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IFE: nº 4.411 - 22 de setembro de 2017
http://gesel.ie.ufrj.br/
gesel@gesel.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Instituições portuguesas, em parceria com o MIT, oferecem pós-graduação em Energia
2 Workshop GESEL: “Perspectivas dos Leilões de Transmissão”
3 MME: Processo da Abengoa deixa de levar riscos ao funcionamento do setor elétrico
4 Decreto presidencial prorroga concessões e autorizações de UHEs
5 Governo quer promover enquete nas redes sociais sobre o fim do horário de verão
6 Adoção do horário de verão é indiferente para agentes do setor
7 XXIII Simpósio Jurídico da ABCE terá como tema central a reforma do marco regulatório
8 Usinas são liberadas para operação comercial

Empresas
1 Eletrobras: Privatização e novo modelo do setor poderão demandar duas MPs
2 Eletrobras: Funcionários mobilizam-se contra privatização da empresa no Rio de Janeiro
3 Eletrobras: Paulo Rocha diz que privatização é mais um retrocesso do governo Temer
4 Cemig: Ministro do Planejamento diz que leilão de usinas está bem encaminhado
5 Cemig: Disputa por usinas vai exigir fôlego financeiro
6 Cemig: Busca por solução alternativa para manter as usinas continua
7 Isolux saberá na próxima terça-feira (26/9) se poderá participar de novas licitações
8 Steag: Empresa comemora volta de leilões e aposta em fontes renováveis

9 Coelba: Investimentos R$ 8,3 mi em nova linha de transmissão

10 TP Norte: Fitch afirma rating da 2ª emissão de debêntures da TP Norte com perspectiva estável

11 Energisa: R$ 850 mi serão emitidos em debêntures

12 Cesp: SP vai aguardar definição de regras do setor para retomar privatização

13 Logicalis: Parceria com Itron é firmada

Leilões
1 GESEL: Favorita para o leilão é Engie, afirma professor Nivalde de Castro
2 Leilões testam governo e podem render mais de R$ 13 bi à União

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Níveis dos reservatórios pelo Brasil
2 CCEE: Consumo de energia elétrica cresce 1,1% e atinge 61.697 MW em setembro
3 CCEE: Geração de energia elétrica atinge 61.679 MW em setembro

4 ONS: Bandeira vermelha nas contas de outubro e novembro e importação de 1.450 MW méd

5 ONS: Nordeste deve sofrer mais com crise hídrica, mas oferta será garantida

6 ONS: Aneel deve iniciar rapidamente campanha de uso racional de energia

Meio Ambiente
1 Vazamento em obra de usina no MT escurece água de cachoeira
2 Usina afetada por desastre da Samarco continua desligada

Energias Renováveis
1 GESEL: Coordenador do GESEL – UFRJ, Nivalde de Castro, comenta o início de operação do parque solar de Ituverava
2 Rio Alto Energia: Presença discreta e constante
3 SP: R$ 2 mi confirmados para projetos de Energia Solar e Resíduos Sólidos Urbanos

4 Biomassa: responsável por 64% da cogeração do país com patamar de 11,2 GW

5 Algar Agro: usina de 8,3 MW a biomassa de eucalipto

Gás e Termelétricas
1 MSGás: Consultoria para privatização será definida até outubro
2 Sebigás se associa à Abiogás
3 Raízen: Vinhaça produzida supera comercialização anual de combustíveis
4 Rússia: interesse em construção de Angra 3

Grandes Consumidores
1 Queiroz Galvão Energia: implantação de complexo de 200 MW no Piauí concluída

Economia Brasileira
1 Governo manterá previsão de crescimento de 0,5% neste ano
2 BC projeta expansão de 2,2% em 2018, com recuperação do investimento

3 Relatório não faz referência ao impacto das "incertezas"
4 Meirelles diz esperar fechar acordo antes de MP do Refis caducar
5 Meirelles: Meta de inflação mais baixa é a economia de volta ao normal
6 Juros futuros recuam, com apostas no rumo da Selic à mínima histórica
7 Brasil abre 35,5 mil vagas de trabalho e tem melhor agosto desde 2014
8 Prévia do IPCA é a menor em 12 meses desde 99
9 Consumidores esperam aumento de inflação nos próximos meses, mostra indicador da FGV
10 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Paraguai: Conselho Nacional apoia ANDE no desenvolvimento do Chaco paraguaio
2 Paraguai: Conselho Nacional aprova projeto de contrato para PCH do rio Ypané
3 Costa Rica: Maior parque solar é inaugurado, de 5 MW e investimento de 8,6 mi de dólares
4 Furacão Maria chega a Porto Rico após deixar 40% de Ilha Guadalupe sem energia


Regulação e Reestruturação do Setor

1 Instituições portuguesas, em parceria com o MIT, oferecem pós-graduação em Energia

Em Portugal, o ISEG (Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade de Lisboa) e o IST (Instituto Superior Técnico), em parceria com o MIT (Massachusetts Institute of Technology), oferecem um programa de pós-graduação (mestrado e doutorado) em Energia. Vitor Santos, ex-presidente do Conselho de Administração da ERSE, que esteve em recente visita ao Brasil, organizada pelo GESEL, será o coordenador por parte do ISEG. O curso é lecionado em inglês, tem habitualmente alunos de vários países. Mais informações no site: Para ler o texto na íntegra, clique https://www.mitportugal.org. (GESEL-IE-UFRJ – 22.09.2017)

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2 Workshop GESEL: “Perspectivas dos Leilões de Transmissão”

Nesta quinta-feira, dia 21 de setembro, o GESEL organizou workshop intitulado “Perspectivas dos Leilões de Transmissão”. O evento, que aconteceu na sede da FIRJAN, objetivou sistematizar informações, dúvidas e sugestões sobre o próximo leilão de Transmissão (que se encontra em Audiência Pública ANEEL n.º 047/2017), bem como as perspectivas para 2018-19. Estiveram presentes representantes dos principais players e do marco institucional - ANEEL, EPE, ONS, BNDES, IBAMA e SEAE-MF. A programação esteve estruturada em duas partes. A primeira de exposição da Aneel, EPE, ONS e BNDES. A segunda de exposição das empresas. O GESEL apresentou síntese de estudo com análise da evolução dos leilões realizados de 1999-2017 e uma proposta de projeto de P&D – Portal de Licenciamento de projetos de Transmissão. Com base nestas apresentações, a equipe de pesquisadores do GESEL irá elaborar Relatório Técnico (impresso) para ser divulgado e distribuído entre os Agentes e Marco Institucional, notadamente no MME, ANEEL e EPE. (GESEL-IE-UFRJ – 22.09.2017)

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3 MME: Processo da Abengoa deixa de levar riscos ao funcionamento do setor elétrico

O processo da Abengoa trazia um risco muito grande para o modelo regulatório, disse nesta quarta-feira (20/9) o secretário-executivo do MME, Paulo Pedrosa, ao descrever o trabalho conjunto realizado pelo governo e Aneel na Justiça, para revogar as concessões da transmissora espanhola que, por meses, tentou manter o direito de tocar obras que não conseguia desenvolver porque entrou em recuperação judicial. “A decisão obtida pela empresa em caráter liminar misturava o concessionário com a concessão. Quer dizer, a concessão que estava voltada a atender a sociedade e o consumidor com o concessionário que é uma empresa. Era uma questão que, além das gravíssimas consequências econômicas do atraso das obras para a sociedade, trazia esse dano ao modelo de funcionamento do setor elétrico”, destacou Pedrosa, após participar da abertura do evento Brazil Energy Frontiers. “A Aneel foi oferecendo todas as condições de defesa, conduziu o processo dela, mas chegou ao MME e o ministério fez a última etapa e encerramos. Quer dizer, a caducidade das concessões está dada e agora a Aneel vai seguir e executar as garantias e nós vamos em frente com a licitação”, complementou. Ele esclareceu, no entanto, que o processo na Justiça segue em frente já que, o que caiu foi a liminar. Haverá agora a decisão de mérito, mas Pedrosa deu a entender que não acredita em alguma chance de reversão em favor da empresa. (Brasil Energia – 21.09.2017)

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4 Decreto presidencial prorroga concessões e autorizações de UHEs

Publicado no DOU de hoje (22/9) o decreto presidencial que prorroga concessões e autorizações ainda não prorrogadas de usinas hidrelétricas com capacidade instalada entre 5 mil e 50 mil kW. A medida vale também para usinas de autogeração que estejam operando mas não estejam ligadas ao SIN. Nesse caso, ela vale independentemente do potencial de geração. A prorrogação vale por 30 anos a serem contados a partir do término do prazo da concessão ou da autorização. Para a prorrogação desses prazos as companhias terão de arcar com alguns custos. Entre eles o pagamento pelo Uso do Bem Público; o recolhimento da Compensação Financeira pela utilização de recursos hídricos; a reversão dos bens vinculados ao final da concessão, sem indenização; e a renúncia a alguns direitos preexistentes. Ainda de acordo com o decreto, o excedente de energia elétrica produzida pelo empreendimento destinado à autoprodução não consumido será obrigatoriamente liquidado no mercado de curto prazo ao PLD. A comercialização será proibida. (Agência Brasil – 21.09.2017)

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5 Governo quer promover enquete nas redes sociais sobre o fim do horário de verão

A continuidade da aplicação do horário de verão será uma decisão da Presidência da República. Após a conclusão de estudos que mostram que o horário de verão não proporciona economia de energia, o MME decidiu encaminhar a questão para instâncias superiores. Prevendo polêmica, o governo estuda fazer uma enquete nas redes sociais para deliberar sobre o assunto. O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, evitou dar um posicionamento prévio. Se vigorar neste ano, o horário de verão começa em 15 de outubro e termina em 17 de fevereiro. "Tendo em vista as mudanças no perfil e na composição da carga que vêm sendo observadas nos últimos anos, os resultados dos estudos convergiram para a constatação de que a adoção desta política pública atualmente traz resultados próximos à neutralidade para o consumidor brasileiro de energia elétrica, tanto em relação à economia de energia, quanto para a redução da demanda máxima do sistema", informou o MME. "Desta forma, o MME encaminhará o assunto à Casa Civil para avaliação da pertinência da manutenção do horário brasileiro de verão como política pública nos próximos anos, considerando a influência nos demais setores da sociedade", acrescentou o ministério. (O Estado de São Paulo – 21.09.2017)

