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IFE: nº 4.394 - 28 de agosto de 2017
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gesel@gesel.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
EPE: Reforma deve trazer segurança regulatória
2 MME: Coelho Filho nega aumento da tarifa de energia
3 Aneel esclarece em contribuição que descotização e privatização são processos distintos
4 Bandeira tarifária de setembro será amarela
5 Mecanismo de descontratação de energia será realizado nessa segunda (28/8)
6 BNDES: consórcios que farão modelagem de PPPs para iluminação pública em Porto Alegre e Teresina são definidos
7 PPPs desenvolvem primeiro projeto para troca de iluminação pública em BH
8 Consultoria Radar PPP: 138 cidades estão com projetos de eficiência energética
9 Artigo de Raquel Landim: “Sou a favor da privatização da Eletrobras, mas com ressalvas”
10 Artigo de Luiz Pinguelli ROSA: “Governo deve privatizar a Eletrobras? NÃO”
11 Artigo de Joisa Dutra: “Governo deve privatizar a Eletrobras? SIM”
12 Artigo de Abel Holtz: “Até Quando?”
13 Artigo de Adriano Pires (CBIE): “Agenda positiva e a privatização”

Empresas
1 GESEL: mudança na Eletrobras vai aumentar tarifa e eficiência
2 GESEL: estatal não precisaria ser privatizada para ter uma gestão profissional
3 É possível realizar o pacote de privatização até 2018, diz Meirelles
4 Eduardo Giannetti critica privatização para resolver problema fiscal
5 Privatização da Eletrobras: recursos não cobrirão déficit primário
6 Privatização da Eletrobras: ministro quer definir forma de privatização antes de Temer viajar à China
7 Privatização da Eletrobras: Gustavo Franco atribui venda à gestão Dilma
8 Petrobras vai cindir BR Distribuidora para separar dívidas da Eletrobras

9 Petrobras: estatal quer lei para dívida da Eletrobras

10 Aprovada republicação do edital de hidrelétricas da Cemig

11 Cemig: Grupos de Pimentel e Aécio tentam evitar venda de usinas

12 Cemig: R$ 740 mi são destinados a melhorias no sistema elétrico da região metropolitana de BH

13 Cemig: Cade aprova venda de ativos para Taesa

14 Light: substituição de conselheiros é aprovada

15 Raízen Energia: empresa nega que irá se habilitar para leilão de usina da Renuka

16 RGE: investimentos de R$ 1,3 milhão e finaliza obras em Três Coroas

17 CEEE-GT e Voith: contrato para modernização da Hidrelétrica do Passo Real é assinado

18 Eletrobras Amazonas: 2400 domicílios terão acesso a eletricidade pelo custo de 7,4 milhões

19 Procura por ideias de startups no SE se intensifica

20 Redes inteligentes começam a avançar pelo Brasil

21 Ferreira Gomes Energia: redução de energia vendida é proposta

22 Enquadrados como prioritários projetos da CPFL Paulista e RGE Sul

Leilões
1 CNPE: Conselho altera parâmetros de relicitação de usinas

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Níveis dos reservatórios pelo Brasil
2 CCEE: Queda de 1,4% no consumo e 1,2% na geração de energia em agosto
3 Previsões de ENA e Carga para setembro pelas regiões do Brasil

4 CCEE: PLD recua 11% e fica em R$ 449,04/MWh entre 26 de agosto e 1 de setembro

Meio Ambiente
1 Abertas inscrições para o Selo Energia Sustentável
2 Comissão de Meio ambiente debaterá compromissos assumidos em COP 22
3 Mudanças climáticas são abordadas em evento em São Paulo

Energias Renováveis
1 Brasil precisa aumentar participação de fontes limpas
2 Custo de serviços deve cair com evolução tecnológica
3 Nova tecnologia produziu 200 litros de combustível sintético extraído do CO2 atmosférico
4 Mudança climática pauta o futuro dos renováveis

5 Fapesp: Mudança de hábitos da população também é desafio no caminho de cooperação climática
6 EPE: Relatório revela que os oceanos têm grande capacidade para produzir energia
7 Projeto de conversor de ondas foi realizado no Brasil em 2014
8 Governo estuda instalar sistemas fotovoltaicos em casas do programa Minha Casa, Minha Vida

9 Expansão de eólica depende do sucesso dos próximos leilões

10 ABEEólica: Eólica vai corresponder a 12% da matriz energética em 2020

11 EPE: A biomassa já corresponde a 30,9% de toda a geração energética brasileira e a 8,2% da matriz elétrica

12 Coppe UFRJ: A biomassa pode desempenhar papel fundamental na descarbonização do sistema elétrico
13 ABiogás: Brasil pode de gerar 115 mil GWh de energia por ano com o aproveitamento de rejeitos
14 Há sinalização de preferência por painéis importados entre candidatos ao A-4
15 Usinas solares de Fernando de Noronha vão começar testes de armazenamento de energia
16 Ebes: Empresa irá vender energia limpa por assinatura
17 Absolar: Empreendedores estão investindo no setor de energia solar
18 BioWatt++: Projeto que transforma lixo orgânico em energia limpa
19 Casa dos Ventos: Exposição comemora 25 anos da energia eólica no Brasil
20 Casa dos Ventos: Exposição reúne 25 imagens de diferentes cidades
21 Projetos renováveis têm objetivo de levar energia limpa para o Amazonas

Gás e Termelétricas
1 Térmicas não serão descartadas tão cedo
2 Copergás: Empresa adota novo sistema de gestão de clientes
3 Segundo embaixador brasileiro, seis estados têm interesse em importar gás da Bolívia
4 Operação comercial da UTE Willian Arjona é suspensa

Economia Brasileira
1 Arrecadação de tributos em julho é a menor para o mês desde 2010
2 Refis soma R$ 472 milhões e repatriação levanta R$ 1,46 bi em julho

3 Arida: Com cenário melhor, agenda do BC e Fazenda impulsionará crédito
4 Fisco diz que prazo de adesão ao Refis que está valendo é 31 de agosto
5 Meirelles: Reforma trabalhista pode criar 6 milhões de vagas em 5 anos
6 Cade planeja 'portal da concorrência' e quer avaliar impacto das decisões
7 Custo de desligamento dos funcionários de estatais entra na conta das privatizações
8 BNDES cortará 'spread' para tentar emprestar mais
9 Consumo reagiu e fez PIB fechar estável no 2º tri, dizem analistas
10 Índice da confiança da construção avança em agosto
11 Mercado corta projeção para inflação e taxa Selic, aponta Focus
12 Dólar sexta e hoje

Internacional
1 Banco argentino financia até US$ 200 milhões em projetos renováveis
2 Argentina: Entra em operação o primeiro projeto de biomassa florestal do RenovAr de 2 MW
3 Paraguai: Linha de 500 kV registra avanço considerável e permite acesso a 50% da energia da EBY
4 Espanha: Plataforma Fundeen vai permitir pequenos financiamentos para renováveis de até 10 MW
5 EUA: Cerca de 384.000 clientes ficaram sem energia elétrica no entorno do Furação Harvey

Biblioteca Virtual do SEE
1 HOLTZ, Abel. “Até Quando?”. Agência CanalEnergia. Rio de Janeiro, 25 de agosto de 2017.
2 LANDIM, Raquel. “Sou a favor da privatização da Eletrobras, mas com ressalvas”. Folha de São Paulo. São Paulo, 25 de agosto de 2017.

3 ROSA, Luiz Pinguelli. “Governo deve privatizar a Eletrobras? NÃO”. Folha de São Paulo. São Paulo, 26 de agosto de 2017.

4 DUTRA, Joisa. “Governo deve privatizar a Eletrobras? SIM”. Folha de São Paulo. São Paulo, 26 de agosto de 2017.

5 PIRES, Adriano. “Agenda positiva e a privatização”. O Estado de São Paulo. São Paulo, 26 de agosto de 2017.


Regulação e Reestruturação do Setor

1 EPE: Reforma deve trazer segurança regulatória

Estimativas do mercado dão conta que, ao longo dos próximos dez anos, serão necessários R$ 510 bilhões em investimentos para viabilizar proposta de reforma do setor elétrico, sendo R$ 200 bilhões para área de geração; R$ 120 bilhões para redes de transmissão e R$ 190 bilhões para distribuição. "Acredito que a reforma coloca para o mercado uma visão de futuro no sentido correto. Falta dar o passo seguinte e gerar incentivos para acelerar investimentos em tecnologia e em maior eficiência", analisa Carlos Baccan, sócio diretor da Focus Energia, empresa comercializadora de mercado livre. A proposta da consulta pública também buscar aplicar uma lógica econômica, com mecanismos de mercado baseados na segurança regulatória, diz Luiz Augusto Barroso, presidente da EPE. "Queremos trabalhar com o princípio básico na questão de tarifas, de forma que preço tem que ser consequência de estudo e que reflita custos e níveis de riscos naquela determinada atividade, empregando mecanismos de modicidade tarifária. O que não significa baixar tarifas na marra." A obtenção de financiamento para novos projetos de geração de energia será, no entanto, um novo desafio para atrair investidores. Tradicionalmente, todo o setor tem sido apoiado por empréstimos baratos do BNDES, que exige contratos de longo prazo. Mas eles vão diminuir enquanto o mercado à vista cresce. "O modelo atual de financiamento através do BNDES está ultrapassado. Por isso, propomos um mercado mais sólido, que crie alternativas e novos mecanismos de financiamento, com base em taxas de mercado, abrindo caminho para bancos nacionais e estrangeiros", frisa Barroso. (Valor Econômico – 28.08.2017)

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2 MME: Coelho Filho nega aumento da tarifa de energia

Os planos do governo de vender o controle da Eletrobrás e mudar o regime de venda da energia de hidrelétricas da empresa não vão acarretar alta nas tarifas de eletricidade no País, disse nesta sexta-feira, 25, o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho. O comentário do ministro vem depois de publicações que simulações da Aneel apontavam que o modelo previsto para viabilizar a desestatização da Eletrobrás pode levar a uma elevação de mais de 10% nas tarifas. “Não é verdade que haverá uma elevação na tarifa de energia com o processo envolvendo Eletrobrás”, disse o ministro, ressaltando que as mudanças não vão ocorrer de uma só vez. As contas da Aneel apontam que o impacto será mais elevado se a mudança na venda de energia das usinas da Eletrobrás acontecer de uma vez só. Segundo Coelho Filho, o impacto tarifário não será relevante porque o processo de “descotização” das usinas deverá acontecer gradualmente. “As descotizações quando forem propostas serão feitas no tempo e ao longo de cinco, seis anos. Isso não vai acontecer assim, não será feita a descotização de uma só vez”, afirmou. (O Estado de São Paulo – 25.08.2017)

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3 Aneel esclarece em contribuição que descotização e privatização são processos distintos

A ANEEL esclarece que, em 17/8/2017, encaminhou suas contribuições à Consulta Pública nº 33, do MME, para o aprimoramento do marco legal do setor elétrico. Com relação à privatização da Eletrobras, processo anunciado dias depois da entrega da contribuição da ANEEL à consulta pública, trata-se de absoluta competência do Governo Federal, no qual não há envolvimento da agência reguladora. Neste caso, caberia à Agência apenas, no momento próprio, anuir às transferências de controle societário das empresas submetidas à regulação setorial. As contribuições da ANEEL à Consulta Pública nº 33 foram apresentadas observando exclusivamente a perspectiva da “descotização”, não sendo correto fazer qualquer vinculação à privatização da Eletrobras – matéria essa que ainda está sendo detalhada pelo Governo, o que tornaria prematura qualquer análise de impacto tarifário por parte da Agência. O processo de consulta, com transparência, é digno de elogio, pois promove o diálogo com os diversos segmentos do setor e da sociedade e discute os avanços esperados das mudanças propostas. No documento, a Agência contribui, dentro de suas competências, com a melhor visão do regulador sobre o tema e aponta cenários para debate. (Aneel – 25.08.2017)

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4 Bandeira tarifária de setembro será amarela

A bandeira para o mês de setembro será amarela, com acréscimo de R$ 2,00 a cada 100 (kWh). O fator que determinou a bandeira amarela foi a melhora das condições hidrológicas nas regiões Sul e Sudeste. Segundo o relatório do Programa Mensal de Operação (PMO) do ONS, o valor da usina térmica mais cara em operação é de R$ 411,92/MWh, o que determinou a redução da bandeira vermelha para a amarela. (Aneel – 25.08.2017)

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5 Mecanismo de descontratação de energia será realizado nessa segunda (28/8)

O Mecanismo Competitivo de Descontratação de Energia de Reserva de 2017 será realizado nessa segunda-feira (28/8), a partir das 10h, por meio de sistema eletrônico da CCEE. As propostas serão aceitas para três Produtos: Eólica, Solar e Hidro. O agente de geração apto a participar do Mecanismo deverá ofertar lance com Prêmio Inicial de R$ 33,68/MWh para cada empreendimento que pretenda descontratar. O processo de descontratação de montantes de energia de reserva deverá observar o limite máximo de energia a ser definido pelo MME, com base em estudos da EPE. Serão elegíveis para participação no certame os empreendimentos de geração cuja energia tenha sido contratada em Leilão de Energia de Reserva e que atendam, cumulativamente, às seguintes condições na data de publicação do Edital: façam parte de Contrato de Energia de Reserva – CER vigente; e que não tenham iniciado operação em teste. O edital do mecanismo foi aprovado pela Diretoria da ANEEL no dia 25/7/17 depois de realização de audiência pública, na qual foram recebidas 71 contribuições de 14 instituições. (Aneel – 25.08.2017)

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6 BNDES: consórcios que farão modelagem de PPPs para iluminação pública em Porto Alegre e Teresina são definidos

Foram definidos na última quarta-feira, 23 de agosto, os consórcios que farão a modelagem das Parcerias Público Privadas (PPPs) de iluminação pública das prefeituras de Porto Alegre (RS) e Teresina (PI). A diretoria BNDES homologou como vencedores do pregão eletrônico os consórcios Houer e Núcleo, para contratação de serviços técnicos especializados para “estruturação de projeto de modernização, eficientização, expansão, operação e manutenção da infraestrutura da rede de iluminação pública” dos dois municípios. O consórcio Houer, que venceu o pregão de Porto Alegre, é formado pelas empresas Houer Concessões, RSI Engenharia, Albino Advogados Associados e Maciel Rocha Advogados. No caso de Teresina, o consórcio é formado pelas empresas Núcleo Engenharia Consultiva S.A., Thoreos Consultoria LTDA, Vasconcelos e Santos LTDA e Souza, Cescon, Barrieu & Flesch Sociedade de Advogados. Cada pregão atraiu 14 consórcios para a disputa e o valor da proposta vencedora para Teresina foi de R$ 1,475 milhão, com deságio de 86,6% e para Porto Alegre foi de R$ 870 mil, com deságio de 80,2%. Os grupos ganhadores terão seis meses para terminar os estudos, e a expectativa é de que o leilão de licitação das duas PPPs seja realizado no segundo trimestre de 2018. No último dia 14 de agosto, o BNDES assinou contrato com as prefeituras de Porto Alegre e Teresina, pelo qual o Banco se compromete a prestar apoio técnico para a modelagem das PPPs de iluminação pública das duas cidades. Além de contribuir tecnicamente para a imparcialidade, a qualidade e as condições de concorrência da licitação dos projetos, o BNDES irá apoiar a condução dos processos licitatórios a serem realizados pelos dois municípios. (Agência CanalEnergia – 25.08.2017)

