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IFE: nº 4.412 - 25 de setembro de 2017
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gesel@gesel.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
É provável patamar 2 da bandeira vermelha em outubro, diz diretor da Aneel
2 Aneel: Horário de verão perdeu efetividade após mudanças no consumo
3 A tendência é que horário de verão seja mantido
4 Debêntures de infraestrutura para o ACL podem ajudar na redução de custo do financiamento
5 Câmara: Comissão exige que distribuidoras de energia compre energia de PCHs
6 Audiência conjunta com seis comissões ouve ministro sobre privatização da Eletrobras
7 Artigo de Adriano Pires (CBIE): “Licenciamento ambiental não pode ser um gargalo”
8 Artigo de Plinio Nastari: “RenovaBio – oportunidade, urgência e relevância”

Empresas
1 GESEL: Andrade Gutierrez levou a Cemig a investimentos questionáveis
2 Cemig: Futuro da estatal une adversários mineiros
3 GESEL: Leilão de usinas da Cemig é um bom negócio para qualquer comprador
4 Cemig: Empresa vai recorrer contra leilão de hidrelétricas e promete luta judicial
5 Eletrobras: Venda de distribuidoras pode não ser concluída em 2017, diz governo
6 Eletrobras: Investidores têm mostrado interesse no processo de privatização da estatal diz Meirelles
7 Eletrobras: Justiça Federal obriga a reajustar valores do ‘Luz para Todos’ no AP
8 Belo Monte: Justiça autoriza uso de polícia para suspender obra, diz MPF

9 Energisa: Distribuição no mercado cativo retraiu 1,6% em agosto, com 2.004,2 GWh

10 Cesp: Companhia promoverá leilão de compra de energia para fornecimento em setembro

11 Light: Emissão de debêntures totalizando R$ 400 milhões é preparada

12 CPFL: Manutenção na rede elétrica interrompe linha turística do bonde em Santos, SP

13 Enel: Governo autoriza companhia importar energia da Argentina e do Uruguai

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Níveis dos reservatórios pelo Brasil
2 ONS: Sudeste vai operar com 66% da MLT e carga nacional deve subir 2,8%
3 ONS: CMO eleva 7,9% e passa de R$ 672,73/MWh para R$ 725,70/MWh em todos os submercados

4 ONS: Reservatórios do sudeste devem finalizar setembro com 25% da capacidade

5 ONS: eólicas preenchem 60% do abastecimento do Nordeste

6 MME: Governo vai reforçar segurança do suprimento e uso racional de energia

7 CCEE: PLD permanece em teto de R$ 533,82/MWh entre 23 e 29 de setembro

8 Sobradinho opera com 5,9% da capacidade e ruínas de cidades reaparecem

9 Baixa oferta de água eleva gastos com energia elétrica de agricultores do São Francisco

10 Compass Energia: Contrato atual no MCL pode ter aumento de até 30%

Meio Ambiente
1 Estado do MS receberá empresa fabricante de veículos elétricos

Energias Renováveis
1 Albioma: Francesa prevê investimento de US$ 120 mi no Brasil para biomassa
2 “Supercana” é apresentada como solução para aumentar cogeração de energia
3 Sanepar: solar como saída para reduzir contas de energia

4 Geração distribuída depende de mudanças regulatórias para crescer

5 UE: Projeto fará ação com empresas de renováveis em Fortaleza

6 MME: projetos da Pirapora Energias Renováveis são prioritários

7 Tocantins: líder do ranking nacional de competitividade das fontes limpas de energia

Gás e Termelétricas
1 EPE: “Gás natural deve se consolidar em leilões”
2 Usina híbrida a biomassa e gás natural pode dobrar a geração de energia
3 Bolognesi: Negociação de termelétrica Rio Grande com fundo dos EUA avança
4 Sebigás do Brasil: A mais nova empresa associada da Abiogás
5 Cegás: Negociações para terminal de GNL em Pecém são retomadas

Economia Brasileira
1 Fazenda: Melhora na arrecadação permite liberação no orçamento
2 IBGE: Receita do setor de serviços tem em 2015 primeira queda desde 2007

3 Tesouro Direto: estoque soma recorde de R$ 47,7 bi
4 Governo: previsão de liberação de mais de R$ 10 bi do Orçamento
5 Focus: Mercado vê inflação abaixo de 3% em 2017
6 IPC-S acelera queda para 0,07% na terceira prévia de setembro
7 Dólar: alta acumulada de 0,45% na semana

Internacional
1 BID: América Latina duplicará sua demanda de eletricidade em 20 anos
2 Argentina: San Juan ganhará 1.208,1 MW e suprirá a própria demanda elétrica
3 Argentina: Campo Petrolífero Cerro Dragon terá Parque Eólico de 41 MW
4 Porto Rico: Serviço elétrico será restaurado em 4 meses após a passagem do Furacão María
5 Paraguai: Associação de Renováveis prevê esgotamento futuro de energia, apesar de Itaipu e EBY

6 Nevada: Usina heliotérmica Crescent Dunes gera energia 24 horas por dia e armazena 1.100 MWh

Biblioteca Virtual do SEE
1 PIRES, Adriano. “Licenciamento ambiental não pode ser um gargalo”. O Estado de São Paulo. São Paulo, 23 de setembro de 2017.
2 NASTARI, Plinio. “RenovaBio – oportunidade, urgência e relevância”. O Estado de São Paulo. São Paulo, 25 de setembro de 2017.


Regulação e Reestruturação do Setor

1 É provável patamar 2 da bandeira vermelha em outubro, diz diretor da Aneel

Por conta de fracas chuvas nas regiões das hidrelétricas, o Brasil deverá ter bandeira tarifária vermelha em outubro, o que resulta na maior cobrança adicional na conta de energia, disse nesta sexta-feira o diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino. “A tendência lógica é que estamos com regime hidrólogo muito desfavorável e as chuvas atrasaram... O CMO está mais caro”, disse ele a jornalistas no Fórum Nacional, promovido pelo Instituto Nacional de Altos Estudos (Inae). “Se caminha na direção da bandeira vermelha e mais provável para patamar 2 para valer em outubro”, adicionou. Essa tendência de energia mais cara nas contas de outubro ainda deve ser confirmada na semana que vem, ponderou Rufino. O diretor da Aneel confirmou que a autarquia deu parecer ao Cômite de Monitoramento do Setor Elétrico sobre o fim da adoção do tradicional horário de verão. Segundo ele, do ponto de vista elétrico, não se justifica mais a adoção do modelo. “Como tem impacto para além do setor elétrico, não tem mais o benefício que tinha, e o assunto está com a Casa Civil”, disse ele. (Reuters – 22.09.2017)

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2 Aneel: Horário de verão perdeu efetividade após mudanças no consumo

O diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, disse nesta sexta-feira (22/9) que o horário de verão traz atualmente poucos benefícios para o setor elétrico e, por essa perspectiva, seu acionamento não se justificaria. Rufino participa de sessão especial do Fórum Nacional, realizado no Centro do Rio. Segundo ele, o CMSE realizou avaliações e concluiu que houve perda de efetividade do horário de verão para a economia com o despacho de térmicas. Rufino explicou que o horário de pico de consumo no Brasil se deslocou do começo da noite para o início da tarde. “Esse horário de pico foi um pouco descaracterizado. Perdeu-se essa característica mais forte, com o consumo espalhado por outros horários. Então, você não precisa acionar térmicas mais cara no horário de pico”, disse o diretor-geral da Aneel. Ele disse ainda que a implantação do horário de verão, que é feito por decreto, será avaliado pelo governo federal pela ótica de outros setores, como da indústria e do turismo. (Valor Econômico – 22.09.2017)

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3 A tendência é que horário de verão seja mantido

O líder do governo na Câmara dos Deputados, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), disse a tendência no momento é de ser mantido o horário de verão. Ele participou de reunião no Palácio do Jaburu com o presidente Michel Temer, ministros e líderes da base aliada, neste domingo, para discutir esse e outros assuntos. “Fizemos avaliação de que há tendência para que se mantenha, até por fazer parte da cultura do brasileiro e por prudência também", disse. Em seguida, ele acrescentou que a decisão virá de Temer, mas que todos os participantes da reunião se posicionaram pela manutenção do horário de verão. Porém, o horário de verão vem perdendo importância. Nos últimos anos, o horário de pico no consumo de energia se deslocou do início da noite para o início da tarde, principalmente no verão, quando um maior número de aparelhos de ar condicionado está em operação. (Valor Econômico – 24.09.2017)

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4 Debêntures de infraestrutura para o ACL podem ajudar na redução de custo do financiamento

A publicação da portaria MME nº 364 no Diário Oficial da União do dia 15 de setembro abriu uma nova porta para os investidores em projetos para o mercado livre. O texto traz a autorização para que esses empreendimentos possam acessar até 10% do valor do investimento via emissão de debêntures de infraestrutura. Antes, esse mecanismo era aberto apenas a projetos no mercado regulado. A presidente executiva da ABEEólica, Élbia Gannoum, lembra que esse é um pleito antigo de todo o setor. Data de 2012, quando o BNDES e o Ministério da Fazenda criaram a possibilidade de emissão desses papéis visando o aumento da alavancagem de projetos de infraestrutura em geral. Contudo, uma outra portaria do MME limitou seu alcance apenas a projetos do mercado regulado. “A portaria 364 permite que os projetos no ACL também entrem nessa lista de projetos prioritários. Com isso ganhamos muito, porque o tema financiamento para os projetos no ambiente livre de contratação é um fator de preocupação”, comentou a executiva. A participação de projetos eólicos no mercado livre tem aumentado proporcionalmente em relação ao volume no mercado regulado. Segundo os dados mais recentes da ABEEólica, a capacidade instalada no mercado regulado é de 11.135,37 MW, ou 90,7% do total de 12.275,85 MW em operação. O restante são de projetos no mercado livre. Quando se olha para a capacidade contratada ou em construção no país, esses índices mudam significativamente. Estão contratados ou em obras projetos que somam um total de 5.395,95 MW, e desse volume 76,1% estão no mercado regulado e 23,9% no livre. (Agência CanalEnergia – 22.09.2017)

