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IFE: nº 4.369 - 24 de julho de 2017
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gesel@gesel.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
ICMS: Proposta anuncia alteração no cálculo do ICMS quando há hidrelétrica no território do município
2 Abrace: Associação quer intervenção limitada do governo no setor
3 Abrace: Descotização também é objeto de debate
4 Abrace: Redução do limite de contratação e abertura do mercado livre são destaques como pontos positivos
5 Sinergia: Novo modelo pode acabar punindo empresas e o consumidor
6 Sinergia: Novo modelo deveria considerar energia nuclear como alternativa ao suprimento de base
7 Abradee: Pesquisa aponta 76,8% de satisfação dos consumidores no serviço
8 Abradee: Principal motivo da insatisfação dos consumidores é a comunicação empresa-consumidor
9 Compass: Brasil irá continuar atrativo para investimentos em energia
10 Secretaria de Energia de SP e Aneel criam GT para compensar crédito de energia elétrica entre distribuidoras
11 RS emite primeira licença prévia após Programa de Incentivo a PCHs

Empresas
1 Eletrobras: 74 sociedades terão participações transferidas para holding
2 Eletrobras Alagoas: Redução de perdas em 25,3% nos últimos doze meses
3 Eletrobras-AC: Mais de 100 irregularidades são encontradas na região de Porto Acre
4 Eletrobras AM: Interligação de Itacoatiara ao Sistema Interligado Nacional é iniciada
5 Grupo Energisa: Captação de R$ 374 mi com emissão de debêntures é concluída
6 Enel Rio: Investimentos de R$ 7 mi para modernizar subestações
7 Cemig: União recusa proposta por UHEs
8 Celesc: Consumo de energia elétrica na área de concessão cresceu 2,8% até junho

9 CPFL: Moradores de Bady Bassitt reclamam de frequentes quedas de energia

10 Bree: Companhia mira exterior e soluções de qualidade de energia

11 Bree: Plano ousado a diferencia das concorrentes

12 GE: Lucro cai 59% e ações caem num limbo com investidores esperando metas de novo CEO

13 Alupar: Parcela residual de dividendos será paga em 24 de julho

14 Genus: Empresa se lança ao mercado de olho no novo modelo do setor

15 Genus: Companhia está de olho na GD

Leilões
1 EPE: Tempo de contrato dos leilões de energia deve ser reduzido
2 EPE: Financiamento de LE não pode mais ser pelo BNDES, mas transição deve ser gradual

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Níveis dos reservatórios pelo Brasil
2 ONS: Carga de energia do sistema brasileiro deve ter alta de 0,6% em julho
3 ONS: Demanda deverá fechar julho 1,9 p.p. menor que previsão original

4 CCEE: Consumo cai 2,5% e geração reduz 2,1% nos primeiros 18 dias de julho

5 CCEE: PLD sobe 1% e fica em R$ 269,76/ MWh no país

6 Belo Monte amplia capacidade para 3,9 mil MW e já é a terceira maior usina do país

Meio Ambiente
1 Cidades inteligentes: Tecnologias devem movimentar US$ 59 bilhões nos próximos anos no Brasil
2 AES Eletropaulo: Companhia já está se adaptando ao futuro das cidades inteligentes
3 SEBRAE: Consumo ineficiente nas empresas impacta na rentabilidade

4 W-Energy: Medidas administrativas e equipamentos eficientes reduzem o gasto com energia elétrica

Energias Renováveis
1 BNDES: meta é levantar US$ 1,1 bilhão em captações externas para renováveis
2 BNDES: Fundo da COP 21
3 Vestas e Gamesa: Fabricantes disputam contratos com eólicas após Suzlon deixar Brasil, dizem fontes

4 Energia eólica: Piauí bate recorde em produção

5 AES Tietê: UHE consegue certificação internacional de energia renovável

6 Rio Grande do Sul: Estado licencia 450 MW de PCHs em 2017

7 Rio Grande do Sul: Transmissão para eólicas

8 Rio Grande do Sul: Estado busca incentivo para fonte solar

9 Comissão aprova isenção de imposto sobre importação de equipamentos de energia solar

Gás e Termelétricas
1 BNDES irá contratar consultorias para avaliar privatização da Copergás e MSGás

Economia Brasileira
1 Perda de receita neste ano é de R$ 34,5 bi, diz Planejamento
2 Dyogo: Elevação de tributos foi tomada por extrema necessidade

3 Meirelles crê em retomada da reforma da Previdência ainda em agosto
4 Tesouro Direto supera marca de 500 mil investidores ativos em junho
5 Novo corte de despesas deve bloquear cerca de R$ 5 bilhões em investimentos
6 Subsídios do BNDES devem cair radicalmente neste ano, diz Rabello
7 IPC-S muda de rumo e sobe 0,09% na terceira medição de julho
8 Previsão de inflação do consumidor em 12 meses segue em 6,9%, nota FGV
9 Mercado projeta inflação maior em 2017 e mantém expectativa para PIB
10 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Paraguai: ANDE vai trocar o cabeamento de média e alta tensão
2 Cidade do México terá primeira geração de energia a partir da queima de
3 Portugal: Sonorgás ganha investimento de 58 milhões de euros e parte será financiada por aumento de tarifas


Regulação e Reestruturação do Setor

1 ICMS: Proposta anuncia alteração no cálculo do ICMS quando há hidrelétrica no território do município

Proposta oriunda do Senado (PLP 163/15) muda a forma de cálculo do coeficiente de participação do município no rateio do ICMS quando em seu território houver usina hidrelétrica. A matéria aprovada pela Câmara foi convertida na Lei Complementar 158/17. A ideia é diminuir o impacto da redução de tarifas provocado pela Lei 12.783/13, que, ao antecipar a prorrogação das concessões de várias usinas hidrelétricas, acarretou a diminuição do preço da energia vendida por essas usinas. Como o preço de venda dessa energia é usado para calcular o quanto o município terá direito na repartição do ICMS devido à presença da usina em seu território (valor adicionado), o coeficiente de participação dos municípios que abrigam usinas hidrelétricas diminuiu e, consequentemente, eles receberam menos ICMS nos dois anos seguintes (2014 e 2015). Para aumentar a participação dos municípios afetados, a proposta determina que o valor adicionado será encontrado pela multiplicação da energia gerada pelo preço médio da energia de origem hidráulica comprada pelas distribuidoras, calculado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). (Agência Câmara – 21.07.2017)

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2 Abrace: Associação quer intervenção limitada do governo no setor

Na opinião do presidente da Abrace, Edvaldo Santana, a proposta de aprimoramento do marco regulatório do setor elétrico esqueceu de incluir um ponto fundamental para complementar seu caráter reformulador e corajoso. O “esquecimento”, para Santana, tem a ver com o fato de a nota técnica não corrigir o que ele considera um dos piores problemas do setor nos últimos anos, causador de vários conflitos e prejuízos: a falta de delimitação de atribuições entre os principais órgãos - MME, Aneel, ONS e EPE. “O documento peca por não tocar nesse ponto da estrutura de governança, o que mostra a tendência de continuidade de concentração de poder nas mãos do ministério”, diz. Para ele, o intervencionismo do governo na Aneel e no ONS foi a causa de várias crises que perduram até hoje no setor. “O operador do sistema no Brasil é o único do mundo que não tem o ‘independente’ no nome”, comenta Santana. Uma questão que precisaria ser repensada nesse contexto, por exemplo, é a nomeação dos diretores da Aneel. Por sinal, os diretores atuais terminarão seus mandatos em agosto de 2018. Nomeados por indicações políticas, o que os tornam mais vulneráveis a influências externas, eles deveriam ter origem mais técnica, na visão de Santana - ele próprio um ex-diretor da agência. O mesmo ocorre com o ONS, que tem três diretores indicados pelo governo. (Agência Câmara – 21.07.2017)

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3 Abrace: Descotização também é objeto de debate

Sobre o novo marco regulatório do setor elétrico, a ser fruto de contribuição da Abrace para a consulta pública, diz respeito à descotização e privatização das hidrelétricas. Embora concorde com o fim do regime de cotas, por retirar o custo do risco hidrológico do consumidor, a arrecadação com a venda dessas usinas, para o presidente da Abrace, Edvaldo Santana, deve ser usada pelo menos em parte para cobrir o custo com as indenizações das transmissoras, uma conta estimada em R$ 62,2 bilhões a ser paga em oito anos pelos consumidores na conta de energia. “Isso sim faria sentido e não repassar ao Tesouro e muito menos à Eletrobras. O novo marco é para o setor e os consumidores e não para socorrer uma estatal ou o governo”, diz Santana. O governo estima que as concessões dessas hidrelétricas das contas renda até R$ 53 bilhões. A proposta inicial da nota técnica é dividir em três partes iguais os recursos com as privatizações: para o Tesouro, Eletrobras e para a CDE (Conta de Desenvolvimento Econômico). Mas posteriormente foi aventado que o governo estuda destinar dois terços do valor para o Tesouro e o restante para a CDE. (Brasil Energia – 21.07.2017)

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4 Abrace: Redução do limite de contratação e abertura do mercado livre são destaques como pontos positivos

Para o presidente da Abrace, Edvaldo Santana, como ponto muito acertado e pouco comentado do novo modelo [do setor elétrico] foi a redução do limite de contratação, hoje padronizado em 100%, com as distribuidoras autorizadas a repassar até 105% dos custos da energia comprada nas tarifas. “Isso provoca sobrecontratação”, diz. Também vê como muito positiva a abertura do mercado livre e, em específico, a possibilidade de que os preços de curto prazo possam ser calculados em leilões diários e não semanais, já que os custos reais variam em intervalos menores do que os preços praticados. “Apenas alguns reparos precisam ser feitos nas mudanças para o mercado livre, como, por exemplo, não obrigar consumidores abaixo de 1 MW terem agentes de comercialização, o que é reserva de mercado”, diz. (Brasil Energia – 21.07.2017)

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5 Sinergia: Novo modelo pode acabar punindo empresas e o consumidor

A proposta de reforma do setor elétrico lançada pelo governo e atualmente em processo de consulta pública tem méritos na tentativa de reajustar e normalizar as relações comerciais entre os agentes, mas pode acabar punindo as empresas e o consumidor. A avaliação é do presidente do Sindicato do Interestadual das Indústrias de Energia Elétrica (Sinergia), Sergio Malta. Na visão do executivo, o texto do novo modelo do setor colocado tem o mérito maior de criar condições mais seguras para a contratação intersetorial, mitigando de diversas maneiras os riscos da operação aos agentes. Parte fundamental da costura está, segundo Malta, na proposta de solução para a judicialização decorrente do risco hidrológico, por meio da ampliação das concessões das usinas hidrelétricas; e também pelo maior poder dado à CCEE, a fim de evitar inadimplências. O problema, segundo ele, está na natureza de algumas medidas, que não teriam relação direta com o objetivo maior de regularizar o setor. É o caso da venda de ativos de geração hídrica do Grupo Eletrobras, que teria como pano de fundo o interesse principal da área econômica do governo em fazer caixa para o Tesouro Nacional. Pela proposta do MME, os novos concessionários teriam a liberdade de praticar as tarifas que quiserem, desde que pagando uma outorga de 2/3 ao Tesouro. A medida é vista pelo presidente do Sinergia como uma espécie de trampolim econômico. (Agência CanalEnergia – 21.07.2017)