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7 PPPs desenvolvem primeiro projeto para troca de iluminação pública em BH

O uso de tecnologia para melhorar a iluminação pública começa a ser adotado no Brasil. Belo Horizonte será a primeira capital a modernizar todo o seu parque de iluminação por meio de uma PPP. O consórcio vencedor foi a concessionária BHIP, que já assumiu a manutenção e operação. O tempo de duração do contrato é de 20 anos e prevê que, até 2020, todos os 182 mil pontos de iluminação pública da cidade funcionem com a tecnologia LED. "O objetivo, ao substituir as lâmpadas de vapor de sódio por luminárias de LED, é garantir maior durabilidade e significativa redução no consumo de energia, já que as luminárias de LED são até 45% mais econômicas e duram por volta de dez anos", diz o CEO da BHIP, Marcelo Bruzzi. Essa modernização vai contemplar também a instalação de 32.800 pontos teleguiados nas principais avenidas da cidade. Com isso, será possível controlar, de forma remota, o gasto de energia e a luminosidade, além de permitir a manutenção preventiva, que pode ser programada e, por isso, exige menos gastos e transtornos à população. "A maior eficiência luminosa do LED pode contribuir também para a segurança, já que locais com iluminação deficiente estão mais propensos a ocorrências de crimes", diz Bruzzi. (Valor Econômico – 28.08.2017)

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8 Consultoria Radar PPP: 138 cidades estão com projetos de eficiência energética

Outras 138 cidades, além de Belo Horizonte, de todos os tamanhos, incluindo São Paulo, estão com projetos de PPP para iluminação pública em andamento, de acordo com a Radar PPP, consultoria que tem uma plataforma para acompanhar esses projetos, além de assessorar grupos interessados em licitações. "Todos preveem a substituição das luminárias por LED e pontos de telegestão", afirma Rodrigo Reis, diretor da empresa. Salvador ainda está no início do processo para licitar a PPP. "Queremos trocar as luminárias dos 170 mil pontos da cidade", diz Bruno Barral, diretor de iluminação do município. No futuro, diz ele, postes inteligentes poderão fornecer dados úteis para a população, como informações sobre o transporte público. Interessados em parcerias não faltam. O consórcio BHIP, responsável por modernizar a capital de Minas Gerais, participa de outras 17 licitações. A empresa Urbeluz, que ganhou as licitações das PPPs em Caraguatatuba (SP), São João do Meriti (RJ), Mauá (SP) e Marabá (PA), também quer aumentar sua atuação, afirma a diretora comercial, Eduarda Leon. De acordo com o advogado Bruno Werneck, sócio do escritório Mattos Filho, há muito interesse neste tipo de PPP porque os prazos são longos e o pagamento é garantido pelo CIP/COSIP, um imposto municipal cobrado na conta de energia de todos os consumidores e que só pode ser usado na iluminação pública. Severiano Macedo, especialista de soluções de internet das coisas (IoT) da Cisco, explica que as opção de tecnologia são variadas. "As luminárias de LED permitem que o facho de luz seja direcionado para todos os lados, aumentando a segurança". No futuro, de acordo com o ele, com smart grids, ou "redes inteligentes", as opções serão infinitas. (Valor Econômico – 28.08.2017)


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9 Artigo de Raquel Landim: “Sou a favor da privatização da Eletrobras, mas com ressalvas”

Em artigo publicado no jornal Folha de São Paulo, a jornalista Raquel Landim defende a privatização da Eletrobras, do Aeroporto de Congonhas e da Casa da Moeda. Ela argumenta que “é fácil explicar por que sou a favor da privatização da Eletrobras, um gigante que se transformou num cabide de empregos e numa fonte de caixa dois para campanhas eleitorais e enriquecimento ilícito. (...) Além disso, a experiência mostra que a privatização melhora a prestação de serviços.” Ela ressalta que “o setor elétrico, no entanto, é complexo e sensível demais. Qualquer erro de planejamento ou desorganização pode ser fatal para a economia, como, aliás, já experimentamos por duas vezes: no apagão, em 2001, no governo FHC, ou na desastrada intervenção de Dilma, em 2012. (...) Só resta rezar para que a o núcleo político do governo permita que a equipe técnica, que é competente, trabalhe com alguma tranquilidade para conduzir o processo do jeito certo”. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 28.08.2017)

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10 Artigo de Luiz Pinguelli ROSA: “Governo deve privatizar a Eletrobras? NÃO”

Em artigo publicado no jornal Folha de São Paulo, Luiz Pinguelli Rosa, professor da UFRJ e ex-presidente da Eletrobras, critica a privatização da Eletrobras, questionando: “que vantagem traria sua privatização para a sociedade brasileira?”. Rosa defende ações de sua gestão (entre 2003 e 2004) e afirma que “baseado nessa experiência, estou convicto de que a Eletrobras pode ser uma empresa eficiente. A eficácia independe do fato de uma empresa ser privada ou estatal, mas de um planejamento estratégico e compromisso da gestão”. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 28.08.2017)

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11 Artigo de Joisa Dutra: “Governo deve privatizar a Eletrobras? SIM”

Em artigo publicado no jornal Folha de São Paulo, Joisa Dutra, ex diretora da Aneel, trata da tentativa de privatizar a Eletrobras em 1996 e os desafios a serem enfrentados no atual processo de privatização. Para ela, “a privatização tem potencial de gerar ganhos expressivos de valor nesse quadro, como mostra a experiência internacional e mesmo outros setores no país. Para isso, necessita ocorrer em processo articulado e com viabilidade jurídica duradoura, contemplando os seguintes pontos: definição do papel da empresa sucessora (...) alienação do controle de empresas subsidiárias de geração e transmissão à participação privada (...) desestatização das distribuidoras (...) conversão do Cepel em instituto privado de pesquisas (...) e, finalmente, atração de capitais privados através da venda parcial das ações da União na nova Eletrobras, diluindo a posição do acionista controlador”. Ela conclui dizendo que “a gestão privada pode aumentar significativamente a eficiência no uso dos recursos, conferindo agilidade à companhia para que possa produzir riquezas de modo sustentável -ambiental e socioeconomicamente”. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 28.08.2017)

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12 Artigo de Abel Holtz: “Até Quando?”

Em artigo publicado pela Agência CanalEnergia, Abel Holtz, consultor, trata da geração hidrelétrica e dos impactos ambientais causados pela mesma, abordando três UHEs na fronteira dos Estados Mato Grosso, Rondônia e Amazonas. Segundo o autor, “o impacto das referidas hidrelétricas é de cerca de um décimo daquele causado pela devastação de florestas na mesma região que hoje, pode ser estimado em cerca de 8 mil quilômetros quadrados por ano, e já foi muito maior há anos atrás”. Ele conclui que “a hidroeletricidade tem o Menor Custo, é uma Energia Limpa e Sustentável, possibilita a contribuição das Energias Eólica e Solar, tem Usos Múltiplos, se integra a Diversidade Hidrológica Nacional, agrega Benefícios Regionais e considerando o Grande potencial ainda a ser explorado e Mitigando os Impactos Ambientais REAIS, fica demonstrado que não poderemos prescindir desta fonte”. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 28.08.2017)

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13 Artigo de Adriano Pires (CBIE): “Agenda positiva e a privatização”

Em artigo publicado no jornal O Estado de São Paulo, Adriano Pires, diretor do CBIE, elogia a decisão do Ministro de Energia dar início ao processo de privatização da Eletrobras. Segundo ele, “a ideia seria uma emissão de ações que diluirão o controle que o Estado brasileiro tem sobre a empresa. Esse aporte privado, calculado entre R$ 20 bilhões e R$ 30 bilhões, compraria as usinas do regime de cotas. Esse regime seria extinto, corrigindo o grave erro cometido pela nefasta MP 579. A Eletrobrás se tornaria uma grande corporação, como as empresas de energia elétrica EDP portuguesa e a italiana Enel e a Vale e a Embraer no Brasil, passando a ter acesso a capital mais barato no mercado”. Ele conclui que “num século de grandes inovações tecnológicas que transformam a ordem econômica não faz sentido ter bancos estatais e mesmo empresas como Petrobrás e Eletrobrás. Faz sentido o Estado investir em educação e saúde básica, em segurança pública e construir agências reguladoras independentes, com quadros de qualidade técnica, para que possam trazer de volta a estabilidade regulatória e a segurança jurídica, atraindo investimentos privados de qualidade”. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 28.08.2017)

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Empresas

1 GESEL: mudança na Eletrobras vai aumentar tarifa e eficiência

O coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Nivalde de Castro, considera que a tarifa de energia vai ficar mais cara porque, como empresa de predominância privada, a Eletrobras deverá transferir os ganhos de produtividade para os lucros. “Para o consumidor, a notícia não é muito boa”, diz o professor. “A Eletrobras foi muito usada como instrumento de política energética, tendo que aceitar investimentos com pouca rentabilidade. Ao passar para o capital privado, ela vai ter uma eficiência muito maior, é uma grande empresa, tem um parque gerador e transmissor muito grande e rapidamente vai ser eficiente”, avalia Nivalde de Castro, lembrando que nos últimos 20 anos a gestão da empresa foi marcada por uma interferência política muito grande. (O Globo – 26.08.2017)

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2 GESEL: estatal não precisaria ser privatizada para ter uma gestão profissional

"O governo está querendo vender a Eletrobras para tapar um buraco conjuntural", afirma Nivalde de Castro, professor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IE-UFRJ). Para ele, que é coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel) do IE-UFRJ, a estatal não precisaria ser privatizada para ter uma gestão profissional, mais eficiente e para se desvencilhar do "sequestro político". O economista cita como exemplo nesse sentido o caso da Petrobras, que, hoje sob nova direção, vem conseguindo reduzir seu nível de endividamento e apresentar resultados cada vez melhores. (...) Castro avalia também que a conta de luz vai ficar mais cara após a desestatização. A razão principal é a mudança prevista para o regime de comercialização da energia produzida pelas usinas da Eletrobras, a chamada "descotização". “Os ganhos de eficiência vão virar dividendos para os acionistas, não preços menores para os consumidores", acrescenta Castro. (BBC Brasil – 28.08.2017)

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3 É possível realizar o pacote de privatização até 2018, diz Meirelles

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou neste sábado que é factível o governo realizar até 2018 a privatização e a concessão de ativos públicos anunciada nesta semana. De acordo com ele, os projetos foram bem estruturados e isso deve atrair investidores mais facilmente. “Todo projeto definido claramente tende a andar com maior rapidez”, afirmou em entrevista coletiva após participar do 8º Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais da B3, em Campos do Jordão (SP). Ele citou boas perspectivas para o repasse da Eletrobras e para a Lotex à inciativa privada. “Temos tido interesse muito grande de investidores na Eletrobras”, disse. “Há empresas enormes interessadas na Lotex.” Em sua palestra a uma plateia de analistas e executivos, Meirelles afirmou que a ideia do governo Temer é entrar num ritmo acelerado de concessões e privatizações, que tem como maior ícone a desestatização da Eletrobras. Segundo ele, os investimentos não terão mais a taxa de retorno determinada pelo governo, ao contrário do que aconteceu no governo Dilma Rousseff. (Valor Econômico – 26.08.2017)

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4 Eduardo Giannetti critica privatização para resolver problema fiscal

Apesar de dizer não ter objeções à privatização de empresas, o economista Eduardo Giannetti afirmou que o atual processo em curso no Brasil carece de debate. “O que eu não gosto é a maneira como [o tema] se apresentou”, disse ele, durante o 8º Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais da B3. A principal queixa do economista diz respeito ao uso do dinheiro gerado pelas privatizações. “O Brasil não deve privatizar para resolver problema fiscal”, afirmou ele. Para o economista, existe um objetivo claro de fazer caixa com os recursos das privatizações. Para Giannetti, isso é o equivalente a se vender prata da família para jantar fora. Giannetti considerou que o governo do presidente Michel Temer busca artificialmente gerar ânimo no mercado financeiro e também se desviar de outras discussões ao introduzir o tema das privatizações agora. Giannetti disse acreditar, porém, que seja altamente improvável que essa estratégia segue a bom termo. (Valor Econômico – 26.08.2017)

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5 Privatização da Eletrobras: recursos não cobrirão déficit primário

Prevista para ser detalhada na próxima semana, a desestatização da Eletrobras não beneficiará a União com dinheiro para cobrir o rombo nas contas públicas. Isso ocorre porque o montante obtido com a capitalização da empresa é classificado como recurso financeiro e não se mistura com os recursos do Orçamento-Geral da União. Somente numa segunda etapa, após a venda da companhia, o governo federal poderá reforçar o caixa em até R$ 20 bi para reduzir o déficit primário, que acumula R$ 167,2 bi nos últimos 12 meses para União, estados, municípios e estatais. Por meio da descotização, os futuros controladores da Eletrobras poderão pagar à União para venderem a energia das usinas por um preço mais alto. No entanto, essa decisão não caberá ao governo e dependerá do caixa da companhia após a desestatização. Segundo adiantou nesta semana, o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, a Eletrobras lançará ações da empresa na bolsa de valores a investidores privados, sem que a União venda papéis num primeiro momento. Com a entrada de dinheiro, o capital total da companhia aumenta, diminuindo a participação do governo até a União deixar de ser a maior acionista da empresa. Nesse tipo de operação, chamada de aporte de capital com diluição, a União não arrecadará nada, apenas transferirá o controle da companhia para a iniciativa privada. Somente por meio da descotização, a União poderá ter acesso a até R$ 20 bi que ajudariam a reduzir o déficit primário. (Agência Brasil – 25.08.2017)

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6 Privatização da Eletrobras: ministro quer definir forma de privatização antes de Temer viajar à China

O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, afirmou nesta sexta-feira (25) que o governo quer definir antes da viagem do presidente Michel Temer à China a modelagem da privatização da Eletrobras, estatal do setor elétrico. A previsão é de que Temer embarque na próxima terça-feira (29) rumo a Pequim e Xiamen. Na China, o presidente fará uma visita de Estado e participará da cúpula dos Brics, grupo que reúne os chamados emergentes (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Na última quarta (23), o conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), órgão responsável no governo pela discussão de privatizações e concessões, aprovou a proposta do MME de privatizar a Eletrobras. Coelho abordou o assunto ao final de entrevista coletiva que tratou da extinção de uma reserva mineral na Amazônia. O ministro informou que as áreas técnicas das pastas de Minas e Energia, Fazenda e Planejamento estão discutindo a questão da Eletrobras nos últimos dias. O ministro afirmou que ficará em Brasília durante o fim de semana e que a ideia é apresentar a modelagem ao presidente antes da viagem de Temer, para ele poder "bater o martelo”. A modelagem em discussão envolve a forma como será feita a operação de privatização. O governo vai vender parte das ações da Eletrobras e, com isso, deixará de ser o acionista controlador da empresa. A intenção inicial é oferecer no mercado novas ações da estatal. (G1 – 25.08.2017)