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5 Câmara: Comissão exige que distribuidoras de energia compre energia de PCHs

A Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados aprovou proposta que obriga as distribuidoras de energia elétrica a comprar de centrais hidrelétricas de pequeno porte. Trata-se do Projeto de Lei 6136/13, do deputado Delegado Francischini (SD-PR), que foi aprovado com três emendas do relator, deputado Francisco Chapadinha (Pode-PA). Uma emenda estabelece que as distribuidoras comprem desses pequenos empreendimentos no mínimo 5% das necessidades anuais de contratação de energia do mercado consumidor respectivo. O projeto original determina a compra de 5% do incremento anual estimado, compensando-se os desvios no exercício subsequente. O relator decidiu que definir como o parâmetro as realidades do mercado privilegia o sistema elétrico. “Em alguns locais essa fonte pode não estar disponível em montante suficiente para atender a regra do projeto inicial”, disse. Chapadinha também sugeriu a inclusão de dispositivo que deixe claro que o valor que as distribuidoras são obrigadas a comprar de pequenas centrais hidrelétricas irá depender da disponibilidade da região. Outra emenda aprovada determina que o preço a ser pago pelas distribuidoras aos pequenos empreendedores será baseado nos custos médios de aquisição de energia por meio de leilões de fontes alternativas realizados pelo governo federal. A proposta original determina a modalidade de geração distribuída, baseada no valor de referência do mercado regulado. A proposta já foi aprovada pela Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público. Agora, segue para a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania em caráter conclusivo. (Agência Câmara – 22.09.2017)

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6 Audiência conjunta com seis comissões ouve ministro sobre privatização da Eletrobras

Seis comissões da Câmara se reúnem, na terça-feira (26/9), para ouvir o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, sobre a privatização da Eletrobras e extinção da Renca. Os dois temas têm provocado debates acalorados até mesmo dentro da bancada governista. O deputado Leonardo Quintão (PMDB-MG), é autor de um dos requerimentos da Comissão de Minas e Energia para tratar especificamente sobre as pretensões do governo Michel Temer de vender a Eletrobras, que coordena todas as empresas do setor elétrico brasileiro. “Os números que o governo federal têm apresentado vão apenas até o ano de 2015. De lá para cá, a empresa já teve uma recuperação e, no seu balanço, está dando lucro para o governo. Então, não faz sentido privatizar uma empresa superavitária. E, olhando pelo lado da soberania nacional também, o sistema elétrico de todos os países é controlado pelo governo. Isso não pode ser feito de afogadilho e a melhor maneira de dialogar com o governo é por meio de audiência pública”, explicou. Já o deputado Leonardo Monteiro (PT-MG) apresentou o requerimento de audiência com o ministro na Comissão de Trabalho. Inicialmente apresentados como convocação do ministro, os requerimentos foram transformados em convite após acordo entre deputados governistas e da oposição. (Agência Câmara – 22.09.2017)

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7 Artigo de Adriano Pires (CBIE): “Licenciamento ambiental não pode ser um gargalo”

Em artigo publicado no Jornal O Estado de São Paulo, o diretor do CBIE, Adriano Pires, trata da crescente dificuldade na obtenção de licenciamento ambiental para projetos estruturais e necessários para o país. Para ele, “há, portanto, urgência de uma reforma não só no âmbito da legislação ambiental, mas também de seus respectivos processos de gestão administrativa. Um licenciamento ambiental moderno e que olhe os interesses do País não pode ser um gargalo para o desenvolvimento econômico”. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 25.09.2017)

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8 Artigo de Plinio Nastari: “RenovaBio – oportunidade, urgência e relevância”

Em artigo publicado no Jornal O Estado de São Paulo, Plinio Nastari trata da necessidade de investimento em infraestrutura para que, com isso, o país não sofra de crise de abastecimento energético. Segundo ele, “o Brasil continua enfrentando sérios desafios na área de energia, que só não se materializaram em risco de abastecimento e maiores custos para a sociedade por causa da retração econômica. Daí a importância de serem criadas condições que estimulem o investimento”. Diante dessa problemática, ele chama a atenção ao RenovaBio, que “foi formulado pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) ouvindo todos os setores de governo, da sociedade civil e as áreas privadas envolvidas. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 25.09.2017)


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Empresas

1 GESEL: Andrade Gutierrez levou a Cemig a investimentos questionáveis

Após uma batalha judicial que começou há quatro anos, a Cemig está prestes a perder o controle de algumas de suas principais usinas hidrelétricas. O momento não poderia ser mais crítico para a companhia. Após anos de expansão, a empresa sofrerá um corte nos ganhos com geração de energia e, segundo especialistas, terá de garantir sua rentabilidade com a distribuição de eletricidade dentro de Minas Gerais. Na semana passada, a União conseguiu derrubar na Justiça todas as liminares que impediam o leilão das usinas de Jaguara, São Simão, Miranda e Volta Grande, marcado para esta quarta-feira. O governo conta com a licitação para arrecadar R$ 11 bilhões e cumprir a meta fiscal. A Cemig corre contra o tempo para adiar a disputa e conseguir um financiamento. Analistas e especialistas do setor elétrico apontam algumas das razões que levaram a empresa a uma situação tão desfavorável. Para o professor Nivalde de Castro, coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel) da UFRJ, o fato de a construtora Andrade Gutierrez ser uma das principais acionistas levou a Cemig a investimentos questionáveis, como Santo Antônio e Belo Monte. A construtora anunciou que vai vender a participação na companhia. “A Andrade Gutierrez tinha o direito de indicar a diretoria de Novos Negócios da Cemig, e esses investimentos podiam ser feitos sem aprovação da diretoria. Isso era de interesse da construtora, e não da Cemig”, afirmou Castro. (O Estado de São Paulo – 24.09.2017)

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2 Cemig: Futuro da estatal une adversários mineiros

Criada há 65 anos por iniciativa do então governador do Estado Juscelino Kubitschek, a Cemig está tão associada à imagem de Minas Gerais que conseguiu unir até mesmo adversários como o governador Fernando Pimentel (PT) e o senador Aécio Neves (PSDB) em sua defesa. Pimentel criou a campanha publicitária “Mexeu com Minas, mexeu comigo”. Já Aécio se reuniu com o presidente Michel Temer para tentar interceder a favor da companhia. A bancada mineira no Congresso também tem se movimentado intensamente pela causa. Um dos mais ativos é o vice-presidente da Câmara, deputado Fábio Ramalho (PMDB-MG). Coordenador da bancada mineira no Congresso, ele promete retaliar e votar contra todos os projetos do governo Temer caso o pleito da empresa não seja atendido. Em julho, políticos e empresários publicaram uma carta aberta nos jornais para protestar contra o leilão. A carta foi assinada por Pimentel e por prefeitos mineiros, além de representantes do setor privado, como o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Olavo Machado. Além do grande risco de perder quase 40% da sua capacidade de geração de energia, a Cemig pode ter de encarar outro problema enorme envolvendo as usinas de Jaguara, São Simão e Miranda. O governo Michel Temer quer que a empresa devolva todo o dinheiro que recebeu com a venda da energia dessas três usinas nos últimos três anos. A questão promete gerar um embate de anos nos tribunais. A estimativa é que a Cemig tenha lucrado R$ 3 bilhões vendendo energia dessas usinas. Esse dinheiro seria revertido para reduzir as tarifas de energia. (O Estado de São Paulo – 24.09,2017)

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3 GESEL: Leilão de usinas da Cemig é um bom negócio para qualquer comprador

Para o pesquisador sênior da área de regulação do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel) da UFRJ, Roberto Brandão, a briga judicial não deve afastar investidores estrangeiros. “Não sou advogado, mas os ativos são um bom negócio, e vai ser difícil que a disputa judicial envolva um possível comprador. Ela deve se manter, depois do leilão, entre Cemig e governo”, avaliou. O valor arrecadado pelo governo federal com o leilão das usinas de Miranda, Jaguara, São Simão e Volta Grande pode ultrapassar o mínimo desejado pela União de R$ 11 bilhões. “Se houver concorrência, é possível que se arrecade mais. São usinas prontas, com risco muito baixo. É um conjunto importante para o setor, então são ativos excelentes. É um bom negócio para qualquer comprador”, avalia o pesquisador sênior da área de regulação no Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel) da UFRJ, Roberto Brandão. (O Tempo – 23.09.2017)

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4 Cemig: Empresa vai recorrer contra leilão de hidrelétricas e promete luta judicial

O presidente da Cemig, Bernardo Salomão de Alvarenga, afirmou que a estatal vai recorrer à Justiça para evitar que quatro hidrelétricas que eram da Cemig sejam leiloadas na próxima quarta-feira (27). "Mesmo se houver leilão, quem levar as usinas terá problemas sérios conosco. Vamos tentar sustar o leilão e, mesmo depois, não vamos desistir de defender os nossos direitos", afirmou o presidente da estatal. A estatal mineira tenta convencer o governo federal a adiar por até 15 dias o leilão das hidrelétricas, alegando que o TCU "atrapalhou" as negociações ao interferir no assunto "em troca de nada". "Foi uma decisão inédita, o TCU tentou impedir a gente de conversar. Não existe nada mais retrógrado. Foi uma armadilha e o governo se aproveitou disso para não negociar", disse Salomão. Salomão está indignado com a atuação de funcionários do governo de Michel Temer no caso. Diz que os mesmos técnicos que criaram a MP 579 continuam atuando contra a empresa, dessa vez sob Temer. "O MME diz que quer salvar o setor elétrico e critica a MP 579, mas estão fazendo a mesma coisa. É uma incoerência", disse (Folha de São Paulo – 22.09.2017)

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5 Eletrobras: Venda de distribuidoras pode não ser concluída em 2017, diz governo