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6 Sinergia: Novo modelo deveria considerar energia nuclear como alternativa ao suprimento de base

Sergio Malta, presidente do Sindicato do Interestadual das Indústrias de Energia (Sinergia) observa que o modelo anterior, implementado em 2003 permaneceu exitoso até 2012, justamente ao aliar aspectos comerciais, com a regularização das operações no mercado atacadista, às necessidades de expansão do sistema. Entre estes ganhos estão a inclusão de 20 milhões de novos consumidores por meio do programa de universalização Luz para Todos, o acréscimo de cerca de 100 mil km na malha de transmissão e o aumento em quase 100% na capacidade instalada de todo o parque gerador do país. A ausência da energia nuclear como alternativa ao suprimento de base é outra crítica levantada por Malta, considerando mapeamentos já realizados no Nordeste para sítios que poderiam abrigar novos complexos. “A segurança hoje é imensamente maior, e os projetos viraram ‘produtos de prateleira’ de grandes empresas que constroem soluções já prontas mundo à fora, a custos racionais”, argumenta. Para ele, a opção nuclear deveria ser discutida à margem do problema envolvendo a finalização da usina de Angra 3, cujos valores, de tão grandes, desequilibram o debate. Sergio Malta também vê, como ponto negativo, a ausência de incentivo à inovação, que poderia vir a partir de medidas de estímulo à qualidade do serviço prestado ao consumidor. Apesar das lacunas apontadas na reformulação do modelo setorial, o dirigente sindical enxerga positivamente a tentativa de blindar o setor da crise política, ao propor uma visão de futuro para a indústria de energia elétrica em meio ao quadro de incertezas decorrentes do conturbado momento institucional vivido pelo país. (Agência CanalEnergia – 21.07.2017)

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7 Abradee: Pesquisa aponta 76,8% de satisfação dos consumidores no serviço

Dados da pesquisa de satisfação dos consumidores residenciais de energia elétrica mostram que 76,8% avaliaram positivamente os serviços prestados pelas empresas de energia. Os números foram divulgados pela Abradee e se referem a 2017. No total foram entrevistados 26.575 consumidores, em 871 municípios em todos os estados brasileiros. O percentual de satisfação apresenta um pequeno aumento em comparação com o registrado no ano passado, quando o índice de satisfação foi de 74,4%. Em comparação com as diferentes regiões do país, os dados da pesquisa mostram que a Região Sul apresenta o maior índice de satisfação, com 87,8%, ante os 82,9% de 2016. Em seguida aparece a Região Nordeste, com 77,6%, índice praticamente estável se comparado com 2016, quando foi de 77,5%. Logo depois vem o Sudeste, com índice de satisfação de 75,4%, contra 73,1%. O Norte e o Centro-Oeste aparecem com satisfação de 68,2%. Em 2016, o índice foi de 63,4%.(Ambiente Energia – 22.07.2017)

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8 Abradee: Principal motivo da insatisfação dos consumidores é a comunicação empresa-consumidor

O principal motivo de insatisfação dos consumidores registrado na pesquisa de satisfação dos consumidores residenciais da Abradee ficou por conta de problemas na comunicação das empresas, a exemplo da informação sobre cortes de energia programados, orientações para o uso adequado de energia, entre outros. Apenas 66,2% dos entrevistados se disseram satisfeitos com as informações prestadas, número praticamente igual ao do ano passado, quando 66% manifestaram satisfação. Já a conta de luz obteve a melhor avaliação, com 85,7% de satisfação, ante 84,9% em 2016. Na avaliação contam itens como o prazo entre recebimento e data de vencimento, conta sem erros de informação e disponibilidade de locais para pagamentos. Apesar da avaliação, o índice ainda é menor do que o registrado em 2014 e 2015, quando superou os 90%. Já o atendimento ficou com 77,2%, contra 73%7, em 2016; e o fornecimento, quando o cliente avalia tempo de utilização sem interrupção no fornecimento de energia e a rapidez no restabelecimento quando há queda de luz, aparece logo em seguida. Em 2016, o índice de satisfação foi de 73,9%, subindo para 76,4%. (Ambiente Energia – 22.07.2017)


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9 Compass: Brasil irá continuar atrativo para investimentos em energia

O Brasil deverá continuar atrativo para investimentos e geração, apesar do período sem leilões de energia nova pelo qual o país passa. De acordo com o sócio da Compass, Paulo Mayon, as expectativas para o setor elétrico são otimistas com o novo modelo que está em consulta pública no Ministério de Minas e Energia com a volta da estabilidade regulatória e possibilidade de retomada da economia após a crise política atual. O executivo afirmou em entrevista ao podcast da Rio Bravo Investimentos que apesar das dificuldades de financiamento da expansão da oferta com as recentes restrições do BNDES o Brasil poderá atrair novos mecanismos para viabilizar os novos projetos. Entre esses estão instituições financeiras multilaterais e bancos privados ocupando uma parcela do espaço que hoje está nas mãos do banco de fomento federal. “Isso é positivo, pois garante a expansão da oferta necessária”, definiu ele. Das propostas apresentadas ele destacou ainda a ampliação do mercado livre e, em paralelo, o Programa Gás Para Crescer, que ampliarão a competitividade do mercado, beneficiando, assim, a economia brasileira como um todo. (Agência CanalEnergia – 21.07.2017)

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10 Secretaria de Energia de SP e Aneel criam GT para compensar crédito de energia elétrica entre distribuidoras

A Secretaria de Energia e Mineração do estado de SP e a Aneel acertaram a criação de um grupo de trabalho para desenvolver um modelo de compensação de crédito de energia elétrica entre distribuidoras. A medida foi acertada após reunião realizada na última quinta-feira (20), entre o subsecretário de Energias Renováveis, Antonio Celso de Abreu Junior, e o diretor da Aneel, José Jurhosa, bem como o superintendente de Concessões e Autorizações de Geração da agência, Helvio Guerra. No encontro, a secretaria apresentou sugestões de modificações no sistema de compensação de crédito de energia por unidades consumidoras, criado pela resolução n° 482/2012. De acordo o subsecretário paulista, a ideia é permitir o sistema de compensação entre todas as distribuidoras criando-se mecanismos para regular o sistema, evitando prejuízos econômicos para as concessionárias. Segundo ele, a concentração 14 áreas de concessão de distribuição em território paulista limita o desenvolvimento da geração remota e compartilhada no estado. Além da Secretaria de Energia de SP e a Aneel, farão parte do grupo de trabalho a Cogen e a Absolar. O GT irá estudar um modelo que permita a compensação de energia entre diferentes distribuidoras dentro do mesmo estado e entre estados diferentes. Atualmente, para se instalar uma unidade microgeradora de energia o consumidor é obrigado a estar dentro da mesma área da distribuidora. A expectativa é que com essa modificação aconteça um grande aumento de pedidos para a instalação de microgeração distribuída, por meio de geração compartilhada e remota no estado. (Agência CanalEnergia – 21.07.2017)

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11 RS emite primeira licença prévia após Programa de Incentivo a PCHs

Sete dias após o lançamento do Programa Gaúcho de Incentivo às PCHs, a Fundação Estadual de Proteção Ambiental emitiu a primeira licença para um dos 91 projetos passíveis de licenciamento ambiental para a geração de energia hídrica no Rio Grande do Sul. É o licenciamento prévio de uma CGH localizada no município de Santo Augusto. O empreendimento terá capacidade de gerar 1,8 MW de energia elétrica. O projeto será implantado no Rio Turvo, na Bacia do Rio Uruguai, com a construção de uma barragem de três metros de altura, resultando num reservatório de aproximadamente dez hectares. Para dar efetividade ao empreendimento, a empresa deve solicitar a Licença de Instalação mediante apresentação do projeto detalhado e dos programas ambientais a serem implantados para mitigação dos impactos. A partir do lançamento do Programa houve uma reorganização interna em que os Balcões Unificados Sema/Fepam de Santa Rosa e Passo Fundo passaram a atuar nos processos de licenciamento de geração de energia hídrica a fim de atender as demandas. Há uma semana, o governo do RS lançou o Programa que tem potencial para gerar de R$ 3 bilhões de investimentos e geração de 480 MW de energia elétrica. (Agência CanalEnergia – 21.07.2017)

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Empresas

1 Eletrobras: 74 sociedades terão participações transferidas para holding

A Eletrobras divulgou na sexta-feira a lista das 74 sociedades de propósito específico (SPEs) nas quais possui participação por meio de controladas e que serão transferidas à holding para quitação de dívidas intra-grupo. Posteriormente, os ativos poderão ser vendidas pela estatal. A lista inclui ativos de geração de energia eólica e de transmissão, que têm participações minoritárias das controladas Chesf, Eletronorte, Eletrosul e Furnas. São 58 SPEs de energia eólica e 16 de linhas de transmissão, incluindo a fatia da Eletrosul no linhão que vai escoar energia da hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu (PA), até a região Sudeste (mais de 2 mil km), e a Interligação Elétrica do Madeira, que escoa a energia de Santo Antonio e Jirau (no rio Madeira, RO) até o Sudeste. (Valor Econômico – 24.07.2017)

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2 Eletrobras Alagoas: Redução de perdas em 25,3% nos últimos doze meses

A Eletrobras Distribuição Alagoas alcançou, no último mês de junho, uma queda significativa nas perdas globais de energia elétrica. É a 5ª redução consecutiva registrada em 2017. As perdas nos últimos 12 meses totalizaram 25,3%, o que representa 6,6% a menos se comparado aos dados de janeiro do mesmo ano. Os números representam uma recuperação de 54 GWh, que equivalem a R$ 25,6 milhões de faturamento da Eletrobras, e garantiu ao estado o recolhimento adicional de R$ 5,7 milhões em ICMS em 2017. Segundo Almir Pereira, assistente da diretoria Financeira Comercial, a redução das perdas faz parte do planejamento estratégico da empresa. Para ele, os resultados garantem receita para cumprir os compromissos com clientes e fornecedores, além de atingir as metas da Aneel. Ele aponta ainda que o cenário de redução de perdas contribui para um sistema elétrico mais robusto, que trará mais segurança e qualidade de energia para o consumidor. De acordo com Pereira, os resultados não são por acaso. O Programa “Tô Legal. Com energia e segurança, todo mundo ganha”, lançado em abril é um grande aliado na redução das perdas. A campanha aumentou o número de equipes de inspeção e busca conscientizar a população sobre os prejuízos da prática ilegal de furto de energia. Até julho, já foram realizadas mais de 50 mil inspeções pelo programa. Outro aliado é o subprojeto de regularização de clandestinos, desenvolvido desde 2014. Já foram regularizados aproximadamente 17 mil consumidores clandestinos, em 26 municípios do estado. (Agência CanalEnergia – 21.07.2017)