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7 Privatização da Eletrobras: Gustavo Franco atribui venda à gestão Dilma

A decisão de privatização da Eletrobras, anunciada nesta semana pelo governo federal, deve ser atribuída à ex-presidente Dilma Rousseff, que implementou uma MP na tentativa de reduzir o custo da conta de luz, que gerou crise no setor elétrico, disse o ex-presidente do Bacen e estrategista-chefe da gestora Rio Bravo, Gustavo Franco. "Temos que agradecer a Dilma Rousseff pela decisão da privatização da Eletrobras", afirmou, em palestra no Congresso Internacional dos Mercados Financeiros e de Capitais, organizado pela B3. Segundo Franco, a ferida no estatismo começou com a corrupção envolvendo a Petrobras. Ele afirmou também que o anúncio da privatização da Eletrobras foi muito bem recebido pelo mercado e que houve repercussão positiva, mas questionou o extenso pacote de privatizações. Também nesta semana, e sob a pressão no sentido de demonstrar que conseguirá fechar as contas públicas de 2017 e 2018, o governo federal anunciou a intenção de conceder 57 empreendimentos à iniciativa privada, incluindo o aeroporto de Congonhas e a Casa da Moeda. "[O lote de privatizações] Me dá a sensação de que não haverá tempo de fazer e que é só algo de cunho de intenção do que a realidade em si. Porque o governo não fez antes se acreditava nisso?", perguntou. "Mas sabemos como acontece no setor público, quando há oportunidade e circunstância não se pode perder", disse. (O Estado de São Paulo – 25.08.2017)

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8 Petrobras vai cindir BR Distribuidora para separar dívidas da Eletrobras

A Petrobras informou nesta sexta-feira (25), em comunicado ao mercado, os termos aprovados pelo Conselho de Administração para o processo de reestruturação societária da subsidiária BR Distribuidora. Em uma das operações, a BR será cindida parcialmente, com a separação dos recebíveis detidos pela empresa decorrentes de Contratos de Confissão de Dívida (CCDs) com o Sistema Eletrobras. Estes contratos, que serão assumidos pela Petrobras, possuem garantias reais por meio da penhora de créditos oriundos da Conta de Desenvolvimento Energético. Também serão separados na cisão os recebíveis detidos pela BR com outras sociedades do Sistema Petrobras. A parcela cindida será incorporada na Downstream Participações Ltda., subsidiária cujo capital social pertence à Petrobras. Além disso, a Petrobras fará um aporte de capital de R$ 6,3 bi na BR, recurso que será utilizado integralmente para o pré-pagamento de dívidas, contraídas anteriormente pela BR e garantidas pela Petrobras. “Por se tratar de reestruturação entre sociedades cuja totalidade do capital social pertence à Petrobras, as operações serão realizadas a valor contábil com base em laudo de avaliação, não gerando impacto no resultado das empresas envolvidas. A operação também não gera alteração relevante no patrimônio líquido da Petrobras e da BR”, diz o comunicado. As operações anunciadas ainda estão sujeitas à aprovação pela Assembleia Geral de Acionistas da BR e pela Reunião de Sócios da Downstream, assim como à manifestação da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais. (Agência CanalEnergia – 25.08.2017)

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9 Petrobras: estatal quer lei para dívida da Eletrobras

A Petrobras pretende estabelecer em lei sua prioridade no recebimento dos recursos que forem obtidos com o processo de venda da energia pelas usinas hidrelétricas da Eletrobras fora do regime de cotas e a preços de mercado. Conhecido como "descotização", o processo deve viabilizar a privatização da estatal. Em ofício enviado ao MME, a Petrobras sustenta que tem créditos bilionários a receber da Eletrobras e que sofre com "inadimplências persistentes" no fornecimento de combustíveis a usinas térmicas. O pedido da Petrobras entra em conflito com a pretensão da equipe econômica de utilizar os recursos provenientes da "descotização" para diminuir o rombo fiscal de 2018. (Valor Econômico – 28.08.2017)

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10 Aprovada republicação do edital de hidrelétricas da Cemig

A Diretoria da ANEEL aprovou na última sexta-feira (25/8), durante Reunião Pública Extraordinária, republicação do Edital do Leilão de Geração n° 01/2017-ANEEL, que negociará outorgas de concessões das usinas hidrelétricas São Simão (GO/MG), Jaguara (MG/SP), Miranda (MG) e Volta Grande (MG/SP), com consequente alocação de Cotas de Garantia Física de Energia e Potência. A mudança foi aprovada em dois itens do edital: exclusão de sublotes e condições de pagamento da Bonificação pela Outorga. O objeto do leilão passou a ser quatro concessões individualizadas, correspondentes aos Lotes A, B, C e D. Já o prazo para pagamento da Bonificação pela Outorga deixou de ser no ato de assinatura do Contrato de Concessão e passou para até 20 dias contados da celebração do instrumento contratual, sujeito a cláusula de eficácia. A cláusula de eficácia “deverá estabelecer que o vencedor do leilão não fará jus a qualquer receita advinda do ACR ou do livre dispor da energia, no caso de inadimplemento da quitação da obrigação de pagamento da bonificação pelo outorga no prazo previsto”. O leilão está previsto para ser realizado no dia 27/09/2017 na B3 (antiga BM&FBOVESPA). (Aneel – 25.08.2017)

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11 Cemig: Grupos de Pimentel e Aécio tentam evitar venda de usinas

A promessa de leilão de usinas da Cemig colocou no mesmo lado do front, ao menos por enquanto, as duas principais forças políticas do Estado – grupos que, nos últimos 15 anos, fizeram uso político da estatal. O governador Fernando Pimentel (PT) e o senador Aécio Neves (PSDB) se posicionaram contra a privatização. Pimentel reuniu aliados, assinou carta aberta em defesa da empresa, participou de atos nas usinas que podem ir a leilão e ainda criou uma campanha publicitária: "Mexeu com Minas, mexeu comigo". Já Aécio se reuniu com o presidente Michel Temer para evitar a concessão das usinas hidrelétricas. À frente do governo de Minas desde 2003, tucanos e petistas sempre utilizaram a Cemig para acomodação de aliados políticos e até parentes. Entre 2003 e 2009, o pai de Aécio Neves, Aécio Ferreira da Cunha, integrou o Conselho de Administração da estatal. Aécio Cunha morreu em 2010. A assessoria do senador tucano afirmou, em nota, que “a boa gestão e os resultados da empresa durante o governo Aécio Neves (em Minas Gerais) são de amplo reconhecimento de especialistas e de gestores do setor de energia público e privado”. A Cemig possui cerca de 127 mil acionistas e mantém operações em 22 Estados e no Distrito Federal. A empresa possui 12 milhões de consumidores em 805 municípios. (O Estado de São Paulo – 27.08.2017)

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12 Cemig: R$ 740 mi são destinados a melhorias no sistema elétrico da região metropolitana de BH

A Cemig investiu mais de R$ 740 mi na expansão, reforço e manutenção da rede elétrica que atende empresas e moradores dos 79 municípios que integram o território Metropolitano, em Minas Gerais. Os investimentos foram destinados, ainda, ao Programa de Eletrificação Rural, que atende moradores e produtores de áreas rurais, e ao Programa de Eficiência Energética, no qual equipamentos elétricos de alto consumo são substituídos e beneficiam famílias de baixa renda, hospitais e outras instituições. O balanço dos aportes da companhia foi anunciado na última quinta-feira, 24 de agosto, pelo diretor de Gestão Empresarial da Cemig, José de Araújo Lins Neto, durante a reunião do Fórum Regional do Território Metropolitano, realizada em Betim (MG). O Fórum Regional é promovido pelo Governo de Minas Gerais e contou com a participação do secretário Extraordinário de Desenvolvimento Integrado e Fóruns Regionais, Wadson Ribeiro, que representou o governador Fernando Pimentel, e de outros secretários de Estado, deputados federais e estaduais, prefeitos, vereadores e lideranças regionais. De acordo com o diretor, “nos últimos dois anos, a Cemig tem investido constantemente na região, com obras de ampliação e reforma, visando aumentar a confiabilidade do sistema elétrico e assegurar o atendimento ao mercado com qualidade. Esse investimento de mais de R$ 700 mi mostra o comprometimento da Empresa com o território Metropolitano”, destacou José Lins. (Agência CanalEnergia – 25.08.2017)

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13 Cemig: Cade aprova venda de ativos para Taesa

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a venda das participações minoritárias detidas pela Cemig em três empresas concessionárias de transmissão de energia elétrica que atuam em Minas Gerais. São participações nas Companhias Transleste de Transmissão, Transudeste de Transmissão e Transirapé de Transmissão. “A operação envolve a aquisição de ativos correspondentes às seguintes linhas de transmissão: (i) Montes Claros/Irapé (345 Kv); (ii) Itutinga/Juiz de Fora (345 Kv); e (iii) Irapé/Araçuaí (230 Kv)”, explicou a autoridade antitruste em seu relatório sobre o caso. O objetivo do negócio, prossegue o relatório, é “a concentração dos ativos de transmissão de energia elétrica em questão em uma única entidade empresarial, a Taesa”. A autarquia concluiu pela inexistência de danos concorrenciais relevantes. (Valor Econômico – 25.08.2017)

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14 Light: substituição de conselheiros é aprovada

A Light aprovou na quinta-feira a substituição de integrantes do Conselho de Administração para complementar o período restante do mandato, até 2018, de acordo com ata de assembleia geral extraordinária divulgada ao mercado pela companhia. Os acionistas aprovaram o analista de sistemas Luís Fernando Paroli Santos, em substituição à Ana Marta Horta Veloso, e o bancário André Juaçaba de Almeida, no lugar de Luiz Carlos da Silva Cantídio Júnior, como membros titulares. Também aprovaram o engenheiro eletricista César Vaz de Melo Fernandes como suplente de Sérgio Gomes Malta e o economista Yuri Fonseca de Choucair Ramos como suplente de André Juaçaba de Almeida. (Reuters – 25.08.2017)

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15 Raízen Energia: empresa nega que irá se habilitar para leilão de usina da Renuka

A Raízen Energia, joint venture entre a Cosan e a Shell, negou nesta sexta-feira que pretende se habilitar para participar do leilão da Usina Revati, da Renuka do Brasil, marcado para o início de setembro, segundo nota enviada à Reuters pela companhia. “A Raízen esclarece que não se habilitou --e não vai se habilitar, independente de revisão do cronograma-- para participação no leilão de aquisição da Usina Revati, da Renuka do Brasil”, afirmou a empresa no comunicado. A Reuters revelou na quinta-feira, com base em fontes com conhecimento do assunto, que a Raízen havia manifestado interesse pela unidade da Renuka. Por ora, os grupos efetivamente habilitados para participar do pregão são Cofco do Brasil, da gigante chinesa Cofco e com quatro usinas no país; Companhia Mineira de Açúcar e Álcool (CMAA), com duas unidades no Triângulo Mineiro; e Interface Brasil. A venda da usina da Renuka, localizada em Brejo Alegre (SP) e com capacidade instalada para moer 4 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por safra, faz parte do processo de recuperação judicial da empresa, aprovado em maio pelos credores. Com dívida de aproximadamente 2,7 bilhões de reais, a Renuka do Brasil está em recuperação judicial desde outubro de 2015. A Renuka do Brasil é subsidiária da indiana Shree Renuka Sugars, que iniciou investimentos no país em 2010 e foi atingida juntamente com o restante do setor por baixos preços do açúcar e pelo controle de preços de combustíveis que vigorou em governos anteriores. (Reuters – 25.08.2017)

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16 RGE: investimentos de R$ 1,3 milhão e finaliza obras em Três Coroas

A RGE informou na última quarta-feira, 23 de agosto, a finalização de duas grandes obras de modernização na rede elétrica de Três Coroas, cidade gaúcha com 26 mil habitantes, reconhecida pela produção de calçados. Com investimentos de R$ 1,3 milhão, a distribuidora do grupo CPFL Energia concluiu a construção de um novo alimentador para a Subestação Três Coroas e construiu uma rede nova com a instalação de cabos mais robustos e de maior capacidade. Na região de Serra Grande a concessionária inspecionou 14 km de rede, trocando 46 postes de madeira por concreto, que são mais resistentes às intempéries. Para os trabalhos foram deslocados cerca de 85 profissionais, distribuídos em 17 esquipes. A Consultora de Negócios da RGE, Polyanna Souza da Cunha, ressalta que a redistribuição de cargas elétricas é um ponto vital para a alta qualidade do sistema e “uma cidade com uma infraestrutura elétrica completa atrai mais negócios, mais desenvolvimento econômico”, completou Polyanna. Tais melhorias já estão beneficiando mais de 24 mil clientes, sendo 10 mil no município e mais 14 mil nas cidades vizinhas. Somente no primeiro trimestre de 2017, a concessionária investiu R$ 75,3 milhões em sua área de concessão. O valor aplicado em obras de expansão, manutenção e modernização da rede elétrica é 30,5% superior ao destinado pela companhia em 2016, no mesmo período. (Agência CanalEnergia – 25.08.2017)

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17 CEEE-GT e Voith: contrato para modernização da Hidrelétrica do Passo Real é assinado

A CEEE-GT fechou acordo com a empresa vencedora da licitação, Voith Hydro Services, para a modernização total da Usina Hidrelétrica do Passo Real até o final de 2018. O contrato foi assinado na última quinta-feira, 24 de agosto, na sede do Grupo CEEE, pelo diretor-presidente, Paulo de Tarso Pinheiro Machado, pelo diretor de Geração, Jorge Jobim, e pelos representantes da Voith, o gerente geral Luiz Fontes e o desenvolvedor de negócios, Ernesto Jimenez. Com investimento superior a R$ 14 milhões, a obra conta com financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e inclui serviços de automação e telecomando da usina e da subestação. Os trabalhos ocorrem junto à unidade de geração da CEEE-GT, a partir de agora, por 520 dias. Conforme o presidente do Grupo CEEE, Paulo de Tarso Pinheiro Machado, este projeto proporciona mais tecnologia e uma importante modernização dos ativos da empresa, o que deve ser um dos objetivos da instituição para bem atender ao seu mercado. Além da parceria com o fornecedor e com o agente financiador, o BID, as questões de automação e telecomando do projeto, e a influência disso em uma renovação da gestão operacional da Companhia também foram citadas como pontos positivos pelo diretor de Geração da CEEE, Jorge Jobim. Seguindo a um acordo prévio com o Operador Nacional do Sistema (ONS), no decorrer das atividades, será necessário interromper a produção em cada um dos grupos geradores, em datas intercaladas. (Agência CanalEnergia – 25.08.2017)

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18 Eletrobras Amazonas: 2400 domicílios terão acesso a eletricidade pelo custo de 7,4 milhões