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6 Adoção do horário de verão é indiferente para agentes do setor

Por conta do baixo consumo de energia resultante da forte recessão que atravessa o país, a adoção ou não do horário de verão é indiferente para as geradoras, transmissoras e distribuidoras de energia. Se de um lado a redução do consumo é pequena, por outro, o "alívio" no sistema no consumo nos horários de pico (das 19horas às 21 horas), é também muito pequeno. Para o presidente da Abradee, Nelson Leite, os resultados da mudança do horário são muito pequenos, e só é importante em termos de manter a cultura com a preocupação do uso mais racional da energia. “O resultado é irrisório em termos de quantidade de economia de energia. Na realidade o consumo é deslocado da noite, para o início da manhã de das pessoas que acordam cedo. E do ponto de vista técnico de aliviar o sistema nas horas de pico, o resultado também é muito pequeno”, destacou Nelson Leite. Por usa vez, Alexei Vivan, presidente da ABCE afirma que a redução de consumo de energia nunca foi o objetivo da mudança do horário de Verão. Mas para o executivo, a redução do consumo nas horas de pico não deixa de ser importante para preservas o sistema elétrico. “Apesar de a economia de energia não ser significativo, ao deslocar o consumo nos horários de pico, o horário de verão preserva o sistema elétrico que não fica tão sobrecarregados nessas horas. Muitos países adotam o horário de verão e aqui sempre foi usado, seria uma surpresa não ser implantado neste ano. E tudo que leva à discussão da necessidade do uso racional da energia é importante - destacou Alexei Vivan”. (O Globo – 21.09.2017)

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7 XXIII Simpósio Jurídico da ABCE terá como tema central a reforma do marco regulatório

A reforma do marco regulatório do setor elétrico, atualmente em gestação no MME, será o tema central da 23ª edição do Simpósio Jurídico da ABCE, que este ano será realizado nos dias 24 e 25 de outubro, em São Paulo. O evento, promovido pela Associação Brasileira de Companhias de Energia Elétrica, reunirá agentes do setor elétrico e especialistas para debater o assunto mais discutido atualmente, incluindo membros do MME e da Aneel. Entre os temas que serão abordados em palestras e debates este ano estão a proposta de aprimoramento do modelo do setor elétrico brasileiro, os aspectos legais e práticos dos ativos indenizados e licitados pós Lei 12.783/13, a matriz elétrica nacional e a finalidade do Mecanismo de Realocação de Energia, a indenização dos ativos de transmissão e sua judicialização, a avaliação ambiental estratégica, o tratamento de PCB – Conama e o Acordo de Estocolmo, e ainda os reflexos do padrão contábil IFRS na tributação do setor elétrico. O XXIII Simpósio Jurídico da ABCE é voltado a profissionais do direito especializados no setor elétrico; juízes e promotores com interesse no segmento; dirigentes e executivos de empresas públicas e privadas das áreas jurídica, contábil, de controladoria e finanças, de meio ambiente, de operação e manutenção e de engenharia; dirigentes e técnicos de órgãos públicos, entre agências reguladoras, ministérios e secretárias estaduais; advogados e executivos de agentes financeiros e de fundos de investimento; além de estudantes e pesquisadores do setor. (Agência CanalEnergia – 22.09.2017)

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8 Usinas são liberadas para operação comercial

A Aneel liberou para operação comercial três usinas de geração eólica do complexo Ventos da Bahia. As centrais II, IV e VIII podem iniciar produção já a partir da última quinta-feira, 21 de setembro, segundo despacho publicado no DOU. As usinas II e VIII, localizadas no município de Mulungu do Morro (BA), compreendem as unidades UG1 a UG9, de 3.000 kW cada, totalizando 27.000 kW de capacidade instalada. A usina IV, localizada em Bonito (BA), poderá operar as unidades UG1 a UG4, de 3.000 kW cada, num total de 12.000 kW de capacidade. Outra usina que recebeu autorização pela Aneel foi a UTE Curitiba Energia, situada em Fazenda Rio Grande (PR), que poderá operar comercialmente as unidades UG4 a UG6, de 1.426 kW cada, somando 4.278 kW. A agência também liberou em regime de testes a EOL Ventos de São Vicente 08, com as unidades UG1 a UG14, de 2.100 kW cada, totalizando 29.400 kW capacidade, em Curral Novo do Piauí (PI). Outra aprovada para testes é a EOL Lagoa 2, que poderá testar a partir de 21 de setembro as unidades UG1 a UG14, de 2.100 kW cada, somando 29.400 kW de capacidade e instalada no município de São José do Sabugi (PB). (Agência CanalEnergia – 22.09.2017)


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Empresas

1 Eletrobras: Privatização e novo modelo do setor poderão demandar duas MPs

Os termos da desestatização da Eletrobrás serão definidos em Medida Provisória que a equipe do MME corre para tentar concluir até o final de setembro, conforme orientação do ministro Fernando Bezerra Coelho Filho, explicou nesta quinta-feira (20/9) o secretário-executivo do ministério, Paulo Pedrosa. É possível que a MP já contenha algumas providências em relação ao GSF – fator que vem travando a plena movimentação financeira do mercado de curto prazo na CCEE – uma vez que o tema é considerado crítico para o processo de “valuation” da estatal federal. Já a modelagem da reforma do setor, decorrente da Consulta Pública 33, deve, segundo ele, estar pronta até o final de outubro e poderá ser foco também de uma segunda Medida Provisória ou de um decreto a ser encaminhado ao Congresso Nacional com “urgência urgentíssima”. Essa definição depende de decisão do ministro e deverá ser resolvida tão logo ele retorne de viagem aos EUA. Em relação à postergação da modelagem para outubro, o secretário-executivo argumentou que o lançamento do projeto de privatização da Eletrobrás acabou trazendo um fato novo ao longo da discussão. Ficou demonstrado, segundo ele, que a mudança no setor elétrico precisa ser completa. “É um elemento importante em conjunto com a melhoria das regras do setor, para que o setor seja estável no longo prazo. O acionista controlador não tem capacidade de colocar os recursos de que ela necessita e a perspectiva de uma Eletrobrás que, de novo, no futuro, interfira no ambiente de negócios, não é boa para o setor”, comentou Pedrosa. O pacote, como um todo, está sendo discutido com os gestores do Programa de Parcerias de Investimento (PPI) e também com os ministérios da fazenda e do Planejamento. A ideia, de acordo com Pedrosa, é que a privatização da Eletrobrás ocorra no primeiro semestre de 2018. (Brasil Energia – 21.09.2017)

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2 Eletrobras: Funcionários mobilizam-se contra privatização da empresa no Rio de Janeiro

Mesmo antes da definição do modelo, a privatização da Eletrobrás já começa a mobilizar seus empregados, que se reuniram nesta quinta-feira, 21, pela primeira vez, no Rio de Janeiro, contra a venda dando continuidade a um movimento iniciado em Pernambuco pelos empregados da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), uma das subsidiárias da estatal. Reunindo associações, políticos e funcionários da estatal no Clube de Engenharia, no Centro do Rio, o encontro não chegou a lotar o auditório da entidade por conta do horário - meio da tarde - mas teve por objetivo dar a partida no movimento contra a venda da empresa. No dia 3 de outubro, a manifestação será por todo o dia na porta da Eletrobrás. Maior empresa de geração de energia elétrica brasileira, com quase um terço do total da capacidade instalada do País, a Eletrobrás tem cerca de 20 mil funcionários espalhados pelo Brasil e teve uma pequena parte da sua operação privatizada na década de 1990, na região Sul. Agora, o governo anunciou que pretende deixar de controlar a empresa e tende a fazer isso por meio da pulverização das ações na bolsa de valores. Para o ex-presidente da estatal e atual diretor de Relações Institucionais da Coppe/UFRJ, Luiz Pinguelli Rosa, presente no evento, a mobilização dos funcionários é fundamental para tentar evitar a privatização. "A perspectiva é a pior possível e não houve ineficiência de todo sistema que justifique uma privatização", afirmou. "Temos que esclarecer a população sobre o absurdo que está sendo cometido." (O Estado de São Paulo – 21.09.2017)

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3 Eletrobras: Paulo Rocha diz que privatização é mais um retrocesso do governo Temer

O senador Paulo Rocha (PT-PA) afirmou nesta quinta-feira (21) que a possível privatização do sistema elétrico é mais um retrocesso do "governo ilegítimo" de Michel Temer. Na opinião do parlamentar, trata-se de uma gestão que "pensa somente em satisfazer aos interesses do mercado e do capital internacional". A curto prazo, segundo Paulo Rocha, a privatização vai gerar o aumento das tarifas, principalmente para pequenos empresários e para os consumidores residenciais. A médio e longo prazos, disse ele, pode haver um sério desabastecimento, a exemplo do apagão de 2001. Para Paulo Rocha, o principal objetivo dessas vendas é fazer caixa para diminuir o deficit nas contas públicas. Todavia, argumentou, as privatizações não têm sido garantia de redução da dívida pública: - No governo FHC, foram privatizadas empresas importantes, como a Vale, o setor de telefonia e várias companhias de energia, mas a dívida líquida do setor público explodiu de 32% do Produto Interno Bruto (PIB) em 1994 para 56% em 2002 - advertiu. O senador afirmou ainda que a Eletrobras vale muito mais do que os R$ 20 bilhões que o governo federal pretende arrecadar. Disse também que os rios do país vão virar um grande negócio para as empresas compradoras: - Privatizar a Eletrobras é transferir às empresas privadas o direito de vida ou morte sobre os rios brasileiros. Embora tenhamos um sistema de gerenciamento de recursos hídricos, quem está na ponta sabe a importância do setor elétrico nesta questão - afirmou. (Agência Senado – 22.09.2017)

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4 Cemig: Ministro do Planejamento diz que leilão de usinas está bem encaminhado