A privatização de seis distribuidoras de eletricidade da estatal Eletrobras que são fortemente deficitárias e atuam no Norte e Nordeste pode não ser concluída neste ano, conforme previsto originalmente por empresa e governo, por dificuldades na avaliação do valor das companhias, disse uma autoridade à Reuters nesta sexta-feira. O governo já anunciou planos para desestatizar a Eletrobras, mas a ideia é antes concluir a venda dessas subsidiárias, responsáveis pelo fornecimento de energia no Acre, Alagoas, Amazonas, Rondônia, Roraima e Piauí. “Você tem que fechar a avaliação contábil de tudo isso e pode ser que eventualmente alguma não seja concluída... algumas delas têm mais problemas”, disse o secretário de Energia Elétrica do MME, Fábio Lopes Alves. Ele citou como exemplo os ativos de distribuição da Amazonas Energia, que tem passado antes da venda por uma operação que visa separar da empresa seus ativos de geração e transmissão, que a princípio ficarão com a Eletrobras. Além disso, a empresa tem dívidas bilionárias com a Petrobras pelo fornecimento de combustíveis para termelétricas que abastecem o Amazonas. “A mais complexa mesmo é a do Amazonas”, disse Lopes, que citou uma demora maior também na avaliação dos ativos da Boa Vista Energia, que opera em Roraima. A Boa Vista Energia recentemente assumiu as operações que antes eram tocadas por uma estatal do Estado de Roraima, a CERR, mas ainda é preciso avaliar o valor dos ativos dessa concessão agregada à empresa. (Reuters – 22.09.2017)

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6 Eletrobras: Investidores têm mostrado interesse no processo de privatização da estatal diz Meirelles

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta sexta-feira que investidores têm mostrado muito interesse no processo de privatização da Eletrobras (ELET6.SA). A proposta de desestatizar a companhia, uma das maiores do país, foi divulgada pelo governo do presidente Michel Temer no final de agosto, e a expectativa das autoridades é que o processo possa ser concluído até o final do primeiro semestre de 2018. Falando a jornalistas em Nova York, Meirelles também afirmou que o governo fará seu trabalho para recuperação do grau de investimento e que o esforço deve se refletir no “devido tempo”. (Reuters – 22.09.2017)

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7 Eletrobras: Justiça Federal obriga a reajustar valores do ‘Luz para Todos’ no AP

Após uma audiência de conciliação na 2ª Vara da Justiça Federal, em Macapá, o juiz João Bosco Soares decidiu nesta quinta-feira (21) que a Eletrobras faça reajuste dos valores disponibilizados para a implantação do programa “Luz para Todos” no Amapá. A empresa tem 5 dias para apresentar nova proposta. A decisão foi tomada após apreciação do posicionamento da Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA), que pediu reajuste dos valores, considerando as dificuldades de transporte de mercadorias no estado e que encarece a obra. De acordo com a Justiça Federal, o primeiro contrato administrativo de repasse financeiro da Eletrobras e União é de R$ 133 mi. A ideia é contemplar quase 12 mil famílias nessa etapa. O segundo contrato que deve ser proposto no valor de R$ 150 mi, segundo a CEA, vai atender mais de 13 mil famílias de áreas rurais. A companhia indicou que, para atender essas famílias, o reajuste seja de 10,5% sobre o custo final já apresentado. O descumprimento da decisão gera multa diária de R$ 100 mil à Eletrobras e União. No estado há pelo menos 25 mil famílias que ainda não recebem fornecimento de energia durante 24 horas. “A gente sofre com a falta de energia há muito tempo. A associação recebe óleo e coloca o gerador para funcionar geralmente das 17h às 1h ou 2h, porque é pouco combustível. Acaba que não ajuda tanto assim. Às vezes não dá nem para enfriar uma água pra gente tomar durante o dia”, descreveu o agricultor Francisco Vieira, de 65 anos. O “Luz para Todos” é uma esperança, portanto, para muitas comunidades do interior do estado, como a do assentamento do Maracá, em Mazagão, onde moram 2 mil famílias. Na comunidade Tucano 1, em Pedra Branca do Amapari, o fornecimento de energia deveria acontecer durante 24 horas, mas, segundo a agricultora Edileusa Monteiro, de 43 anos, a estrutura é muito ruim. O G1 tenta contato com a Eletrobras. (G1 – 22.09.2017)

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8 Belo Monte: Justiça autoriza uso de polícia para suspender obra, diz MPF

A Justiça voltou a determinar a paralisação das obras da enorme hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, com autorização inclusive para uso de forças policiais a fim de suspender a construção, se necessário, disse o Ministério Público Federal no Pará nesta sexta-feira (22). O MPF disse que a decisão fixa multa de R$ 100 mil por dia de descumprimento. A usina, no rio Xingu, tem como principais sócios a Eletrobras e as elétricas Cemig, Light e Neoenergia, além da mineradora Vale. Uma decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região ordenando a paralisação das obras já havia sido proferida, mas a Norte Energia, responsável pelo empreendimento, chegou a dizer na época que não iria mudar em nada seus esforços na implantação da usina. "O TRF1, em Brasília, autorizou o uso de força policial para garantir que a ordem de paralisar as obras de Belo Monte seja cumprida", disse o MPF-PA em nota. Segundo os procuradores, o tribunal constatou irregularidades em projetos de casas oferecidas para os atingidos por Belo Monte, o que caracterizaria descumprimento de condicionantes estabelecidas na licença de instalação, que na prática dá aval para as obras do empreendimento. Procurada, a Norte Energia não respondeu imediatamente a um pedido de comentário. A hidrelétrica de Belo Monte está orçada em mais de R$ 35 bilhões. A usina já está em operação com algumas turbinas, mas a conclusão do empreendimento é prevista atualmente para 2020. (Folha de São Paulo – 22.09.2017)

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9 Energisa: Distribuição no mercado cativo retraiu 1,6% em agosto, com 2.004,2 GWh

A energia distribuída pela Energisa no mercado cativo em agosto teve queda de 1,6%, para 2.004,2 GWh refletindo, principalmente, a baixa de 21,3% no consumo da indústria. No acumulado nos primeiros oito meses do ano, a Energisa registrou queda de 1,7% no mercado cativo, para 16.293,4 GWh. No segmento industrial, houve queda de 24,9%. Considerando a venda total de energia em agosto, que inclui também o transporte de energia aos consumidores livres (TUSD), a Energisa teve alta de 2,6%, para 2.424,8 GWh. No acumulado em oito meses, as vendas somam ganho de 2,4%, para 19.423,7 GWh. A diferença entre a energia vendida no mercado cativo e no livre reflete, principalmente, a migração de consumidores para o ambiente livre de contratação. (Valor Econômico – 25.09.2017)

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10 Cesp: Companhia promoverá leilão de compra de energia para fornecimento em setembro

A Cesp promoverá um leilão de compra de energia para fornecimento no mês de setembro de fonte convencional e entrega no centro de gravidade do submercado Sudeste/Centro Oeste. O certame ocorrerá em 3 de outubro, às 15h, via plataforma eletrônica. Entre 10h e 11h do mesmo dia será realizada uma simulação do leilão. Segundo o edital, o volume a ser adquirido não foi divulgado e será informado à vencedora do certame de forma individual e após a conclusão do leilão. O valor será em reais por MWh e será informado sendo o preço máximo divulgado na tela da plataforma eletrônica onde será realizada a compra. O produto será leiloado em duas fases, sendo uma Fase Aberta com duração de 20 minutos, com possibilidade de prorrogação, e outra Fase Fechada com duração de 5 minutos. Havendo lance válido dentro do último minuto da Fase Aberta, esta será prorrogada automaticamente por 1 minuto adicional e assim sucessivamente. Na Fase Aberta, as participantes poderão efetuar lances de quantidade de energia a ser vendida em MW médio e lances de preço com reduções de R$ 0,50. Na Fase Fechada é permitido apenas lance único decisivo, visando diminuir a sua oferta de preço para o produto. Nesta fase não será permitida a alteração da quantidade já ofertada. O preço de venda final será o menor preço ofertado. Para acessar o edital do leilão e ter mais detalhes do certame, clique aqui. (Agência CanalEnergia – 22.09.2017)

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11 Light: Emissão de debêntures totalizando R$ 400 milhões é preparada

A Light apesentou requerimento nesta sexta-feira, 22 de setembro, que uma oferta pública de distribuição de debêntures simples no valor de R$ 400 milhões. De acordo com a empresa, os recursos da emissão serão destinados integralmente ao Plano de Investimentos já aprovado pelo Ministério de Minas e Energia. A expectativa é que as reservas comecem no próximo dia 29 e terminem no dia 16 de outubro. A emissão será feita em série única, coordenada pela XP Investimentos e pelo Itaú BBA. A oferta totalizará 400 mil debêntures, da espécie quirografária e com valor nominal de R$ 1.000,00. A Light espera que a emissão das debêntures represente aproximadamente 31% das necessidades de recursos financeiros do seu projeto de investimento. (Agência CanalEnergia – 22.09.2017)

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12 CPFL: Manutenção na rede elétrica interrompe linha turística do bonde em Santos, SP

A manutenção na rede elétrica de energia interrompe a linha turística do bonde, no Centro Histórico de Santos, no litoral de São Paulo, neste domingo (24). Segundo a prefeitura, o serviço será retomado normalmente ao longo da próxima semana. A administração municipal informou que a Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL) Piratininga realiza reparos na rede elétrica no bairro ao longo do dia. Isso forçou a suspensão do serviço turístico, que celebrou 17 anos de existência no sábado (23). Em quase duas décadas, mais de 1,5 milhão de passageiros já passaram pela linha, composta por 13 bondes, que já recebeu casamentos, procissões, comemorações de aniversário e festas de carnaval. Semanalmente são 60 viagens em um trajeto de 5 quilômetros. (G1 – 24.09.2017)

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13 Enel: Governo autoriza companhia importar energia da Argentina e do Uruguai

O MME autorizou a Enel Green Power Cachoeira Dourada a importar energia elétrica, de forma excepcional e temporária, da Argentina e do Uruguai. A permissão, publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (22/9), é valida até o último dia de 2018. O anúncio do governo se dá após o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) projetar o aumento do custo da energia para os próximos meses frente à escassez hídrica. A importação da Argentina deverá ocorrer por meio das estações conversoras de Garabi I e II, até 2.200 MW de potência, localizadas no município de Garruchos e da conversora de Uruguaiana, até 50 MW de potência, no município de Uruguaiana, no Rio Grande do Sul. Já a importação do Uruguai deverá ocorrer por meio da estação conversora de Rivera, até 70 MW de potência, e da estação conversora de Melo, até 500 MW de potência, ambas localizadas no Uruguai. A energia importada será destinada ao mercado de Curto Prazo brasileiro. (Brasil Energia – 22.09.2017)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Níveis dos reservatórios pelo Brasil