De acordo com a mais recente pesquisa do IBGE, o Brasil possui 200 mil domicílios sem iluminação elétrica, o que corresponde a cerca de 700 mil habitantes. Grande parte se concentra no Estado do Amazonas, onde o isolamento da floresta dificulta o acesso à rede. Estima-se que lá a falta de energia atinja 70 mil residências, escolas, postos de saúde e demais unidades consumidoras, no total de 300 mil pessoas. "Levar soluções tecnicamente viáveis e de baixo custo a essas regiões é um grande desafio para a universalização do acesso à eletricidade, com inclusão social e produtiva", diz o engenheiro Geraldo Arruda, especialista da área de renováveis da Eletrobras Amazonas. Após projeto piloto em 12 comunidades para demonstração do custo-benefício, a estratégia inicial da empresa para aumentar a escala será instalar 42 mini usinas fotovoltaicas em povoados dos municípios de Barcelos, Carauari, Japurá e São Gabriel da Cachoeira, permitindo iluminação e uso de refrigerador, televisão e ventilador - além de computadores, nas escolas. O objetivo é atingir 2,4 mil domicílios, com investimento de R$ 79, 4 milhões, 90% por meio de subvenção do MME, onde o programa de obras aguarda aprovação. (Valor Econômico – 28.08.2017)

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19 Procura por ideias de startups no SE se intensifica

"As seis maiores companhias de energia em operação no Brasil têm programas abertos para captar soluções criadas por startups", diz Rafael Ribeiro, diretor executivo da Associação Brasileira de Startups. "Perceberam que é melhor pegar uma solução já pronta do que começar do zero". Eleita pelo segundo ano consecutivo como a melhor startup de energia do país pelo programa 100Open Startup, a Prosumir, de Porto Alegre, tem o perfil que as grandes geradoras e distribuidoras de energia procuram. Trabalha com soluções inovadoras para transformação do desperdício de energia em oportunidade de cogeração de eficiência energética. Soma conhecimento e agilidade, mas tem pouco capital para tocar o negócio. "Foram dois anos de desenvolvimento de uma turbina que substitui a válvula de pressão usada pelas indústrias com sistema a vapor", diz Julio Vieira, sócio-gestor. "Patenteado, o protótipo foi validado com a ajuda do grupo EDP, que nos abriu espaço para os testes". A EDP Brasil, que atua em geração, transmissão, distribuição, comercialização e soluções de energia foi uma das primeiras a se aproximar das empresas nascentes. "A parceria com as startups será essencial para aproximar soluções inovadoras à realidade das grandes empresas", diz Livia Brando, gerente executiva de inovação da EDP. "A partir do conceito de inovação aberta, queremos identificar projetos com amplo potencial de desenvolvimento". (Valor Econômico – 28.08.2017)

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20 Redes inteligentes começam a avançar pelo Brasil

As redes inteligentes de energia elétrica ensaiam os primeiros passos em várias cidades do país. A maioria dos projetos é tocada dentro do programa de pesquisa e desenvolvimento da Aneel, que estipula que 0,5% da receita operacional líquida das concessionárias seja investido em inovação. Em setembro, a AES Eletropaulo deve provavelmente dar partida à instalação de medidores inteligentes em Barueri, Região Metropolitana de São Paulo, que conta com 60 mil pontos de consumo. A primeira etapa terá foco nas residências, com a instalação de 30 mil medidores, que proporcionarão mais informações e agilidade para a concessionária. "Podemos ter maior controle sobre perdas e inadimplência por termos um balanço mais atualizado dos dados e sabemos com mais precisão a ocorrência de problemas podendo despachar equipes com mais rapidez, o que é importante em uma região tão densamente povoada como São Paulo", diz o presidente da distribuidora, Charles Lenzi. A cidade de Búzios (RJ) foi escolhida pela Enel para o projeto pioneiro da distribuidora na implementação da rede inteligente no Brasil. Foram instalados cerca de dez mil medidores bidirecionais, que permitem tanto a leitura do consumo quanto saber se o cliente exporta energia para a rede. "A modernização da rede é uma tendência para um setor elétrico mais eficiente", diz Carlo Zorzoli, presidente da empresa. No Nordeste, uma das iniciativas é tocada pela Neoenergia no arquipélago de Fernando de Noronha. O projeto de instalação de 816 medidores inteligentes foi concluído em março, sendo que em nove pontos de consumo foram incorporados sistemas de microgeração distribuída solar. (Valor Econômico – 28.08.2017)

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21 Ferreira Gomes Energia: redução de energia vendida é proposta

A Ferreira Gomes Energia, do Grupo Alupar, divulgou neste sábado comunicado por meio da CVM em que solicita anuência prévia para a descontratação temporária da energia vendida por meio da celebração de contratos de comercialização no ambiente regulado (CCEARs) com as distribuidoras. A empresa Ferreira Gomes Energia é a responsável pela construção e operação da futura UHE Ferreira Gomes. A concessão dá o direito à empresa de operar a UHE até o ano de 2045. No comunicado, a Ferreira Gomes Energia informa que vai submeter à apreciação de assembleia geral de debenturistas, a ser realizada em 11 de setembro, o consentimento prévio (waiver) para proceder com essa redução temporária dos montantes de energia vendidos através dos contratos de comercialização no ambiente regulado, cedidos fiduciariamente pela emissora. A Ferreira Gomes Energia destacou o contexto, em que a Aneel estabeleceu critérios para aplicação do mecanismo de compensação de sobras e déficits de energia elétrica e de potência de contratos de comercialização de energia elétrica proveniente de novos empreendimentos de geração (“MCSD”). “A Emissora vislumbrou que uma eventual redução total, porém temporária, dos montantes de energia dispostos nos CCEARs celebrados, seria uma oportunidade de aumento considerável de sua receita”, afirma a companhia. “Isso porque, o preço atual médio é de R$ 108,00 MWh e nossa expectativa é a de celebração de novos contratos com o preço estimado não inferior a R$ 170,00 MWh. A redução envolveria os meses de outubro, novembro e dezembro de 2017 e todo o exercício de 2018, caso as condições de mercado assim permitam”, diz a Ferreira Gomes Energia no comunicado. (Valor Econômico – 26.08.2017)

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22 Enquadrados como prioritários projetos da CPFL Paulista e RGE Sul

O MME aprovou como prioritário os projetos de titularidade da CPFL e da RGE Sul relativos à expansão, renovação e melhoria da infraestrutura de distribuição de energia elétrica nos estados de São Paulo e Rio Grande do Sul, não incluídos os investimentos em obras do Programa “Luz para todos” ou com participação financeira de terceiros, constantes do Plano de Desenvolvimento da Distribuição – PDD de referência apresentado à Aneel no ano base de 2017. Com a aprovação, será possível a emissão de debêntures de infraestrutura. (Agência CanalEnergia – 25.08.2017)

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Leilões

1 CNPE: Conselho altera parâmetros de relicitação de usinas

O CNPE publicou, no DOU dessa sexta-feira (25/8), alterações na resolução nº 12 de 2017, que estabelece os parâmetros para leilões de concessão de geração. A partir de agora, os vencedores do leilão de usinas terão até 20 dias, após a assinatura do contrato de concessão, para realizar pagamento, em parcela única e a vista, da bonificação pela outorga. Anteriormente, esse pagamento, também em parcela única e a vista, deveria ser feito no ato da assinatura dos contratos. A nova redação acrescentou ainda uma cláusula de eficácia, que estabelece que o vencedor do leilão não poderá receber qualquer receita vinda do mercado regulado ou do mercado livre, no caso de inadimplência, parcial ou total, da quitação da obrigação de pagamento da bonificação pela outorga no prazo previsto. As alterações já foram incorporadas pelo novo edital de relicitação das usinas hidrelétricas da Cemig, aprovado nesta sexta-feira pela Aneel. (Brasil Energia – 25.08.2017)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Níveis dos reservatórios pelo Brasil

Os reservatórios do Norte caíram 0,2% para 53,8% da capacidade de armazenamento, segundo dados do ONS relativos à última quinta-feira, 24 de agosto. A energia armazenada chegou a 8.090 MW mês e a ENA ficou em 58% da MLT. A hidrelétrica Tucuruí está com 85,25% da capacidade. Já na região Nordeste não houveram alterações nos níveis e os reservatórios apresentam 13,2% da capacidade. A energia armazenada ficou em 6.814 MW mês no dia e a energia afluente está em 27% da média de longo termo armazenável acumulada no mês. A hidrelétrica Sobradinho opera com 8,3% da capacidade. No Sul do país os níveis recuaram em 0,3%, deixando os reservatórios com 60% da capacidade. A energia armazenada no dia ficou em 12.050 MW mês e a energia afluente está em 50% da MLT. A usina de Passo Fundo opera com 98,19% da capacidade. No submercado Sudeste/Centro-Oeste, os reservatórios baixaram 0,1% para 33,9% da capacidade. A energia armazenada está em 68.941 MW mês e a energia afluente em 83% da MLT. A usina de Furnas trabalha com 29,87% da capacidade e São Simão, com 35,06%. (Agência CanalEnergia – 25.08.2017)

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2 CCEE: Queda de 1,4% no consumo e 1,2% na geração de energia em agosto

Dados preliminares de medição coletados entre os dias 1º e 22 de agosto indicam queda de 1,4% no consumo e de 1,2% na geração de energia elétrica no país, na comparação com o mesmo período de 2016. As informações constam na mais recente edição do boletim InfoMercado Semanal Dinâmico, da CCEE O consumo de energia no SIN somou 58.264 MW médios, montante 1,4% inferior ao registrado nos mesmos dias do ano passado. Houve retração de 5,6% no consumo do ACR, índice que leva em conta a migração de consumidores para o mercado livre. Caso esse movimento fosse desconsiderado, o consumo registraria pequena queda de 0,3%. A análise no ACL, por sua vez, indica aumento de 9,7% no consumo, variação causada pelo impacto das novas cargas vindas do ACR. Excluindo esse efeito, haveria retração de 4,1% no consumo nesse ambiente. Excluindo os efeitos da migração para o ACL, os ramos da indústria monitorados pela CCEE, incluindo dados de autoprodutores, varejistas que apresentam maior retração no período são os de minerais não metálicos (-10,2%), de bebidas (-9,5%), e transporte (-6,2%). Os setores de veículos (+7,7%) e de saneamento (+3,6%), por sua vez, registraram incremento no consumo dentro do mesmo cenário de migração. Já a geração de energia no SIN, em agosto, soma 60.585 MW médios, queda de 1,2% frente à produção em 2016. O índice é explicado pela retração de 14,3% na produção das usinas hidráulicas, incluindo as Pequenas Centrais Hidrelétricas. A geração de usinas eólicas (+28,5%) e térmicas (+29,6%) foi positiva no período. (CCEE – 25.08.2017)

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3 Previsões de ENA e Carga para setembro pelas regiões do Brasil

A ENA da região Nordeste deve ficar em 36% da MLT no mês de setembro, com cerca de 1.088 MW med, segundo informações do ONS na reunião do PMO. Em agosto deste ano a região já teve a sua pior média histórica, com 32% da MLT e a de setembro deverá ser a segunda pior do período. O submercado Sudeste/ Centro-Oeste, que encerrou agosto com 85% da MLT, deve fechar setembro com 88% da MLT. A região Sul tem previsão de uma ENA de 83%e setembro. O submercado ficou abaixo da média histórica. Em agosto, a MLT ficou em 55%. Assim como no Nordeste, o submercado Norte também teve hidrologia ruim e está com falta de chuvas. Em setembro, a ENA deve ficar em 57% da MLT, mesmo valor aferido em agosto, o segundo pior da série histórica. Em outubro, a perspectiva para o Sudeste/ Centro-Oeste é de melhora, porque o período úmido já começa na região. A previsão de carga no SIN para o mês de setembro indica um crescimento de 2,4% na comparação com o mesmo período do ano passado, ficando com 65.188 MW med. No Sudeste/ Centro-Oeste, ela chega a 38.120 MW med, subindo 1,9%. A região Norte é a que deve ter o maior percentual de aumento, de 5,3%, com 5.872 MW med. A segunda maior variação fica com o Sul, aonde se prevê crescimento de 4,8% e 10.756 MW med. O Nordeste fica na lanterna do aumento da carga, subindo apenas 0,4%, com carga 10.440 MW med. (Agência CanalEnergia – 25.08.2017)

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4 CCEE: PLD recua 11% e fica em R$ 449,04/MWh entre 26 de agosto e 1 de setembro

A CCEE informa que o PLD para o período entre 26 de agosto e 1º de setembro caiu 11% ao passar de R$ 505,61/MWh para R$ 449,04/MWh no Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte. O preço permanece equalizado em todos os submercados, uma vez que os limites de intercâmbio entre eles não foram atingidos em nenhum patamar de carga. Em agosto, a previsão de afluências para o SIN deve fechar em 70% da MLT, abaixo da média para todos os submercados. Para setembro, a expectativa é de ENAs em 80% da MLT, aumento que impacta diretamente na redução do PLD. A carga esperada para a próxima semana está 80 MWmédios mais alta com pequenos aumentos esperados em todos os submercados com exceção do Sudeste, cuja estimativa é praticamente a mesma que a anterior. Vale lembrar que, a partir de setembro, serão considerados os dados provenientes da segunda revisão quadrimestral do planejamento anual da operação energética, com destaque para a revisão dos dados da carga que apresentou uma redução média em torno de 380 MWmédios para os próximos anos (2018 a 2021). Já para os últimos meses de 2017, a redução média está em aproximadamente 370 MWmédios. Os níveis dos reservatórios do Sistema estão cerca de 1.110 MWmédios mais altos frente à previsão da semana anterior, também contribuindo para a redução do PLD. A elevação foi verificada em todos os submercados: Sudeste (+815 MWmédios), Sul (+120 MWmédios), Nordeste (+105 MWmédios) e Norte (+70 MWmédios). O fator de ajuste do MRE previsto para agosto é de 61% e o índice para setembro é de 64,7%. Os ESS são esperados em R$ 14,3 milhões para agosto, valor integralmente relacionado à restrição operativa. Em setembro, o ESS previsto é de R$ 7,35 milhões, também referente à restrição operativa. (CCEE – 25.08.2017)

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Meio Ambiente

1 Abertas inscrições para o Selo Energia Sustentável

O Instituto Acende Brasil abriu as inscrições para o Selo Energia Sustentável. Criado em 2007 pelo Instituto, o reconhecimento é um selo de desempenho escalonado, que avalia empreendimentos e os classifica por responsabilidade socioambiental, a partir da comprovação de ações que envolvem meio ambiente e sociedade, além do estabelecido em lei e no processo de licenciamento ambiental. O Acende Brasil destacou que o que é avaliado é o projeto em si e não a empresa. Os compromissos do selo Energia Sustentável foram elaborados a partir da análise de documentos nacionais e internacionais. Fazem parte do selo 11 compromissos. A fim de estimular os empreendimentos de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica a alcançar estágios superiores de sustentabilidade, os compromissos serão analisados considerando três níveis de desempenho: ouro, prata e bronze. As adesões são relativas ao período 2018 – 2020 e se encerram dia 30 de setembro. (Agência CanalEnergia – 28.08.2017)

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2 Comissão de Meio ambiente debaterá compromissos assumidos em COP 22