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3 Eletrobras-AC: Mais de 100 irregularidades são encontradas na região de Porto Acre

Cerca de 104 irregularidades foram identificadas durante uma ação de fiscalização da Eletrobras Distribuição Acre nas Vilas do V, Humaitá e em Porto Acre, interior do estado. Um comboio com 30 equipes saiu da capital Rio Branco com técnicos e um engenheiro eletricista para fazer vistorias nas residências. A ação ocorreu durante toda sexta-feira (21). O assistente da diretoria comercial da Eletrobras, Thiago Alencar, contou ao G1 que os dados são de um balanço preliminar feito pelas equipes. Ele explicou ainda que as ocorrências registradas são de furtos, os famosos ‘gatos’, e fraudes com o contator de energia.“Estamos fazendo uma varredura e nos outros dias vamos para outras localidades. Fazemos essas ações periodicamente. Todos os municípios vão ser vistoriados, temos um cronograma. O trabalho vai durar pelo menos por 11 meses”, complementou. Alencar falou ainda que, além de vistoriar, a ação tem o objetivo de regularizar a situação dos moradores. A fiscalização faz parte da Campanha Perdas, feita no interior do estado para combater à fraude e furto de energia. “O que é possível fazer, a gente já regulariza. A não ser casos que haja risco de vida”, concluiu. (G1 – 24.07.2017)

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4 Eletrobras AM: Interligação de Itacoatiara ao Sistema Interligado Nacional é iniciada

A Eletrobras Distribuição Amazonas publicou nesta sexta-feira (21), no Diário Oficial da União (DOU), o aviso de licitação para construção e implantação da linha de transmissão e de subestação que interligará Itacoatiara ao Sistema Interligado Nacional (SIN). O investimento para construção será de R$ 132 milhões, segundo a concessionária. A previsão para o início das obras é para o segundo semestre de 2017. A subestação em Itacoatiara terá a capacidade inicial de 80 MVA, com 10 circuitos alimentadores e 112 km de Linhas de Alta Tensão em 138 kV para interligar ao linhão. Segundo a Eletrobras, interligação ao Linhão de Tucuruí eleva o fornecimento a novos patamares de disponibilidade energética e qualidade, capazes de promover o desenvolvimento econômico e o crescimento da indústria e comércio. Para a execução das obras são previstos 450 novos empregos diretos e 1.350 indiretos. A ação faz parte do Planejamento de Interligação do Estado do Amazonas ao SIN, através do linhão de Tucuruí, propiciando além do atendimento do município, a flexibilização operacional do sistema elétrico. Os municípios de Rio Preto da Eva, Itapiranga, Silves, São Sebastião do Uatumã e Urucará também serão interligados ao SIN, assim como Parintins, Barreirinha, Boa Vista do Ramos, Maués, Nova Olinda do Norte, Borba e Urucurituba, que serão ligados por meio de uma linha de transmissão de 138 kV a subestação de Parintins, na qual estará interligada a outras subestações das localidades de Juruti e Oriximiná, unificando também a outra margem do Rio Amazonas ao SIN. Outras duas linhas de transmissão estão nos projetos da Distribuidora. (G1 – 21.07.2017)

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5 Grupo Energisa: Captação de R$ 374 mi com emissão de debêntures é concluída

O Grupo Energisa informou nesta sexta-feira (21) a conclusão da operação de captação de recursos no valor de R$ 374,9 milhões, por meio da oferta pública de distribuição de 374.946 debêntures nominativas e não conversíveis em ações. O montante total captado na operação, segundo a holding, serão aplicados integralmente nos projetos de investimento – realizados ou projetados – em linhas de distribuição e em subestações pelas subsidiárias Energisa MT, Energisa TO, Energisa PB, Energisa MG, Energisa SE, Energisa S-SE. (Agência CanalEnergia – 21.07.2017)

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6 Enel Rio: Investimentos de R$ 7 mi para modernizar subestações

A Enel Distribuição Rio (antiga Ampla Energia) concluiu na última semana as obras de modernização de duas subestações, em Itatiaia e Duque de Caxias, informou a companhia nesta sexta-feira (21). Juntas, as obras demandaram investimentos de R$ 7 milhões. Segundo a empresa, foram instalados e energizados nas subestações dois contêineres de 15 quilovolt (kV) de tensão, que aumentam a qualidade da energia fornecida e a confiabilidade da rede elétrica. De acordo com a companhia, foi a primeira vez que esta tecnologia foi aplicada em uma distribuidora do grupo italiano Enel na América Latina. (Valor Econômico – 21.07.2017)

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7 Cemig: União recusa proposta por UHEs

A União rejeitou a proposta apresentada pela Cemig para manter a concessão das UHEs São Simão, Jaguara Miranda e Volta Grande. A empresa mineira havia proposto que fosse criada uma sociedade entre ela e a União, em que o governo poderia vender a sua parte quando quisesse. A Cemig esperava evitar uma briga judicial sobre a posse das usinas. Na última terça-feira, 18 de julho, o presidente da Cemig, Bernardo Alvarenga, havia se reunido com a presidente do Supremo Tribunal Federal, Carmen Lúcia na tentativa de articular uma saída para o caso. Há uma ação cautelar sobre o tema tramitando no STF. Na SPE que seria formada, a Cemig teria 55,1% de participação e a União, 44,9%. Na petição enviada ao STF que é assinada pela Advogada-Geral da União, Grace Mendonça, a recusa é justificada dizendo que “não há interesse em conciliar e que, além disso, há irretratável decisão da União no sentido de licitar a concessão das usinas”. A expectativa do governo é que o leilão de outorga deva arrecadar R$ 12 bilhões pelas usinas. O reforço no caixa é um dos motivos que fazem o governo não desistir do leilão. A Cemig previa R$ 5 bilhões na sua proposta. Ela esperava um acordo para interromper a ação no STF e também não questionar diferenças nos valores de indenizações que ela teria direito por investimentos nas usinas. Quando apresentou a proposta ao MME, Bernardo Alvarenga a definiu como ‘conciliatória’. A solução da estatal mineira esbarra na complexidade do arranjo da SPE/ consórcio e na renúncia de receita prevista para esse ano. (Agência CanalEnergia – 21.07.2017)

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8 Celesc: Consumo de energia elétrica na área de concessão cresceu 2,8% até junho

O consumo de energia elétrica na área de concessão da Celesc cresceu 2,8% no primeiro semestre de 2017, fechando em 12.266 GWh no acumulado do período. Já no segundo trimestre o consumo total somou 5.769 GWh, uma queda de 2% no total de energia distribuída (mercado cativo + livre). O número de unidades consumidoras atendidas pela empresa atingiu o total de 2.868.267 em junho de 2017, representando aumento de 2,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. Quando se olha o desempenho dos dois ambientes de contratação na base semestral há uma queda de 7,7% no cativo e aumento de 32,8% no mercado livre. Já no trimestre esses índices seguem os mesmos sinais sendo de retração de 13,3% e aumento de 28,3%%, respectivamente. No semestre, classe residencial apresentou crescimento de 1,8% na demanda, mas nos três meses encerrados em junho houve queda de 8,1%. A classe de consumidores industriais cativos alcançou queda de 32,1% e de 33,3% no trimestre. Os índices da classe comercial também ficaram no campo negativo, em 8,3% de janeiro a junho e de 12,9% no trimestre. (Agência CanalEnergia – 21.07.2017)

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9 CPFL: Moradores de Bady Bassitt reclamam de frequentes quedas de energia

Moradores de Bady Bassitt (SP) reclamam de constantes quedas de energia elétrica nas últimas semanas na cidade. Moradores e comerciantes são afetados e têm prejuízos devido à aparelhos queimados. A Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL) disse que faz obras de melhorias em subestação que atende à cidade e vai encaminhar equipe para fazer medições na rede elétrica. A porteira Sandra de Paula, por exemplo, diz que ao sair de casa tira todos os aparelhos eletrônicos da tomada para evitar prejuízos. Sandra reclama das quedas de energia que há alguns meses se tornaram frequentes no bairro onde mora. “No horário de pico acaba a energia e fica na volta, acaba, volta, isso de quatro a cinco vezes por dia. Então, tiro da tomada para não ter risco de queimar”, afirma. Ela entrou em contato com a empresa responsável pela distribuição de energia elétrica na cidade, mas não conseguiu resolver o transtorno. “Eles falam que está em manutenção da rede, única coisa que eles falam, que está em manutenção”, diz. O problema não está em apenas uma região da cidade. Em qualquer bairro os moradores reclamam dos constantes cortes de energia. Quem mora no Colina Sul, por exemplo, não sabe mais o que fazer. “Sempre dá choque e, de repente, dá um apagão, se chover, então, a luz acaba”, afirma o aposentado José Bonardi Filho. (G1 – 24.07.2017)

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10 Bree: Companhia mira exterior e soluções de qualidade de energia

Criada a partir da aquisição da Inepar Capacitores, no âmbito da recuperação judicial do grupo Inepar, em outubro de 2016, a Brazilian Energy Efficiency (Bree) está colocando em prática uma estratégia comercial diferente dos antigos donos. A nova empresa, agora controlada por um grupo de investidores de Curitiba, planeja ampliar para 30% a fatia do mercado externo no faturamento total da companhia, atualmente de 5%, nos próximos cinco anos, e mudar seu escopo de uma fabricante convencional de capacitores para uma provedora de soluções de qualidade de energia. "Compramos uma operação que fabricava capacitores e colocamos um foco em acessar o mercado como uma empresa de solução em qualidade de energia. Tradicionalmente, o capacitor é o produto mais utilizado no tratamento da qualidade de energia, mas, para nós, hoje ele é uma plataforma de entrada", afirma o diretor comercial da Bree, Ricardo Woitowicz, que respondia por cargo semelhante na Inepar Capacitores. Woitowicz e outros dois diretores da empresa têm 49% da Bree, em sociedade com o grupo de investidores (51%), cujos nomes não são revelados, em um processo conhecido no mercado como "management + investors buy out". De acordo com a linha estratégica da Bree, Woitowicz prevê que os projetos de "turn-key" - pacote completo de serviços e soluções para um projeto específico - na área de subestações e soluções completas em qualidade de energia alcancem um faturamento de R$ 15 milhões este ano. O montante ainda deve ficar abaixo do que a companhia espera faturar com a produção de equipamentos, cerca de R$ 50 milhões. (Valor Econômico – 24.07.2017)

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11 Bree: Plano ousado a diferencia das concorrentes