O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, mostrou otimismo nesta quinta-feira ao comentar as perspectivas para o leilão de quatro usinas da Cemig, marcado para a semana que vem. A venda desses ativos pode render ao governo R$ 11 bi em 2017. Embora o leilão venha provocando uma série de disputas judiciais entre a União e governo de Minas Gerais, Oliveira afirmou que a operação está bem encaminhada e que o interesse do mercado é alto. O leilão das usinas da Cemig está bem encaminhado. Ontem já houve uma boa participação no depósito das garantias (feitas por empresas interessadas na operação) — disse o ministro, depois de participar de seminário no Tribunal de Contas da União (TCU) sobre o novo regime fiscal. Os recursos das usinas são essenciais para que o governo consiga fechar as contas de 2017. Sem eles, a equipe econômica corre o risco de ter que fazer um shutdown (paralisação completa da máquina pública) este ano ou até mesmo revisar novamente a meta fiscal do ano, que já passou de um déficit primário de R$ 139 bilhões para R$ 159 bilhões. (O Globo – 21.09.2017)

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5 Cemig: Disputa por usinas vai exigir fôlego financeiro

Enquanto a Cemig insiste na negociação de um acordo com a União para manter as concessões das quatro usinas hidrelétricas que foram devolvidas, o governo segue otimista com a realização do leilão na quarta-feira. A disputa, no entanto, estará restrita a grupos de grande porte. A outorga mínima pode render R$ 11 bilhões ao governo, caso todos os lotes sejam arrematados sem disputa. O leilão envolverá as hidrelétricas São Simão, Miranda, Jaguara e Volta Grande. A estatal mineira, porém, ainda questiona na Justiça a devolução das três primeiras. Até a última semana, o governo trabalhava com a possibilidade de participação de quatro grupos, sem mencionar os nomes. Não se sabe se a conta do governo inclui a própria Cemig e a mineradora Vale, que estuda participar do leilão em parceria com a estatal mineira, por meio da Aliança Geração de Energia. No mercado, comenta-se os nomes de grandes grupos do setor: a italiana Enel, a franco-belga Engie e a chinesa State Power Investment Corporation (SPIC). No último mês, o presidente da Engie Brasil Energia (antiga Tractebel Energia), Eduardo Sattamini, afirmou ao Valor que a empresa tem interesse nos ativos, mesmo com a questão jurídica envolvida. "A hora que eles forem a leilão, pode haver questionamentos, mas ele [leilão] vai ser executado. E quem arrematar [as concessões] terá direito de operar", disse. O presidente da Enel no Brasil, Carlo Zorzoli, contou ao Valor, também no fim de agosto, que a companhia olha todas as oportunidades de negócios no Brasil, mas não comenta situações específicas. "Olhamos todas as oportunidades, porém não podemos comentar nenhuma em específico", afirmou na ocasião. A própria Cemig considera um "acordo" no qual pagará a outorga para garantir que ficará com os ativos, na parceria com a Vale ou com outros sócios. (Valor Econômico – 22.09.2017)

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6 Cemig: Busca por solução alternativa para manter as usinas continua

A Cemig, que vem brigando na Justiça há cinco anos para manter as concessões, quer uma solução no qual não precise participar do leilão para ficar com pelo menos duas das usinas. Em entrevista ao Valor, o diretor financeiro da Cemig, Adézio Lima, disse que a empresa, o Ministério do Planejamento e a Advocacia Geral da União (AGU) negociaram que apenas duas das quatro usinas seriam leiloadas: São Simão e Volta Grande, que somam 2.090 MW de potência e R$ 8,032 bi dos R$ 11 bi da outorga. Pelo arranjo, segundo o diretor financeiro da Cemig, Miranda e Jaguara não entrariam no leilão. As concessões seriam asseguradas à Cemig em troca do pagamento da outorga. No caso da Miranda, o governo exige outorga de R$ 1,1 bi, e teria que indenizar a Cemig em R$ 1,060 bi, segundo o argumento da empresa. Haveria, então, um acerto de contas e a companhia entraria apenas com R$ 40 mi para inteirar o valor da outorga e ficar com a usina. No caso de Jaguara, o valor da outorga é de R$ 1,9 bi. Segundo Lima, a Cemig assinou uma operação de crédito com um banco estrangeiro que permitirá a empresa pagar o montante. O Valor apurou com fontes do governo e da Cemig, porém, que não há nada fechado sobre esse acordo. Na noite de quarta-feira, o ministro do STF Dias Toffoli derrubou um empecilho ao acordo, ao suspender uma decisão do TCU que impedia a União e a Cemig de negociarem um acordo. Ainda assim, um acordo do tipo esbarraria no TCU. O entendimento do tribunal é que as concessões são da União, devendo, portanto, ser licitadas. A venda direta à Cemig implicaria em um benefício a um comprador. Além disso, no leilão, o governo tem a possibilidade de arrecadar um montante maior, no caso de haver concorrentes dispostos a pagar ágio. (Valor Econômico – 22.09.2017)

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7 Isolux saberá na próxima terça-feira (26/9) se poderá participar de novas licitações

A diretoria da Aneel deve decidir, na próxima terça-feira (26/9), se impede o grupo Isolux e empresas coligadas de participarem de novas licitações no setor elétrico, pelo prazo de dois anos. O processo será colocado em votação com o relatório do diretor André Pepitone, que propõe a condenação do grupo espanhol por não implementar projetos de transmissão de energia. Se a decisão da Aneel for confirmada produzirá efeitos sobre Isolux Ingeniería, Isolux Corsán, Corsan-Corviám Construcción, Linhas de Rondônia Transmissora de Energia e Linhas de Santarém Transmissora de Energia Ltda. Entre os projetos que enfrentam problemas de paralisação das obras está o trecho de 436 km que é uma extensão que seria usada para reforçar o escoamento da energia produzida pela hidrelétrica Belo Monte, no Pará. Outro projeto mencionado no parecer do diretor da agência reguladora é uma linha de 315 km em Rondônia. Procurada pelo Valor, a Isolux informou que já havia tomado conhecimento dos desdobramentos do caso na Aneel. O diretor-geral de concessões de energia da Isolux Brasil, Juan Ramón, disse que tenta negociar com a autarquia uma "solução amigável". Com essa estratégia, a empresa não levaria a discussão sobre investimentos já realizados à Justiça e aceitaria transferir os investimentos iniciais e todos os estudos sobre os projetos técnicos e de licenciamento ambiental ao novo concessionário. Em troca, o órgão regulador deixaria de executar a garantia bancária de R$ 29 milhões apresentada no leilão. (Valor Econômico – 22.09.2017)

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8 Steag: Empresa comemora volta de leilões e aposta em fontes renováveis

Completando 15 anos de atuação no Brasil, a Steag acredita que o panorama de realizações de leilões após um período de represamento de projetos será benéfico para o setor. A empresa, que atua na área de operação e manutenção na geração e transmissão, acredita que o certame vai ser bastante disputado e que vai auxiliar a recolocar o setor no seu ritmo normal. “Talvez a demanda não venha na maneira que o mercado precisa, mas de qualquer forma para todos nós que participamos do mercado é muito bom que ele volte a acontecer”, afirma Juracy Monteiro, CEO da Steag. De 2014 para cá, a empresa de origem alemã se voltou para projetos de gás e transmissão de energia, entrando de forma mais intensa no mercado de renováveis, com atenção na solar, neste ano de 2017. “Tudo que uma grande empresa como a nossa pode agregar é tecnologia, que hoje já está inserida dentro da prestação de serviço, com smartphones, internet. Já fazemos muita coisa de forma remota ou pela internet”, explica a CEO. A Steag tem um centro de monitoramento no Rio de Janeiro. A aposta da empresa é no sistema de monitoramento de turbinas eólicas desenvolvido pela própria empresa. Ele faz o acompanhamento através de indicadores de performance. O aquecimento no mercado de transmissão registrado nos leilões de LTs desse ano não foi surpresa para Juracy Monteiro. Segundo ela, a empresa só não se associou a algum parceiro na ocasião por estar dedicada ao mercado de renováveis. Para os próximos certames, a Steag prepara parceria com investidor para atuar como prestadora de serviço em LT no Nordeste. (Agência CanalEnergia – 21.09.2017)

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9 Coelba: Investimentos R$ 8,3 mi em nova linha de transmissão

Localizado a 84 km da capital Salvador, o município baiano de Amélia Rodrigues ganhou uma nova linha de transmissão de energia elétrica. Com cerca de 20 km de extensão, a nova linha de alta tensão sai da subestação do Centro Industrial de Feira de Santana (CIF) e é interligada ao eixo Catu-Taquipe, que já atendia ao município. O empreendimento irá beneficiar 33 mil consumidores das cidades de Coração de Maria, Conceição do Jacuípe, Terra Nova e Teodoro Sampaio, além de Amélia Rodrigues. O investimento para energizar a nova linha foi de R$ 8,3 milhões. De acordo com a Coelba, a nova linha é fundamental para oferecer dupla alimentação ao sistema elétrico do município. No cronograma de obras da concessionária para este ano ainda estão previstas mais de 300 km em novas linhas de alta tensão, 11 novas subestações e a ampliação de outras 20, ligações rurais e urbanas, aquisição de novos equipamentos, aplicação de novas tecnologias e continuidade do projeto de automação do sistema elétrico. Outra linhas de transmissão no local já em construção e tem previsão para ser finalizada em outubro deste ano. Este empreendimento sairá da subestação Tomba até a Subestação Centro Industrial de Feira. Em caso de contingência, a Coelba poderá fornecer energia através da antiga linha que sai da subestação da cidade de Catu. (Agência CanalEnergia – 21.09.2017)

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10 TP Norte: Fitch afirma rating da 2ª emissão de debêntures da TP Norte com perspectiva estável