A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável tem audiência pública, na terça-feira (29/8), para debater a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 22), realizada em Marraquexe, no Marrocos, em 2016, e a Contribuição Nacionalmente Determinada (iNDC), assumida pelo Brasil no âmbito do Acordo de Paris. O evento foi proposto pelo deputado Nilto Tatto (PT-SP). “A mobilização pró medidas de redução das emissões se torna ainda mais necessária agora, pois há riscos de retrocesso nas negociações de clima, por conta dos resultados das eleições presidenciais nos EUA”. “É relevante lembrar que o corte orçamentário nos ministérios brasileiros com programas relacionados ao cumprimento das metas assumidas do Brasil no Acordo de Paris são, proporcionalmente, maiores que os estabelecidos pelo Governo Trump nos EUA”, afirma o parlamentar. Tatto ressalta que, com a sua proposta de Contribuição Nacional Determinada, o Brasil compromete-se a reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 37% abaixo dos níveis de 2005, em 2025, com uma contribuição indicativa subsequente de reduzir as emissões de GEE em 43% abaixo dos níveis de 2005, em 2030. Para dar consecução a estas metas, o País se compromete a aumentar a participação de bioenergia sustentável na sua matriz energética para aproximadamente 18% até 2030, restaurar e reflorestar 12 milhões de hectares de florestas, bem como alcançar uma participação estimada de 45% de energias renováveis na composição da matriz energética em 2030. (Brasil Energia – 25.08.2017)

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3 Mudanças climáticas são abordadas em evento em São Paulo

Um dos temas mais abordados desde a inauguração da Virada Sustentável, em São Paulo, as mudanças climáticas tiveram nova abordagem nesta sexta-feira (25/8), desta vez com a temática permeando as empresas e seus negócios, no segundo dia do maior evento de sustentabilidade do Brasil. Segundo os especialistas, que participaram do debate "Riscos Climáticos: Impacto das Mudanças Climáticas nos Negócios, no Unibes Cultural, as companhias precisam se adaptar a novas realidades do planeta, que sofre com as consequências do fenômeno do efeito estufa, para reduzir danos e se planejarem para o futuro. Segundo projeção do Fórum Mundial Econômico de 2016 para cenários futuros, em 10 anos existe um risco de 39,8% das empresas serem atingidas por crise hídrica, 36,7% de serem afetadas por falhas na mitigação e adaptação às mudanças climáticas e 26,5% de sofrerem com eventos climáticos extremos. O responsável por mudanças climáticas na Braskem, Luiz Carlos Xavier, disse que apenas mitigar a emissão de gases do efeito estufa não é o suficiente, já que essas substâncias ficam na atmosfera por até 100 anos. “As mudanças climáticas já estão impactando agora, com secas extremas e intensificação de descargas elétricas”, afirma o representante da fabricante de resinas termoplásticas e maior produtora mundial de biopolímeros. (O Estado de São Paulo – 25.08.2017)

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Energias Renováveis

1 Brasil precisa aumentar participação de fontes limpas

No cenário de mudanças de fontes de energia na matriz energética mundial, o Brasil se posiciona de forma privilegiada devido principalmente à participação das hidrelétricas na geração de eletricidade e do etanol no transporte. O desafio, em relação ao combate às mudanças climáticas, é manter a participação de renováveis na matriz de geração. O país se comprometeu na CoP-21 em Paris a reduzir as emissões de carbono e outros gases do efeito-estufa em 37% em 2025, em relação aos níveis de 2005, e em 43% na mesma base de comparação até 2030. Para o setor de energia, estabeleceu três metas: atingir a participação de 45% de energias renováveis na matriz energética em 2030; aumentar a participação de bioenergia para 18% até 2030, expandindo o consumo de biocombustíveis; e expandir o uso de fontes renováveis, além da energia hídrica na matriz total de energia para uma participação de 28% a 33% até 2030. "As metas brasileiras eram ambiciosas quando havia uma expectativa de crescimento da economia", afirma Roberto Schaeffer, da Coppe/UFRJ. "Mas ficou mais fácil de cumprir porque, devido à retração econômica, a geração de energia registrou queda nas emissões, uma vez que o consumo caiu. Quando a economia voltar a crescer nos próximos anos, será preciso expandir a geração em outro cenário. Aí o país corre o risco de não ter feito as ações necessárias para atender suas necessidades." As hidrelétricas de grande porte ainda constituem a principal fonte de geração de energia elétrica do país, correspondendo a 61,3% da produção, mas começam a enfrentar limites no que se refere aos custos e às exigências ambientais e de deslocamento da população. (Valor Econômico – 28.08.2017)

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2 Custo de serviços deve cair com evolução tecnológica

O avanço das novas tecnologias promete trazer muitos benefícios para o setor de energia. Entre eles, a redução dos custos das fontes renováveis, como eólica e solar; a evolução da vida útil das baterias; e conhecimentos, ainda incipientes, sobre a transformação até da poluição em combustível. "As mudanças tecnológicas vêm com velocidade e se tornarão ainda mais acentuadas quando a regulação acompanhar o ritmo", diz Maurício Tolmasquim, professor de planejamento energético da Coordenação dos Programas de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ). "A queda de preço do combustível fóssil não ajuda, mas o desenvolvimento de novas tecnologias é inevitável", afirma Felipe Gonçalves, pesquisador da FGV Energia, da Fundação Getulio Vargas. Nos últimos sete anos, o preço da energia eólica caiu mais de 60%. A capacidade instalada aumentou mais de duzentas vezes em todo o mundo. Passou de 24 mil para 486 mil MW. O preço do painel de energia solar também se tornou mais competitivo. Há 40 anos custava US$ 101 por kW. Agora, está a menos de US$ 0,50 por kW. A capacidade instalada no mundo já chega a 65 mil MW. Os primeiros parques solares estão sendo inaugurados. (Valor Econômico – 28.08.2017)

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3 Nova tecnologia produziu 200 litros de combustível sintético extraído do CO2 atmosférico

A novidade começa agora a chegar aos telhados das casas. Uma das novidades mais recentes é uma tecnologia que promete transformar a poluição que sobra no planeta na energia de que ele precisa para não parar. Um projeto desenvolvido por pesquisadores e engenheiros da Alemanha e da Finlândia produziu 200 litros de combustível sintético extraído do dióxido de carbono (CO2 ) atmosférico. Uma planta-piloto móvel captura o dióxido de carbono do ar e o transforma em hidrogênio e depois em combustível líquido em um reator químico. Hoje, com a internet das coisas (IoT), um europeu já pode desligar o sistema de energia quando sai de casa para o trabalho e religar o aquecimento uma hora antes de voltar com o auxílio de sensores remotos. Um medidor inteligente determina quanto cada equipamento consome, quanto a casa produz de energia para o sistema e quanto recebe de volta. A regulação terá que dar um sinal de preço para o consumidor tomar decisões conforme a demanda. (Valor Econômico – 28.08.2017)

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4 Mudança climática pauta o futuro dos renováveis

A preocupação com as mudanças climáticas pauta o atual bom momento das energias renováveis no mundo. O processo de transformação sem precedentes das duas últimas décadas, motivado pela necessidade de diminuir as emissões de carbono, levou a Agência Internacional de Energia (AIE) a estimar um aumento da capacidade global de produção de energia renovável da ordem de 42% nos próximos cinco anos, superando as previsões anteriores de 13%. Outro estudo, da consultoria internacional REN21, mostra crescimento recorde de 9% em 2016, em relação ao ano anterior, no uso de fontes renováveis, devido principalmente a novas instalações de energia solar fotovoltaica (47%), seguida de eólicas (34%) e de hidrelétricas (15,5%). "Na década de 1970, quando se começou a falar em desenvolvimento sustentável, a busca de novas fontes de energia era motivada pela segurança energética, uma vez que se acreditava que as reservas de petróleo estariam esgotadas daí há poucos anos", lembra Roberto Schaeffer, do Programa de Planejamento de Energia da Coppe/UFRJ. "Hoje, um tema crítico são as mudanças climáticas devido às emissões de dióxido de carbono na atmosfera principalmente pela produção de energia de origem fóssil, e em menor grau a preocupação com a qualidade do ar e a competitividade econômica." Schaeffer cita o Acordo de Paris, resultado da COP-21, segundo o qual 195 países concordaram em limitar o aquecimento global abaixo de 2º C em relação aos níveis da era pré-industrial até o final do século. A maioria se comprometeu a ampliar o uso de energias renováveis e a eficiência energética por meio de suas INDCs (Contribuições Nacionalmente Determinadas Pretendidas) e reavaliar suas políticas de subsídios a combustíveis fósseis. (Valor Econômico – 28.08.2017)

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5 Fapesp: Mudança de hábitos da população também é desafio no caminho de cooperação climática

Segundo Gilberto Jannuzzi, coordenador do Programa de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas Globais da Fapesp, outro desafio para os compromissos de cooperação climática e ambiental é a alteração na forma como são produzidos bens e serviços e nos hábitos de consumo da população. "É urgente uma mudança de comportamento e instrumentos institucionais para tirar partido das novas tecnologias se quisermos manter o clima com algum grau de controle." É essencial mudar as regras, regulamentos e instituições para acomodar as novas tecnologias, que são gerenciadas de maneira muito diferente, acrescenta o físico Paulo Artaxo, que também faz parte da coordenação do Programa da Fapesp. "A energia fóssil depende de grandes monopólios, enquanto a geração com solar fotovoltaica, biomassa, eólica ou mesmo gás natural em pequenas unidades constitui uma alternativa descentralizada de atendimento", afirma. "Essa transição com níveis adequados de segurança e confiabilidade, mesmo quando incentivada como já ocorre em países europeus, é complicada e custosa e obrigatoriamente deve demorar dezenas de anos." Para Artaxo, as questões climáticas requerem um conjunto de medidas que vão reestruturar economicamente a sociedade. "Não será possível estabilizar ou diminuir as emissões de carbono em um sistema que exige que os países continuem crescendo infinitamente. (Valor Econômico – 28.08.2017)

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6 EPE: Relatório revela que os oceanos têm grande capacidade para produzir energia

A fronteira da tecnologia na geração de energia aponta uma saída para o mar. Especialistas estimam em uns vinte anos o tempo para que a energia das ondas, das correntes marítimas, do fluxo das marés, das variações térmicas dos oceanos e até do gradiente de salinidade no encontro com a água dos rios tenha viabilidade econômica, mas o potencial é imenso. O relatório "Energia Renovável - hidráulica, biomassa, eólica, solar, oceânica", lançado pela EPE no ano passado, revela que os oceanos têm capacidade teórica para produzir o equivalente a vinte vezes o que o mundo consumiu de energia em 2013. São 2.050.000 de TWh/ano. Por ser considerada limpa, de alta densidade energética e com distribuição mundial, pode ter lugar de destaque na matriz energética global. Por enquanto, quase tudo se resume a muita pesquisa e alguns poucos projetos. Até o fim de 2014, a capacidade instalada em projetos de geração oceânica era de 534 MW. A maior parte está na categoria maremotriz, que produz energia a partir da variação das marés. A potência está concentrada em dois grandes projetos. A usina de La Rance, na França, opera desde 1996 e produz 240 MW. No Lago Siwa, na Coreia do Sul, uma barragem de maré que entrou em funcionamento em 2011 gera 252 MW. Grandes companhias petrolíferas, entre elas a Petrobras, tentam atravessar a fronteira tecnológica com a geração de energia a partir das correntes marítimas em águas profundas para o suprimento dos campos de exploração e produção. (Valor Econômico – 28.08.2017)

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7 Projeto de conversor de ondas foi realizado no Brasil em 2014

No Brasil, o projeto mais conhecido foi o de um conversor de ondas instalado em terra no Porto de Pecém, no Ceará. O protótipo, com capacidade para gerar 100 kW, foi desenvolvido e implantado pela Coordenação dos Programas de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ). A pesquisa foi realizada em 60 meses, conforme contrato com a Aneel, e concluída em 2014. A experiência de Pecém ajuda agora no desenvolvimento de um conversor de ondas offshore que será instalado no litoral do Rio de Janeiro. O projeto é financiado por Furnas no âmbito do Programa P&D da Aneel e executado pela Coppe/UFRJ em parceria com a Seahorse Wave Energy, empresa nacional de base tecnológica voltada para as energias renováveis do oceano instalada na incubadora de empresas da UFRJ. "Ainda será preciso um bom tempo e investimentos em pesquisa para tornar viável economicamente a energia dos oceanos", afirma Paulo Cunha, consultor da FGV Energia. (Valor Econômico – 28.08.2017)

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8 Governo estuda instalar sistemas fotovoltaicos em casas do programa Minha Casa, Minha Vida

No início de agosto, os empresários do setor de energia solar receberam uma boa notícia: o governo estuda lançar uma portaria para que as futuras unidades do programa Minha Casa, Minha Vida incorporem sistemas dessa fonte. A expectativa é de que a portaria seja divulgada em breve. Com um mercado de entrega de 400 mil unidades por ano de imóveis voltados à baixa renda, vendas de R$ 1,6 bilhão anual poderão contribuir para o adensamento dessa cadeia de valor. "O Brasil tem capacidade de produzir inversores e módulos, mas microinversores ainda são importados e estão centrados nos EUA, Ásia e Israel. Esses investimentos poderão contribuir para a atração de investimentos", afirma o presidente da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica, Rodrigo Sauaia. A instalação de sistemas fotovoltaicos poderia reduzir em até 70% a conta de luz das famílias integrantes do programa, que consomem em média 100 KWh por mês. Essa economia poderia diminuir o índice de inadimplência dos mutuários na aquisição do imóvel próprio financiado pelo governo federal. Ainda existem dúvidas se os imóveis já entregues pelo governo desde 2010, quando a iniciativa foi lançada, também serão contemplados. Isso dependeria de recursos do orçamento do FGTS. O Brasil tem hoje cerca de 100 MWp de potência acumulada em sistemas de microgeração e minigeração distribuída solar fotovoltaica instalados, somando mais de R$ 850 milhões em investimentos acumulados desde 2012, distribuídos ao redor de todas as regiões do Brasil. (Valor Econômico – 28.08.2017)

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9 Expansão de eólica depende do sucesso dos próximos leilões

O ciclo de crescimento da indústria de geração eólica está de volta ao mercado global. No ranking global, o Brasil ocupa a nona posição, com 2,2% da capacidade total, mas há potencial para crescer muito mais. Hoje, a participação dos ventos na matriz energética do país fica pouco acima de 7%. "Acreditamos que esse tipo de geração pode chegar a responder por algo entre 25% a 30% da matriz energética brasileira", avalia José Ricardo de Oliveira, sócio de consultoria do Centro de Energia e Recursos Naturais da EY. No Nordeste, a matriz eólica chega a responder por 50% do fornecimento de eletricidade, em alguns momentos. No entanto, nos dois últimos anos, o ritmo de expansão diminuiu por causa da crise na economia e da ausência de novos leilões. Ainda assim, em 2016, o país teve uma expansão de 2GW na sua capacidade eólica, a quinta maior alta no mercado global. A velocidade de expansão daqui para frente dependerá do sucesso dos novos leilões marcados para o final deste ano. Um dos maiores players em energia renovável do mundo, a italiana Enel aposta que o novo modelo energético brasileiro, submetido a uma consulta pública encerrada no dia 17, pode dar novo impulso à geração eólica no país. A empresa considera que o modelo de usinas híbridas como a que vem operando em Pernambuco é um caminho para a inovação no setor eólico brasileiro. Os novos leilões também chegam em boa hora para os fornecedores da indústria de energia eólica. (Valor Econômico – 28.08.2017)