A Bree (Brazilian Energy Efficiency) produz cerca de 4 mil equipamentos por mês, sendo a maioria capacitores. A empresa também produz reatores, filtros de harmônicos e chaves. Para desenvolver as atividades na área de qualidade de energia, a Bree traçou como meta um investimento relativamente agressivo em pesquisa e inovação. Segundo Woitowicz, a empresa decidiu destinar 4% do faturamento para o setor de pesquisa e desenvolvimento (P&D). Um dos diferenciais da Bree em relação aos grandes concorrentes (GE, Siemens e ABB), explicou o diretor, é a proximidade de contato com clientes de pequeno porte e a possibilidade de fornecer equipamentos e projetos "customizados". Também faz parte da estratégia da empresa ampliar o horizonte de clientes. A ideia é expandir para o segmento industrial a carteira de clientes, hoje fortemente composta por distribuidoras de energia. Outra área que tem atraído a atenção da Bree é a atividade de qualidade de energia na rede elétrica voltada para geração distribuída, principalmente a partir de painéis solares e geração eólica. "O Vento varia. A eólica é uma geração renovável, mas precisa de um melhor tratamento na sua qualidade. Precisa-se dos nossos equipamentos para tratar essa qualidade. Para nós, a energia eólica demanda mais equipamentos que a hidráulica", afirma Woitowicz. (Valor Econômico – 24.07.2017)

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12 GE: Lucro cai 59% e ações caem num limbo com investidores esperando metas de novo CEO

O lucro da General Electric caiu quase 60% no segundo trimestre e a empresa adiou a revisão das metas de lucro para 2018. A fabricante disse que o lucro e as vendas recuaram no trimestre em grande parte pelo efeito da venda da unidade de produtos eletrodomésticos. A empresa manteve sua previsão para o fluxo de caixa, lucro, receita e margens operacionais para o ano, mas espera que o lucro e o fluxo de caixa fiquem na faixa de baixo de suas expectativas. Alguns analistas agora esperam que a empresa corte, provavelmente em novembro, a previsão de lucro de 2 dólares por ação em 2018. O consenso de analistas é de um lucro em 2018 de 1,73 dólar por ação, de acordo com a Thomson Reuters I/B/E/S. "Até que a perspectiva de lucro seja revista, a ação permanecerá essencialmente em um limbo", disse Deane Dray, analista da RBC Capital Markets, em uma nota. O próximo presidente-executivo John Flannery reconheceu que sua revisão levaria um tempo, mas estava em andamento, enquanto ressaltou que não estava alterando as operações da GE ou as perspectivas para 2017. As ações GE chegaram a cair 5,3% no início dos negócios em Nova York nesta sexta-feira, após a divulgação do resultado, para o menor nível desde outubro de 2015, levando a uma perda do valor de mercado da empresa de U$ 11 bi. A receita da empresa caiu 12%, para U$ 29,56 bi, com a fraqueza em seus negócios de conexão de energia ofuscando a força das unidades de energia elétrica e renováveis. A receita ficou ligeiramente acima da estimativa de U$ 29,02 bi, um consenso entre analistas pesquisados pela Thomson Reuters I/B/E/S. A GE disse que a venda da unidade de eletrodomésticos eliminou U$ 3,1 bi de dólares em receita. O lucro líquido caiu 59%, para U$ 1,34 bi, ou 0,15 dólar por ação, no trimestre encerrado em 30 de junho, ante U$ 3,30 bi, ou 0,36 dólar, por ação um ano antes. O lucro ajustado caiu 45%, para 0,28 dólar por ação, ante estimativas de 0,25 dólar. (Reuters – 21.07.2017)

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13 Alupar: Parcela residual de dividendos será paga em 24 de julho

A Alupar definiu a data de 24 de julho para o pagamento da parcela residual dos dividendos declarados na Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária, realizada em 25 de abril. O valor é de R$ 60.070.901,60 e receberão os acionistas que se encontravam inscritos nos registros da companhia na data da assembleia. (Agência CanalEnergia – 21.07.2017)

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14 Genus: Empresa se lança ao mercado de olho no novo modelo do setor

Há pouco menos de 10 dias a Genus Energia foi oficialmente lançada ao mercado como uma consultoria especializada em suporte regulatório às empresas, sejam consumidores ou geradoras. A empresa, sediada em Bauru (SP) já vem desenvolvendo suas atividades há mais tempo, tendo começado com um projeto de P&D de um cliente, e agora que se apresenta ao mercado quer atender a uma gama mais ampla de serviços onde a geração distribuída tende a ser o maior nicho de atuação. A companhia foi fundada por dois executivos com experiência no setor elétrico. Um dos sócios é Fábio Mangile que ocupou o cargo de gerente de regulação por 12 anos no grupo AES Brasil, entre outras funções. O outro é Renato Mendes, que atuou como consultor na Thymos Energia, empresa de onde, conta ele, está se desligando aos poucos. Ambos estão otimistas com o momento que o setor elétrico vive onde há uma perspectiva de importantes mudanças nas regras. Entre elas a que visa a ampliação do mercado livre de energia. Na avaliação de Mangeli, o novo modelo abre um leque de opções sim para a Genus, algumas mais de curto prazo e outras ainda em um horizonte mais longo. “Inclusive, pretendemos contribuir com a consulta pública”, lembrou em entrevista à Agência CanalEnergia. “Hoje ainda não temos autorização para atuar com uma comercializadora de energia tradicional, mas essa é uma possibilidade no futuro”, confirmou Mendes. A Genus, contou, ainda está em busca de uma maior robustez financeira para entrar com pedido para atuar como comercializador varejista, uma das portas que a proposta do novo modelo abriu já que se pretende colocar todos os consumidores de carga de até 1 MW sob o guarda chuva dessa figura. (Agência CanalEnergia – 21.07.2017)

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15 Genus: Companhia está de olho na GD

A Genus está de olho na reforma do setor elétrico e a questão da GD deverá permear as ações da companhia nesse período, até porque, é onde se obtém maior rentabilidade. Em primeiro plano está a conversão de usinas já existentes em GD que pode mudar conforme avance a audiência pública nº 37 na Agência Nacional de Energia Elétrica que poderá impedir a conversão essas usinas existentes para a modalidade GD. Mas mesmo que isso aconteça, apesar da limitação que essa regra deverá impor há um mercado de grande escala já que há apenas pouco mais de 11 mil unidades no país inteiro.“Nosso plano é o de ser uma empresa de solução de energia elétrica, atuar como um facilitador do cliente ao fornecer apoio par AA sua tomada de decisão”, definiu Fábio Mangeli, um dos sócios da Genus. (Agência CanalEnergia – 21.07.2017)

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Leilões

1 EPE: Tempo de contrato dos leilões de energia deve ser reduzido

O governo pretende reduzir a duração dos contratos de até 30 anos oferecidos atualmente a investidores em leilões públicos para contratar novas usinas de geração de energia no Brasil, mas esse movimento deverá ser realizado de forma gradual e cuidadosa, disse o presidente da estatal EPE, Luiz Barroso. Os contratos de venda de energia nos certames são fechados com distribuidoras, que atendem à demanda dos consumidores finais, e os geradores costumam utilizar os recebíveis desses acordos como garantia para a captação de financiamentos para as usinas junto ao BNDES. Mas o governo entende que contratos muito longos acabam por transferir riscos para o consumidor e que o modelo de financiamento da expansão da indústria de energia não pode mais ser baseado apenas no BNDES. "Gostaríamos de, no longo prazo, praticar contratos de menor prazo para a energia nova, exatamente como fazem todos os países da América Latina. No Chile, Peru, Colômbia, México, onde os contratos de energia são de 10 a 15 anos no máximo... o mercado se beneficia de sofisticadas práticas de financiamento público e privado, local e internacional", disse Barroso, em nota. Ele ressaltou, no entanto, que o movimento não acontecerá "de um dia para o outro" e que a ideia é realizar essa transição com prudência. "Mesmo durante a transição seria possível ir ajustando os prazos dos contratos... o que será buscado é ajustar a velocidade de ajuste observando as características da oferta de capital [incluindo financiamento] e a maturidade do mercado no Brasil", complementou o presidente da EPE. (Folha de São Paulo – 21.07.2017)

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2 EPE: Financiamento de LE não pode mais ser pelo BNDES, mas transição deve ser gradual

Segundo o presidente da EPE, Luiz Barroso, é importante avaliar a velocidade das mudanças porque, no limite, a redução nos prazos dos contratos pode fazer com que as empresas busquem retornos em prazo mais curto e assim gerar uma elevação nos preços da eletricidade nos certames. Barroso ponderou que o atual modelo de leilões e financiamento pelo BNDES pode gerar preços não necessariamente realistas, dados os subsídios nos empréstimos e riscos não considerados nos contratos. "O mecanismo de contratação atual transfere muitos riscos do gerador ao consumidor e uma discussão interessante é até que ponto os baixos preços conseguidos são realistas e sustentáveis", apontou. Segundo ele, é possível "um novo equilíbrio" para ter "preços realistas", o que poderia passar inclusive por novas formas de gestão de risco pelos investidores, como a negociação de eletricidade em bolsas. "Mas esse movimento precisa ser feito com cuidado, pois uma maior exposição do gerador ao mercado exige como contrapartida que esse mercado seja maduro, líquido e crível, caso contrário estamos criando riscos à toa", ressaltou. (Folha de São Paulo – 21.07.2017)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Níveis dos reservatórios pelo Brasil

Os reservatórios do subsistema Sudeste/Centro-Oeste estão operando com 40,1% da sua capacidade. De acordo com dados do ONS, houve recuo de 0,1% na comparação com o dia anterior. A energia armazenada é de 81.479 MW mês e a ENA é de 19.336 MW med, que equivale a 82% da média de longo termo armazenável no mês até o dia. A usina de Furnas está com 39,5% de volume e a de Itumbiara, com 45,14%. Na região Nordeste, mais uma queda de 0,1% reduziu ainda mais os níveis por lá, que estão em 16,2%. A energia armazenada está em 8.383 MW mês e a ENA é de 1.195 MW med, que é o mesmo que 27% da MLT. A hidrelétrica de Sobradinho está com 10,71% da sua capacidade. No Sul do país, o nível de 78,5% reflete a queda de 1,1%, a maior no dia. A energia armazenada é de 15.772 MW mês e a ENA é de 3.940 MW med, o correspondente a 41% da MLT. A usina de Passo Fundo opera com volume de 98,83%. Os níveis no subsistema Norte estão em 61,7%, apresentando queda de 0,4%. A energia armazenada é de 9.276 MW mês e a ENA é de 2.026 MW med, o mesmo que 58% da MLT. A UHE Tucuruí registra volume de 95,37%. (Agência CanalEnergia – 21.07.2017)

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2 ONS: Carga de energia do sistema brasileiro deve ter alta de 0,6% em julho

