan Central, na cidade de Rio Cuarto, Albanesi também obteve a adjudicação de uma terceira turbina e um ciclo de fechamento para os três por 113 Mw. (El Inversor Energético – Argentina - 19.10.2017)

<topo>

3 Paraguai: Acordo entre o país e Argentina prevê aumento para a energia paraguaia de Yacyretá

Na nota de reversão assinada em 28 de setembro pelos ministros dos estrangeiros do Paraguai e da Argentina, um pequeno aumento é concedido para a transferência de energia. Nem se contempla a possibilidade de vender para países terceiros, uma vez que o tratado fala apenas de um direito "preferencial". O item V do novo Anexo C do Tratado de Yacyretá, incluído na referida Nota de Reversão, no ponto V.2, indica que o valor unitário da compensação de transferência de energia é estabelecido em 2.998 dólares por GWh até 31 de dezembro de 2016 e US $ 3.598 / GWh cedidos a partir de 1º de janeiro de 2017. Isso significa que a transferência de energia do Paraguai para a Argentina aumentará em US $ 8, 7 MWh a US $ 10,5 por MWh, um valor considerado muito inferior aos valores de mercado, mesmo levando em conta que o valor da tarifa de Yacyretá, que seria de US $ 36 / MWh, é adicionado a esse valor. No próximo ponto da nota, uma nova cláusula é introduzida segundo a qual "Yacyretá, sem afetar os recursos disponíveis para o seu bom funcionamento, deve avançar mensalmente, no todo ou em parte, os montantes estabelecidos para compensação pela transferência de energia em favor da alta contratante que transfere energia, desde que tais adiantamentos sejam em conta as obrigações que se acumulam a favor da alta contratante que usa a energia transferida e cuja responsabilidade de pagamento corresponde a Yacyretá em termos de lucros do capital, compensação e compensação pelo território inundado". Com esta nova provisão tenta-se evitar atrasos nos desembolsos feitos ao Tesouro paraguaio, levando em conta que, historicamente, o país vizinho nunca honrou a tempo e forma seus compromissos de energia cedidos em Yacyretá. (ABC Color - Paraguai - 20.10.2017)

<topo>

4 Paraguai: Ventos deixam várias áreas do país sem energia

Os ventos fortes que atingiram o país ontem (19/10) não deixaram o fornecimento de energia em várias áreas do país. Um total de 40 alimentadores de 23.000 volts estavam fora de serviço nas horas das 6:00 às 12:00, informou a ANDE. Entre as áreas afetadas estão Barrio Obrero, Mercado N ° 5, Hospital Barrio Obrero, Barrio Gral. Díaz, Itauguá, Lambaré e Limpio, Puerto Botânico, Parque Caballero, Bairro Republicano, San Antonio, San Lorenzo. Somente à tarde o serviço se normalizou em áreas com desvantagens. A maioria das quebras eram por ramificações caídas nas linhas de energia e linhas de distribuição, bem como por condutores soltos. (ABC Color - Paraguai - 20.10.2017)

<topo>

5 Uruguai: ventos fortes deixaram 9 mil clientes sem eletricidade

Após os ventos fortes na noite passada no Uruguai, que ultrapassaram os 100 quilômetros por hora em algumas partes do país, 49 mil clientes ficaram sem eletricidade, mas, de acordo com o relatório da UTE, as interrupções do problema continuam com 9.153 clientes. Os departamentos mais afetados são Colonia, onde há 4.057 clientes sem luz; San José, onde os clientes afetados são 1.063 e Salto. Em Colonia, os bombeiros intervieram por danos na Colonia del Sacramento, Juan Lacaze, New Helvecia, Nueva Palmira, Rosario e Tarariras, conforme relatado pelo Cecoed desse departamento. Além disso, os portos do departamento estavam fechados e as janelas estavam quebradas no aeroporto. Os bombeiros também realizaram várias intervenções para explodir o telhado, árvores caídas e quedas de energia. (El País - Uruguai - 19.10.2017)

<topo>


6 Espanha: CNMC publica relatório criticando o baixo desempenho da Mibgas e propõe medidas

A Comissão Nacional de Mercadoria e Concorrência (CNMC) instou o Ministério da Energia da Espanha a aprovar as obrigações a serem cumpridas pelos operadores dominantes no setor de gás (Gas Natural Fenosa e Endesa) para atuar como criadores de mercado. Em um relatório publicado hoje (19/10), no qual analisa o funcionamento do Mibgas (mercado de gás ibérico), o mercado de gás organizado, a CNMC também propõe medidas para melhorar a liquidez do mercado, como a criação do pólo português e o desenvolvimento do mercado futuro e um centro de operações no campo do GNL. A CNMC também recomenda a manutenção da atividade dos criadores de mercado voluntários, uma tarefa confiada sucessivamente à Gunvor Interacional - no primeiro semestre do ano - e a Axpo Iberia - no segundo semestre do ano - após a crise da oferta produzida no início do ano e que foram propostos pelo próprio Ministério, tendo em vista o subproduto da tarifa regulada. O objetivo final era baixar o gás em um momento em que esse combustível marcava preço no mercado grossista de eletricidade. No relatório publicado agora, a CNMC propõe ajustar a regulamentação do gás e desenvolver um modelo de mercado "robusto e simples" que promova a concorrência e atribua ao regulador os recursos e as habilidades necessárias para realizar seu trabalho. (El País – Espanha – 19.10.2017)