Os reservatórios do Sul diminuíram em 0,9% os níveis em relação ao dia anterior e se encontram com 40,7% da capacidade, segundo dados do ONS relativos a última quinta-feira, 22 de setembro. A energia armazenada no dia ficou em 8.175 MW mês e a energia afluente está em 23% da MLT. A usina de Passo Fundo opera com 86,68% da capacidade. Na região Norte houve diminuição de 1% e os reservatórios operam com 39,4% da capacidade. A energia armazenada chegou a 5.931 MW mês e a ENA ficou em 58% da MLT. A hidrelétrica Tucuruí está com 63,27% da capacidade. No submercado Nordeste, os reservatórios baixaram 0,1% para 10,2% da capacidade. A energia armazenada ficou em 5.312 MW mês no dia e a energia afluente está em 25% da média de longo termo armazenável acumulada no mês. A hidrelétrica Sobradinho opera com 5,87% da capacidade. Já no Sudeste/Centro-Oeste do país os níveis recuaram em 0,3%, deixando os reservatórios com 27,1% da capacidade. A energia armazenada está em 55.051 MW mês e a energia afluente em 64% da MLT. A usina de Furnas trabalha com 21,42% da capacidade e São Simão, com 35,24%. (Agência CanalEnergia – 22.09.2017)

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2 ONS: Sudeste vai operar com 66% da MLT e carga nacional deve subir 2,8%

A revisão 4 do PMO para o mês de setembro apontou uma nova queda nas previsões de afluências para o final desse período. De acordo com o ONS, a nova previsão de energia natural afluente no Sudeste/Centro Oeste recuou 1 ponto porcentual, para 66% da média de longo termo ante o previsto na semana anterior. No Sul o índice caiu de 33% para 28% da média histórica. No Nordeste a variação também é de 1 p.p. para 29%. No Norte a previsão de 55% da MLT foi mantida. A projeção de consumo voltou a subir para o final do mês. A nova expectativa é de um aumento de 2,8% quando comparado ao mesmo período do ano passado. A perspectiva é de encerrar setembro com 65.413 MW médios. Os dois maiores submercados apresentam aumento expressivo na demanda, crescimento de 3,3% no SE/CO e de 7,6% no Sul. No NE está projetada uma queda de 4% e aumento de 3% no Norte. Com a nova revisão a expectativa é de que haja um deplecionamento mais acelerado dos reservatórios quando comparado com os índices esperados na semana anterior. No SE/CO a projeção é de encerrar setembro com 24,3%, no Sul em 36,4%, o NE teve uma ligeira elevação de 0,2 p.p., para 8,8% e no Norte 34,8%. (Agência CanalEnergia – 22.09.2017)

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3 ONS: CMO eleva 7,9% e passa de R$ 672,73/MWh para R$ 725,70/MWh em todos os submercados

O custo marginal de operação médio voltou a subir essa semana operativa. O valor passou de R$ 672,73/MWh para R$ 725,70/MWh em todos os submercados, um aumento de 7,9%. O valor está equalizado em todos o país. Os patamares de carga pesada e média estão em R$ 737,24/MWh, enquanto o leve está em R$ 705,45/MWh. Apesar da elevação do CMO há uma leve queda no volume de despacho térmico previsto para a semana operativa que se inicia neste sábado, 23 de setembro. São previstos 13.824 MW médios, sendo 7.315 MW médios no SE/CO. O maior volume de despacho está dentro da ordem de mérito com 9.628 MW médios. O restante é por inflexibilidade. Continua ainda a importação de energia do Uruguai ao montante de 200 MW médios na carga pesada, 400 MW médios na carga média e 550 MW médios na carga média. (Agência CanalEnergia – 22.09.2017)

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4 ONS: Reservatórios do sudeste devem finalizar setembro com 25% da capacidade

As projeções do ONS são desalentadoras. A expectativa, segundo Marcelo Prais, assessor da diretoria do ONS, é que os reservatórios do Sudeste fechem o mês com 25% da capacidade. No mesmo mês do ano passado estavam perto de 40%. No Nordeste, onde a situação é mais crítica, o nível deve ficar em apenas 9%. Para colocar em contexto, em nível nacional, Prais lembra que se trata do quinto pior patamar registrado na série histórica, que inclui 85 anos. Nas usinas do Norte e do Nordeste, porém, é o mais baixo da história. "O parque térmico, que inclui usinas nucleares, a gás, óleo, carvão, além de parques eólicos, está garantindo o abastecimento", diz Prais. Na quinta-feira (21), por exemplo, elas responderam por 23% do suprimento nacional. No Nordeste, metade da carga é mantida pelas eólicas. "A previsão, até o momento é de um 2018 mais seco, de reservatórios mais baixos e, assim, de energia mais cara", diz João Carlos Mello, sócio da consultoria Thymos. (Folha de São Paulo – 23.09.2017)

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5 ONS: eólicas preenchem 60% do abastecimento do Nordeste

A estiagem que há mais de seis anos atinge a Região Nordeste do Brasil, com forte impacto nas usinas da Bacia do São Francisco e afetando a geração de energia hidroelétrica, levou a fonte eólica a responder por mais de 50% da energia fornecida à região. A afirmação foi feita pelo diretor-geral do ONS, Luiz Eduardo Barata, ao participar da conferência e exposição Brazil Windpower 2017. O diretor lembrou que até 2008/9 todo o suprimento energético do Nordeste decorria de fontes hidroelétricas fornecidas pelas usinas da Bacia do São Francisco. “Com a redução das chuvas e das afluências, tivemos que buscar nova fonte e foi aí a que apareceu a fonte eólica. O resultado tem sido excepcional, até porque a região é acometida por ventos excepcionais e razoavelmente constantes, o que proporciona uma capacidade de geração que se situa entre as melhores do mundo”, explicou. Para Luiz Eduardo, é exatamente em decorrência da forte estiagem na Bacia do São Francisco que hoje a energia eólica tem “importância capital para a Região Nordeste, situação que deverá continuar por muito tempo, uma vez que não vislumbramos, a curto prazo, uma mudança das característica atuais”. Fonte: Agência Brasil (Ambiente Energia – 24.09.2017)

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6 MME: Governo vai reforçar segurança do suprimento e uso racional de energia

Nesse ambiente de baixa dos reservatórios a nível nacional, a estratégia do MME é expor a situação para os consumidores e defender o uso racional da energia, explica Paulo Pedrosa, secretário-executivo do ministério. Segundo Pedrosa, o governo vem tomando uma série de providências para reforçar a segurança do sistema. O cronograma de ampliação da oferta prevê um aumento de 2.200 MW de capacidade neste ano. Novas linhas de transmissão vão colocar no sistema outros 3.500 MW das usinas de Belo Monte, Jirau e Santo Antônio, da região Norte. Entre as medidas em andamento também estão ajustes na capacidade das linhas de transmissão, a importação de energia da Argentina e a ordem para liberar operações de novas térmicas. Mas a garantia de energia, diz Pedrosa, não exime o consumidor de fazer a sua parte. "Não há risco de desabastecimento, tem energia nova entrando no sistema, mas precisamos ser transparentes com o consumidor e mostrar que é razoável economizar para conter o aumento da tarifa. Assim, estamos avaliando também fazer campanhas para sugerir o uso eficiente da energia", diz Pedrosa. (Folha de São Paulo – 23.09.2017)

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7 CCEE: PLD permanece em teto de R$ 533,82/MWh entre 23 e 29 de setembro

A CCEE informa que o PLD para o período entre 23 e 29 de setembro no Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte segue fixado em R$ 533,82/MWh, valor máximo estabelecido para 2017. Principal fator para a manutenção do preço no teto, a previsão de afluências para o Sistema registrou nova queda, passando de 52% para 49% da média histórica para o mês de setembro. Apenas no Norte as ENAs esperadas não sofreram redução, permanecendo em 55% da MLT. No Sudeste (67% para 66%), Sul (33% para 27%) e Nordeste (30% para 29%) as afluências foram revistas para baixo. Em razão do aumento das temperaturas, a previsão de carga esperada para a próxima semana no SIN deve ficar cerca de 910 MWmédios mais alta quando comparada ao previsto na semana anterior, elevando-se no Sudeste (+1.110 MWmédios) e no Norte (+100 MWmédios). No Sul (-140 MWmédios) e no Nordeste (-160 MWmédios) a expectativa é de redução. Os níveis dos reservatórios do Sistema estão cerca de 1.000 MWmédios mais baixos frente à previsão da semana passada, queda que também impacta no PLD. As reduções foram verificadas no Sudeste (-610 MWmédios), no Sul (-180 MWmédios) e no Norte (-365 MWmédios). No Nordeste, os níveis de energia armazenada estão cerca de 155 MWmédios mais elevados. O fator de ajuste do MRE previsto para setembro foi revisto de 62% para 62,5%. Os ESS são esperados em R$ 24 milhões para o período, valor integralmente relacionado à restrição operativa. Já a previsão para o custo decorrente do descolamento entre o CMO e o PLD é de aproximadamente R$ 17 milhões. (CCEE – 25.09.2017)

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8 Sobradinho opera com 5,9% da capacidade e ruínas de cidades reaparecem