A carga de energia do sistema interligado do Brasil deverá fechar este mês com crescimento de 0,6 por cento ante o mesmo período do ano anterior, disse nesta sexta-feira o ONS, mantendo praticamente inalterada a projeção de 0,7 por cento da semana anterior. Em relatório semanal, o órgão do setor elétrico também pouco mudou as estimativas de chuvas na região das hidrelétricas do Brasil. O Sudeste deverá receber precipitações em 79 por cento da média histórica em julho, ante 80 por cento estimados na semana passada. No Nordeste, que enfrenta uma longa seca, as projeções de chuva foram reduzidas para 31 por cento da média, ante 33 por cento anteriormente. (Reuters – 21.07.2017)

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3 ONS: Demanda deverá fechar julho 1,9 p.p. menor que previsão original

A última revisão do PMO para o mês de julho apresentou uma previsão de encerramento de período com níveis de vazões abaixo da previsão inicial em todos os submercados. A nova projeção apresentada nesta sexta-feira, 21 de julho, pelo ONS mostra que a ENA prevista para o Sudeste/Centro-Oeste é de 79% da média de longo termo ante previsão inicial de 86%. No Nordeste e no Norte a diferença no decorrer do mês foi de 3 pontos porcentuais a menos, a expectativa é de fechar com ENA equivalente a 31% e 61% da MLT, respectivamente. A maior retração de vazões ficou com o Sul onde a projeção inicial era de 80% e agora é esperado apenas 42% da média histórica. A projeção de carga no mês também recuou ante a estimativa inicial do ONS. A previsão inicial era de um aumento de 2,5%, mas agora passou a 0,6% de expansão. Esse índice deverá ser o reflexo de uma queda de 0,3% no SE/CO e de 2,1% no NE, enquanto no Sul a projeção aponta crescimento de 4,8% e no Norte de 4% quando comparado ao final de julho de 2016. Em termos de nível de armazenamento de reservatórios houve uma tendência de maior deplecionamento em relação ao esperado. A exceção é o NE cujo nível esperado no início de julho era de 14,7% e agora está em 15%. No Sul houve a maior retração de 83,1% para 71,2%. No SE/CO recuou de um valor inicial de 39,3% para 38,2%. Já no Norte o volume esperado passou de 59,2% para 58,4%. (Agência CanalEnergia – 21.07.2017)

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4 CCEE: Consumo cai 2,5% e geração reduz 2,1% nos primeiros 18 dias de julho

O consumo de eletricidade no país caiu 2,5% entre os dias 1º e 18 de julho, enquanto a geração reduziu em 2,1% no mesmo período, segundo dados preliminares de medição coletados pela CCEE divulgados nesta sexta-feira (21). A edição do boletim InfoMercado Semanal Dinâmico mostra que, nos primeiros 18 dias do mês, foram consumidos 56.307 MWmédios no Sistema Interligado Nacional – SIN, 2,5% abaixo dos 57.740 MWmédios verificados em 2016. A demanda no ambiente cativo apresentou queda de 7,4% sob impacto direto da migração de consumidores para o mercado livre, no qual o consumo apresentou elevação de 10,6% – índice que já considera as novas cargas vindas do mercado cativo. Os números de geração no Sistema indicam queda de 2,1% na produção das usinas, que entregaram 58.820 MW médios no período analisado. O índice é explicado pelo desempenho inferior (-11,5%) na produção das usinas hidráulicas, incluindo as PCHs. A geração pelas termelétricas expandiu 21%, principalmente em razão do desempenho positivo das usinas movidas a gás natural (+47,6%) e térmicas nucleares (+35%). A geração das usinas eólicas no SIN cresceu 29%. (Agência CanalEnergia – 21.07.2017)

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5 CCEE: PLD sobe 1% e fica em R$ 269,76/ MWh no país

A CCEE informa que o PLD para o período entre 22 e 28 de julho subiu 1% ao ser fixado em R$ 269,76/MWh no Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte. O preço segue equalizado em todo o país, uma vez que os limites de intercâmbio entre os submercados não foram atingidos em nenhum patamar de carga. As afluências previstas para o Sistema, em julho, foram revistas de 66% para 64% da Média de Longo Termo, abaixo da média para todos os submercados. Houve redução no Sudeste/Centro-Oeste, de 80% para 79%; no Sul, de 57% para 42% e Nordeste, de 33% para 31%, com a manutenção do índice previsto anteriormente para o Norte, 61% da média histórica. Não há expectativa de mudança na previsão de carga para a próxima semana. Já os níveis dos reservatórios do SIN ficaram 450 MW med inferiores à previsão anterior com quedas de 250 MW med no Sul, 50 MW med no Nordeste e 150 MW med no Norte. O Sudeste não apresentou alteração. O fator de ajuste do MRE previsto para julho foi revisto de 66,9% para 66% e os Encargos de Serviços do Sistema são esperados em R$ 48 milhões para o período, sendo R$ 20 milhões referentes à segurança energética. (Agência CanalEnergia – 21.07.2017)

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6 Belo Monte amplia capacidade para 3,9 mil MW e já é a terceira maior usina do país

A Norte Energia, empresa responsável pela construção e operação da hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu, no Pará, recebeu nesta semana autorização da Aneel para o início da geração comercial da sexta turbina da casa de força principal da usina. Com isso, Belo Monte passa a ocupar a posição de terceira maior usina do país. De acordo com a Norte Energia, com o início de operação da sexta unidade geradora de Belo Monte, de 611,1 MW, a capacidade instalada atual da hidrelétrica alcançou 3,9 mil MW, superando a usina de Jirau, no rio Madeira (RO), de 3,75 mil MW, e ficando atrás apenas de Tucuruí (PA), de 8,37 mil MW, e Itaipu, na fronteira com o Paraguai, de 14 mil MW. Quando estiver concluída, Belo Monte terá 11,233 mil MW de capacidade, dos quais 11 mil MW provenientes da casa de força principal e 233,1 MW da casa de força complementar, em Pimental. Segundo a Norte Energia, Belo Monte produzirá energia suficiente para atender 60 milhões de pessoas. A maior parte da energia de Belo Monte (70%) já foi comercializada em 2010, por meio de leilão, para 17 Estados brasileiros. O restante está disponível para o mercado livre e para empresas autoprodutoras acionistas do empreendimento. (Valor Econômico – 21.07.2017)

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Meio Ambiente

1 Cidades inteligentes: Tecnologias devem movimentar US$ 59 bilhões nos próximos anos no Brasil

Os smart grid, medidores inteligentes para uso eficiente e sustentável de energia nas cidades, fazem parte de um mercado de tecnologia de smart cities que deve movimentar cerca de 59 bilhões de dólares nos próximos anos no Brasil. É o que afirma Fabiano Hessel, professor e pesquisador da faculdade de informática e coordenador do Centro de Inovação para Cidades Inteligentes e IoT da PUC-RS. “Há 140 projetos de parceria público-privada (PPP) de iluminação pública via smart grid em estudo ou sendo executados”, observa o especialista. A estimativa financeira diz respeito ao quanto as tecnologias de serviços inteligentes voltados para as cidades, como mobilidade urbana, smart grids, segurança e atendimento à saúde, podem gerar de negócios até a década de 2020 no Brasil. Já as tecnologias de cidades inteligentes (em inglês, smart cities) e internet das coisas (IoT, na sigla em inglês), têm expectativa de negócios totais de 70 bilhões de dólares. “Os onze bilhões de dólares restantes se referem a serviços para o cidadão, como pagamentos conectados, atendimento à saúde e teletrabalho”, detalha. Dados da consultoria McKinsey revelam que as smart cities vão movimentar aproximadamente dois trilhões de dólares no mundo até a próxima década, incentivado pela necessidade de criar tecnologias que facilitem a vida das pessoas nas cidades. (O Estado de São Paulo – 21.07.2017)

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2 AES Eletropaulo: Companhia já está se adaptando ao futuro das cidades inteligentes

Desde 2013, a AES Eletropaulo vem testando tecnologias inteligentes no projeto piloto que mantém em Barueri. A distribuidora, que pertence ao grupo AES Brasil, venceu o Prêmio ECO de sustentabilidade empresarial em 2016 pelo projeto de revitalização e reuso de materiais da rede elétrica. Os resultados do projeto piloto tem comprovado a viabilidade dos sistemas, afirma Charles Lenzi, presidente da AES Eletropaulo. “Equipamentos que usamos em caráter experimental mostraram resultado. Já transferimos o uso de alguns deles, como desligador automático e detector de falta, para a nossa área de concessão.” A distribuidora atende a 24 municípios da região metropolitana de São Paulo, incluindo a capital, e investiu 75 milhões de reais no projeto. Como os equipamentos têm comunicação direta com a central de operações, é possível mapear a situação da rede elétrica em tempo real. “Os processos internos foram melhorados com tecnologia de comunicação e pudemos dar uma resposta mais rápida ao cliente, reduzindo o tempo de atendimento. Com isso, também melhoramos nossos indicadores de desempenho”, assinala Lenzi. No final de agosto, a distribuidora de energia que atende a região metropolitana de São Paulo vai começar a fase de testes com medidores eletrônicos residenciais. O equipamento consegue fazer leitura automática do consumo energético, gerando informações sobre padrão de uso e oportunidades de economizar energia. O medidor também possibilitará o uso de outras fontes, como a solar. O projeto de Barueri deve ser concluído em 2019, segundo Lenzi. “O sistema para coleta de dados está pronto e teremos condição de ter uma parte importante de nossa área de concessão inserida dentro do contexto de rede inteligente.” (O Estado de São Paulo – 21.07.2017)

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3 SEBRAE: Consumo ineficiente nas empresas impacta na rentabilidade

Um pacote de ações que inclui instalação de novas tecnologias, troca de plano na concessionária, mudança de hábitos e adaptações na infraestrutura do imóvel pode garantir para as empresas uma economia de 20% a 50% na conta de luz. A energia elétrica é um dos cinco maiores gastos das companhias e, na indústria, é a segunda maior, sendo superada apenas pela folha de pagamento, de acordo com a consultoria W-Energy. "O pequeno e médio empresário não se atentou ainda para a questão da eficiência energética. O gasto com a energia encarece o processo produtivo e, portanto, impacta diretamente na lucratividade", afirma Dorly Martins, consultora de sustentabilidade do Sebrae-SP. A Vibrasil, fabricante de peças para a indústria automobilística localizada na Vila Santa Catarina, zona sul de São Paulo, conseguiu, há quase dois anos, uma economia de 25% na conta -de R$ 64 mil para R$ 48 mil..De acordo com Wagner Cunha Carvalho, presidente da W-Energy e professor de eficiência energética, empresas menos automatizadas e com equipamentos pouco modernos percebem ainda mais o abatimento na conta de luz ao tomar medidas de consumo eficiente. Para o especialista, um dos principais erros é não ter um contrato adequado com as concessionárias. "A energia é um dos maiores gastos. As empresas não conhecem seus direitos e perdem oportunidades. É importante reduzir custo para se manter competitivo no mercado", diz Carvalho. (Folha de São Paulo – 23.07.2017)