<topo>

7 Espanha: De acordo com a CNMC, a eletricidade repete como pior serviço avaliado

A eletricidade repete como o pior serviço avaliado pelas famílias espanholas, porque é caro e as contas não são claras, de acordo com os resultados do segundo trimestre de 2017 pelo Painel de Agregados da Comissão Nacional de Mercados e Concorrência (CNMC ). Embora a porcentagem de espanhóis insatisfeitos tenha diminuído, 18% dos consumidores ainda relatam pouco ou nada satisfeito com o serviço de eletricidade. Na segunda posição como serviço pior avaliado por clientes, televisão por assinatura e banda larga fixa, com 17,6% das famílias insatisfeitas. O estudo CNMC, que compila dados de pesquisas realizadas no segundo trimestre de 2017 em 4.937 casas e 8.839 indivíduos, mostra que, embora a energia continue sendo o serviço mais valorizado pelos espanhóis, a porcentagem de descontentamento mostra uma tendência descendente desde 2015. Assim, esse valor está próximo da porcentagem registrada na segunda posição pela televisão paga e pela banda larga fixa, serviços que mostram a tendência inversa e aumentam seus valores desde o último trimestre de 2016. De acordo com o relatório, o principal motivo para a insatisfação das famílias com todos os serviços é o seu alto preço. Esta é a razão pela qual 93,9% das famílias não estão satisfeitas com o serviço de eletricidade, seguido da falta de clareza nas contas e nos preços (48%). No entanto, os consumidores melhoraram a percepção dos preços da eletricidade e do gás natural. (El País – Espanha – 19.10.2017)

<topo>

8 Portugal: Moçambique tem perspectiva de duplicação das reservas de gás natural

Moçambique acredita que daqui a 13 anos poderá ter descoberto o dobro das reservas de gás natural hoje identificadas, que só por si já colocam o país em destaque a nível mundial, anunciou a ministra dos Recursos Minerais e Energia. Segundo Letícia Klemens, as perspectivas de novas descobertas são animadoras, prevendo-se que até 2030 o país possa ter o dobro dos atuais 180 bilhões de pés cúbicos encontrados na bacia do Rovuma, ao largo da costa norte de Moçambique, referiu. A ministra falava numa conferência internacional sobre produção e consumo de gás natural liquefeito, em que participa, em Tóquio, Japão. (Correio da Manhã – Portugal – 20.10.2017)

<topo>

9 Portugal: EDP tem flexibilidade para absorver impacto tarifário, avalia Moody’s

A Moody's considera que a descida das tarifas de eletricidade no próximo ano, proposta pelo regulador da energia, vai diminuir o retorno da EDP, mas que o grupo liderado por António Mexia será capaz de absorver o impacto negativo. Numa nota sobre o impacto para a EDP da proposta da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), de descida em 0,2% das tarifas da luz no próximo ano, o analista da Moody’s Niel Bisset defende que “a proposta de tarifas de eletricidade para 2018 recentemente publicada vai reduzir o retorno da distribuição de energia em mercado regulado”. “No entanto, a EDP tem flexibilidade para absorver o modesto impacto negativo nos lucros e manter a previsão de crescimento do EBITDA de 3% entre 2016-20, incluindo a orientação de um EBITDA de 3,6 mil milhões de euros em 2017”, afirmou o vice-presidente da agência de notação financeira. Na sexta-feira, 13 de outubro, a ERSE propôs uma descida de 0,2% das tarifas de eletricidade no mercado regulado para as famílias a partir de 01 de janeiro, a primeira descida desde 2000. Em comunicado, a ERSE explica que esta proposta resulta da “conjugação de vários fatores com impactos em sentidos opostos”, mas desde logo uma redução em 0,9% das tarifas de acesso às redes e de 10,6% da tarifa do uso de redes. (Correio da Manhã – Portugal – 19.10.2017)

<topo>

10 Engie realiza aquisição de negócio de energia solar residencial na África

A empresa de gás e energia francesa Engie comprou uma companhia de sistemas solares residenciais da Uganda para crescer na África subsaariana, oferecendo eletricidade para milhões de pessoas que não têm acesso a energia elétrica. A Engie disse nesta quinta-feira (19/10) que adquiriu a Fenix International, que vende kits residenciais de energia solar financiados por pequenos pagamentos regulares feitos por meio de telefones celulares. A empresa não quis divulgar o valor do acordo. Embora a Engie tenha 3.000 MW em ativos de energia renovável e a gás em operação ou em construção no Marrocos e na África do Sul, e sua controlada Tractebel forneça serviços de energia ao redor da África, o grupo não tem clientes de varejo na região. O presidente da Engie Africa, Bruno Bensasson, disse que a empresa ajudará a Fenix a se expandir em cerca de 10 países subsarianos, incluindo Zâmbia, Quênia, Costa do Marfim, Senegal e Etiópia. “Nossa ambição é cobrir milhões de clientes”, disse ele. A aquisição é minúscula para a Engie, que teve receita de 66,6 bilhões de euros no ano passado, mas Bensasson disse que a empresa espera crescimento de dois dígitos da nova atividade. A Agência Internacional de Energia estima que cerca de 600 milhões de pessoas na África subsaariana não têm acesso a eletricidade. (Reuters – 19.10.2017)

<topo>


Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Ana Vitória, Izadora Duarte, Lucas Morais, Paulo César do Nascimento, Sérgio Silva, João Pedro Santos.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

POLÍTICA DE PRIVACIDADE E SIGILO
Respeitamos sua privacidade. Caso você não deseje mais receber nossos e-mails,  Clique aqui e envie-nos uma mensagem solicitando o descadastrado do seu e-mail de nosso mailing.


Copyright UFRJ