As ruínas das cidades afundadas com a construção das hidroelétricas no rio São Francisco reapareceram. E uma extensa área que antes era tomada pela água hoje dá lugar ao solo seco e a uma vegetação rasteira. Maior reservatório do Rio São Francisco, a barragem de Sobradinho está com apenas 5,9% de sua capacidade, nível considerado crítico. E a tendência é que a situação fique ainda pior: a seca que atinge a região deve se manter pelo menos até novembro, quando começa o período de chuvas. A situação acendeu o sinal amarelo de produtores irrigantes região que se consolidou como um dos maiores polos de fruticultura do Brasil, com destaque para a produção de uvas e mangas. Desde junho deste ano, a ANA proibiu a captação no rio todas as quartas-feiras, deixando as plantações um dia da semana sem irrigação. Nos perímetros públicos irrigados, os produtores estão proibidos de ampliar a área de produção. "O cenário é de insegurança geral. Não estávamos preparados para tanto tempo sem chuva", afirma José Gualberto de Freitas, presidente da Valexport, entidade que reúne exportadores do vale do Rio São Francisco. Este é o sexto ano seguido de seca no Nordeste –um dos motivos que explicam por que os indicadores econômicos da região têm piorado mais do que a média nacional. (Folha de São Paulo – 23.09.2017)

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9 Baixa oferta de água eleva gastos com energia elétrica de agricultores do São Francisco

Com a baixa oferta de água no Rio São Francisco, parte dos agricultores deixou de lado os cultivos de ciclo curto, no qual eram produzidos melancia, melão, feijão e cebola, para concentrar-se na produção da uva, carro-chefe entre os produtores da região. Produtor de coco e manga em um lote no perímetro de Curaçá, na região de Juazeiro (BA), Josival Barbosa afirma que custos de produção aumentaram, já que a água tem que ser bombeada de regiões cada vez mais distantes. E o gasto com energia deve crescer ainda mais até o fim do ano, quando devem ser acionadas as bombas e flutuantes instalados em perímetros irrigados como Maniçoba, Curaçá, Salitre e Mandacaru. "Quando dependemos dos flutuantes para captar a água, nosso gasto com energia chega a crescer 50%", afirma Josival, que também é presidente do Instituto da Fruta, entidade que congrega produtores da região. A seca na barragem também trouxe impactos para a produção vinícola do vale do São Francisco. "Os custos com a captação cresceram. A água está cada dia mais longe dos polos agrícolas", diz Eurico Benedetti, diretor do Miolo Wine Group, empresa que tem origem na serra gaúcha e que hoje conta com uma vinícola na região. (Folha de São Paulo – 23.09.2017)

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10 Compass Energia: Contrato atual no MCL pode ter aumento de até 30%

O nível de água nos reservatórios das usinas hidrelétricas do país está entre os mais baixos da história e se aproxima do registrado durante o racionamento entre 2000 e 2001. As térmicas afastam o risco de falta de energia. A previsão, porém, é de estiagem e de aumento na conta luz, alertam especialistas do setor. "Estamos perto dos níveis pré-racionamento, os mais críticos já vistos", diz o consultor de energia Ricardo Lima. A expectativa é que a conta de luz em outubro venha com a taxa extra máxima, a chamada bandeira vermelha no patamar 2. O cenário é de aumento também para empresas que se abastecem no chamado mercado livre, onde é possível comprar e vender energia por meio de contratos entre as partes, sem a intermediação de uma distribuidora. Quem firmar um novo contrato agora pode ter aumentos de até 30%, estima Marcelo Parodi, sócio da comercializadora Compass Energia. O mercado livre hoje é muito pulverizado. Mais de 6.000 empresas, entre grandes indústrias, mas também redes de supermercados, shoppings, hotéis e prédios empresariais, estão no mercado livre. "Muitas empresas, cujos contratos estão vencendo, preferem esperar o início do verão e das chuvas, na expectativa de conseguir preços melhores e evitar uma alta nos custos justo agora, quando há sinais de retomada e a expectativa é de recuperação do fôlego financeiro, não de mais arrocho", diz Parodi. (Folha de São Paulo – 23.09.2017)

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Meio Ambiente

1 Estado do MS receberá empresa fabricante de veículos elétricos

A empresa brasileira Brave-Brasil Veículos Elétricos está em negociação com o governo do Mato Grosso do Sul para implantação de uma linha de produção de veículos elétricos, a princípio, em Campo Grande. A ideia é ter também uma fábrica de baterias em uma localidade junto à fronteira com o Paraguai, beneficiando-se assim de um programa de benefícios fiscais para essa região. Segundo a Federação das Indústrias do Estado do Mato Grosso do Sul (FIEMS) a Brave-Brasil Veículos Elétricos tem no estado a segurança jurídica para implementar o negócio, que terá o apoio do ISI Biomassa, o Instituto Senai de Inovação em Biomassa, que será inaugurado em outubro na cidade de Três Lagoas, a mais industrializada do estado, localizada na divisa com São Paulo. A empresa, conhecida por fabricar motos e bicicletas elétricas, agora quer produzir automóveis alimentados por baterias como um micro-ônibus elétrico para fretamento e turismo, além de um pequeno caminhão elétrico com capacidade para 700 quilos de carga. Por fim, a empresa fala de um veículo chamado BR Cross, que tem capacidade para quatro pessoas e tem foco no uso urbano. A empresa pretende comercializar esses veículos para a iniciativa privada e pública. A expectativa da empresa é que, com os incentivos fiscais dados pelo governo, o estado do Mato Grosso do Sul pode tornar-se um exportador de carros elétricos para outras regiões do país. A meta de produção será de 100 a 200 veículos por mês. Se tudo for acertado conforme o programado, a Brave pode instalar a planta de produção em Campo Grande até o final do ano, iniciando a fabricação. (Ambiente Energia – 22.09.2017)

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Energias Renováveis

1 Albioma: Francesa prevê investimento de US$ 120 mi no Brasil para biomassa

A Albioma, uma empresa francesa que produz eletricidade a partir da biomassa, afirmou que sua incursão de US$ 120 mi pelo Brasil é apenas o começo de uma expansão ambiciosa em um momento em que o setor açucareiro do país, em dificuldades, busca investimento externo. A empresa adquiriu duas usinas brasileiras que geram energia a partir da biomassa de refinarias de açúcar em 2014 e 2015 e fechou um terceiro negócio no País em maio do ano passado, comprometendo ao todo ‎€ 105 mi. Ao expandir-se na maior região produtora de açúcar do mundo, a empresa está capitalizando a queda dos preços que forçou algumas refinarias a buscar operadoras externas para suas geradoras de energia. A maioria de suas usinas utiliza o bagaço da cana-de-açúcar como matéria-prima. Embora a maior parte delas esteja localizada em ilhas do Caribe e do Oceano Índico, a empresa separou ‎€ 295 mi para novos projetos no Brasil de um plano de investimento de ‎€ 350 mi para 2023. O sucesso da empresa no País dependerá de sua capacidade de melhorar o rendimento e vender mais energia excedente à rede elétrica. Se encontrar projetos lucrativos, a Albioma poderá investir mais que o planejado no Brasil ou nos territórios ultramarinos da França, com ou sem parceiros, segundo Moyne. A empresa está atualizando usinas e construindo novas estações de biomassa e energia solar em Martinica e Reunião. Além disso, está buscando mais palha, pellets de madeira e resíduos ecológicos para substituir o carvão que algumas de suas usinas ainda utilizam. Fonte: Bloomberg (Ambiente Energia – 22.09.2017)

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2 “Supercana” é apresentada como solução para aumentar cogeração de energia

Nos últimos anos começaram a ser cultivadas no país variedades de cana obtidas a partir do cruzamento de duas espécies, denominadas cana-energia, que apresentam maior teor de fibras e robustez. Desenvolvidas por empresas como a GranBio e a Vignis e por instituições como o Instituto Agronômico (IAC), essas “supercanas” são apontadas como a solução para aumentar a produtividade dos canaviais do país, produzir etanol de segunda geração (o etanol celulósico) e elevar a cogeração de energia. Embora muito mais produtivas do que a cana convencional, essas variedades de cana-energia até então têm sido destinadas à produção de etanol e de energia elétrica em razão da dificuldade de cristalizar a sacarose de seu caldo para produção de açúcar de mesa – o produto mais rentável para as usinas. “Como a produtividade da cana-energia por hectare é maior em comparação com a cana convencional, consequentemente, a quantidade não só de açúcar, mas também de etanol e de energia produzida será maior em razão da maior quantidade de folhas e bagaço disponível para queima”, afirmou Maria Carolina de Barros Grassi, coordenadora associada da divisão molecular e responsável pelo programa Cana-Energia no CTBE. Ela exemplifica: com um hectare plantado de cana convencional uma usina produz 8,2 toneladas de açúcar, 1,7 mil litros de etanol (a partir do melaço) e 5,6 MWh de energia elétrica excedente. Já com um hectare plantado de cana-energia, uma usina produziria 8,1 toneladas de açúcar, 4,6 mil litros de etanol e 20 MWh de energia elétrica excedente. No caso de uma destilaria autônoma – que não produz açúcar – poderiam ser produzidos 9,2 mil litros de etanol e 20 MWh com cana-energia contra até 6,8 mil litros de etanol e 5,6 MWh por hectare com cana convencional, estimam os pesquisadores. Fonte: Agência FAPESP (Ambiente Energia – 25.09.2017)

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3 Sanepar: solar como saída para reduzir contas de energia

A Sanepar apostou no seu lado gerador para reduzir as despesas com eletricidade, o segundo maior custo da companhia, atrás apenas da folha de pagamento. Além de recorrer à produção de biogás através do lodo de esgoto, a empresa vai estudar a instalação de sistemas solares em estações da empresa, inclusive com unidades flutuantes nos reservatórios da empresa de saneamento. Em 2016, a Sanepar teve gastos da ordem de R$ 390 mi com contas de luz. Há cinco anos, as despesas situavam-se pouco acima dos R$ 200 mi. No segundo semestre deste ano, a companhia teve lucro de R$ 196,9 mi. Atualmente, segundo o diretor de Meio Ambiente da Sanepar, Glauco Requião, existe um projeto de 3 kW na estação de tratamento de áuga Praia de Leste, mas outras duas estações de tratamento de água podem receber painéis solares, que permitem a compensação nas contas de energia. A estação Miringuava, em Curitiba, deve contar com uma usina de 250 kWp, enquanto a unidade Tibagi, em Londrina, teria 450 kWp - a maior delas. A flutuante deve ser instalada no reservatório Passaúna, em Curitiba, com capacidade de gerar 130 kWp. A empresa está apostando ainda em parcerias e acordos de cooperação com institutos de outros países para aperfeiçoar a adoção de mecanismos sustentáveis para geração de energia, como instituições da Coreia do Sul. (Brasil Energia – 22.09.2017)