A Fitch Ratings afirmou na última quarta-feira, 20 de setembro, o Rating Nacional de Longo Prazo ‘AA-(bra)’ da segunda emissão de debêntures da TP Norte, no montante de R$ 180 mi e com vencimento em 2029. A perspectiva do rating é estável. A afirmação do rating reflete a natureza previsível e estável das receitas com base em disponibilidade, as elevadas margens de EBITDA, que se traduzem em forte break-even de despesas operacionais (opex), além de indicadores de crédito robustos. O Índice de Cobertura do Serviço da Dívida médio, de acordo com o cenário de rating ajustado da Fitch, é de 1,53 vez, patamar condizente com um rating superior. No entanto, o rating da emissão está limitado a ‘AA-(bra)’ devido a cláusulas de vencimento antecipado cruzadas relacionadas a um dos garantidores, até o completion financeiro do projeto. Para a Fitch, o projeto já está construído e a expectativa é de que esteja 100% operacional até outubro de 2017, o que representa um atraso de 34 meses. (Agência CanalEnergia – 21.09.2017)

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11 Energisa: R$ 850 mi serão emitidos em debêntures

A Energisa anunciou em comunicado ao mercado nesta quinta-feira, 21 de setembro, que fará oferta pública de R$ 850 milhões em debêntures. A nona emissão será realizada no dia no próximo dia 15 de outubro de 2017, por meio de cinco séries. Inicialmente serão oferecidas 850 mil debêntures da espécie quirografária não conversíveis em ações, com garantia real com valor nominal de R$ 1.000,00. De acordo com o comunicado, os recursos arrecadados com a emissão serão destinados ao pagamento de investimentos anuais correspondentes às obras de expansão, renovação ou melhoria, que constam das últimas versões dos Planos de Desenvolvimento de Distribuição apresentados para a Agência Nacional de Energia Elétrica em 2017 e que sejam previstos para 2017 e 2018. A emissão deve representar 49% das necessidades de recursos financeiros dos projetos, as quais totalizam aproximadamente R$ 2,32 bilhões. A XP Investimentos e o banco Bradesco BBI serão as instituições intermediárias da operação. As debêntures da Primeira Série vencem em cinco anos a data de emissão. As da segunda série vencem em sete anos e as da terceira em dez anos. Já as debêntures da quarta série vencem em cinco anos e as da quinta série em sete. O período de reserva vai de 22 de setembro até 17 de outubro. (Agência CanalEnergia – 21.09.2017)

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12 Cesp: SP vai aguardar definição de regras do setor para retomar privatização

O governo do estado de São Paulo vai aguardar a definição das regras do setor elétrico nacional para retomar o processo de privatização da Cesp. De acordo com o secretário de Energia e Mineração, João Carlos de Souza Meirelles, o adiamento da venda do controle da geradora foi motivado pelas movimentações do governo federal, a fim de evitar o que classificou como “desconforto para o mercado diante de um processo que ainda está em andamento”, quando se refere à alteração do marco regulatório por meio da CP 33. O executivo, que participou da abertura do 3o Fórum Cogen/CanalEnergia, em São Paulo, negou que a decisão tenha relação direta com o anúncio da venda de controle da Eletrobras por parte do governo federal ou com a venda das usinas da Cemig. “Começamos o processo de venda do controle ainda no ano passado com a concorrência para a escolha do banco para a modelagem da venda. Todo o processo foi concluído e em nome da boa cautela decidimos adotar a sugestão do governo federal para que aguardássemos a definição melhor desse processo”, comentou ele. Segundo Meirelles, é possível que o preço definido em edital, de R$ 16,80 por ação, possa ser alterado. Essa mudança, entretanto, ainda não é um ponto definido. Ela depende ainda da conjuntura de mercado, pois é reflexo da média dos últimos 12 meses de negociação dos papeis da empresa em bolsa de valores. Ele acredita que não deverá ser registrada nenhuma variação expressiva nesse sentido. A possibilidade de expansão do prazo de concessão da maior usina da Cesp, a UHE Porto Primavera (SP/MS, 1.540 MW), não é uma alternativa para a empresa, uma vez que o benefício da outorga teria como destino o governo federal apenas. Então, na avaliação do executivo, essa expansão do prazo não afetaria o benefício da empresa para o governo estadual e não há prazo para essa medida. (Agência CanalEnergia – 21.09.2017)

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13 Logicalis: Parceria com Itron é firmada

A Logicalis firmou uma parceria focada em Internet das Coisas (IoT, na sigla eem inglês) com a Itron. O objetivo é acelerar o crescimento de smart grids no Brasil. A Itron, que nesta semana anunciou a compra da Silver Spring Networks para expandir sua presença no mercado de cidades e redes inteligentes, é uma empresa focada em tecnologia e serviços dedicados ao uso eficiente de energia e água. A partir do acordo, medidores Itron coletarão todos os dados da rede de energia elétrica, que serão enviados a uma plataforma de IoT da Logicalis. Na plataforma, serão correlacionados a inúmeras outras informações, como previsão do tempo e calendário, por exemplo, com o objetivo de trazer mais conhecimento às distribuidoras de energia e buscando aperfeiçoar a tomada de decisão. A expansão das redes inteligentes no país ainda depende de algumas regulamentações, no entanto, as empresas acreditam que o seu potencial de crescimento é enorme. (Brasil Energia – 21.09.2017)

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Leilões

1 GESEL: Favorita para o leilão é Engie, afirma professor Nivalde de Castro

O coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel),da UFRJ, professor Nivalde de Castro acredita que, Apesar da discussão judicial com relação à concessão das usinas e até mesmo sobre a realização do leilão, haverá disputa pelos ativos. Para ele, os favoritos são empresas chinesas e a Engie, que possui um portfólio de geração expressivo no Brasil. A chinesa CTG e a Engie são os maiores geradores privados do país. A explicação para o forte interesse dos compradores nas usinas é a combinação da ausência de risco de construção e a garantia de receita ao longo dos 30 anos de concessão. Pelo edital, 70% da garantia física das usinas será contratada no regime de cotas de garantia física e potência. Os outros 30% poderão ser negociados no mercado livre ou objeto de contratos bilaterais. Para a fatia no regime de cotas, o risco hidrológico (medido pelo fator GSF, na sigla em inglês) é totalmente alocado com os consumidores, o que torna as condições do leilão ainda mais atrativas. (Valor Econômico – 22.09.2017)

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2 Leilões testam governo e podem render mais de R$ 13 bi à União

Na próxima quarta-feira, o governo Temer terá seu maior teste de atratividade de investidores nacionais e estrangeiros com relação ao mercado brasileiro, ao mesmo tempo em que poderá, em um único dia, obter arrecadação expressiva de recursos para o resultado fiscal. No mesmo dia, serão realizados a 14ª Rodada de Licitações de blocos exploratórios da ANP e o leilão de quatro hidrelétricas da Cemig que tiveram a concessão encerrada. Os dois eventos são também os dois primeiros leilões de grande porte nas áreas de óleo e gás e energia elétrica do governo Temer e serão verdadeiros termômetros do humor dos investidores com relação ao mercado brasileiro. Considerando a hipótese de todos os ativos serem negociados e pelo valor de bônus de outorga mínimo, o governo prevê arrecadar quase R$ 13 bilhões. No setor elétrico, as maiores apostas são a chinesa State Power Investment Corporation (SPIC), a italiana Enel, a francobelga Engie e a espanhola Iberdrola. A Engie planeja expandir sua atuação no setor, tanto em geração quanto em transmissão de energia. Embora a Iberdrola tenha colocado o Brasil entre suas prioridades, comprovada pela eleição do presidente mundial do grupo, Ignacio Galán, para a presidência do conselho da Neoenergia, a empresa está concentrada neste momento na oferta inicial de ações da Neoenergia. (Valor Econômico – 22.09.2017)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Níveis dos reservatórios pelo Brasil

Os reservatórios do Norte diminuíram em 1% os níveis em relação ao dia anterior e se encontram com 40,4% da capacidade, segundo dados do ONS relativos a última quarta-feira, 20 de setembro. A energia armazenada ficou em 6.083 MW mês no dia e a energia afluente está em 58% da média de longo termo armazenável acumulada no mês. A hidrelétrica Tucuruí está com 65,02% da capacidade. Na região Nordeste houve diminuição de 0,1% e os reservatórios operam com 10,3% da capacidade. A energia armazenada chegou a 5.358 MW mês e a ENA ficou em 25% da MLT. Sobradinho opera com 5,96% da capacidade. No submercado Sul, os reservatórios baixaram 0,7% para 41,6% da capacidade. A energia armazenada no dia ficou em 8.354 MW mês e a energia afluente está em 23% da MLT. A usina de Passo Fundo opera com 87,18% da capacidade. Já no Sudeste/Centro-Oeste do país os níveis recuaram em 0,4%, deixando os reservatórios com 27,4% da capacidade. A energia armazenada está em 55.746 MW mês e a energia afluente em 64% da MLT. A usina de Furnas trabalha com 21,68% da capacidade e São Simão, com 35,43%. (Agência CanalEnergia – 21.09.2017)

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2 CCEE: Consumo de energia elétrica cresce 1,1% e atinge 61.697 MW em setembro

O consumo de energia em setembro subiu 1,1%, na comparação com igual período do ano passado (semana de 1/9 a 19/9), somando 61.697 MW médios contra 61.277 MW médios de setembro de 2016, segundo dados preliminares da CCEE. O consumo no mercado regulado teve queda de 2,4%, ao atingir 42.002 MW médios ante 43.047 MW médios na mesma base de comparação, impactado pela migração de consumidores para o mercado livre. Haveria crescimento de 2,2%, caso esse movimento fosse desconsiderado. No mercado livre, o consumo atingiu 17.490 MW médios, representando um aumento de 10,6% comparado com o mesmo período do ano passado, quando foram registrados 15.820 MW médios, número que também inclui na análise os novos consumidores vindos do mercado cativo. Excluindo esse movimento de migração, o ambiente de mercado livre teria queda de 1,7% no consumo. Os maiores índices de retração no período, excluindo a migração, foram observados nos segmentos de minerais não metálicos, que registrou queda de 10,1%, de bebidas (-8,8%) e no químico (5%). Os setores de veículos e saneamento, por sua vez, registraram os maiores crescimentos no consumo, de 7,8% e 6,5%, respectivamente, dentro do mesmo cenário de migração. (Brasil Energia – 21.09.2017)

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3 CCEE: Geração de energia elétrica atinge 61.679 MW em setembro