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10 ABEEólica: Eólica vai corresponder a 12% da matriz energética em 2020

Apesar das dificuldades, o Brasil continua nos planos de grandes empresas, como a GE, que dobrou o número de turbinas instaladas no país, chegando a 2.200 unidades e consolidando a liderança no mercado local. A expectativa é chegar a 2.700 até o final do ano. "Apesar do cenário desafiador, o setor energético, especialmente o eólico, segue em expansão", avalia Jean-Claude Robert, líder da GE Wind para América Latina. Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Energia Eólica, essa modalidade de geração vai corresponder a 12% da matriz energética em 2020. Robert aposta na evolução tecnológica do setor para que essa expectativa seja cumprida. "Sistemas conectados, inteligentes e modernos de transmissão combinados com distribuição podem garantir não apenas confiabilidade e segurança à rede regional, mas também incentivar o desenvolvimento de novas unidades de energia, impulsionando a diversificação da matriz", diz Robert. Uma das soluções da GE foi o desenvolvimento do conceito de Digital Wind Farm, que consiste na introdução da inteligência digital às turbinas, elevando a taxa de geração dos aerogeradores e, consequentemente, tornando a operação de parques eólicos mais eficiente e preditiva. A nova plataforma conta com sensores interconectados que registram dados da operação de cada turbina, que então são analisados em tempo real pelo Predix, software de gestão da GE. "Os dados fornecem informações cruciais para o desempenho dos aerogeradores como temperatura, desalinhamento entre turbinas ou vibrações que podem afetar a performance dos equipamentos", conclui Robert. (Valor Econômico – 28.08.2017)

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11 EPE: A biomassa já corresponde a 30,9% de toda a geração energética brasileira e a 8,2% da matriz elétrica

Diante da atual capacidade produtiva de cana-de-açúcar e de setores intensivos em florestas plantadas para obtenção de madeira, como a indústria de papel e celulose, o Brasil tem alto potencial de se destacar em bioenergia. Vantagens competitivas como clima propício e disponibilidade de terra se somam à expectativa de regulações para cortes de emissões de carbono, estimulando o setor. De acordo com estudo da EPE, a biomassa já corresponde a 30,9% de toda a geração energética brasileira e a 8,2% da matriz elétrica, com crescimento médio de 13% ao ano desde 2006. "A tendência é aumentar em maiores proporções, com a retomada do crescimento da economia e a promoção de novos leilões de energia renovável pelo governo", diz Jeferson Soares, superintendente da EPE. A estimativa, considerando todos os setores, é que a participação da biomassa na produção de eletricidade aumente 50% até 2026. O ritmo tem sido puxado pela indústria sucroalcooleira, que começou a exportar excedentes de energia do bagaço e palha de cana para a rede elétrica há 30 anos. Hoje 80 usinas injetam no sistema 21 TWh, 5% do consumo total brasileiro, evitando a emissão de 9 milhões de toneladas de dióxido de carbono. "Temos muito que avançar: em 2010 chegamos a acrescentar no sistema o equivalente a uma hidrelétrica de Itaipu, mas em 2017 será quatro vezes menos", aponta Zilmar de Souza, gerente de bioeletricidade da União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica). A expectativa de retomada está no programa RenovaBio, criado pelo Ministério das Minas e Energia para fomentar biocombustíveis. (Valor Econômico – 28.08.2017)

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12 Coppe UFRJ: A biomassa pode desempenhar papel fundamental na descarbonização do sistema elétrico

A cana responde por quase 77% da capacidade instalada de geração de biomassa para energia, abrangendo resíduos de floresta, biocombustíveis líquidos e biogás do lixo urbano e de dejetos animais. Os avanços na mecanização da lavoura, com o fim das queimadas a partir de protocolo ambiental encerrado neste ano no Estado de São Paulo, possibilitaram o aproveitamento também da palha - correspondente a um terço do potencial energético da planta. "Mesmo assim, estamos usando menos de 20% dessa capacidade", enfatiza Zilmar de Souza, gerente de bioeletricidade da Unica, reivindicando mais clareza e ousadia para a política voltada à bioenergia: "Chegar a 2026 com geração de 400 MW por biomassa, conforme prevê o PDE, é um objetivo tímido". "A biomassa pode desempenhar papel fundamental na descarbonização do sistema elétrico diante de um ambiente restritivo a emissões de gases de efeito estufa que o mundo está desenhando", projeta Suzana Khan, professora de engenharia de transportes da Coppe/UFRJ, onde estuda a viabilidade das tecnologias de Carbon Capture and Storage (CCS) para se capturar e enterrar o carbono emitido por atividades econômicas. O método teria a função de potencializar os benefícios do uso energético da biomassa, ao remover as emissões atmosféricas da queima. "E isso tende a se tornar economicamente viável no mercado que incorpora novos padrões em resposta às mudanças climáticas, como a precificação de carbono", afirma. (Valor Econômico – 28.08.2017)

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13 ABiogás: Brasil pode de gerar 115 mil GWh de energia por ano com o aproveitamento de rejeitos

O cenário pode impulsionar setores como o da produção florestal, que hoje representa 21% das fontes de biomassa usadas para gerar energia no Brasil. Destaca-se ainda a geração de biogás em aterros sanitários, que tende a ser alavancado pela Política Nacional de Resíduos Sólidos, na busca por soluções adequadas para o lixo. "O negócio é atrativo e tende a se expandir como alternativa financeira à atual inadimplência dos municípios nos contratos para destinação dos resíduos aos aterros", revela Carlos Silva, diretor executivo da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe). Estudo da entidade indica: os aterros sanitários existentes no país têm capacidade de gerar em três décadas 500 MWh - suficientes para abastecer cerca de 3,2 milhões de pessoas. De acordo com a Associação Brasileira de Biogás e Biometano (ABiogás), o Brasil tem condições de gerar 115 mil GWh de energia por ano com o aproveitamento dos rejeitos urbanos, da pecuária e da agroindústria. O potencial de geração de todo o lixo abasteceria 30% da demanda de energia elétrica atual do Brasil. (Valor Econômico – 28.08.2017)

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14 Há sinalização de preferência por painéis importados entre candidatos ao A-4

Há uma sinalização forte de preferência por painéis solares importados por parte dos geradores que pretendem participar do próximo leilão de energia nova para a fonte, o A-4, marcado para dezembro. A percepção é do diretor de Marketing, Novos Negócios e Sustentabilidade da BYD no Brasil, Adalberto Maluf. “Vai ser um desafio muito grande as fábricas locais sobreviverem nesse contexto em que o painel local paga 50% a mais de alíquotas de impostos do que o painel importado”, avalia o executivo. Anúncio realizado ontem (24/8) pela sede da companhia foi sintomático do cenário: os painéis fotovoltaicos que equiparão o complexo solar Guaimbé (150 MW, SP) serão fornecidos pela BYD, mas não fabricados na planta recém inaugurada da companhia chinesa, em Campinas. Os equipamentos serão importados porque o cliente preferiu na arcar com a diferença de custos entre os painéis importados e os nacionais, segundo Maluf. O executivo conta que havia um acordo prévio envolvendo 400 MWp com o grupo Cobra, para projetos que usariam as placas fabricadas no Brasil. Parte desse volume, 180 MWp foi viabilizado no projeto Guaimbé. “Mas infelizmente, como ainda não houve a atualização do Padis, a gente ainda está pagando IPI, PIS/Cofins dos componentes. Sem falar no ICMS, que é uma questão estadual. Então o nosso painel fica 50% mais caro que o importado. Eles preferiram importar”, resume Maluf. Para ele, o pleito pela inclusão dos insumos da indústria solar no Padis é legítimo porque sobre os equipamentos importados esses impostos não são cobrados. (Brasil Energia – 25.08.2017)

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15 Usinas solares de Fernando de Noronha vão começar testes de armazenamento de energia

As usinas solares da ilha de Fernando de Noronha (Noronha I, de 400 kWp, e Noronha II, de 550 kWp) vão começar a testar dois sistemas de armazenamento de energia, fruto de projeto de P&D como recursos da Celpe e aprovado na chamada de P&D Estratégico de número 21/2016 da Aneel. O investimento de R$ 22,3 milhões permitirá a instalação de sistema da japonesa NEC Energy Solution, de baterias de lítio, e da espanhola PVH Energy Storage, de fluxo de vanádio. A ideia do projeto, liderado pelo Instituto Lactec, de Curitiba (PR), é implementar os dois sistemas para promover estudo comparativo e assim a expansão da tecnologia para no futuro armazenar até 20% do consumo da ilha e diminuir a dependência da geração termelétrica a diesel. A demanda média de Fernando de Noronha é de 2,6 MW por dia. A expectativa é que os dois sistemas estejam em pleno funcionamento até o final de 2018. A chamada 21 da Aneel, que pretende desenvolver projetos para avaliação e inserção de sistemas de armazenamento de energia no setor elétrico, divulgou em março 23 propostas aceitas. A da Celpe é a que está mais adiantada para implementação. (Brasil Energia – 25.08.2017)

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16 Ebes: Empresa irá vender energia limpa por assinatura

A empresa mineira Ebes montou uma usina com painéis solares para vender energia por assinatura. Produzida em uma fazenda de João Pinheiro, noroeste de Minas Gerais, a energia será vendida na capital mineira, em Itajubá e em Pouso Alegre, cidades atendidas pela distribuidora Cemig, a partir de setembro. A instalação terá 1,2 MW de potência, suficiente para abastecer de 100 a 150 unidades de comércio. No início, os planos de assinatura são só para pessoas jurídicas. "Para começar rápido, optamos por quem consome mais", afirma o engenheiro Rodolfo Molinari, diretor de novos negócios da empresa. Segundo ele, menos de 10% da capacidade da fazenda ainda está disponível. Não há um valor fixo mensal para a assinatura: paga-se de acordo com o seu gasto de energia. A companhia avalia o consumo nos últimos 12 meses e aluga um lote da usina compatível à necessidade do cliente. A fazenda deve atingir o limite de 5 MW até dezembro, com 600 empresas atendidas. Depois disso, a Ebes planeja abrir mais cem usinas e comercializar os planos para pessoas físicas. O investimento inicial foi de R$ 5,5 milhões, mas a expansão vai custar até R$ 2,5 bilhões. O modelo de produção adotado pela Ebes é a minigeração, também usado nos Estados Unidos e na Europa. (Folha de São Paulo – 28.08.2017)

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17 Absolar: Empreendedores estão investindo no setor de energia solar

Hoje, o mercado nacional de micro e minigeração -que vai de consumidores domésticos até usinas com 5 MW - tem 113 MW de potência instalada em 13,2 mil unidades produtoras. Elas abastecem 14,7 mil pontos de consumo, como casas e empresas. Ao todo, o Brasil tem 81 milhões de unidades consumidoras. "Esperamos que o país atinja um milhão de unidades produtoras até 2025", diz Rodrigo Sauaia, engenheiro e presidente da Absolar. No modelo da minigeração, a principal forma de produção de energia solar é por meio de placas instaladas em telhados. Mas o investimento é alto, de até R$ 17 mil para uma casa com quatro pessoas no Estado de São Paulo. Em prédios, onde o teto é compartilhado, é preciso envolver todo o condomínio. A empresa Blue Sol investiu nessa frente. Ela tem uma franquia de instalação de sistemas fotovoltaicos para comércios e residências, mas também dá cursos para formar empreendedores e profissionais interessados em trabalhar com energia solar. "A grande restrição do mercado não é o número de empresas competindo pelo sistema solar, mas a falta de conhecimento do consumidor", afirma Luis Otávio Colaferro, sócio e diretor de treinamentos da Blue Sol. Para abrir um franquia, o investimento é de R$ 200 mil. De acordo com Colaferro, o retorno vem em até 18 meses. Com os treinamentos, a companhia quer chamar a atenção de profissionais do setor elétrico e de outras carreiras para a viabilidade de se trabalhar na área. "Quanto maior o número de empreendedores, maior o de possíveis clientes." (Folha de São Paulo – 28.08.2017)

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18 BioWatt++: Projeto que transforma lixo orgânico em energia limpa

Lixo, restos de comida, descarte de podas de árvores, plásticos e pneu. Um reator chamado BioWatt++ transforma tudo isso em fontes de energia como carvão, biocombustível, ácidos orgânicos (empregados na produção de detergentes e fertilizantes agrícolas) e gás natural sintético, que pode ser utilizado na alimentação de caldeiras industriais, veículos e até fogão residencial. E com um diferencial em relação a concorrentes que já existem no mercado: no BioWatt++, essa transformação leva poucas horas. Outra vantagem do reator é que toda essa operação não gera produtos ou resíduos tóxicos. O BioWatt++ é um projeto de estudantes dos cursos de Engenharia Mecânica, Elétrica e de Bioprocessos e Biotecnologia, da Universidade Positivo (UP), em Curitiba (PR). Segundo Leonardo Vieira Pedrini, um dos estudantes responsáveis pelo projeto, o reator, que utiliza irradiação para acelerar os processos químicos, promete ter alto desempenho no meio agrícola. “Nosso produto poderá ser usado por microempresas do agronegócio, utilizando cascas de soja, arroz, frutas podres, fezes e animais mortos para gerar o próprio carvão, biocombustível ou gás natural sintético (GNS) suficientes para tocar uma indústria de porte médio”, destaca. O grupo está agora em fase de desenvolvimento do segundo modelo do reator, que deve apresentar um rendimento 36% maior que o primeiro protótipo. Com o apoio que irão receber da universidade, Pedrini e seus colegas esperam conseguir viabilizar o produto no mercado. “Se conseguirmos isso, estaremos dando um passo importante em benefício do meio ambiente, reduzindo lixo e garantindo fontes de energia limpa.”, completa Pedrini. (Ambiente Energia – 25.08.2017)

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19 Casa dos Ventos: Exposição comemora 25 anos da energia eólica no Brasil

A Casa dos Ventos, uma das pioneiras e maiores investidoras no desenvolvimento de projetos eólicos no Brasil, inaugura a exposição coletiva e itinerante “Energia para um novo mundo” entre os dias 28/08 e 09/09, no Conjunto Nacional, em SP. A ação faz parte de uma série de iniciativas em comemoração dos 10 anos da companhia e também dos 25 anos da instalação do primeiro aerogerador no Brasil, em Fernando de Noronha (PE). “Quando começamos em 2007, poucos conheciam a vocação brasileira para a produção de energia a partir das eólicas”, lembra Mario Araripe, presidente e fundador da Casa dos Ventos. “Hoje a perspectiva é diferente, temos notadamente um dos melhores ventos do mundo e já somos o oitavo maior produtor mundial”, completa. A energia eólica vem batendo recordes atrás de recordes no país. Somente na primeira metade de 2017, a produção nacional da energia a partir dos ventos aumentou 27% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica). “O crescimento da fonte tem sido expressivo nos últimos anos, mas se analisarmos o potencial brasileiro, ainda temos muito a explorar”, afirma Araripe. (Ambiente Energia – 26.08.2017)

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20 Casa dos Ventos: Exposição reúne 25 imagens de diferentes cidades