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4 W-Energy: Medidas administrativas e equipamentos eficientes reduzem o gasto com energia elétrica

Consumidores de média e alta tensão têm direito a tarifas especiais - um ajuste de plano, sozinho, pode ser capaz de gerar uma economia de 30%. Já aqueles que demandam mais de 500 kW podem migrar para o Mercado Livre de Energia e escolher o seu fornecedor, além de condições de pagamento. "Todas essas são medidas administrativas, mas há muita tecnologia disponível para um consumo de energia mais eficiente", afirma Wagner Cunha Carvalho, presidente da W-Energy. Algumas delas são o uso de energia solar ou eólica e até medidores que aferem regularmente o consumo para evitar desperdício. Há ainda outras ações mais simples que podem fazer uma boa diferença na conta de luz, como usar a iluminação natural e lâmpadas de LED e treinar a equipe para o consumo mais eficiente. A LC Restaurantes, empresa de refeições coletivas que administra 250 unidades, diminui em 30% sua despesa com energia trocando lâmpadas pelos modelos LED, instalando sensores para que as luzes se apaguem automaticamente e, principalmente, treinando os funcionários. "São atitudes simples, que fazem diferença. Mensalmente, mostramos a economia e o resultado tem sido positivo", diz Dâmaris de Luca, diretora de novos negócios. (Folha de São Paulo – 23.07.2017)

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Energias Renováveis

1 BNDES: meta é levantar US$ 1,1 bilhão em captações externas para renováveis

O BNDES tem a perspectiva de captar US$ 1,1 bilhão em recursos de agência e bancos de fomento internacionais para o setor de energias renováveis. Estão em negociação três operações diferentes para levantar esse montante. A oferta de crédito incentivado no mercado internacional está na mira de investidores, que falam em fechar contratos de compra e venda de energia em dólar para acessar esses recursos. Mas o próprio banco de desenvolvimento têm captado esses fundos, principalmente para projetos de geração renovável. “Esses agentes financeiros têm priorizado esse segmento, há uma tendência de que a cada ano uma parcela maior dos recursos sejam destinados para projetos de combate aos efeitos das mudanças climáticas. E cada um desses mecanismos tem seu interesse em oferecer financiamentos mais atrativos”, comenta o chefe de departamento de Captação e Relacionamento Institucional do BNDES, Leonardo Ferreira. Em 2016, as captações externas do banco, que somaram R$ 19,6 bilhões, representaram 4,5 % dos recursos totais do banco. Neste ano, o banco aprovou US$ 300 milhões com o New Development Bank, o banco de desenvolvimento dos Brics. (Brasil Energia – 21.07.2017)

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2 BNDES: Fundo da COP 21

De acordo com o chefe de departamento de Captação e Relacionamento Institucional do BNDES, Leonardo Ferreira, o BNDES está se habilitando para acessar recursos de uma nova fonte incentivada de crédito internacional, o Green Climate Fund (GCF), que foi fundado por signatários do Acordo de Paris. “São US$ 10 bilhões constituindo esse fundo, com condições ainda mais atrativas que todas essas outras opções, e uma boa parcela vai para projetos não reembolsáveis. O BNDES está em fase de credenciamento para repassar esses fundos”, conta o chefe de departamento do banco. Uma vez credenciado, o BNDES pode repassar os recursos não reembolsáveis do GCF para projetos de eficiência energética, como levantamento do potencial de economia em indústrias, cita Ferreira. “É uma fonte bastante interessante e os bancos de desenvolvimento alemão, japonês, francês, estão todos interessados em acessá-la. O credenciamento do BNDES está ainda em fase inicial e o processo é longo, devendo tomar ainda de um ano a um ano e meio”, projeta. (Brasil Energia – 21.07.2017)

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3 Vestas e Gamesa: Fabricantes disputam contratos com eólicas após Suzlon deixar Brasil, dizem fontes

As fabricantes de equipamentos de energia eólica Vestas e Siemens-Gamesa têm disputado contratos para prestar serviços de operação e manutenção a usinas brasileiras com turbinas da indiana Suzlon, após a companhia anunciar na semana passada o encerramento das atividades no país, disseram à Reuters três fontes com conhecimento direto do assunto. A Suzlon tem quase 700 megawatts em aerogeradores em operação em parques eólicos no Brasil, e um grupo de clientes formado por grandes empresas como CPFL Renováveis, Queiroz Galvão, Cubico e Votorantim Energia. A saída da fabricante foi avisada com antecedência aos clientes, que chegaram a contratar funcionários da Suzlon para montar equipes próprias de operação e manutenção, mas esse arranjo é temporário, e provavelmente os geradores fecharão em breve contratos de longo prazo com novas empresas para os serviços de O&M, disse uma das fontes. "A Vestas está oferecendo, a Gamesa, e empresas independentes também... tem um apetite muito grande do mercado, dos outros fabricantes, para assumir esses contratos de operação e manutenção", afirmou a fonte, que falou sob a condição de anonimato porque as conversas são sigilosas. De acordo com a segunda fonte, a Vestas viu a saída da Suzlon como uma oportunidade para crescer na prestação de serviços a parques eólicos no Brasil e avalia os possíveis negócios, o que inclui negociações em andamento com a Queiroz Galvão, embora um contrato ainda não tenha sido assinado. As fontes não quiseram comentar os valores envolvidos nos contratos. Procurada, a Siemens-Gamesa não respondeu imediatamente a um pedido de comentário. A Vestas disse que "tem como política não comentar contratos que ainda não são públicos". (Reuters – 21.07.2017)

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4 Energia eólica: Piauí bate recorde em produção

Bons ventos impulsionam a produção de energia eólica no Piauí. O governador Wellington Dias anunciou recorde atingido em um projeto da Casa dos Ventos, situado no município de Marcolândia, no sudeste do estado. Em junho deste ano, o fator de capacidade líquido (FCL) do Piauí alcançou a marca de 83%, uma produtividade considerada espetacular, tendo em vista a média de outros estados, que gira em torno de 40%. É como se as torres chegassem próximo ao limite de capacidade. “É um recorde que nos orgulha muito, porque vira um fator de aproveitamento. Alguém que implanta um gerador de energia eólica em determinada região do Brasil pode lá aproveitar até 45%. No Piauí, o dobro. Isso é extraordinário” comemorou o governador. Os números foram apresentados em audiência com representantes da Casa dos Ventos e da Enel Green Power. As empresas estão entusiasmadas com o desempenho alcançado em terras piauienses. Clécio Eloy, diretor executivo da Casa dos Ventos, destacou a regularidade l, como o principal diferencial. “Enquanto em outros locais você tem meses com FCL de 20% e meses com FCL de 70 a 80%, aqui no Piauí é sempre de 50% a 70%. Os projetos da Casa dos Ventos no Piauí tiveram fator de capacidade de 75%, um recorde no país” revelou Eloy. Atualmente no Piauí, há mais de 60 projetos de energia eólica e 2 projetos de energia solar. Os investimentos no setor de energia limpa, sopram na contramão da crise econômica. A Enel Green Power, deve inaugurar neste segundo semestre, o primeiro parque de energia solar em produção no estado, o Nova Olinda. A empresa projeta um novo investimento, para ter no Piauí, um dos maiores parques de energia eólica do mundo. (O Estado de São Paulo – 23.07.2017)

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5 AES Tietê: UHE consegue certificação internacional de energia renovável

A UHE Água Vermelha (SP/ MG -1.396 MW) acaba de ser certificada com o selo I-REC (Renewable Energy Ceritificates), do International REC Standard, emitido, no Brasil, pelo Instituto Totum. A partir de agora, ela também pode comercializar os RECs para clientes que já compram energia da companhia, o que a torna a primeira empresa do Brasil a disponibilizar um escritório para transação de RECs, diretamente com os clientes interessados. De acordo com o Instituto Totum, esse já é um mercado consolidado no exterior. Por meio do REC, os clientes da AES Tietê poderão confirmar a rastreabilidade da compra da energia renovável. Segundo Ítalo Freitas, presidente da AES Tietê, alguns fundos, principalmente europeus, só investem em empresas que compram energia renovável. Com o I-REC, os clientes da AES Tietê poderão evidenciar esse uso. Cada I-REC equivale a 1 MWh de energia e, anualmente, a AES Tietê dispõe de 6,5 milhões desses certificados para vender. Segundo o executivo, o foco é em clientes de médio e grande portes. Ele vê potencial em companhias que precisam embasar suas estratégias de sustentabilidade e de zero emissões de carbono, referentes ao consumo de energia. Segundo Freitas, a ideia principal da AES Tietê não é gerar receita, mas, sim, agregar ainda mais valor aos negócios dos clientes. “Queremos ser reconhecidos como o principal parceiro de soluções inovadoras de energia de nossos clientes e acionistas. Então, temos trabalhado para nos consolidarmos ainda mais nesse sentido”. Para os próximos anos, a AES Tietê planeja adquirir a certificação para as outras usinas da companhia. (Agência CanalEnergia – 21.07.2017)

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6 Rio Grande do Sul: Estado licencia 450 MW de PCHs em 2017

O Rio Grande do Sul liberou neste ano o licenciamento de cerca de 450 MW de 91 projetos de geração hídrica de pequeno porte, após realizar um mapeamento de seus rios e bacias e apontar as restrições de construção de barragens no estado. O estudo ajudou a simplificar a avaliação de impacto ambiental dos projetos. De acordo com o secretário de Minas e Energia do Rio Grande do Sul, Artur Lemos Júnior, alguns dos licenciamentos concluídos após esse mapeamento mais amplo chegavam a quase dez anos de duração. “Fizemos algo como foi feito para a fonte eólica, em que apontamos as principais regiões de impacto e onde seria necessária a realização de um EIA/Rima ou onde poderia ser apresentado um RAS (relatório ambiental simplificado)”, comenta o secretário. (Brasil Energia – 21.07.2017)

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7 Rio Grande do Sul: Transmissão para eólicas

A secretaria do MME acompanha de perto o desenrolar das negociações entre Eletrosul e a Shanghai Eletric relativa a empreendimentos de transmissão no estado, negociados pela subsidiária da Eletrobras em 2014. “É um empreendimento fundamental para o estado e estamos acompanhando, com a área de licenciamento e também em interlocução com o ministério e a Aneel”, comenta o secretário de Minas e Energia do Rio Grande do Sul, Artur Lemos Júnior. As linhas e subestações em questão deveriam entrar em operação no final deste ano, mas o cronograma das obras atrasou, com dificuldades financeiras enfrentadas pela operadora das linhas, lembra o secretário. Os 1,9 mil quilômetros de linhas de transmissão, sete novas subestações e 16 ampliações de subestações existentes envolvidos no projeto demandarão investimentos de R$ 3,2 bilhões. Caso a negociação com a companhia chinesa seja concluída, Lemos Júnior estima ainda mais aproximadamente três anos até a conclusão dos empreendimentos. Para o secretário, com a perspectiva de fechamento do negócio entre as empresas, os projetos eólicos desenvolvidos no estado poderiam participar de um leilão de energia nova neste ano. Os empreendimentos gaúchos com licenciamento já resolvido somam 2 GW, prontos para participar de novas concorrências. (Brasil Energia – 21.07.2017)