A análise indica ainda de forma preliminar que a geração de energia somou 61.679 MW médios em setembro, contra 61.277 MW médios em igual período do ano passado. O índice é explicado pelo aumento de 22,7% na geração das usinas térmicas e de 28,2% das eólicas. A produção das usinas hidráulicas, incluindo as PCHs, por sua vez, registrou queda de 10,6% no período. A estimativa é de que as hidrelétricas integrantes do Mecanismo de Realocação de Energia (MRE) gerem, em setembro, o equivalente a 62% de suas garantias físicas, ou 37.371 MW médios em energia elétrica. Para fins de repactuação do risco hidrológico, o percentual foi de 68%. (Brasil Energia – 21.09.2017)

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4 ONS: Bandeira vermelha nas contas de outubro e novembro e importação de 1.450 MW méd

O ONS já conta com o acionamento da bandeira vermelha nas contas de luz em outubro e novembro, devido ao agravamento da recessão climática em todo País. "Nos últimos dois anos tivemos chuvas abundantes na região Sul e isso participava do reforço da região Sudeste, mas este ano o Sul também entrou na recessão climática e as chuvas estão baixas", explicou o diretor geral do ONS, Luiz Eduardo Barata. "Já há alguns anos a gente vem passando por esse problema, muito circunscrito à região Nordeste, na cascata do rio São Francisco. Mais recentemente essa recessão climática se estendeu para o rio Tocantins", lembrou o executivo. Para amenizar o impacto da seca serão importados cerca de 1 mil MW médios da Argentina, a partir do mês que vem, e amanhã será retomada a importação de cerca de 450 MW médios do Uruguai. A decisão pela importação se deve ao preço dessa energia, de cerca de R$ 450 o MW médio, enquanto o preço da energia no Brasil vem sendo negociada perto dos R$ 700 o MW médio, segundo o ONS. (O Estado de São Paulo – 21.09.2017)

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5 ONS: Nordeste deve sofrer mais com crise hídrica, mas oferta será garantida

E o problema pode se agravar no Nordeste a partir de fevereiro, se o período chuvoso não for suficiente, já que a produção das usinas eólicas, que vem garantindo o abastecimento da região, começa a cair nessa época. Segundo Luiz Barata, diretor geral do ONS, não haverá desabastecimento na região por causa da usina hidrelétrica de Belo Monte. "O Nordeste vai ter que importar mais energia de outras regiões, mas não haverá falta de energia", afirmou. Na manga, o ONS tem ainda o manejo do uso das águas de alguns rios para viabilizar a produção de usinas hidrelétricas mais baratas. A ideia é utilizar, por exemplo, a água da hidrovia do rio Tietê em um nível que não prejudique a operação da hidrovia, para beneficiar as usinas hidrelétricas de Ilha Solteira, Jupiá e Porto Primavera. "Podemos operar com um nível mais baixo na hidrovia sem causar prejuízo para o transporte fluvial, mas usando um pouco do rio Paraná", explicou. "Na verdade, tudo o que estamos fazendo hoje é no sentido de reduzir preço, por isso não vamos despachar fora da ordem de mérito", informou Barata. (O Estado de São Paulo – 21.09.2017)

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6 ONS: Aneel deve iniciar rapidamente campanha de uso racional de energia

O diretor geral do ONS, Luiz Eduardo Barata, espera também que a reguladora do setor, a Aneel, inicie rapidamente uma campanha para conscientizar o consumidor da situação em que o País se encontra. "A nossa expectativa é de que a Aneel deflagre rápido uma campanha e depois o governo como um todo assuma essa campanha, sem medo, porque o que estamos dizendo é: vai ficar cara, e ficando cara é tão ruim para a economia como faltar energia", concluiu. (O Estado de São Paulo – 21.09.2017)

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Meio Ambiente

1 Vazamento em obra de usina no MT escurece água de cachoeira

Turistas e moradores se assustaram com a cor da água da Cachoeira do Prata, atração turística e patrimônio histórico da cidade de Juscimeira, no último final de semana. Os banhistas se surpreenderam com a cor avermelhada da água, cheia de barro. A causa, segundo eles, ocorreu por uma falha na construção de uma usina hidrelétrica que fica acima da cachoeira. O caso foi parar no MPE e na Câmara de Vereadores. Paulo Henrique John, engenheiro civil do grupo, diz que a falha foi pontual e que por isso sedimentos provocados por infiltrações naturais neste canal em construção, vazaram e sujaram o rio. Ele garantiu que a empresa está trabalhando para que o problema não se repita. “Não foi voluntário, foi um imprevisto, né. Estamos tomando medidas para que isso não volte a acontecer. Nos finais de semana nós não vamos mais trabalhar, para evitar que qualquer máquina venha a mexer próximo ao rio e acabe sujando a água”, afirmou. A promotora de Justiça de Juscimeira, Natalia Guimarães Ferreira, disse que recebeu o pedido dos vereadores, e que está acompanhando o caso. Também já pediu toda a documentação da empresa para saber se está tudo de acordo com a legislação. A promotora informou também que está aguardando a fiscalização da Secretaria de Estado de Meio Ambiente no local para tomar as providências se algo estiver irregular. (G1 – 21.09.2017)

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2 Usina afetada por desastre da Samarco continua desligada

Desativada há quase dois anos por causa da tragédia com a mineradora Samarco em Minas Gerais, a hidrelétrica Risoleta Neves precisará ainda de mais um ano para operar novamente. Em novembro de 2015, quando a barragem de Fundão, da Samarco, se rompeu na cidade de Mariana (MG), a onda de rejeito de minério de ferro cobriu afluentes do rio Doce, o próprio rio Doce e chegou até a costa do Espírito Santo. A maior parte desse rejeito, no entanto, ficou represado pela estrutura da usina. A hidrelétrica fica a cerca de 100 km da área da Samarco em Mariana e foi desligada para evitar danos nas turbinas. A Samarco passou a dragar um trecho do rio Doce próximo da usina com o objetivo de permitir seu religamento. Mas além da dragagem, a empresa decidiu construir barreiras de aço dentro do rio para evitar que mais rejeito continuasse a chegar na área da usina. Atualmente, a última das três dessas barreiras está para ser concluída. "A gente termina o último barramento em outubro", afirmou Roberto Waack, presidente da Fundação Renova. "Esses barramentos estão claramente tendo um efeito muito importante de evitar que esse rejeito vá chegando na faixa de 400 metros [antes da hidrelétrica] que precisam ser preservados para que a usina possa voltar a operar", disse ele a jornalistas. Segundo Waack, o plano atual é retirar, até o meio de 2018, o rejeito que nas proximidades da usina. Com isso, disse ele, a hidrelétrica estaria em condições de ser religada. (Valor Econômico – 22.09.2017)

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Energias Renováveis

1 GESEL: Coordenador do GESEL – UFRJ, Nivalde de Castro, comenta o início de operação do parque solar de Ituverava

A Enel Green Power Brasil Participações iniciou a produção de energia solar em duas usinas, localizadas na Bahia e no Piauí. O parque de Ituverava, fica no município de Tabocas do Brejo Velho, na Bahia, e reúne cerca de 850 mil painéis solares em uma área de 579 hectares, com capacidade de produção de 254 MW. Já o parque Nova Olinda, situado na cidade de Ribeira do Piauí, tem 930 mil placas solares espalhadas em 690 hectares, podendo produzir até 292 MW. O professor da UFRJ e coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (GESEL – UFRJ), Nivalde de Castro, destacou a importância dos novos parques para as regiões onde foram instaladas e para o País: “é um fato histórico serem inaugurados dois parques com quase 700 MW. Energia suficiente para abastecer 570 mil casas com consumo médio. E talvez o mais importante é que eles são construídos em regiões cuja atividade econômica é muito baixa”. Nivalde de Castro ressaltou ainda a importância do desenvolvimento da cadeia produtiva, que leva à queda no custo de investimentos. A produção das duas usinas será vendida por meio de um contrato de fornecimento de 20 anos entre a Enel e a CCEE. O investimento levará a produção de mais de 1150 GW/hora por ano, evitando a emissão de 318 mil toneladas de CO2. (Jovem Pan – 19.09.2017)

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2 Rio Alto Energia: Presença discreta e constante

A Rio Alto Energia, que ganhou contratos de fornecimento de energia solar nos três leilões de reserva que negociaram a fonte no país, com uma usina de 30 MW em cada um, se prepara agora para participar do A-4, possivelmente de forma mais agressiva. De acordo com o diretor de desenvolvimento da companhia, Rafael Brandão, a companhia tem mais 210 MW prontos para entrar no leilão, de uma expansão do complexo Coremas, localizado na Paraíba. “O leilão de dezembro deve ser super competitivo, ainda mais que agora tem os grandes players internacionais e muito projetos forma desenvolvidos no último ano, quando não houve contratação”, comenta Brandão. Para ele, com os preços de energia solar caindo em novos mercados da América Latina, os contratos negociados no Brasil, que eram considerados baratos, estão mais atrativos. Por isso, a expectativa é de que o preço-teto para a fonte no A-4 fique próximo ao patamar dos últimos leilões. No leilão de novembro de 2015, a tarifa média da energia solar ficou em R$ 297/MWh, com deságio de 21%. Além da expansão de Coremas, pronta para entrar em novas concorrências, a companhia tem em desenvolvimento mais cerca de 800 MW da fonte solar, distribuídos nos estados da Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte. (Brasil Energia – 21.09.2017)

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3 SP: R$ 2 mi confirmados para projetos de Energia Solar e Resíduos Sólidos Urbanos