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4 Geração distribuída depende de mudanças regulatórias para crescer

O avanço da tecnologia que vem chegando ao setor elétrico brasileiro abre diversas oportunidades para a retomada do segmento de cogeração e da geração distribuída. A fonte ainda espera pela publicação dos valores de referência específicos no sentido de, finalmente, valorizar seus atributos específicos. Entre eles, o mais latente é o de gerar dentro do centro de carga, evitando, com isso, grandes perdas de energia com linhas de transmissão. A Consulta Pública 33 do novo marco regulatório do setor abre espaço para a adoção de avanços que abrem a porta para o crescimento dessa modalidade de geração. Segundo cálculos da Cogen, as perdas de energia no país que decorrente da transmissão chegam a 12% da carga. Ou seja, considerando uma demanda de 65 GW, o país precisa de 1,5 UHE Belo Monte adicional para atender a carga. Com a possibilidade da portabilidade da energia, decorrente dos avanços tecnológicos e das mudanças regulatórias, o Brasil pode entrar em um novo momento para a cogeração e a geração distribuída, seja de grande ou de menor porte. A Cogen ressalta que a cogeração e a geração distribuída podem alcançar grandes capacidades de produção. “Diferentemente do que muitos pensam, a geração distribuída é caracterizada principalmente como a geração de energia próximo ao centro de carga e não se restringe á pequena e micro geração, como muitos pensam”, lembrou o presidente executivo da entidade, Newton Duarte. E o caminho para o crescimento do da cogeração passa pelo estabelecimento do VRGD. Os estudos do Ministério de Minas e Energia estão em andamento para o estabelecimento de um valor específico para cada uma das fontes enquadradas nessa modalidade. Segundo o Assessor da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético do MME, Ubiratan Francisco Castellano, ainda não há uma data para sua divulgação, mas a ideia é de reconhecer as especificidades de cada uma e valorizar seus atributos. (Agência CanalEnergia – 22.09.2017)

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5 UE: Projeto fará ação com empresas de renováveis em Fortaleza

A Low Carbon Business Action in Brazil, programa da União Europeia que promove rodadas de negócios entre empresários da economia de baixo carbono, vai reunir 51 pequenas e médias empresas do Brasil e da Europa que atuam no setor de energias renováveis. O evento ocorre em Fortaleza entre os dias 3 e 6 de outubro. Será a oitava missão da iniciativa no país, sendo esta edição a primeira fora do estado de São Paulo. Durante as rodadas de negócios, os empresários trocarão conhecimento sobre tecnologias, processos e produtos inovadores e firmarão Acordos de Cooperação e Parceria, chamados de CPA em inglês. O objetivo é que essas tecnologias de baixo impacto ambiental sejam difundidas no mercado por meio de joint-ventures, projetos de investimentos e de representações comerciais, entre outras modalidades de negócios. A Low Carbon Business Action in Brazil escolheu o Ceará para sediar esta missão visto o estado ser hoje um importante polo na geração de energia renovável, com condições favoráveis para as tecnologias eólica e solar. De acordo com o IBGE, o estado possui 67,24% do total da potência solar outorgada no Brasil. Também ocupa a segunda posição na lista de geração eólica, com participação de 23,38%, atrás apenas do Rio Grande do Norte. (Agência CanalEnergia – 22.09.2017)

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6 MME: projetos da Pirapora Energias Renováveis são prioritários

O Ministério de Minas e Energia aprovou como prioritário três projetos de titularidade da Pirapora Energias Renováveis, relativos ao sistema de transmissão de interesse restrito e as centrais de geração fotovoltaica Pirapora 2, 3 e 4, que compreendem 30.000 kW de capacidade instalada em cada usina, localizadas em Minas Gerais. O período de cumprimento de ambos projetos vai até novembro de 2018. (Agência CanalEnergia – 25.09.2017)

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7 Tocantins: líder do ranking nacional de competitividade das fontes limpas de energia

A FDR Energia atualizou o seu Índice de Atratividade do Mercado Livre para Fontes Limpas de Energia, relativo ao mês de setembro. O levantamento mais recente da comercializadora revela que os 23 estados brasileiros mantêm a competitividade em relação ao mês de agosto, com variação de menos de 1%. O valor médio do Índice FDR Energia para todo o Brasil ficou em “0,513” no mês de setembro. Pelo quarto mês consecutivo, o estado do Tocantins lidera o ranking de atratividade entre as unidades da Federação, como o estado onde as fontes limpas no Ambiente de Contratação Livre (ACL) são mais competitivas em relação ao mercado cativo, com a nota 0,661. Em segundo lugar o Pará com “0,650”, terceiro Santa Catarina com “0,608”, quarto Espírito Santo com “0,606”e quinta colocação o Rio de Janeiro com “0,604”. “Apesar da manutenção da atratividade, temos uma preocupação em relação à oferta de energia incentivada para manter o ritmo de migração das empresas interessadas”, afirmou Erick Azevedo, sócio diretor da FDR Energia e coordenador do estudo. O índice, tal qual o modelo do Índice de IDH, elaborado pela ONU, é calculado em um intervalo de “0,000” (para a menor atratividade) e “1,000” para a maior atratividade. (Agência CanalEnergia – 22.09.2017)

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Gás e Termelétricas

1 EPE: “Gás natural deve se consolidar em leilões”

O gás natural para termelétricas terá uma participação relevante em leilões nos próximos anos, segundo avaliou, em entrevista à Brasil Energia, o superintendente da EPE, Thiago Barral. Para ele, a inserção do gás na matriz energética brasileira ganha espaço especialmente diante das dificuldades de expansão das hidrelétricas de grande porte e do crescimento de fontes intermitentes como eólica e solar. “Além disso, a atual conjuntura do mercado internacional de GNL tem favorecido a atratividade de projetos a gás natural no Brasil, permitindo uma diversidade maior de ofertantes, que no passado ficaram restritos à capacidade da Petrobras", ressaltou, citando a oferta maior do insumo no mercado global. Para o leilão A-6, que será realizado em dezembro, foram cadastrados 23 projetos a gás, representando 21 mil MW, perdendo apenas para as eólicas, que entraram com 953 projetos, que totalizam 26,6 mil MW. A maior parte de projetos cadastrados para o A-6 está no Rio de Janeiro, com oito usinas que totalizam 6,7 mil MW. No Pará, são 3,3 mil MW; em Pernambuco, 3,1 mil MW; no Sergipe, 2,8 mil MW; no Espírito Santo, são 2,4 mil MW; além de outros estados que somam 3,1 mil MW. (Brasil Energia – 22.09.2017)

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2 Usina híbrida a biomassa e gás natural pode dobrar a geração de energia

O projeto de inserção do gás natural nas usinas de açúcar e etanol no estado de São Paulo pode aumentar a produção de energia em 85% na comparação com o atual estágio da produção atual. De acordo com dados da empresa responsável pela condução do projeto, a concessionária Gas Brasiliano, o volume de gás natural a ser injetado nos equipamentos é de 14% do volume de biomassa para que essa usina possa quase dobrar a energia injetada na rede. De acordo com dados apresentados pela concessionária de gás paulista, para cada tonelada de cana são gerados 61 kWh de energia, mas, ao acrescentar o gás natural – ou biogás –, essa produção passa a 113 kWh. O diretor Técnico Comercial da Gas Brasiliano, José Waldir Ferrari, explicou que essa usina híbrida atuaria na base com o dobro de energia e com um retorno do investimento duas vezes mais rápido do que a usina convencional. “Essas usinas podem gerar energia o dia todo e afastar o fantasma da sazonalidade característico da fonte biomassa. Aquela parte do ano que não teria energia passa a não existir mais”, comentou o executivo em apresentação durante o 3o Fórum Cogen/Canalenergia, evento realizado em São Paulo nesta quinta-feira, 21 de setembro. (Agência CanalEnergia – 22.09.2017)

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3 Bolognesi: Negociação de termelétrica Rio Grande com fundo dos EUA avança

A empresa americana New Fortress Energy, da gestora de ativos americana Fortress Investment Group, deve anunciar hoje um acordo para aquisição do projeto da termelétrica Rio Grande, de 1.280 MW de potência, e que foi contratada em um leilão em 2014 pelo grupo gaúcho Bolognesi. Representantes da Bolognesi e da New Fortress Energy participaram de uma reunião na Aneel na sexta-feira a fim de apresentar as garantias de que vão levar adiante o projeto. Se sair do papel, a termelétrica, localizada no município de Rio Grande (RS), envolverá, segundo estimativas do governo gaúcho, cerca de R$ 3,3 bi em investimentos. Na reunião, a área técnica da Aneel solicitou que a Bolognesi protocolasse formalmente a documentação referente ao pleito de transferir o controle do projeto para a companhia americana. O Valor apurou que o governo vê com reservas a proposta de acordo da Bolognesi, por não ser a primeira vez que isso acontece. Segundo fontes a par da situação, a Bolognesi apresentou na sexta-feira, na reunião com a Aneel, as garantias de que a New Fortress Energy vai avançar nas obras, e pediu à Aneel um prazo para concluir essas negociações. O Valor apurou que será a própria New Fortress Energy que vai fornecer o GNL para abastecer a termelétrica. O acordo com a companhia americana tem ainda o apoio do governo gaúcho. Executivos se reuniram com representantes do governo na terça-feira da semana passada para discutir o projeto. Para o governo federal, é fundamental resolver a questão o mais rapidamente possível. (Valor Econômico – 25.09.2017)

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4 Sebigás do Brasil: A mais nova empresa associada da Abiogás