De março até o último dia de julho de 2017, a Casa dos Ventos convidou pessoas de todos os cantos do mundo a compartilharem no Instagram imagens do que para elas representa a importância e a poesia dos ventos. Das inúmeras imagens recebidas, 25 foram selecionadas para compor a mostra que percorrerá diferentes cidades do país, incluindo municípios do interior do Nordeste – onde estão localizados alguns dos parques desenvolvidos pela companhia. As 25 fotografias que compõem a exposição “Energia para um novo mundo” mostram diversos lugares do Brasil, sendo a grande maioria no Nordeste do país. Não é por acaso, os ventos da região possuem uma das melhores características para a produção deste tipo de energia: são fortes e constantes. Dos 468 parques eólicos instalados no Brasil, cerca de 80% estão no Nordeste. “Estudamos o Brasil de Norte a Sul e descobrimos na região um vento que não para de soprar”, afirma Araripe. “Os ventos brasileiros não geram somente energia limpa, eles contribuem para a melhoria da qualidade de vida de diversas comunidades do sertão nordestino”, referindo-se aos benefícios trazidos para essas regiões com a implantação de parques eólicos. Dentre eles, a regularidade fundiária, remuneração pelo arrendamento das propriedades, melhoria da infraestrutura de acessos, geração de empregos e desenvolvimento de programas sociais. (Ambiente Energia – 26.08.2017)

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21 Projetos renováveis têm objetivo de levar energia limpa para o Amazonas

O déficit [de energia elétrica na Amazônia] dificulta a conservação e o beneficiamento da produção extrativista e como resultado limita avanços na geração de renda e no modelo de desenvolvimento que mantém a floresta de pé, o que gera êxodo para as grandes cidades. Em busca de alternativas, a Fundação Amazonas Sustentável testou com sucesso um sistema híbrido de placas solares e gerador a diesel, em parceria com a Schneider Eletric, na comunidade ribeirinha Tumbira, localizada na Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Rio Negro. Em Solimõeszinho (AM), a Coca-Cola Brasil apoia a utilização de energia fotovoltaica para bombeamento e tratamento da água de rios e igarapés, na expectativa de reduzir a incidência de doenças hídricas e os atuais custos com diesel - combustível fóssil e poluente largamente consumido na Amazônia para abastecer geradores de energia nas comunidades ribeirinhas e termelétricas, nas cidades. O consumo total é de 1 bilhão de litros de óleo por ano somente no Amazonas. A matriz energética suja, baseada em fonte não renovável emissora de carbono, contrasta com o papel da floresta para o equilíbrio do clima global. Em outros locais da Amazônia, inovações são testadas com promessa de ganhar escala e melhorar a vida dos habitantes. (Valor Econômico – 28.08.2017)

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Gás e Termelétricas

1 Térmicas não serão descartadas tão cedo

Compromissos com a energia renovável também foram assumidos por governos regionais, estaduais e municipais, bem como pelo setor privado. No entanto, alertam os especialistas, mesmo que novas tecnologias que utilizam fontes renováveis, como eólica e solar, estejam se tornando mais competitivas, não é provável que as termelétricas sejam eliminadas no curto e no médio prazo, embora haja tentativas de evitar que o efluente da geração térmica chegue à atmosfera por meio, por exemplo, de captura de carbono. Os entraves não se limitam a eventuais gargalos tecnológicos e à necessidade de grandes investimentos. "A China não vai deixar de utilizar usinas a carvão nos próximos 30 a 40 anos, mesmo com todo o investimento que vem fazendo na expansão de fontes renováveis", exemplifica Schaeffer. "O investimento em novas tecnologias renováveis é a maneira correta de enfrentar o problema do clima, mas as pessoas perdem a perspectiva de que a quantidade de energia consumida no mundo é enorme e a infraestrutura de petróleo levou cerca de cem anos para ser implementada, e não deve desaparecer tão cedo", diz o físico José Goldemberg, presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Ele afirma que a contribuição de fontes como eólica e solar à matriz energética mundial é muito pequena e seu impacto isolado não é satisfatório. "Tão ou mais importante é a contribuição da eficiência energética nas construções, no sistema de aquecimento, no desempenho dos automóveis, nas fábricas e no setor produtivo em geral." (Valor Econômico – 28.08.2017)

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2 Copergás: Empresa adota novo sistema de gestão de clientes

A Copergás começou a implantar na empresa o novo sistema de gestão comercial de gás, o GGás, que tem como objetivo auxiliar a gestão de clientes da empresa. Obtido sem custo, o software será totalmente implementado até dezembro do ano que vem. Até lá, a empresa fará a transição do atual modelo para o novo de forma gradual. O gerente de Tecnologia da Informação da empresa, Henrique Vilanova, disse que já foram inseridos no sistema dados referentes a cadastro, contratos, atendimento e agência virtual. A partir de novembro, começam a ser implementados os módulos de faturamento, cobrança, medição e arrecadação, nessa ordem. “Vamos utilizar o princípio de gerenciamento ou seja, vamos adotar a implantação por módulos mais urgentes e qual irá impactar menos na mudança do processo”, explicou Vilanova. O executivo contou que a partir de janeiro começa a transição dos módulos referentes a medição e faturamento e estes rodarão em paralelo com o sistema atual para evitar discrepâncias na medição do consumo e na geração de valores, principalmente para os consumidores residenciais, mais numerosos. A expectativa da empresa é que esse processo de transição dure cerca de quatro meses. O GGás é um sistema que atende necessidades da área comercial de empresas distribuidoras de gás natural e é considerado um projeto estratégico pela Petrobras e Mitsui Gás (acionistas da empresa, ao lado do governo de Pernambuco). (Brasil Energia – 25.08.2017)

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3 Segundo embaixador brasileiro, seis estados têm interesse em importar gás da Bolívia

Empresas públicas e privadas de pelo menos seis estados teriam interesse em comprar gás nautral da Bolivia a partir de 2019, quando se encerra o atual contrato de importação entre o Brasil e os vizinhos. A informação foi dada pelo embaixador brasileiro na Bolívia, Raymundo Santos, ao jornal La Razón. De acordo com o jornal, Santos disse que os possíveis candidatos estão localizados nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo e Santa Catarina, sendo que até o momento somente Mato Grosso divulgou um interesse oficial de compra de pelo menos 4 milhões de m³/dia. Acrescentou ainda que empresas destes estados deverão negociar bilateralmente com a estatal boliviana YPFB os termos de cada acordo. O representante do governo brasileiro em La Paz avaliou que o término do contrato atual abre uma oportunidade para que os dois países possam acertar as bases de um novo acordo de compra e venda de gás, não apenas para a Petrobras. Para ele, a ideia é que, daqui para a frente, um novo padrão de negociação para novos contratos seja estabelecido. O embaixador disse ainda que o Brasil continuaria comprando gás da Bolívia, já que 30% do gás que aqui se consome vem do país vizinho. "Prescindir desse gás não é algo a se considerar", disse à imprensa boliviana. (Brasil Energia – 25.08.2017)

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4 Operação comercial da UTE Willian Arjona é suspensa

A Aneel suspendeu a operação comercial das unidades de geração UG1 a UG5 da usina de geração termelétrica Wilian Arjona, que soma 206,35 MW de capacidade, a partir de 24 de agosto, segundo despacho publicado pela Aneel nesta sexta-feira, 25. A termelétrica, de titularidade da Engie Brasil, está localizada em Campo Grande (MS). (Agência CanalEnergia – 25.08.2017)

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Economia Brasileira

1 Arrecadação de tributos em julho é a menor para o mês desde 2010

A forte redução das receitas com Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ), Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL), Cofins e PIS-Pasep, principalmente do setor financeiro, fez com que a arrecadação de impostos em julho voltasse a registrar queda real na comparação com o ano anterior. No mês passado, a arrecadação foi de R$ 109,948 bi, um recuo real de 0,34% ante julho de 2016. O resultado é o mais baixo para meses de julho desde 2010, quando a arrecadação somou R$ 108,386 bi (considerando números corrigidos pela inflação). No acumulado de janeiro a julho, a arrecadação somou R$ 758,533 bi, um aumento de 0,61% contra um ano antes. O chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal, Claudemir Malaquias, que deu entrevista coletiva sobre os números após o anúncio, afirmou que a Receita ainda está investigando os motivos para a forte queda de arrecadação no setor financeiro no mês em itens como IRPJ/CSLL, Cofins e PIS-Pasep — algo descolado do desempenho dos demais setores, que mostram aumento na arrecadação. O setor financeiro recolheu neste ano R$ 4,023 bi em IRPJ e CSLL a menos, na comparação com o ano passado, quando considerado o mecanismo de estimativa mensal de contribuição. Enquanto isso, os demais setores recolheram R$ 305 mi a mais na mesma comparação. (Valor Econômico – 25.08.2017)

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2 Refis soma R$ 472 milhões e repatriação levanta R$ 1,46 bi em julho

A Receita Federal arrecadou R$ 472 milhões com o Programa de Regularização Tributária (PRT/PERT), mais conhecido como Refis. O prazo para adesão termina no dia 31 de agosto. No acumulado de janeiro a julho, essa arrecadação foi de R$ 2,414 bilhões. A matéria continua sendo discutida com deputados, que querem uma flexibilização das regras como, por exemplo, um desconto maior do que o proposto pelo governo nas multas e juros. Por enquanto, não há consenso sobre o assunto. Na quarta-feira, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que o prazo de adesão poderia postergado para 31 de outubro. No caso do Programa Especial de Regularização Cambial (RERCT), ou de repatriação de recursos no exterior, a Receita registrou uma arrecadação de R$ 1,460 bilhão em julho. No acumulado do ano, essa receita soma R$ 1,594 bilhão. (Valor Econômico – 25.08.2017)

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3 Arida: Com cenário melhor, agenda do BC e Fazenda impulsionará crédito

Em condições macroeconômicas melhores, a agenda positiva de medidas do Ministério da Fazenda e do Banco Central levará a uma expansão importante na concessão de crédito e terá impacto positivo no crescimento da economia. A afirmação é de Persio Arida, ex-presidente do Banco Central e ex-sócio do BTG Pactual. Para o economista, o ambiente externo é favorável para a melhora nas condições macroeconômicas. No cenário doméstico, Arida afirmou estar muito otimista. “Ninguém acreditava na aprovação de medidas como a reforma trabalhista e o teto de gastos”, afirmou, durante evento no Insper. Arida disse que houve uma mudança na mentalidade nos países da América Latina nos últimos anos na direção de uma agenda liberal. No Brasil, o primeiro passo nesta direção foi dado ainda na gestão de Joaquim Levy no Ministério da Fazenda e tem uma segunda etapa com a equipe econômica atual. “A eleição presidencial pode o ser terceiro passo”, disse, ao acrescentar que a chance de o país colher os frutos das medidas tomadas pela atual equipe econômica a partir de 2019 é muito grande. (Valor Econômico – 25.08.2017)

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4 Fisco diz que prazo de adesão ao Refis que está valendo é 31 de agosto

O prazo de adesão ao programa de regularização tributária Refis que está valendo é o que está previsto em medida provisória, que é 31 de agosto, afirmou nesta sexta-feira o chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal, Claudemir Malaquias. Nesta semana, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que o prazo poderia ser estendido para 31 de outubro. A matéria continua sendo discutida com deputados, que querem uma flexibilização das regras como, por exemplo, um desconto maior do que o proposto pelo governo nas multas e juros. Por enquanto, não há consenso sobre o assunto. “A data prevista para adesão é até a próxima semana. O que está valendo é a MP. Está em negociação [mudança de regras do Refis], mas não existe nada fechado inclusive sobre prorrogação”, destacou Malaquias. Segundo os dados da Receita Federal, foram arrecadados R$ 472 milhões em julho e R$ 2,414 bilhões no acumulado do ano com os pagamentos feitos no âmbito do Refis. (Valor Econômico – 25.08.2017)

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5 Meirelles: Reforma trabalhista pode criar 6 milhões de vagas em 5 anos

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou neste sábado que a reforma trabalhista e a terceirização têm capacidade de gerar 6 milhões de empregos, diretos e indiretos, em um período de três a cinco anos. Ele lembrou que o desemprego no Brasil atinge atualmente quase 14 milhões de pessoas e garantiu que as mudanças implantadas pelo governo na relação entre empresas e trabalhadores ajudarão na queda desse número. “Uma parte disso (recuo do desemprego) vai acontecer pela própria capacidade ociosa das empresas e uma boa parte em função da maior capacidade da geração de empregos da economia, da produtividade (por causa da reforma e da terceirização)”, disse em entrevista coletiva após participar do 8º Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais da B3, em Campos do Jordão (SP). Ele citou as mudanças trabalhistas implantadas pela Alemanha como parâmetros para o cálculo. (Valor Econômico – 26.08.2017)

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6 Cade planeja 'portal da concorrência' e quer avaliar impacto das decisões

O Departamento de Estudos Econômicos (DEE) Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) tem uma lista de projetos em desenvolvimento para melhorar a atuação do orgão assim como o seu alcance. Entre elas estão relatórios para analisar o impacto das decisões do órgão antitruste e a criação de um portal da concorrência, agregando dados de interesse do setor. "É importante avaliar como ficaram os mercados após a ação do Cade porque permitirá uma análise da capacidade de previsão da autoridade antitruste e isso, por sua vez, vai melhorar a capacidade de análise do Cade", disse o economista-chefe do DEE, Guilherme Resende. Isso porque quando a autarquia analisa uma compra ou fusão de empresa, ela projeta como ficará o mercado envolvido após a operação com ou sem a adoção de remédios concorrenciais. Além disso, a autarquia pretende criar uma plataforma da concorrência na internet. "O Brasil não tem um portal que agrega dados específicos de concorrência e nem indicador de ambiente de concorrência do país", lembrou Resende. O site usará tanto dados internos do Cade quanto externos e deve entrar no ar até o início do ano que vem, mas não de forma completa. "Em um segundo momento, queremos a automatização dos resultados pesquisados com resumos setoriais", revelou Resende. As mudanças serão possíveis a partir do crescimento do número de funcionários lotados no departamento. Ele lembra que antes, eram apenas seis servidores. Hoje, são 16 e esse número deve chegar a 21 nos próximos meses. A ampliação permitiu passar, por exemplo, de 15 notas técnicas por ano para algo próximo a 50 neste ano. (Valor Econômico – 26.08.2017)

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7 Custo de desligamento dos funcionários de estatais entra na conta das privatizações

O pacote de concessões e privatizações do governo coloca os planos de enxugamento do quadro funcional da Infraero e da Eletrobras no topo das prioridades de gestão. As estatais já vinham trabalhando com estratégias para conter o inchaço na folha de pagamentos antes do anúncio da concessão de 14 aeroportos, incluindo Congonhas (SP), e da privatização da gigante do setor elétrico. Na Infraero, o governo planeja manter o modelo de desligamento de funcionários usado nos quatro aeroportos leiloados em março desse ano, conforme o Valor apurou. A estratégia garante que as novas concessionárias façam o pagamento diretamente à empresa para cobrir os custos da dispensa voluntária dos funcionários. O governo avalia que tal mecanismo atende à necessidade da Infraero e agrada o administrador privado. Com a regra, os vencedores da licitação desse ano transferiram, no início de julho, R$ 340 milhões à estatal para cobrir encargos trabalhistas, antes mesmo de assinarem os contratos. Esses aportes permitem que a Infraero deixe de depender do auxílio financeiro do governo. Nas primeiras concessões, sob gestão da ex-presidente Dilma Rousseff, as despesas eram cobertas com dinheiro do orçamento federal. A expectativa da Infraero é a de que o governo cumpra o que está sendo prometido sem deixar o ônus trabalhista com a companhia. Como ainda haverá discussões sobre a modelagem, há o receio de que, para aumentar ainda mais o apetite das empresas nos leilões, a estatal acabe assumindo o passivo trabalhista com a justificativa de que estará capitalizada após a venda da fatia de 49% nos primeiros aeroportos concedidos. (Valor Econômico – 26.08.2017)