O Governo de São Paulo, publicou no Diário Oficial, no dia 14 de setembro, os termos do convênio de cooperação técnica no valor de US$ 600 mil (aprox. R$ 2 mi) para desenvolver ações de geração distribuída com foco em energia solar e na utilização de resíduos sólidos urbanos na produção de eletricidade, pelo secretário estadual de Energia e Mineração, João Carlos Meireles, e pelo representante do BID no Brasil, Hugo Flórez Timorán. O valor será aportado a fundo perdido pelo Banco por meio da Iniciativa de Qualidade de Infraestrutura do Japão e terá duração de três anos para aplicação nos projetos que serão acordados entre a Secretaria e o BID. O programa prevê a contratação de estudos e serviços de consultoria para avaliação do potencial de uso de energia fotovoltaica em geração distribuída em edifícios públicos e desenvolvimento de sistemas solares fotovoltaicos em geração distribuída. O BID também financiará a análise do potencial de geração de energia a partir de resíduos sólidos urbanos (RSU) e o desenvolvimento de um projeto básico de geração de energia com RSU em São Paulo. Com isso, o estado quer fortalecer as energias renováveis, que já representam 60% na matriz energética paulista. A Secretaria de Energia e Mineração de São Paulo dará como contrapartida o suporte aos consultores contratados e o apoio técnico para a viabilização dos projetos em municípios a serem identificados. (Ambiente Energia – 22.09.2017)

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4 Biomassa: responsável por 64% da cogeração do país com patamar de 11,2 GW

O Brasil atingiu 17,4 mil MW de capacidade instalada de cogeração em operação comercial em julho desse ano, um crescimento de 9,4% em relação ao número registrado em julho do ano anterior (15,9 mil MW). Os dados são da Associação da Indústria de Cogeração de Energia (Cogen), por meio do seu índice DataCogen. Esse volume é cerca de 4% maior do que o representado em janeiro desse ano. “Os dados da DataCogen refletem o avanço de cogeração no Brasil, que poder ser potencializados por políticas públicas, como o RenovaBio, e o incentivo à Geração Distribuída. O setor está com bons índices de crescimento e apresenta excelentes perspectivas de expansão e robustez para os próximos anos”, afirma Newton Duarte, presidente executivo da Cogen. Segundo o levantamento da entidade, a cogeração a partir da biomassa de cana representou 64% de toda a cogeração existente no país com 11,19 mil MW, apresentando maior concentração nos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Goiás. A cogeração com gás natural atingiu 2,7 mil MW de capacidade instalada no Brasil, o que representa 15,7% do total de julho desse ano. Além dessas matrizes, licor negro representou 14,3% do total do mês. (Ambiente Energia – 21.09.2017)

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5 Algar Agro: usina de 8,3 MW a biomassa de eucalipto

A unidade de beneficiamento de soja da Algar Agro, em Uberlândia (MG), colocou em operação neste mês uma usina a biomassa de cavaco de eucalipto com capacidade nominal de 11,2 MW, tornando-se autossuficiente em energia e ainda com excedente para venda no mercado livre. Por enquanto, a operação está em 5 MW, o suficiente para não precisar mais de energia da Cemig. Em outubro, quando a conexão da usina estiver concluída, mais 4,3 MW serão acrescentados, todos eles para venda no mercado livre, nos primeiros seis meses para contratos de curto prazo. A usina foi financiada com crédito de R$ 15 milhões da linha BNDES Finem Eficiência Energética. As obras incluíram repotenciação de caldeira de 44 t/h de vapor para 55 t/h, necessária para garantir vapor para turbina da TGM com a capacidade nominal de 11,2 MW, esta conectada a gerador WEG. Segundo o executivo de novos negócios da Algar Agro, Edney Valente, no futuro a usina também usará bagaço de cana, quando houver disponibilidade e garantia de fornecimento, indispensável para cumprir contratos de longo prazo de venda de energia. (Brasil Energia – 21.09.2017)

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Gás e Termelétricas

1 MSGás: Consultoria para privatização será definida até outubro

O resultado da licitação para definir a consultoria que vai avaliar a viabilidade da privatização da MSGás deve sair até o começo de outubro. Ainda estão pendentes alguns documentos dos consórcios, como os que comprovam que eles estão habilitados a assumir os serviços, que ainda não foram entregues e, por isso, o resultado ainda não foi homologado. Estão previstos dois itens de contratação: "serviço A", relativo à avaliação econômico-financeira; e "serviço B", que envolve o estudo de alternativas para evolução no modelo regulatório do setor, a modelagem do processo de desestatização, uma completa due dilligence da companhia, assessoria jurídica e de comunicação, além do escopo previsto no serviço A e outros serviços profissionais especializados. O BNDES informou que o nome dos consórcios vencedores dos serviços A e B deve ser divulgado somente quando o resultado final for homologado. Estão na disputa para o serviço A empresas como Accenture; American Appraisal; Banco Fator; BF Capital; Brasil Plural; Ceres; Deloitte; EY (antiga Ernst & Young); MFC Avaliação e Gestão de Ativos; Novix Consultoria; PriceWaterhouseCoopers (PWC); e UHY Moreira. Algumas empresas que apresentaram propostas para o serviço A também disputam o serviço B. A EY e o consórcio liderado pela Deloitte já levaram a concorrência para os serviços de consultoria A e B da Copergás. A EY propôs R$ 243 mil para a realização do serviço A, enquanto o consórcio ofereceu R$ 4,4 milhões para o serviço B. Os valores globais estimados para as licitações são, no caso da Copergás, de até R$ 2,07 milhões para o serviço A e de até R$ 14,53 milhões para o serviço B. Para a MSGás, os valores globais estimados são de até R$ 207 mil para o serviço A e até R$ 1,3 milhão para o serviço B. (Brasil Energia – 21.09.2017)

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2 Sebigás se associa à Abiogás

A Sebigás do Brasil, empresa do Gruppo Industrial e Maccaferri, é a mais nova associada da Abiogás. A companhia atua no Brasil desde 2014 no desenvolvimento de projetos e como fornecedora de tecnologia para a construção de usinas de biogás que utilizam resíduos provenientes de diversas fontes, para produzir eletricidade e biometano. Com matriz na Itália, a Sebigás do Brasil é especialista em usinas de biogás a partir de digestão anaeróbia de alto desempenho. Sediada em Porto Alegre (RS), a empresa atua em parceria com a Cótica Engenharia. Com a adesão da Sebigás, a entidade passa a contar com 27 associados. Há quase dez dias, a Ampéria havia sido anunciada como a mais nova associada da Abiogás. (Brasil Energia – 21.09.2017)

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3 Raízen: Vinhaça produzida supera comercialização anual de combustíveis

A Raízen vê grande potencial de uso da vinhaça para produção de biogás. Dona da primeira usina contratada em leilão de energia, com previsão de entrar em operação em 2019, dois anos antes do previsto a empresa vê uma oportunidade significativa para usar o subproduto da cana, atualmente destinado à produção de fertilizantes, que possui alto impacto ambiental quando descartado de forma incorreta. A usina terá 21 MW de capacidade instalada, o correspondente à geração de 140 GWh/ano, sendo que 14 MW foram contratados em leilão de energia A-5 e 7 MW ficaram liberados para liquidação no mercado de curto prazo (que atualmente vem girando no teto) ou no mercado livre. No caso da Raízen, contou Marcelo Couto, diretor de Bioenergia e M&A da companhia, cada tonelada de cana processada gera entre 13 e 14 litros de vinhaça - o que corresponde a 26 bilhões de litros do produto, mais do que toda a comercialização anual de combustíveis por 6 mil postos em todo o país. "A empresa vê uma chance de reduzir custos logísticos, de gerar energia limpa e reduzir impactos ambientais" avalia o executivo, que participou do Latin America Utilities Week, em São Paulo. Fruto de uma joint-venture entre a Cosan e a Shell, a companhia possui 860 mil hectares de área cultivada. Couto observou que há um grande potencial de exploração da biomassa, tanto pela empresa quanto pelo setor. A Raízen, em particular, processa cerca de 20 milhões de toneladas de biomassa por ano - sendo 2 milhões resultado da aquisição de outras biomassas. As 24 usinas da companhia possuem capacidade total de cogeração de 979 MW. Com o uso da palha resultante da colheita, a empresa estima acrescentar mais 8 milhões de toneladas à oferta de bagaço, a fim de dobrar a geração. (Brasil Energia – 21.09.2017)

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4 Rússia: interesse em construção de Angra 3

O chanceler russo, Sergei Lavrov, disse nesta quinta (21) ao colega brasileiro Aloysio Nunes, durante encontro em Nova York, que seu país tem interesse em participar da possível retomada da construção de usina nuclear de Angra 3, no Rio. "Há interesse russo reiterado de participar de nosso programa nuclear, de Angra 3", disse o ministro brasileiro aos jornalistas após o encontro. "Há a hipótese de continuar Angra 3 e a Rússia tem tecnologia para isso. Tem uma empresa russa que mostrou interesse em, havendo a retomada, participar da conclusão das obras de Angra 3". A empresa interessada é a gigante estatal Rosatom, que produz 40% de todo o urânio enriquecido do mundo. As obras da usina nuclear foram abandonadas no fim de 2015, após a desistência das empreiteiras contratadas e à falta de recursos da Eletronuclear, subsidiária da Eletrobras responsável pela instalação. A usina está 60% concluída. Lavrov também conversou com Aloysio sobre o interesse de empresas russas em licitações do pré-sal brasileiro. Segundo o ministro, o presidente de uma comissão de segurança do governo russo visitará o Brasil para tratar de temas de segurança, segurança cibernética e troca de informações sobre terrorismo. (Folha de São Paulo – 21.09.2017)

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Grandes Consumidores

1 Queiroz Galvão Energia: implantação de complexo de 200 MW no Piauí concluída

A Queiroz Galvão Energia recebeu esta semana autorização da Aneel para o início de operação comercial da sétima Sociedade de Propósito Específico do Complexo Eólico Caldeirão Grande, localizado na Chapada do Araripe, interior do Piauí. São 70 aerogeradores de 2,7 MW cada, com torres metálicas de 89 m de altura, totalizando quase 200 MW de capacidade instalada, distribuídos por sete parques eólicos. O complexo é o maior empreendimento da empresa e contou com investimento de R$ 1,2 bilhão. A energia é comercializada no mercado livre, contribuindo para ampliação do parque gerador brasileiro de energia renovável, limpa e livre. Para escoamento dessa energia a QG Energia construiu, em parceria com outros empreendedores da região, a maior conexão elétrica de geração eólica do Brasil, privada e de caráter restrito, em 500 kV e com capacidade de escoamento de 1.200 MW. Com esse empreendimento, a Queiroz Galvão Energia supera 1 GW de capacidade, em diversificado portfólio de geração eólica e hidrelétrica, espalhados por todo o território nacional. São cinco complexos eólicos em operação comercial localizados nos estados do Ceará, Rio Grande do Norte e Piauí, que somam 210 aerogeradores e capacidade instalada de 532 MW. Também no Piauí, encontra-se em construção mais um complexo eólico com 66 aerogeradores e 178 MW de capacidade instalada. Compõem ainda o portfólio da companhia três hidrelétricas e uma PCH, que totalizam 319 MW de capacidade instalada, localizadas nos estados de Santa Catarina, Mato Grosso e Minas Gerais. (Agência CanalEnergia – 21.09.2017)