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8 Rio Grande do Sul: Estado busca incentivo para fonte solar

Outra fonte cujo aproveitamento o Rio Grande do Sul vem buscando incentivar é a solar, principalmente na microgeração. “Já sabemos que por enquanto não conseguiremos competir com os projetos centralizados da região Norte e Nordeste, que têm um recurso excelente. Mas o sol no nosso estado também é muito bom para o aproveitamento energético e queremos desenvolver a microgeração”, comenta Lemos. O estado já concede o desconto do ICMS sobre a energia gerada por sistemas de microgeração, conforme o convênio ICMS nº16/2015. Agora, busca incentivar os municípios a realizar outras políticas de incentivo, como o desconto sobre o IPTU. (Brasil Energia – 21.07.2017)

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9 Comissão aprova isenção de imposto sobre importação de equipamentos de energia solar

A Comissão de Finanças e Tributação aprovou o Projeto de Lei 8322/14, do Senado, que isenta do imposto sobre importação os equipamentos e componentes de geração elétrica de fonte solar. Pela proposta, a isenção somente será aplicada quando não houver similar nacional. “Em que pese a renúncia fiscal, há que se considerar que ocorrerá um barateamento no custo da energia elétrica e, em função disso, infere-se que ocorrerá um incremento no giro da atividade econômica e, consequentemente, elevação da arrecadação”, disse o relator da matéria, deputado Miro Teixeira (Rede-RJ). “Por essa razão, estamos considerando a proposição adequada orçamentária e financeiramente”, completou. O parecer dele foi favorável ao texto original do PL 8322/14 e contrário aos projetos apensados (PLs 7186/14, 5539/13, 157/15 e 3542/15) e ao substitutivo da Comissão de Minas e Energia, que ampliou as isenções tributárias. O substitutivo isenta do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e das contribuições para o PIS/Pasep e Cofins um amplo conjunto de materiais utilizados na geração de energia solar. A proposta será analisada agora, em caráter conclusivo, pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. (Brasil Energia – 21.07.2017)

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Gás e Termelétricas

1 BNDES irá contratar consultorias para avaliar privatização da Copergás e MSGás

O BNDES vai contratar consultorias especializadas para estudar a viabilidade de privatização da Copergás e da MSGás, informou o banco nesta sexta-feira (21/7). A abertura das propostas está prevista para 10 e 11/8, respectivamente. Caso sejam concretizadas, serão as duas primeiras distribuidoras de gás a serem privatizadas desde que o banco abriu frente específica para a desestatização. As consultorias devem apresentar propostas para execução de dois serviços: avaliação técnico-financeira sobre a desestatização das empresas; e a avaliação econômico-financeira, e serviços jurídico, contábeis, técnico-operacionais e outros serviços profissionais especializados. Para a execução da avaliação técnico-financeira, será exigido que a empresa tenha patrimônio líquido ou capital social de pelo menos R$ 207 mil. Já para concorrer à avaliação econômico-financeira, deverão apresentar patrimônio líquido ou capital social de R$ 1,4 milhão, no caso da distribuidora pernambucana, e de R$ 1,322 milhão, no caso da empresa do Mato Grosso do Sul. A contratação das consultorias será por pregão eletrônico e poderão participar empresas cadastradas e habilitadas parcialmente no Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores (Sicaf), do Ministério do Planejamento. (Brasil Energia – 21.07.2017)

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Economia Brasileira

1 Perda de receita neste ano é de R$ 34,5 bi, diz Planejamento

O conjunto de perdas de receitas previstas para este ano é de R$ 34,5 bilhões, disse o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, nesta sexta-feira ao apresentar o relatório de despesas e receitas do terceiro bimestre. Isso acontece por causa da revisão para baixo das receitas esperadas com o programa de repatriação de recursos, que foram reduzidas em R$ 9,848 bilhões, e de operações com ativos, diminuídas em R$ 3,176 bilhões. Segundo o ministro, a oferta inicial de ações da Caixa Seguridade foi retirado do conjunto de operações de ativos previstos. As receitas também foram afetadas pela revisão dos parâmetros de preços (IGP e IPCA), que provocou uma diminuição na expectativa para o ano de R$ 11,970 bilhões. Além disso, recuou em R$ 3,9 bilhões a expectativa de receita com a reoneração da folha. Houve também redução de outras previsões de receitas, como a de concessão e permissões, com baixa de R$ 2,265 bilhões; dividendos, com queda de R$ 2,993 bilhões, e operações de ativos, com decréscimo de R$ 204,8 milhões. No relatório do segundo bimestre, a previsão era de uma entrada de R$ 8,836 bilhões com dividendos; R$ 2,975 bilhões de operações com ativos e R$ 27,951 bilhões de concessões e permissões. O ministro ressaltou que a frustração de receitas foi parcialmente compensada pelas estimativas ampliadas como na Previdência, contabilização de precatórios não sacados, aumento das alíquotas do PIS Cofins dos combustíveis e Refis. (Valor Econômico – 21.07.2017)

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2 Dyogo: Elevação de tributos foi tomada por extrema necessidade

A elevação da alíquota do PIS-Cofins foi uma medida tomada por extrema necessidade para garantir o cumprimento da meta de primário do governo central, que é de um déficit de R$ 139 bilhões, afirmou o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira. “Essa medida de elevação de tributos foi tomada por extrema necessidade. O foco foi o cumprimento da meta fiscal”, disse o ministro. “A perda de receitas levou o governo a elevar tributos.” O ministro ressaltou ainda que o governo opera com um contingenciamento muito elevado e isso torna “difícil” a atuação do Estado em suas áreas de competência. Ele disse que tem até 30 de julho para detalhar os cortes em cada órgão. Dyogo Oliveira observou que o déficit primário que está sendo verificado até o momento está na conta da Previdência Social. “O Tesouro tem previsto superávit de R$ 40 bilhões e a Previdência, déficit de R$ 185 bilhões”, disse, reiterando que por isso, na visão do governo, é necessária a reforma da Previdência Social. Segundo o ministro, há um conjunto de receitas em análise e em processo de amadurecimento que poderão ser incorporadas no próximo relatório bimestral. Se isso acontecer, o contingenciamento poderá ser reduzido. Essa redução no corte pode acontecer se o governo conseguir realmente conseguir realizar a concessão de aeroportos e Lotex, esta retirada do relatório e os recursos adicionais de R$ 2,1 bilhões com precatórios. Segundo Dyogo Oliveira, o modelo de concessão para a Lotex ainda está sendo discutido pelo governo. (Valor Econômico – 21.07.2017)

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3 Meirelles crê em retomada da reforma da Previdência ainda em agosto

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou hoje que espera que o Congresso retome as discussões sobre a reforma da Previdência ainda em agosto, “após a resolução das questões políticas”. Segundo ele, sem a reforma, há risco de novos aumentos de tributos. “A reforma da Previdência é fundamental para garantir equilíbrio fiscal e para que não haja aumentos de impostos posteriores”, afirmou a jornalistas após a reunião de cúpula do Mercosul que está sendo realizada em Mendoza, oeste da Argentina. A respeito da elevação de impostos sobre a gasolina, diesel e etanol anunciada ontem, Meirelles argumentou que além de o aumento ter ficado “restrito aos combustíveis”, o governo ainda cortou mais R$ 5,9 bilhões em despesas. Sobre as críticas da Fiesp, aliada do governo, ao aumento de PIS-Cofins sobre os combustíveis, o ministro afirmou que o protesto “é normal”. A entidade que reúne a indústria paulista publicou hoje anúncio de página inteira nos jornais sob o título “O que é isso, ministro? Mais imposto?”. Meirelles afirmou que uma série de receitas deve se consolidar neste ano, como o pagamento da outorga do Aeroporto do Galeão, a privatização da Lotex e os depósitos judiciais não sacados, questão que ele espera seja resolvida na próxima semana. (Valor Econômico – 21.07.2017)

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4 Tesouro Direto supera marca de 500 mil investidores ativos em junho

O Tesouro Direto, programa que permite a negociação de títulos da dívida pública pela internet, encerrou junho com um estoque de R$ 46,7 bilhões, alta de 2,3% sobre o mês anterior e um salto de 42,3% sobre junho de 2016. No mês, o número de investidores ativos, que são aqueles que possuem alguma aplicação, passou a barreira dos 500 mil, somando 507.654, depois que outros 14.655 investidores fizeram movimentações via Tesouro Direto. Em 12 meses, o volume de aplicadores sobe 65,5%. Já o número de investidores cadastrados chegou a 1.485.238, alta de 77% em 12 meses, sendo que 53.440 se cadastraram em junho. Em nota, o Tesouro diz que outro destaque positivo foi a ampliação do acesso de pequenos investidores ao programa. O percentual de aplicações de até R$ 1 mil foi recorde, atingindo a marca histórica de 52,3%. No mês passado, foram realizadas 186.905 operações de investimento no programa. O valor médio por operação de investimento foi de R$ 7.766,18. Os investimentos de até R$ 5 mil corresponderam a 77,8% das vendas ocorridas no mês. No período, as aplicações no Tesouro Direto atingiram R$ 1,451 bilhão. Já os resgates totalizaram R$ 707,2 milhões, relativos às recompras. O título mais demandado pelos investidores foi o indexado à taxa Selic, com participação no volume total de 44,3%. Os títulos indexados ao IPCA corresponderam a 37,4% do total e os prefixados a 18,3%. (Valor Econômico – 21.07.2017)

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5 Novo corte de despesas deve bloquear cerca de R$ 5 bilhões em investimentos

Com queda de quase 50% em termos reais neste ano, os investimentos devem ser a principal vítima do corte de R$ 5,9 bilhões anunciado pelo governo na sexta-feira. A equipe econômica acredita que ainda pode conseguir reverter parte do bloqueio até o fim deste mês, caso confirme a possibilidade de algumas receitas extras, mas, se não conseguir, cerca de R$ 5 bilhões devem ser bloqueados só nos gastos de investimentos federais, segundo apurou o Valor. Os ministérios dos Transportes e das Cidades são os favoritos a terem diminuição de seus limites. Neste ano, as duas pastas já reduziram em 25,1% e 33,2% os investimentos pagos na comparação com igual período de 2016. Integração Nacional e Educação também tiveram perdas relevantes, com reduções próximas de 40% nos volumes pagos nessa rubrica. A principal esperança é a inclusão de R$ 2,1 bilhões na conta dos precatórios não sacados que poderão ser recuperados pelo Executivo. Outra expectativa é em relação a R$ 2,3 bilhões de receitas com outorgas de aeroportos, que foram retiradas da conta e dependem de celeridade da Anac. De qualquer forma, o governo já prepara o decreto que determinará quem sofrerá com a limitação maior de gastos. O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, disse sexta-feira que não haverá cortes de despesas no Ministério da Saúde. O órgão, segundo ele, "está no limite". Na Educação, cujo orçamento está acima do mínimo de gastos definido na legislação, o risco de corte não está afastado, mas o discurso é de que haverá um esforço de preservação. (Valor Econômico – 24.07.2017)