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8 BNDES cortará 'spread' para tentar emprestar mais

Uma decisão tomada este mês pelo conselho de administração do BNDES mudando a forma de cálculo do retorno sobre o ativo (ROA) da carteira de crédito vai abrir espaço para a instituição de fomento reduzir os "spreads" das operações financeiras. A medida surge em momento em que o BNDES precisa buscar formas de ser mais competitivo como resultado da provável introdução, a partir de janeiro de 2018, da TLP que servirá como referência para os empréstimos do banco. Em 4 de agosto, o conselho de administração do BNDES fixou pela primeira vez um ROA de 0,4% ao ano para os ativos de crédito. Até então esse índice era de 0,7% com a conta sendo feita sobre o total dos ativos do banco, incluindo o crédito, a renda variável e títulos em tesouraria. O ROA é um indicador financeiro que demonstra a capacidade dos ativos de uma empresa em gerar resultados. Para especialistas, a medida vai reduzir o retorno ao controlador, o Tesouro Nacional, o que a diretoria e o corpo técnico do BNDES negam. "O retorno para o Tesouro não vai cair porque o banco será mais eficiente na renda fixa e variável. Baixamos o retorno sobre ativos no crédito porque queremos competir com spreads mais baixos", disse o diretor financeiro do BNDES, Carlos Thadeu de Freitas. A partir da decisão do conselho de administração, a diretoria do banco vai poder calibrar os "spreads" para baixo, disse Thadeu. (Valor Econômico – 26.08.2017)

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9 Consumo reagiu e fez PIB fechar estável no 2º tri, dizem analistas

O PIB deve ter desacelerado no segundo trimestre, na série com ajuste sazonal, mas a abertura dos dados tende a ser mais animadora que a do primeiro, quando o crescimento de 1% foi puxado quase que exclusivamente pela agropecuária. Depois de cair por nove períodos consecutivos, o consumo das famílias liderou o avanço da atividade, segundo economistas. Do lado da oferta, os serviços, puxados por comércio e transporte, devem finalmente subir, após oito trimestres de queda seguidos por estabilidade no período de janeiro a março deste ano. A média de 18 analistas consultados pelo Valor Data prevê um PIB estável no segundo trimestre, ante o primeiro. O intervalo das estimativas vai de queda de 0,3% a alta de igual intensidade. Na comparação com o segundo trimestre do ano passado, a previsão é de avanço de 0,1%. As Contas Nacionais Trimestrais serão divulgadas na próxima sexta-feira, dia 1º de setembro, pelo IBGE. Passados os dias de tensão com as delações da JBS que ameaçaram o presidente Michel Temer, os dados relativos à atividade econômica do segundo trimestre e de 2017 devem mostrar bom desempenho, afirma Sergio Vale, sócio da MB Associados. Ele prevê alta de 0,1% no período. "Parece que caminhamos para uma recuperação mais relevante do que no primeiro trimestre, que foi muito baseada no setor agropecuário", diz. O desempenho agro ainda deve contribuir para o PIB, caindo menos que o esperado por causa da segunda safra de milho, que superou as expectativas, segundo alguns analistas. Beneficiado pela leve melhora do mercado de trabalho e também pela queda da inflação e parte do dinheiro liberado das contas inativas do FGTS, o consumo das famílias aumentou 0,4%, prevê Mauricio Nakahodo, economista do Mitsubishi UFJ Financial Group (MUFG) no Brasil. "O recuo da inflação em especial abriu espaço na renda para a expansão do consumo", diz, acrescentando que a demanda pode ter tido alguma contribuição da queda dos juros. Esse fator, contudo, deve ajudar a economia de forma mais pronunciada neste segundo semestre. (Valor Econômico – 28.08.2017)

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10 Índice da confiança da construção avança em agosto

A confiança no setor da construção subiu pelo terceiro mês consecutivo e, de acordo com a avaliação da Fundação Getulio Vargas, pode estar finalmente apontando para um início de retomada. Impulsionado pela melhora mais intensa nas expectativas, o Índice de Confiança da Construção (ICST) aumentou 1,5 ponto em agosto, alcançando 76,1 pontos, considerando-se dados dessazonalizados. No ano, o índice passa a acumular ganho de 4,1 pontos. Apesar de sinalizar um início de retomada, a análise nos diferentes segmentos ainda indica falta de regularidade, segundo a coordenadora de projetos da construção da FGV, Ana Maria Castelo. “A cada mês, o aumento da confiança é motivado por um ou mais segmentos diferentes, indicando que, por enquanto, nenhuma área registra um movimento consistente de crescimento.” A alta do ICST foi influenciada, majoritariamente, pelas expectativas, que cresceram 2,3 pontos, atingindo 87,4 pontos. Entre os indicadores que integram o sub-índice, merecem destaque o que mensura o otimismo com a situação dos negócios nos seis meses seguintes, que avançou 3 pontos, para 89,8 pontos. O Índice da Situação Atual (ISA-CST) avançou 0,7 ponto, para 65,1 pontos. A percepção das empresas em relação à situação atual da carteira de contratos foi o sub-índice que puxou a alta, ao subir 0,8 ponto e alcançar 62,7 pontos. O ISA continua avançando muito lentamente e está apenas 1,3 ponto acima do nível de dezembro do ano passado. Pelo segundo mês consecutivo, o Nível de Utilização da Capacidade (Nuci) do setor subiu 0,3 ponto percentual (p.p.), em agosto, alcançando 62,1%. A edição de agosto da sondagem coletou informações de 714 empresas entre os dias 01 e 23 deste mês. (Valor Econômico – 28.08.2017)

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11 Mercado corta projeção para inflação e taxa Selic, aponta Focus

A surpresa positiva com a prévia do IPCA de agosto levou o mercado a reduzir ainda mais a projeção para a inflação este ano e a apostar em um corte maior na taxa básica de juros (Selic). A mediana do boletim Focus, divulgado hoje pelo Banco Central, mostra que os economistas reviram suas estimativas para a inflação oficial de 3,51% para 3,45% no fim de 2017. Já para a Selic ao fim deste ano, o mercado cortou a projeção de 7,50% para 7,25%. Na quarta-feira passada, o IBGE divulgou que o IPCA-15 subiu 0,35% em agosto, depois de cair 0,18% em julho. A alta foi menor do que o esperado para o mês (0,40%) e a taxa acumulada em 12 meses foi a mais baixa desde março de 1999. Para o IPCA fechado de agosto, a projeção do boletim Focus também recuou de 0,47% para 0,44%. Para 2018, os analistas mantiveram a estimativa do indicador em 4,20%. A melhora nas projeções de inflação foi acompanhada pelo grupo que mais acerta as previsões no Focus (Top 5). Para o IPCA em 2017 essas instituições reduziram a estimativa de 3,38% para 3,27%. Já para a Selic, o Top 5 cortou a projeção de 7,25% para 7% tanto em 2017 quanto 2018. O agregado do Focus manteve, para 2018, a previsão da Selic em 7,50%. Selic O mercado financeiro passou a contar com um corte adicional da taxa básica de juros na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) marcada para dezembro deste ano. Até a semana passada, a mediana dos analistas consultados apontava para corte de 1 ponto na Selic na reunião de setembro e outro de 0,75 ponto no encontro de outubro. Um novo corte só viria em fevereiro. Agora, o mercado estima uma antecipação com redução de 0,25 ponto na última decisão do ano, levando a taxa de juros a encerrar 2017 em 7,25%. (Valor Econômico – 28.08.2017)

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12 Dólar sexta e hoje

Nesta sexta-feira, o dólar subiu 0,24%, a R$ 3,1541. Isso equivale a uma queda de 0,24% do câmbio doméstico. Enquanto isso, uma cesta de quatro moedas emergentes ganhava 1,10% no fim desta tarde, a caminho da maior alta em seis semanas. Hoje, o dólar subia 0,22% a R$ 3,1609.

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Internacional

1 Banco argentino financia até US$ 200 milhões em projetos renováveis

O banco de desenvolvimento argentino BICE disse na última terça-feira (22/8) que oferecerá US$ 200 milhões em empréstimos a projetos de energia renovável concedidos através do leilão RenovAr. O objetivo do banco é promover projetos que permitam a diversificação do mix energético argentino, além de ajudar o país a atingir até 2018 uma participação de 8% de geração renovável. A nova linha de crédito do BICE fornecerá empréstimos de até 200 milhões de pesos por projeto, ou seu equivalente em dólares. Os empréstimos terão prazo de 15 anos, com até dois anos de período de carência e abrangerão até 70% do custo de um projeto. O BICE atua como administrador do Fundo Fiduciário da Argentina para o Desenvolvimento de Energias Renováveis e agora também financiará projetos. (Brasil Energia – 25.08.2017)

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2 Argentina: Entra em operação o primeiro projeto de biomassa florestal do RenovAr de 2 MW

O projeto de 2 MW foi licitado na primeira Ronda do Programa renovAr e a partir de hoje começou a entregar energia ao Sistema Interconectado Nacional por meio de biomassa florestal. A entrada em operação se concretizou antes do prazo previsto no projeto. Trata-se de um projeto de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) e de uma usina de cogeração de energia elétrica a vapor que alimenta a área industrial. O sistema requereu um investimento por parte da empresa nacional Pindó de mais de 100 milhões de pesos com a que se construiu uma planta geradora, sistema de armazenamento, transporte de material e planta transformadora para sua conexão ao SIN. A construção da planta de mais de 10.000 metros quadrados de superfície total gerou a contratação de mais de 400 funcionários. (Inversor Energético – Argentina – 27.08.2017)

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3 Paraguai: Linha de 500 kV registra avanço considerável e permite acesso a 50% da energia da EBY

As obras de ampliações das subestações Ayolas e Volla hayes de 500 kV, necessárias para a correta operação e manobra da nova linha que permitirá uma maior disponibilidade da energia obtida dos recursos hidrelétricos de Yacyretá para o Paraguai, apresentaram um avanço de entre 75% e 90%, segundo um reporte da Administradora Nacional de Eletricidade (ANDE). O primeiro lote do contrato contempla a ampliação da Subestação Ayolas, onde se registra um avanço de 90% nas obras previstas no contrato, 25.000 metros cúbitos de terreno compactado executado, 120 fundações e 300 torres construídas de 500 kV, 70 fundações e 150 torres construídas de 220 kV, uma Sala de Controle Central, uma Casa de Transmissão para 220 kV e uma Casa de Transmissão para 500 kV. Enquanto o segundo lote, correspondente a ampliação da Estação Villa Hayes, registra um avanço de 75% em obras civis previstas em contrato: 100 fundações incluindo estrutura de suporte de equipamentos e 220 torres construídas de 500 kV e uma Casa de Transmissão para 500 kV, de acordo com os dados. O prazo de execução dos trabalhos é de 24 meses e se espera que com estas estações nosso país aceite 50% da energia de Yacyretá, além de aumentar a confiabilidade do SIN. (ABC Color – Paraguai – 28.08.2017)

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4 Espanha: Plataforma Fundeen vai permitir pequenos financiamentos para renováveis de até 10 MW

Fundeen é uma plataforma de Crowdfundig em que agentes particulares podem participar de projetos éticos de energias renováveis. “Fundeen permite a pequenos investidores levar adiante projetos até agora reservados a fundos de investimentos e grandes companhias elétricas”, explica Adrian Bautista, engenheiro civil de 23 anos e o José Ignácio, engenheiro que impulsionou a ideia. “Que, por sua vez, impulsiona aqueles promotores que tem projetos de energias renováveis com licenças e permissões e, do outro lado, não detém fonte de financiamento”. Ainda em desenvolvimento, Fundeen aspira dar visibilidade àquelas iniciativas “sãs e sustentáveis” de renováveis que haviam sido avaliadas previamente. “Nós filtramos os projetos e estudamos sua sustentabilidade”, explica Bautista. A quantia mínima é de 500 euros e é possível investir em instalações de até 10 MW que, segundo as estimativas dos fundadores, tem capacidade para abastecer até 7.000 lugares e dar uma rentabilidade média anual de aproximadamente 7%. Atualmente, Fundeen está em processo de obtenção de autorização da CNMV para entrar em operação. (El País – Espanha – 25.08.2017)

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5 EUA: Cerca de 384.000 clientes ficaram sem energia elétrica no entorno do Furação Harvey

O furacão Harvey atingiu a costa do Texas no início da madrugada deste sábado provocando fortes chuvas, inundações e deixando centenas de milhares de pessoas sem energia. Inicialmente classificada como de categoria 4, com ventos que passaram dos 200 km/h, a tempestade é a mais forte do tipo nos Estados Unidos em dez anos. A aproximação da tempestade fez subir os preços dos combustíveis no país, e diante do primeiro grande desastre natural de sua presidência, Donald Trump assinou ainda ontem uma ordem que declara estado de catástrofe, dispositivo que libera fundos federais em situações deste tipo, declarando na sua conta na rede social Twitter que com isso “liberaria toda a força da ajuda do governo”. As autoridades alertaram que este deverá ser um fenômeno longo, em que áreas do Sul do Texas poderão ficar inabitáveis por várias semanas ou meses. Segundo a empresa Ercot, que opera a maior parte da rede de energia do Texas, os atingidos pela falta de luz chegaram a 200 mil às 3h deste sábado no horário local. Já a distribuidora AEP, que também atua na região, informou que 162 mil de seus consumidores estão sem luz, enquanto uma terceira concorrente, CenterPoint Energy relatou cortes no fornecimento de 22 mil clientes. (Valor Econômico – 26.08.2017)

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Biblioteca Virtual do SEE

1 HOLTZ, Abel. “Até Quando?”. Agência CanalEnergia. Rio de Janeiro, 25 de agosto de 2017.

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2 LANDIM, Raquel. “Sou a favor da privatização da Eletrobras, mas com ressalvas”. Folha de São Paulo. São Paulo, 25 de agosto de 2017.

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3 ROSA, Luiz Pinguelli. “Governo deve privatizar a Eletrobras? NÃO”. Folha de São Paulo. São Paulo, 26 de agosto de 2017.

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4 DUTRA, Joisa. “Governo deve privatizar a Eletrobras? SIM”. Folha de São Paulo. São Paulo, 26 de agosto de 2017.

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5 PIRES, Adriano. “Agenda positiva e a privatização”. O Estado de São Paulo. São Paulo, 26 de agosto de 2017.

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Ana Vitória, Izadora Duarte, Juliana Lima, Paulo César do Nascimento, Sérgio Silva.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

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