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Economia Brasileira

1 Governo manterá previsão de crescimento de 0,5% neste ano

Mesmo com a expectativa de um crescimento econômico maior do que o projetado, a área econômica deve manter no relatório bimestral de receitas e despesas primárias, que será divulgado hoje, uma previsão de expansão do PIB de 0,5% para este ano. Cálculos iniciais de técnicos do governo já apontam para um aumento do PIB de 0,7%. Até o Banco Central (BC) elevou ontem sua previsão de 0,5% para 0,7%. A tendência, até à noite de ontem, era de que qualquer ajuste de estimativa do PIB seja feita apenas em novembro. Segundo fonte ouvida pelo Valor, a área econômica deve anunciar hoje um descontingenciamento de recursos que pode superar R$ 10 bi, o que vai impedir uma pane no funcionamento da máquina pública. Isso será possível porque foi derrubada liminar que impedia a realização do leilão das hidrelétricas da Cemig. Somente com essa iniciativa, o governo espera arrecadar R$ 11 bi. O valor do descontingenciamento poderá superar R$ 10 bi caso o governo consiga o aval da Controladoria-Geral da União (CGU) para incluir como receitas mais R$ 4 bi em precatórios depositados na Caixa e Banco do Brasil . Ontem, essa possibilidade não estava garantida. Sobre revisão de estimativa de recursos com o Refis, o governo considera que pode receber algo entre R$ 7 bi e R$ 8 bi. O prazo para adesão ao Refis termina dia 29 de setembro. A projeção inicial era de R$ 13 bilhões, possível ajuste deve ficar para novembro. Quando foi anunciado o aumento da meta de déficit fiscal para 2017 e 2018 para R$ 159 bilhões, o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, afirmou que a medida viabilizaria a liberação de algo entre R$ 8 bilhões e R$ 10 bilhões. (Valor Econômico – 22.09.2017)

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2 BC projeta expansão de 2,2% em 2018, com recuperação do investimento

O Banco Central (BC) aumentou a projeção para o crescimento de 2017, de 0,5% para 0,7%, ao mesmo tempo em que divulgou pela primeira vez uma estimativa para a expansão do PIB de 2018, de avanço de 2,2%. É o mesmo número do consenso de mercado que aparece no mais recente boletim Focus, divulgado semanalmente pelo BC. "Resultados setoriais de indicadores de maior frequência, recentemente divulgados, têm mostrado surpresas positivas, ensejando perspectivas favoráveis para o crescimento da atividade", avalia o BC, no Relatório Trimestral de Inflação (RTI). A revisão para este ano reflete, principalmente, o desempenho do PIB no segundo trimestre "superior à mediana das expectativas do mercado". Segundo analistas, a nova projeção para este ano não causou surpresas, levando em conta os dados de atividade do segundo trimestre e do início do terceiro. Para 2018, no entanto, há alguma controvérsia se a instituição está sendo conservadora ou otimista demais. A alta de 3% da formação bruta de capital fixo (FBCF, medida do que se investe em máquinas e equipamentos, construção civil e inovação) prevista para o próximo ano, revertendo recuo de 3,2% estimado para 2017, é vista como uma "normalização" após longa queda, em meio à elevada ociosidade. O consumo das famílias, deve avançar 0,4% neste ano e 2,5% no ano que vem, nas projeções do BC. Em 2017, é o componente da demanda que vai liderar o crescimento, ao lado do setor externo. Para o BC, as exportações avançarão 3,9% neste ano, acima do 1,9% das importações. Na ponta otimista, a XP Investimentos vê o PIB de 2018 mais próximo de 3%. A economista-chefe da corretora, Zeina Latif, pondera que uma eleição presidencial muito tumultuada pode afetar essa expectativa, mas ela acredita que o pleito poderá ser mais tranquilo do que muitos esperam. (Valor Econômico – 22.09.2017)

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3 Relatório não faz referência ao impacto das "incertezas"

Em seu Relatório de Inflação de junho, o Banco Central fez oito referências ao impacto negativo, na atividade econômica e na queda da taxa de juros estrutural, dos níveis elevados de incertezas associadas ao processo das reformas. No Relatório divulgado hoje essa argumentação desapareceu. Isso ocorre no momento em que, para vários analistas, o nível de incerteza sobre a aprovação da reforma da Previdência, por exemplo, é mais elevado do que era em junho. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse recentemente que não há, hoje, votos suficientes para aprovar a reforma. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, continua acreditando na aprovação. O BC continua afirmando, no entanto, que "uma frustração das expectativas sobre a continuidade das reformas e ajustes necessários na economia pode afetar prêmios de risco e elevar a trajetória de inflação no horizonte relevante para a política monetária". Além disso, o BC enfatiza que "o processo de reformas, como as recentes aprovações de medidas na área creditícia, e de ajustes necessários na economia contribui para a queda da sua taxa de juros estrutural". Não há, no relatório de setembro, no entanto, qualquer análise sobre o impacto na inflação, na atividade econômica e na taxa de juros estrutural, da mudança das metas fiscais de 2017 e 2018. O déficit primário do governo central (Tesouro, BC e Previdência) projetado para este ano foi elevado de R$ 139 bi para R$ 159 bi, e o de 2018, de R$ 129 bi para R$ 159 bi. Além disso, o governo elevou a projeção para a dívida bruta e aumentou o prazo para a obtenção de superávit primário nas contas públicas. Sobre isso, o BC observa apenas que "a consolidação fiscal está condicionada ao avanço do processo de reformas e de outros ajustes necessários, que serão fundamentais para reversão da trajetória ascendente da dívida pública e redução da taxa de juros estrutural". (Valor Econômico – 22.09.2017)

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4 Meirelles diz esperar fechar acordo antes de MP do Refis caducar

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, espera fechar um acordo antes de a medida provisória que institui o Programa de Recuperação Fiscal (Refis) caducar. Ele esclareceu que gostaria de uma solução que assegurasse a arrecadação no curto prazo, mas que também desse o recado aos contribuintes de que devem continuar pagando os seus tributos normalmente. “O prazo está finalizando e um número grande de companhias já aderiram. Nós estamos apurando os números, estamos chegando ao final, evidentemente. Agora, o importante a dizer é que o assunto está circulando, os deputados têm uma proposta que estava sendo discutida, ontem, e está, hoje. Eu estou acompanhando isso, fazendo algumas sugestões, mas não tem nada decidido ainda em relação a essas sugestões feitas pelos líderes”, contou. Meirelles disse que defende duas questões fundamentais no debate sobre o Refis. A primeira é a garantia de arrecadação no curto prazo. “De um lado, nós estamos numa recessão e é importante que as companhias paguem os seus tributos e voltem a operar normalmente com o sistema bancário na medida em que obtenham seus certificados.” A outra questão é a mensagem aos contribuintes de continuarem pagando os impostos devidos. “De outro lado, é importante que não se dê a mensagem de que é bom negócio não pagar imposto porque existe a chance de vir um Refis futuro que possa beneficiar quem não pagou em detrimento de quem não pagou.” Por causa desses pontos, Meirelles está cauteloso nas negociações. (Valor Econômico – 21.09.2017)

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5 Meirelles: Meta de inflação mais baixa é a economia de volta ao normal

A fixação de metas de inflação mais baixas para os próximos anos pelo governo foi uma consequência da normalização da economia brasileira, disse o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. “Não há dúvida de que o que está acontecendo na economia brasileira é algo que eu chamo de estar voltando ao normal”, enfatizou ele, após encontro com investidores no Bank of America, em Nova York. “Há um ano, o Brasil vivia uma recessão profunda e [tinha] companhias com capacidade ociosa. De outro lado, muitas pessoas desempregadas. E, ao mesmo tempo, juros elevados. Isso não é uma situação normal na economia.” O ministro qualificou a situação anterior como de uma “economia desorganizada”. “Agora, tudo está voltando ao normal seja por causa das reformas, do ajuste fiscal”, continuou. Meirelles ressaltou que a inflação caiu fortemente e os juros estão caindo também. “Estamos voltando ao normal. Temos ainda uma capacidade ociosa nas empresas e um grande número de desempregados. Mas o país vai crescer até com estímulos monetários.” Fed Para ele, a elevação recente da taxa básica de juros pelo Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, não deverá fazer o Brasil perder atratividade de capitais. Na avaliação de Meirelles, o BC americano está fazendo movimentos praticamente antecipados pelo mercado, o que evita riscos ao Brasil. "Acho que nós não vamos ver crises de liquidez no mercado causadas pelo Fed. Já aconteceu no passado, mas, não agora. Agora, não deve acontecer. Esses movimentos de agora são ponderados, previstos. E a recuperação da economia americana está boa. Está indo bem”, afirmou o ministro. (Valor Econômico – 21.09.2017)

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6 Juros futuros recuam, com apostas no rumo da Selic à mínima histórica