A Sebigás do Brasil é a mais nova integrada ao time da Associação Brasileira de Biogás e Biometano. A companhia, que atua no país desde 2014, opera no desenvolvimento de usinas e também como fornecedor de tecnologia para a construção de usinas de biogás que utilizam resíduos provenientes de diversas fontes, para produzir eletricidade e biometano. A empresa possui experiência no mundo do biogás adquirida através da concepção e construção de mais de 70 usinas, em diferentes países e condições de aplicação, além de ter know-how e conhecimento na utilização de uma larga quantidade de biomassas distintas. Com matriz na Itália, a Sebigás tem sede na Tailândia – que abrange ao mercado asiático – e atende em toda a Europa. No Brasil, a empresa é especialista em usinas de biogás a partir de digestão anaeróbia de alto desempenho. Sediada em Porto Alegre (RS), ela atua com a Cótica Engenharia, desenvolvendo plantas completas e adaptadas à realidade brasileira para os mercados de etanol, açúcar, saneamento e agrosilvopastoril. De acordo com Alessandro Gardermann, presidente da ABiogás, a Sebigás vem unir forças para contribuir para tornar o papel da Abiogás fundamental neste momento em que o biogás vem se tornando essencial para o desenvolvimento do setor energético. Segundo Lorenzo Pianigiani, diretor comercial da América Latina da Sebigás, a empresa busca o desenvolvimento sustentável no Brasil e na América Latina e confia que um dos meios é atuando com mais força no setor de biogás. Ele viu a necessidade de incluir a empresa nas ações da ABiogás, que segundo ele, são perspicazes para o progresso do setor. (Agência CanalEnergia – 22.09.2017)

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5 Cegás: Negociações para terminal de GNL em Pecém são retomadas

O presidente da Cegás, Hugo Figueirêdo, inicia nesta sexta-feira (22/9) uma viagem à Coréia do Sul para dar continuidade às negociações de implementação de um terminal de regaseificação de gás natural liquefeito (GNL), no Porto de Pecém (CE). As tratativas são feitas com a Korea Gas Corporation (Kogas). Hoje, o porto já tem um terminal de GNL, da Petrobras, que é flutuante e tem uma capacidade de regaseificação de até 7 milhões de m³/dia. Esse novo terminal que a Cegás está negociando seria uma unidade onshore com capacidade de 12 milhões de m³/dia de regaseificação, com investimentos de US$ 600 milhões. Em setembro do ano passado, o governo do Ceará e a Kogas assinaram um memorando de entendimento que deu início aos estudos para planejar, conceber e executar o projeto. Além de importar GNL, o memorando prevê ainda o desenvolvimento de projetos de armazenamento e distribuição. Para o presidente da Cegás, as reuniões na Coréia do Sul deverão avançar nos termos desta parceria, identificando os principais gargalos para a viabilização de um acordo para a construção do terminal. “O terminal será estratégico para o estado do Ceará. A sua construção ampliará as fontes do GNL que abastece a Cegás e poderá ter impacto direto no barateamento do preço que chega ao consumidor cearense”, disse Figueirêdo. (Brasil Energia – 22.09.2017)

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Economia Brasileira

1 Fazenda: Melhora na arrecadação permite liberação no orçamento

A melhora na arrecadação permitiu ao governo fazer nova liberação no orçamento, disse o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. “Nós tivemos, num primeiro momento, um descontingenciamento do orçamento em função de uma queda muito grande na arrecadação que aconteceu como resultado em primeiro lugar da retração econômica e, em segundo lugar, da queda da inflação”, disse. “A queda da inflação é positiva para o país, consolida expectativas. A inflação abaixo da meta é positiva. No entanto, isso tem efeito grande na arrecadação.” O ministro lembrou que a arrecadação foi muito afetada no primeiro semestre do ano. “Isso, juntamente com outros aspectos como a queda da arrecadação em função da recessão até o fim do ano passado e que tem efeitos defasados, levou ao contingenciamento no orçamento visando cumprirmos a meta. E, agora, na medida em que a arrecadação começa a reagir e outras medidas também começam a surtir efeito — quer dizer, medidas que foram tomadas visando maior arrecadação e cortes de despesas —, é possível descontingenciar. Os cortes específicos de despesas permitem que os cortes horizontais de contingenciamento sejam diminuídos e isso é que está acontecendo.” (Valor Econômico – 22.09.2017)

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2 IBGE: Receita do setor de serviços tem em 2015 primeira queda desde 2007

O ciclo econômico recessivo erodiu, já em 2015, tanto os serviços que dão apoio às empresas e ao governo quanto aqueles que dependem de decisões das famílias, mostram os dados da Pesquisa Anual de Serviços (PAS), divulgados nesta sexta-feira pelo IBGE. A receita operacional líquida das empresas do setor de serviços somou R$ 1,443 tri em 2015, 2,4% a menos do que no ano anterior (em termos reais). Tratou-se da primeira baixa desde 2007, início da série histórica da pesquisa. O pior resultado do setor havia sido, até então, o apurado em 2013, quando cresceu 4,7%. “Enquanto outras atividades entraram na crise em 2014, o setor de serviços ainda manteve-se em crescimento. Mas verificamos que, em 2015, o setor desembarcou de fato na crise. Foi um ano em que todos os componentes da demanda tiveram queda [famílias, governos e investimentos]”, disse Dione de Oliveira, técnica da pesquisa. Por dentro desse resultado, a receita operacional líquida dos serviços prestados principalmente às famílias teve queda de 5,31% em 2015, para R$ 166,9 bi. Já a receita dos serviços profissionais, administrativos e complementares — muito demandado por empresas — recuou 3,03%, para R$ 386,3 bi naquele ano. Os serviços de informação e comunicação, por sua vez, tiveram aumento de 1,2%, para R$ 328,6 bi. Mas dentro deles, a atividade chamada edição e edição integrada à impressão teve o maior tombo percentual de todos os ramos do setor de serviços acompanhados pelo IBGE, 12,6% em 2015, na comparação a 2014. (Valor Econômico – 22.09.2017)

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3 Tesouro Direto: estoque soma recorde de R$ 47,7 bi

O Tesouro Direto, plataforma que permite a compra e venda de títulos da dívida pela internet, encerrou agosto com 531.461 investidores ativos e um estoque recorde de R$ 47,7 bi, volume 35% maior que o registrado em agosto do ano passado. No balanço mensal, o Tesouro Nacional chama atenção para as aplicações de até R$ 5 mil, que representaram 80,9% dos investimentos realizados. E as de até R$ 1 mil, que atingiram o recorde de 57,1% do total, superando o marco histórico de 54,1% do mês anterior. Números que evidenciam a participação do pequeno investidor. Foram realizadas, em agosto, 198.178 operações de investimento, no valor total de R$ 1,349 bi. Já os resgates totalizaram R$ 1,408 bi, sendo R$ 1,275 bi relativo às recompras e R$ 133 mi, aos vencimentos. O título mais demandado pelos investidores foi o indexado à taxa Selic, com participação de 47,4%. Os títulos indexados ao IPCA corresponderam a 34,2% do total e os prefixados, a 18,5%. (Valor Econômico – 22.09.2017)

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4 Governo: previsão de liberação de mais de R$ 10 bi do Orçamento

O Ministério do Planejamento convocou uma entrevista para as 14h30 de hoje sobre o novo relatório bimestral de avaliação de receitas e despesas. A expectativa é que seja anunciada também a liberação de recursos contingenciados no Orçamento deste ano. Na quinta-feira à noite, a equipe econômica ainda discutia o valor a ser liberado – entre R$ 10 bi e R$ 14 bi. O leilão de hidrelétricas de Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) abre espaço para a liberação de recursos. Além disso, o Planejamento discutiu ontem com o Tesouro e a Advocacia-Geral da União (AGU) a possibilidade de uso de precatórios como receita para ajudar na tarefa. (Valor Econômico – 22.09.2017)

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5 Focus: Mercado vê inflação abaixo de 3% em 2017

O mercado financeiro cortou novamente as projeções para a inflação medida pelo IPCA e passou a estimar uma taxa abaixo de 3% para este ano, conforme o Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira pelo BC. Até a semana passada, apenas o grupo de instituições que mais acertam as projeções (Top 5) havia furado o piso de 3% estabelecido como limite da meta perseguida pela autoridade monetária. No levantamento de hoje, a mediana das cerca de cem instituições que alimentam o boletim Focus mostra redução da expectativa de 3,08% para 2,97%. Em um prazo mais longo, os analistas também reduziram as previsões e calculam agora IPCA próximo de 4% de alta. Para os próximos 12 meses, a projeção saiu de 4,07% para 3,94% de avanço e, para o fim de 2018, passou de 4,12% para 4,08% de alta. A onda de revisões ocorre em função das reiteradas surpresas positivas que os índices de inflação vêm apresentando nos últimos meses. Na semana passada, a prévia do IPCA de setembro desacelerou de 0,35% para 0,11%. (Valor Econômico – 25.09.2017)

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6 IPC-S acelera queda para 0,07% na terceira prévia de setembro

O Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) caiu 0,07% na terceira quadrissemana de setembro, aprofundando a retração que foi de 0,01% na medição anterior. De acordo com a FGV, metade das classes de despesa pesquisadas tiveram decréscimo em suas taxas de variação. A maior contribuição partiu do grupo educação, leitura e recreação (0,93% para 0,29%), que refletiu o item passagens aéreas (28,48% para 9,03%). Também subiram menos transportes (0,74% para 0,58%) e vestuário (0,27% para 0,26%) e houve queda mais marcada em habitação (-0,14% para -0,27%). Nestes quesitos, influenciaram a gasolina (3,28% para 2,66%), calçados (0,50% para 0,13%) e tarifa de eletricidade residencial (-1,00% para -2,03%), respectivamente. Caíram menos alimentação (-0,87% para -0,72%) e comunicação (-0,08% para -0,05%). Aumentaram mais saúde e cuidados pessoais (0,25% para 0,30%) e despesas diversas (0,03% para 0,12%). (Valor Econômico – 25.09.2017)

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7 Dólar: alta acumulada de 0,45% na semana