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6 Subsídios do BNDES devem cair radicalmente neste ano, diz Rabello

O presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro, afirmou nesta segunda-feira que o país não pode continuar a conviver com o montante de subsídios praticado nos últimos anos. Falando em audiência da comissão mista que avalia a medida provisória 777 – que cria a Taxa de Longo Prazo (TLP) em substituição à Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) para os empréstimos do BNDES – afirmou que a conta de subsídios deve baixar radicalmente neste ano. Ele não deu números, contudo, sobre essa queda. Rabello de Castro citou um estudo do Ministério da Fazenda que mostra que a faixa de subsídios praticada pelo BNDES saltou do patamar de R$ 8 bilhões a R$ 10 bilhões por ano no período de 2007 a 2010 para a faixa de R$ 60 bilhões anuais em 2015 e 2016. “Não podemos continuar a conviver com subsídios dessa maneira”, disse o presidente do BNDES durante a abertura da audiência pública. Ele também defendeu que o país precisa rever a estrutura dos gastos públicos. “Um país que tem que recorrer cronicamente à elevação de tributos é um país que precisa rever profundamente todos os seus gastos de forma solidária”, disse. (Valor Econômico – 24.07.2017)

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7 IPC-S muda de rumo e sobe 0,09% na terceira medição de julho

O Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) saiu de queda de 0,05% para alta de 0,09% da segunda para a terceira quadrissemana de julho, puxado pelo aumento nas contas de luz, informa a FGV. Das oito classes de despesa do índice, a maior contribuição veio de Habitação (0,17% para 0,58%), afetado pela tarifa de energia elétrica, que saiu de baixa de 0,72% para elevação de 2,24%. Com recuos menos marcados, apareceram Alimentação (-0,44% para -0,27%) e Transportes (-0,55% para -0,47%). Reduziram o ritmo de alta Comunicação (0,14% para 0,34%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,31% para 0,34%). Nestas classes de despesa, as principais influências foram hortaliças e legumes (-2,96% para 0,14%), gasolina (-2,43% para -1,75%), tarifa de telefone móvel (0,24% para 0,42%) e artigos de higiene e cuidado pessoal (-0,19% para 0,02%), respectivamente. Em contrapartida, Vestuário deixou avanço de 0,34% para decréscimo de 0,14% na passagem da segunda para a terceira prévia de julho e Despesas Diversas saíram de aumento de 0,13% para 0,12%, influenciados por roupas (0,21% para -0,25%) e cartório (0,39% para 0,19%), respectivamente. O grupo Educação, Leitura e Recreação repetiu a variação registrada na apuração anterior, de 0,49% de alta. (Valor Econômico – 24.07.2017)


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8 Previsão de inflação do consumidor em 12 meses segue em 6,9%, nota FGV

Em julho, a expectativa de inflação dos consumidores para os 12 meses seguintes permaneceu estável em 6,9%, a menor desde janeiro de 2013, quando foi de 6,3%. Em julho de 2016, a expectativa estava em 10%. “Mesmo com as boas notícias com relação à inflação, os consumidores não alteraram suas expectativas para os próximos 12 meses. A tarefa de ancorar as expectativas de inflação dos consumidores em um patamar mais baixo pode se tornar difícil considerando o aumento do PIS/Cofins para combustíveis e ainda a elevada incerteza no país”, afirma, em nota, o economista Pedro Costa Ferreira, da FGV-Ibre. Em julho, 59% dos consumidores previram uma inflação inferior ao limite superior da meta de inflação de 6% sendo que, destes, cerca de 30% esperam que fique abaixo da meta, de 4,5%. O aumento na frequência relativa de respostas abaixo de 6% vem ocorrendo ininterruptamente desde dezembro de 2015. Esse movimento se acelerou a partir do terceiro trimestre de 2016. A frequência de respostas nos intervalos superiores ao teto têm diminuído. A inflação prevista recuou em todas as faixas de renda exceto nas famílias com ganhos de até R$ 2.100,00 que, após sofrer a queda mais expressiva do mês anterior, retorna ao nível próximo ao maio. Para os consumidores com maior poder aquisitivo (entre R$ 4.800,01 e R$ 9.600,00) a queda das expectativas se manteve pelo nono mês consecutivo, atingindo 6,1%. Entre os consumidores com renda acima de R$ 9.600, a expectativa de inflação para os próximos 12 meses é de 5%. (Valor Econômico – 24.07.2017)

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9 Mercado projeta inflação maior em 2017 e mantém expectativa para PIB

O anúncio do aumento do PIS-Cofins sobre os combustíveis interrompeu uma sequência de sete semanas de queda nas expectativas para a inflação deste ano. O relatório Focus, do BC, informa que a mediana das estimativas dos participantes do mercado para o IPCA subiu de 3,29% para 3,33%. A projeção em 12 meses aumentou de 4,37% para 4,40%. A expectativa para a inflação em 2018 foi mantida em 4,20%. Entre os analistas Top 5 de médio prazo, a projeção para o IPCA deste ano saiu de 3,08% para 3,10%, enquanto a de 2018 permaneceu em 4,19%. A elevação de R$ 0,41 na alíquota que incide sobre a gasolina deve aumentar o preço do combustível na bomba em 16,6%, com um impacto diluído entre o IPCA de julho e agosto em 0,63 ponto percentual, segundo analistas. No Focus, a expectativa do mercado para a inflação em julho foi na direção contrária e passou de 0,17% para 0,15%, enquanto a previsão para o avanço do IPCA em agosto foi de 0,23% para 0,25%. A despeito do esperado impacto do aumento dos combustíveis na inflação, mercado em geral e Top 5 não mexeram nas apostas para a Selic. O mercado vê o juro básico encerrando neste ano em 8%, mesma taxa esperada para o próximo calendário, dos atuais 10,25% ao ano. No caso do Top 5 de médio prazo, a previsão é de Selic a 7,75% em 2017 e a 7,50% em 2018, em vez de 7,75%. Nesta semana, o Copom se reúne para discutir o juro. A expectativa é que a taxa seja reduzida em 1 ponto percentual, para 9,25% ao ano. (Valor Econômico – 24.07.2017)

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10 Dólar ontem e hoje

Hoje, por volta das 10 horas, o dólar comercial cedia 0,10%, a R$ 3,1389. Sexta-feira, o dólar comercial subiu 0,49%, a R$ 3,1419. É a maior valorização desde 29 de junho (0,70%). Em dez pregões de queda, o dólar recuou 5,28%. Em julho, a moeda ainda recua 5,21%, o que faz do real a divisa de melhor performance entre os principais pares do dólar. No acumulado de 2017, a cotação perde 3,34%. (Valor Econômico – 21.07.2017 e 24.07.2017)

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Internacional

1 Paraguai: ANDE vai trocar o cabeamento de média e alta tensão

A paraguaia ANDE (Administradora Nacional de Eletricidade) realizou ontem audiência pública para informar sobre os trabalhos de substituição de cabeamento de alta e média tensão. O funcionário da empresa estatal, Ing. Roberto Fox, informou que havia uma baixa participação dos cidadãos. As tarefas são realizadas no âmbito do Projeto de Fortalecimento do Setor Elétrico (sistema Norte), com a Licitação Pública Nacional ANDE Nº 1150/2015. Um total de 3000 metros de fios já foram trocados e o programa demanda um investimento de 2.000 milhões. “A interrupção de energia elétrica só afetará as zonas onde se realizarão os trabalhos e, por exemplo, a UNC não será afetada na próxima troca de cabos que ocorrerá entre a subestação e a avenida Agustín Fernando de Pinedo”, disse. (ABC Color – Paraguai – 22.07.2017)

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2 Cidade do México terá primeira geração de energia a partir da queima de

A primeira planta da termovalorização mexicana, como é chamada a geração de energia a partir do lixo, da região busca queimar 4.500 toneladas de lixo diariamente e aproveitar o calor para gerar 965 mil MWh de eletricidade ao ano. O objetivo do contrato assinado entre a Proativa de Meio Ambiente, do grupo francês Veolia e a Agencia de Gestão Urbana é queimar 4500 toneladas de lixo diário e aproveitar o valor calorífico para gerar 965 mil MWh de eletricidade ao ano. Essa energia se utilizaria para mover 12 linhas do Sistema de Transporte Coletivo (metrô), que transportam mais de 5,5 milhões de pessoas diariamente. Esse volume de lixo é um pouco mais que um terço do lixo gerado na Cidade do México, que totaliza 13.000 toneladas de resíduos sólidos. Greenpeace, organização ambientalista que se opõe ao projeto, obteve cópia do contrato por meio do sistema Infomex e identificou vários “pontos vermelho”. (Página SIETE – 23.07.2017)

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3 Portugal: Sonorgás ganha investimento de 58 milhões de euros e parte será financiada por aumento de tarifas

Há cinco anos que a Sonorgás anda a tentar desenvolver infra-estruturas de distribuição de gás natural em várias localidades dos distritos de Vila Real e Bragança, em Portugal. A empresa concorreu com a EDP a novas licenças de distribuição local, num processo que já se arrasta desde 2012, e que ainda não está totalmente encerrado, mas que já lhe garantiu a licença de 18 das 26 novas unidades autônomas de gás (ou UAG) que o anterior Governo pôs a concurso para o Norte do país. As UAG (que são abastecidas por caminhão) da Sonorgás já começaram a sair do papel e a empresa sediada em Vila Real espera que pelo menos seis entrem em exploração ainda este ano, adiantou o presidente executivo do grupo Dourogás (dono da Sonorgás), Nuno Moreira. No conjunto das 18 localidades – dez do distrito de Vila Real e oito de Bragança – existe um potencial de vinte mil novos clientes de gás natural, dos quais “cerca de 400 são pequenas e médias empresas e empresas de maior dimensão”, adiantou o gestor. Estas UAG implicam investimentos de 58 milhões de euros e a Sonorgás pretende recuperar 37 milhões através das tarifas fixadas pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) nos próximos cinco anos. Foi esse o valor comunicado pela Sonorgás ao regulador, que esta semana deu um parecer positivo aos planos de investimentos das distribuidoras para o período entre 2017 e 2021 (a EDP Gás, o grupo Galp, a Tagusgás e a Sonorgás, que já tem cinco polos de consumo), que somam 274 milhões de euros. (Público – Portugal – 22.07.2017)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Ana Vitória, Hevelyn Braga, Izadora Duarte, Juliana Lima, Paulo César do Nascimento, Sérgio Silva.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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