O mercado financeiro deu novos passos no caminho da mínima histórica da Selic. As apostas de juros futuros negociados na B3 indica que a taxa básica cairá entre 7% e 6,75% no começo do ano que vem. As estimativas de algumas instituições, entretanto, vão além dessa aposta. Até por isso, os investidores voltaram a explorar o prêmio nas taxas e enxergam algum espaço adicional no “game” da política monetária. O BofA, por exemplo, revisou para baixo a projeção para a Selic e agora estima que a taxa terminará o ciclo em 6,5%, ante 7% na leitura anterior. O gatilho da mudança veio com a divulgação do Relatório Trimestral de Inflação (RTI) que, na leitura da instituição, manteve o tom “dovish” (voltado para o afrouxamento monetário) do Banco Central. “A principal mensagem é a de que as taxas podem permanecer abaixo das neutras por mais tempo”, diz o Bofa em nota. Nos preços de mercado, a percepção também é que há espaço para queda da Selic. Isso justifica o fato de a diferença entre os contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) em janeiro de 2019 e janeiro de 2018 entrar um pouco mais em território negativo. A inclinação de curto prazo - que reflete os riscos ao longo do ano que vem – recuou a -0,26 ponto percentual, ante -0,23 ponto no fechamento de ontem. (Valor Econômico – 21.09.2017)

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7 Brasil abre 35,5 mil vagas de trabalho e tem melhor agosto desde 2014

O mercado de trabalho brasileiro registrou em agosto deste ano a abertura de 35.457 vagas com carteira assinada. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados e estão sem ajuste — não consideram as informações entregues pelas empresas fora do prazo. Esse é o melhor agosto desde 2014 (101.425). No mês passado, foram registradas 1.254.951 de admissões ante 1.219.494 de desligamentos. Em agosto do ano passado, o país registrou perda de 33.953 vagas. Cinco dos oito setores de atividade econômica apresentaram crescimento no nível de emprego. Tiveram desempenho positivo os setores de serviços, com a criação de 23.299 vagas; indústria da transformação (12.873 vagas), comércio (10.721), construção civil (1.017) e administração pública (528). Por outro lado, apresentaram saldos negativos, a agricultura (-12.412), os serviços industriais de utilidade pública (-434) e a indústria extrativa mineral (-135). No acumulado do ano, o saldo líquido de contratações foi de 163.417. Por outro, em 12 meses até agosto, o país ainda registra perda de 544.658 vagas. Temer O presidente Michel Temer (PMDB) destacou em sua conta no Twitter os resultados do Caged para o mês de agosto, apontando para a manutenção da geração de empregos no país. (Valor Econômico – 21.09.2017)


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8 Prévia do IPCA é a menor em 12 meses desde 99

A queda generalizada dos preços dos alimentos acentuou o processo de desinflação da economia em setembro, quando o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) desacelerou para 0,11%, a menor prévia da inflação para o mês desde 2006 (0,05%). O resultado impulsionou as apostas no mercado de inflação pela primeira vez abaixo de 3%, o piso da meta. Divulgado ontem pelo IBGE, o IPCA-15 recuou para 2,56% pelo indicador acumulado em 12 meses, o menor resultado nessa base de comparação desde fevereiro de 1999 (1,80%). Segundo economistas, a leitura mostrou-se favorável, com pressões inflacionárias pouco disseminadas e desaceleração dos preços de serviços e da média dos três núcleos, que buscam reduzir a influência de itens mais voláteis. O resultado foi ainda abaixo das estimativas de 22 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor Data. Elas previam, na média, que a inflação desaceleraria para 0,15% neste mês. O intervalo dessas estimativas ia de 0,05% a 0,23%. Para o índice acumulado em 12 meses, os analistas haviam previsto, na média, alta de 2,61%. Um dos principais responsáveis pelo ciclo desinflacionário, os alimentos e bebidas tiveram baixa de 0,94% na prévia de setembro. (Valor Econômico – 22.09.2017)

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9 Consumidores esperam aumento de inflação nos próximos meses, mostra indicador da FGV

A expectativa de inflação dos consumidores para os próximos 12 meses, apurada pelo Indicador de Expectativa de Inflação dos Consumidores, subiu de 6,3% para 6,7% entre agosto e setembro, informou ontem a Fundação Getulio Vargas (FGV). Pedro Guilherme Costa Ferreira, economista do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre-FGV) considera que a elevação foi um "soluço" e não representa tendência. Para ele, o consumidor fez apenas um ajuste nas expectativas, que já mostravam trajetória de queda havia 20 meses. Ele não descartou retorno à desaceleração do indicador nos próximos meses, com possibilidade de atingir 6% no fim do ano. O aumento do indicador não foi generalizado pelas categorias pesquisadas. A inflação mediana para os 12 meses seguintes ficou estável em setembro em três das quatro faixas de renda investigadas pela fundação. A alta do indicador foi influenciada por aumento de 1,6 ponto na expectativa entre famílias com menor poder aquisitivo, com ganhos mensais de até R$ 2.100,00, para 8,2%. (Valor Econômico – 22.09.2017)

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10 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial terminou a sessão de ontem (21/09) em alta de 0,41%, a R$ 3,1428. Na máxima, atingiu R$ 3,1471 e, na mínima, R$ 3,1258. O contrato futuro para outubro, por usa vez, marcava R$ 3,1460, em alta de 0,29%. Às 10h12 de hoje (22/09), o dólar cedia 0,32% para R$ 3,1329. Já o contrato futuro para outubro recuava 0,18% para R$ 3,1365. (Valor Econômico – 21.09.2017 e 22.09.2017)

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Internacional

1 Paraguai: Conselho Nacional apoia ANDE no desenvolvimento do Chaco paraguaio

Ramón Jiménez Gaona, ministro de Obras Públicas e Comunicações do Paraguai, disse que com o propósito de impulsionar o desenvolvimento do Chaco paraguaio, o Conselho Nacional de Produção e Transporte Independente de Energia Elétrica (Conaptie) deu autorização para que a ANDE continue com o projeto licitatório de geração de energia elétrica na localidade de Bahia Negra, Alto Paraguai, sob licença de produtor independente de energia elétrica a partir de fontes renováveis não convencionais. “Os dois empreendimentos (PCH do rio Ypané e geração independente em Bahia Negra) contribuirão para diversificar a matriz energética nacional, incentivando a participação do setor privado e contribuindo aos objetivos da soberania energética contemplada na Política Energética Nacional”, afirmou. (Ultima Hora – Paraguai – 22.09.2017)

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2 Paraguai: Conselho Nacional aprova projeto de contrato para PCH do rio Ypané

O Conselho Nacional de Produção e Transporte Independente de Energia Elétrica (Conaptie) do Paraguai, presidido pelo ministro de Obras Públicas e Comunicações (MOPC), Ramón Jiménez Gaona, aprovou ontem o projeto de contrato de risco para a construção, operação, e mantimento de uma pequena central hidrelétrica localizada sobre o rio Ypané. Ele informou que o projeto mencionado foi preparado pela Administradora Nacional de Eletricidade (ANDE), como parte do documento de regras e condições para a Licitação Pública Internacional ANDE 1252/2017, sob a modalidade de contrato de compartilhamento de risco do projeto. “A Licitação Pública Internacional ANDE 1252/2017 será a primeira na forma de contrato de risco compartilhado e a participação de produtores independentes de energia elétrica/; dando assim início ao desenvolvimento de novas centrais de geração hidrelétrica de fontes de energias renováveis não convencionais ao sistema elétrico nacional, tal como se encontra contemplado na Política Energética Nacional e no Plano de Geração 2016-2025 da ANDE”, afirmou. (Ultima Hora – Paraguai – 22.09.2017)

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3 Costa Rica: Maior parque solar é inaugurado, de 5 MW e investimento de 8,6 mi de dólares

O maior parque de energia solar da Costa Rica, Solar Juanilama, com uma capacidade instalada de 5 MW, foi inaugurado hoje na localidade de Santa Cruz, em Guanacaste (Pacífico Norte). A cooperativa Coopeguanacaste abriu hoje, quinta-feira, 14, a usina que beneficiará 2.000 casa e compreende cinco hectares de uma fazenda que atingirá uma redução de cerca de 1.500 toneladas de dióxido de carbono por ano. “É um prazer pr9omover a geração de energia elétrica que beneficiará a mil casas e indústrias mediante a utilização de uma fonte renovável, que se alinha com nossa visão de desenvolvimento sustentável e de melhoramento da qualidade de vida de nossos associados e comunidades”, disse na inauguração o gerente geral da Coopeguanacaste, Miguel Gómez. Dados oferecidos pela Panasonic, empresa responsável pelo projeto e construção, indicam que o parque conta com 15.456 painéis fotovoltaicos e tecnologia altamente eficiente, HIT de 325 watts de potência cada um. O investimento na obra foi de 8,6 milhões de dólares e foi efetuado através do Fundo de Energia Sustentável, um fundo de capital privado que promove os projetos de eficiência energética e energias renováveis na América Latina. O Parque Solar Juanilama é o primeiro projeto Latino Americano a se concretizar por meio de um acordo bilateral entre o governo do Japão e a Costa Rica. (El Pais – Costa Rica – 14.09.2017)

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4 Furacão Maria chega a Porto Rico após deixar 40% de Ilha Guadalupe sem energia

Porto Rico enfrenta hoje o que as autoridades admitem vir a ser o pior furacão a atingir o território dos Estados Unidos, sob avisos de que poderá destruir as infraestruturas elétricas e forçar o governo a reconstruir dezenas de comunidades. O furacão Maria chegou à costa sudeste de Porto Rico às 06h15 (11h15 em Lisboa) como tempestade de categoria 4, castigando a ilha com ventos que deverão ameaçar a vida da população durante 12 a 24 horas, segundo os meteorologistas. A tempestade Maria tinha sido classificada como furacão de categoria 5, com ventos de 281 quilômetros por hora. O número de cortes de energia aumentou quando o furacão Maria se aproximou, com a tempestade de hoje a cerca de 75 quilômetros a sudeste de San Juan, movendo-se para o noroeste a 17 km/h, de acordo com o Centro Nacional de Furacões dos EUA em Miami. O furacão Maria matou uma pessoa na ilha caribenha francesa de Guadalupe e duas outras que estavam a bordo de um barco foram dadas como desaparecidas. Cerca de 40% da ilha - 80.000 habitações - ficaram sem energia e foram reportadas inundações em diversas comunidades. (CM Jornal – Portugal – 20.09.2017)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Ana Vitória, Izadora Duarte, Juliana Lima, Paulo César do Nascimento, Sérgio Silva.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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