O comportamento do câmbio doméstico foi novamente direcionado pelo exterior. Em dia de baixa quase generalizada da moeda dos Estados Unidos, houve, por aqui, queda moderada da cotação, ainda respeitando a banda informal de R$ 3,10 a R$ 3,15. O movimento, entretanto, não foi suficiente para superar o ajuste de alta à percepção de que ainda está na mesa uma nova elevação de juros nos Estados Unidos em 2017. Domesticamente, as atenções nos próximos dias devem se voltar para a tramitação na Câmara da denúncia contra o presidente Michel Temer. O comportamento dos ativos domésticos reflete a leitura de que o peemedebista deve ter apoio suficiente para barrar o processo. (Valor Econômico – 22.09.2017)


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Internacional

1 BID: América Latina duplicará sua demanda de eletricidade em 20 anos

A demanda de eletricidade da América Latina e do Caribe duplicará nas próximas duas décadas, segundo afirma o chefe do Departamento de Energia do BID, Ariel Yépez. Essa maior demanda será motivada pelo aumento demográfico e pelo crescimento econômico projetado para 3% ao ano, que deve ser acompanhado de recursos, infraestrutura e vontade dos governos e setor privado, assinala Yépez. O experto do BID participou da III Reunião Ministerial da Aliança de Energia e Clima das Américas (ECPA, em inglês), celebrada da cidade de Viña del Mar. No encontro, representantes de 19 países abordaram a transição para uma matriz “limpa e eficiente”, otimização dos combustíveis fósseis, integração energética e aposta na inovação. Segundo Yépez, os governos participantes são conscientes de que deverão facilitar e promover a participação do setor privado nos projetos energéticos para, assim, obter o investimento necessário. A interconexão e o intercâmbio de energia, iniciativas que abaterão custos, são alguns dos grandes desafios para o futuro, para assim responder às demandas da indústria e do consumo privado de uma população da América Latina que, em 2050, alcançará os 782 milhões, segundo cifras da ONU. Atualmente, 60% da energia elétrica da região provém de fontes renováveis, com taxa de acesso em torno de 96%, com exceção de países como Haiti, onde menos da metade da população conta com energia elétrica. “Comparado a outras regiões, a América Latina é a região mais verde do mundo, com uma maior participação de energias renováveis”, destaca o representante do BID. (Página SIETE – Bolívia – 24.09.2017)

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2 Argentina: San Juan ganhará 1.208,1 MW e suprirá a própria demanda elétrica

San Juan, província Argentina, está a pouco mais de um ano de lograr seu próprio abastecimento elétrico, segundo estimativa da Sociedade de Energia Provincial do Estado (EPSE), em função da culminação de uma série de projetos – que hoje estão em desenvolvimento – destinados a ampliar a oferta vigente. “Atualmente, nossa geração de energia pode cobrir um máximo de 70% da demanda elétrica de San Juan. Porém no final de 2018, com as novas centrais hidrelétricas do rio San Juan e dos sete parques fotovoltaicos que se somarão aos existentes, estaremos em condições de produzir mais energia do que consumimos”, explicou o titular da estatal EPSE, Víctor Doña. Em março desse ano, recordou, a província governada por Sergio Uñac chegou a registrar um pequeno excedente energético. “Tivemos uma menor demanda elétrica e todas as máquinas de nossos diques funcionaram a pleno, mas ainda assim podemos exportar energia. Graças a expansão de nossa potência instalada, essa situação ocasional se tornará corrente em pouco tempo”, projetou. No marco da liberação de 40 novos empreendimentos de geração renovável por 1.208,1 MW que implicou o Leilão 1.5 do Plano RenovAr, San Juan liderou a ascensão fotovoltaica nacional, ao conseguir 7 iniciativas que somarão 213 MW e permitirão satisfazer 55% da demanda elétrica da província durante as horas de pico. Segundo previsões da EPSE, a concretização desses parques resultará em maior ocupação populacional do local. (Inversor Energético – Argentina – 22.09.2017)

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3 Argentina: Campo Petrolífero Cerro Dragon terá Parque Eólico de 41 MW

Como o próprio nome indica, Cerro Dragón é um verdadeiro monstro. O maior campo de petróleo do país (que produz cerca de 17% do petróleo bruto nacional) inclui a maior parte das reservas brutas e um terço das reservas de gás em posse da Paz American Energy (PAE) na Argentina, bem como superfície de mais de 3.000 quilômetros. Para alimentar esse gigante, a companhia petrolífera promoverá a construção de um parque eólico na bacia do Golfo de São Jorge. Dessa forma, não só pode reduzir seus custos operacionais, mas também contribuir para o cuidado do meio ambiente. Conforme detalhado pelos executivos da empresa para os moradores da cidade de Sarmiento, muitos dos quais trabalham no campo, o Parque Eólico Las Germanas-Cerro Dragón será composto por 12 máquinas de 3,45 MW e uma potência instalada de 41 MW. Na recente audiência pública realizada no âmbito do procedimento técnico-administrativo de Avaliação de Impacto Ambiental (estabelecido na Lei XI 35 e seus respectivos decretos regulatórios), a PAE antecipou a instalação de três dessas turbinas no curto prazo. "A energia será utilizada na íntegra para abastecer o consumo interno da Cerro Dragón. Portanto, não será conectado ao Sistema Argentino de Interligação (SADI) ", disse a organização. (Inversor Energético – Argentina – 22.09.2017)

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4 Porto Rico: Serviço elétrico será restaurado em 4 meses após a passagem do Furacão María

O secretário de Assuntos Públicos do Governo de Porto Rico, Ramón Rosario, disse neste domingo que a restauração do serviço elétrico da ilha, destruída pela passagem do furacão María, demorará em torno de 4 meses. “80% das linhas de distribuição da Autoridade de Energia Elétrica (AEE) estão no chão, sem serviço, estamos trabalhando na prioridade”, disse Rosario. O funcionário disse que a prioridade do Governo e da AEE será ativar a eletricidade aos hospitais, especialmente ao Centro Médico de San Juan, assim como centros de diálises. Até o momento, o hospital HIMA San Pablo de Bayamón, município vizinho de San Juan, já tem luz. Rosario recordou que depois do furacão Hugo em setembro de 1989, o serviço também demorou quatro meses, assim como na passagem de Georges, em setembro de 1998, a eletricidade foi reestabelecida após 6 meses. O serviço elétrico ficou totalmente sem serviço por conta de fortes ventos do furacão María. O serviço de água, bem como as telecomunicações, também caiu, com a perda de 85% das torres que fornecem parte dos celulares, o que causou que os porto-riquenhos ficassem ansiosos quando tentam se comunicar com seus parentes, tanto dentro como fora da ilha. "Uma das prioridades é restabelecer as telecomunicações, e para isso, 40 instalações da Claro foram autorizadas e estão sendo instaladas", disse ele. (Ultima Hora – Paraguai – 24.09.2017)

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5 Paraguai: Associação de Renováveis prevê esgotamento futuro de energia, apesar de Itaipu e EBY

O Paraguai deve procurar alternativas à sua energia hidrelétrica, que enfrentam as barragens de Yacyretá e Itaipú, diante de um futuro esvaziamento da oferta devido ao crescimento e ao consumo do país, de acordo Eduardo Viedma, presidente da Associação Paraguai das Energias Renováveis (APER). Segundo alguns estudos, esse tipo de energia daria sinais de esgotamento a partir de 2025. “Se o Paraguai não buscar outro tipo de geração elétrica e incentivar qualquer que seja o tipo de eficiência energética, vamos chegar a um ponto em que vamos consumir toda essa energia e não vamos ter mais de onde tirar”, explicou Viedma. Ele considerou necessário que esse debate seja introduzido na sociedade e na agenda dos partidos, principalmente porque o pais estará diante de um novo cenário político nas eleições gerais de 2018. “O próximo presidente deve tocar na crise energética e vai comprar ou geradores a combustão interna, a carbono, ou explorar energia nuclear”, disse Viedma. O Paraguai tem uma longa tradição em renováveis a partir da energia hidrelétrica de Itaipu, represa que mais produz energia no mundo em parceria com o Brasil, e Yacyretá, compartilhada com a Argentina. Mas é com essa abundância de energia é, segundo Viedma, que o país sul-americano quase não contemplou a exploração de outras fontes renováveis e adiou o debate para diversificar a obtenção de energias. (ABC Color – Paraguai – 24.09.2017)

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6 Nevada: Usina heliotérmica Crescent Dunes gera energia 24 horas por dia e armazena 1.100 MWh

No deserto do estado de Nevada, nos Estados Unidos, é possível ver a torre de 195 metros de altura da usina heliotérmica Crescent Dunes. A torre é rodeada por mais de 10 mil espelhos que refletem o sol para a ponta dela. Apesar de parecer uma cena futurista, a grande inovação da usina está, na verdade, em seus tanques de armazenamento térmico. Dessa forma, a usina pode prover eletricidade sob demanda em qualquer momento, dia e noite. A usina é apontada como a primeira usina de energia solar que pode armazenar mais de 10 horas de eletricidade, o que se traduz em 1.100 megawatts-hora, suficientes para abastecer 75.000 casas. O armazenamento funciona com tanques de nitrato de sódio, que é bombeado até o topo da torre. O sal fundido pode alcançar temperaturas de 565°C e retorna aos tanques para manter o calor. Quando é necessária a eletricidade, o sal quente é usado para ferver água e produzir vapor de alta pressão, que gira turbinas que geram eletricidade. Propriedades físicas e térmicas de sal fundido fazem da substância uma boa candidata para armazenamento de calor. Muitas outras usinas heliotérmicas ao redor do mundo usarem raios solares para transformar a água diretamente em vapor, mas a água é muito mais volátil do que o sal fundido e, com ela, o calor não pode ser facilmente armazenado. (Ambiente Energia – 24.09.2017)

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Biblioteca Virtual do SEE

1 PIRES, Adriano. “Licenciamento ambiental não pode ser um gargalo”. O Estado de São Paulo. São Paulo, 23 de setembro de 2017.

Para ler o texto na íntegra, clique aqui.

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2 NASTARI, Plinio. “RenovaBio – oportunidade, urgência e relevância”. O Estado de São Paulo. São Paulo, 25 de setembro de 2017.

Para ler o texto na íntegra, clique aqui.

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Ana Vitória, Izadora Duarte, Lucas Morais, Paulo César do Nascimento, Sérgio Silva.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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